Marta Medeiros Elegancia do Comportamento
(...)se ela tiver coragem de passar por mais alegrias e desilusões – e a gente sabe como as desilusões devastam - terá que ser meio doida. Se preferir se abster de emoções fortes e apaziguar seu coração, então a santidade é a opção. Eu nem preciso dizer o que penso sobre isso, preciso? Mas vamos lá. Pra começo de conversa, não acredito que haja uma única mulher no mundo que seja santa. Os marmanjos devem estar de cabelo em pé: como assim, e a minha mãe??? Nem ela caríssimos, nem ela. Existe mulher cansada, que é outra coisa. Ela deu tanto azar em suas relações que desanimou. Ela ficou tão sem dinheiro de uns tempos pra cá que deixou de ter vaidade. Ela perdeu tanto a fé em dias melhores que passou a se contentar com dias medíocres. Guardou sua loucura em alguma gaveta e nem lembra mais. Toda mulher é doida. Impossível não ser. A gente nasce com um dispositivo interno que nos informa desde cedo que, sem amor, a vida não vale a pena ser vivida, e dá-lhe usar nosso poder de sedução para encontrar the big one, aquele que será inteligente, másculo, se importará com nossos sentimentos e não nos deixará na mão jamais. Uma tarefa que dá para ocupar uma vida, não é mesmo? Eu só conheço mulher louca. Pense em qualquer uma que você conhece e me diga se ela não tem ao menos três dessas qualificações: exagerada, dramática, verborrágica, maníaca, fantasiosa, apaixonada, delirante. Pois então. Também é louca. E fascina a todos. Todas as mulheres estão dispostas a abrir a janela, não importa a idade que tenham. Nossa insanidade tem nome: chama-se Vontade de Viver até a Última Gota. Só as cansadas é que se recusam a levantar da cadeira para ver quem está chamando lá fora. E santa, fica combinado, não existe. Uma mulher que só reze, que tenha desistido dos prazeres da inquietude, que não deseje mais nada? Você vai concordar comigo: só se for louca de pedra.
de um rali que escapei
quase ilesa
um pouco de lama na alma
e olho injetado de dor
descobri novas marchas
co-pilota de planos que não tinha
tirei meu nome do mapa
e segui a trilha sozinha
você teria ido sem mim
mesmo que eu não me atrasasse
você teria dito tudo aquilo
mesmo que eu não te ofendesse
você teria me deixado
mesmo que eu não propusesse
você faz tudo o que quer
mas sou eu que deixo tudo preparado
ele não é meu
porque não dorme comigo
mas também não é amigo
porque me beija e me vê despida
não é meu marido
mas telefona e reparte um passado
que eu queria também ter vivido
não é meu porque não tem roupas
penduradas ao lado das minhas
não tenho dele um retrato
não passa comigo um domingo
jamais ganhei um presente
que não fosse de seda rendada
eu sou a preferida
de um homem comprometido
queria não ser um perigo
uma bomba que pode explodir
e deixar outra mulher arruinada
ele é o terrorista
eu o alvo escolhido
preferia aceitar um pedido
fazer nada escondido
mas ele não é meu marido
não é namorado, não é bom partido
não pode andar ao meu lado
não sabe a que horas acordo
não racha as contas comigo
não fica para ouvir um disco
não é exigido, não é meu parente
e anda sumido
nada é mais deprimente
quando chamo seu número ela atende
e eu desligo
Sentir-se amado é ver que ela lembra de coisas que você contou dois anos atrás, é vê-la tentar reconciliar você com seu pai, é ver como ela fica triste quando você está triste e como sorri com delicadeza quando diz que você está fazendo uma tempestade em copo d´água. "Lembra que quando eu passei por isso você disse que eu estava dramatizando? Então, chegou sua vez de simplificar as coisas. Vem aqui, tira este sapato
mas havia escutado comentários de que o QUIDAM era ainda melhor, então me dirigi ao Cirque du Soleil com bastante expectativa, o que é preocupante, já que expectativa é o caminho mais curto para a frustração. Mas a expectativa não só se cumpriu como deu diversas piruetas sobre si mesma.
Minha cabeça virou um álbum de fotografias que vou montando diariamente, uma espécie de colagem de minhas cenas inesquecíveis. Elas precisam mesmo ser inesquecíveis, caso contrário me restará apenas o breu. (...) Tenho me apegado aos pedaços do meu corpo, preciso deles para formar um mosaico do que sou. (...) A amplitude agora é interna, meus olhos estão fechando pra fora e abrindo para dentro, e hei de descobrir algo que me interesse e me motive nessa viagem sombria, sem gôndolas, sem tons pastéis, sem pontes nem edificações históricas.
Estou sempre falando as mesmas palavras, e a gente sempre se desencontrando, se desentendendo, seja no silêncio ou na repetição, nunca se afastando realmente e também nunca juntos, uma lengalenga que pode até parecer amor (...) Dois anos pedindo pra você me deixar em paz e nas entrelinhas gritando: me ame, seu idiota! E você surdo, mudo, cego e burro, desperdiçando o que eu tenho de mais sagrado, de mais inteiro e mais honesto. (...)Você prometia. Tinha, e tem, potencial. Só não sabe o que fazer quando chega a hora de se entregar, prefere escapulir feito um rato. (...) É o homem que eu amo, e isso lhe deveria servir. Mas se não serve, se você dispensa esse tipo de sentimento barato, fazer o quê? Para mim é sofrimento localizado, e demorado, admito, mas não vai durar tanto quanto sua catástrofe emocional, que é pra sempre.
Ao dia de ontem precederam centenas de anteontens que me foram vertiginosos, mas sem eles não haveria nem esta carta nem esta filha mais consciente de si própria. (...) Troquei sonhos por objetivos. Eles são mais compactos, ocupam menos lugar e dão mais certo. (...) Eu vivia sufocada pela falta de noção de quem eu era, idealizando personagens que um dia iria interpretar, e agora que os estou interpretando pra valer, descobri a mim mesma, íntegra e inteira, e não sou uma árvore, sou uma pessoa.
Estar só, totalmente só, imperturbável,
é um direito e um dever.
Não todo o tempo, mas por
um breve tempo, o tempo que a gente
precisa para reencontrar a si mesma,
para resgatar nossa mais pura essência,
o tempo que a gente necessita para respirar,
suspirar, transpirar, pirar: o que você faz quando
ninguém lhe vê fazendo?
Crônica: Estar só - Livro: Montanha Russa
Da próxima vez que você se queixar de que não
tem ninguém para compartilhar seus bons e maus
momentos, tente ver o lado positivo disso.
Você tem a você. Você tem o seu canto.
Não vai precisar pagar uma fortuna por poucas horas
num quarto de hotel, como se fosse uma foragida,
fazendo o que não gostaria que ninguém visse:
sendo você mesma.
Crônica: Estar só - Livro: Montanha Russa
"Alguns desacertos pelo caminho fazem a gente perder três anos da nossa juventude, fazem a gente perder uma oportunidade profissional, fazem a gente perder um amor, fazem a gente perder uma chance de evoluir. Por desorientação, vamos parar no lado oposto de onde nos guardava uma área de conforto, onde encontraríamos pessoas afetivas e uma felicidade não de cinema, mas real. Por sair em desatino sem a humildade de pedir informações a quem conhece bem o trajeto ou de consultar um mapa, gastamos sola de sapato à toa e um tempo que ninguém tem pra esbanjar."
Sumi porque só faço besteira em sua presença, fico mudo quando deveria verbalizar, digo um absurdo atrás do outro quando melhor seria silenciar, faço brincadeiras de mau gosto e sofro antes, durante e depois de te encontrar.
A convivência e o amor são mais importantes que qualquer coisa e superam todos os tabus...
Às vezes é preferível amar-se como animal do que ser racional...
É demais viver com angústia e desejos.
Já fui julgada
até crucificada.
Já fui enaltecida
e muito amada.
Já fui certa e errada.
Já julguei e condenei.
Me arrependi e me desculpei.
Já fiz de tudo um pouco
porque meu verbo é solto.
Se sinto, preciso falar,
se me incomoda
tenho que questionar.
Mal interpretada costumo ser
mas o que posso fazer
quando preciso dizer
o que vai dentro do meu coração
e bole com a minha emoção.
Já fui injusta com quem não deveria ser
e cruel com quem fez por merecer.
Já fui bondosa e companheira.
Já fui até a enfermeira
de vidas que desabavam.
Já fui bombas que estouravam
em meio a guerras devastadoras.
Já fui a doutora que curou
um coração que se feriu por amor.
Já fui a personagem esquecida
e a atriz principal.
Já fui recatada e imoral.
Já fui alguém que o vento levou
e que trouxe, de volta, por um favor.
Já acertei e errei
adoeci e me curei.
Já pedi e implorei.
Já cedi, vendi e dei.
Já me culpei e me torturei
por tantas coisas que nem sei.
Já corri muito atrás
mas era longe demais
e não consegui chegar.
Já rasguei lembranças
que não prestavam mais.
Já remexi o lixo para achá-las
e de volta, na gaveta, colocá-las.
Já fiz de tudo um pouco
afinal sou normal,
só não posso revelar
o etc e tal.
Dar Vote
O que acontece é que tem uma hora
em que ninguém mais aguenta ouvir
a gente entoar nossa sina, lamentar
nossa má sorte, procurar explicações
para o fim. É quando a gente se dá
conta de que já abusou da paciência
dos amigos, familiares, e cala.
Sofrimento cansa.
Não só cansa aquele que sofre,
mas também aqueles que o assistem.
Paixão é a força motora
que justifica nossa existência,
mas a perseguição desenfreada
por esse privilégio nos torna
dementes, viramos parasitas
de uma obsessão.
Amor, saúde e dinheiro persistem
como a tríade dos sonhos,
mas o século 21 está colocando
na prateleira um kit suplementar:
independência, auto-estima e bom humor.
Adquira-o.
A felicidade não depende
só do cumprimento de metas vitais,
mas também de atitudes mundanas.
A sua felicidade não é a minha, e a minha não é a de ninguém. Não se sabe nunca o que emociona intimamente uma pessoa, a que ela recorre para conquistar serenidade, em quais pensamentos se ampara quando quer descansar do mundo, o quanto de energia coloca no que faz, e no que ela é capaz de desfazer para manter-se sã. Toda felicidade é construída por emoções secretas. Podem até comentar sobre nós, mas nos capturar, só se permitirmos.
Desaprender a autocomiseração: enquanto perdemos tempo tendo pena da gente mesmo, os demais seguiram em frente.A solução é voltar ao marco zero. Desaprender para aprender. Deletar para escrever em cima.Houve um tempo em que eu pensava que, para isso, seria preciso nascer de novo, mas hoje sei que dá pra renascer várias vezes nesta mesma vida. Basta desaprender o receio de mudar.
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