Marta Medeiros Elegancia do Comportamento
No chão
(José Adriano de Medeiros)
No chão um jovem, um sufoco.
Fardas sem rostos.
Quatro em pé garantindo a segurança dos três, que sobre o pescoço, costas e pernas deixam bem claro,
que o mais seguro é permanecer
de braços cruzados ao fundo
O poema "No chão um jovem, um sufoco" é uma denúncia contundente da violência e da opressão. Através de uma imagem forte e concisa, é um convite a refletir sobre a nossa própria responsabilidade diante da injustiça e questionar nossas atitudes e a buscar formas de construir um mundo mais justo e igualitário.
Solo Seguro
(José Adriano de Medeiros)
Evitei dormir o voo todo
Queria ver coisas inteiras mesmo que de muito longe,
que de muito alto.
Lasso de tantas coisas destruídas,
um abraço há muitas mãos em solo seguro,
era tudo o que eu mais queria.
Ventos e chuvas
(José Adriano de Medeiros)
Quando os ventos trarão felicidade? Os que estão soprando só trazem a gélida tristeza, fim de pequenos amores caninos, que chocam ou a queda de muros que deviam sustentar e proteger, mãe, filhos e os espiritos santos. Que chuvas irrigarão e trarão prosperidadde? As que caem, alagam vidas com atrasos, perdas, enchem os lares de desesperanças e com toda sujeira advinda da velha politica. Ai se os ventos, soprassem responsabilidade, vergonha e altruismo, não precisava nem ser os mais fortes, uma brisinha branda e simples já bastaria.
ACHAS
Autora: Maria Luiza Brasil de Medeiros
Acha mesmo que estou gostando de estar sofrendo por saudades tua. Falta da tua ausência mesmo sendo sempre assim? Sei que tu não fizeste por mal indo morar em outra cidade. Mas só de tu me ignorares as conversas, dói. Já entendi que não teremos chance nenhuma daqui para frente... Mas o que custa preservar a amizade que tanto tu me dizias ser o principal? Mandando-te mensagem, às vezes, ligo apenas porque me preocupo e sinto saudades de ti. Quero saber como tu "tás", "como foi teu dia" conversar sobre as coisas que sonha em fazer daqui por diante. Achas que é fácil ser amiga da tua família, ter que fingir que está tudo bem, apenas para evitar que te critiquem... E se criticarem, vou defender por você ter sido alguém importante em meu coração e pensamento. Mas, por que esqueceu de mim? acha que me ignorar dessa forma vai ser o melhor? Se achas que assim irei esquecer fácil e rápido, talvez deva concordar que esteja certo, esteja, ou, talvez não. Mas, guardei de ti o teu melhor "eu", és aquela pessoa amiga. Carinhosa, atenciosa, que poderia estar triste. Mas, sempre com o sorriso no rosto, tentando ajudar quem quer que seja... Se tivesse ao seu alcance, claro...
Autora: Maria Luiza Brasil de Medeiros
"Nunca mudei, a vida que me ensinou que às vezes precisamos levar punhaladas nas costas para aprendermos que nem todas as pessoas são boas.
Alegres, verdadeiras e sinceras consigo mesmas. Nosso destino faz com que mudemos e passemos a conhecer pessoas positivas,
que nos ensinam a sermos mais otimistas conosco mesmos.
Não mudamos por você,
quando vimos já tinhamos mudado...
Nossos amigos falaram:
você mudou, estou gostando dessa vibe...
Então viva!
As mudanças são necessárias para termos lembranças boas.
Deixe tudo de ruim para trás.
Apenas cuide de você."
Não sou um Mário Quintana, um Machado de Assis ou uma Martha Medeiros, não tenho a mesma magia que esses e outros escritores tem, mas sim saímos todos do escuro onde estávamos escondidos, não é de cima para baixo é de baixo para cima, começo do nada sonhando chegar em algum lugar, não tento ser quem não sou, sou simplesmente eu.
Sou uma sonhadora que sonha ser uma escritora.
Sou uma pessoa que simplesmente sonha ter suas obras tocando as pessoas.
Simplesmente surgi de uma dor que senti e me descobri.
Sou simplesmente eu!
SORTE A MINHA
Autora: Maria Luiza Brasil de Medeiros
"Você foi a melhor pessoa que Deus poderia ter colocado em meu caminho. Sei que fui sincero demais falando a verdade em relação aos meus sentimentos. Minha cabeça estava confusa, quase cheguei ao fundo do poço antes de te conhecer. Nunca expressei a ninguém o quanto foi frustrante minha vida amorosa antes de conhecer você. Não pude dizer a nenhuma mulher ou amigo o quanto era decepcionante não conseguir me relacionar, nem que fosse apenas para ficar por uma noite e depois tudo acabar. Nunca vi, nem consegui olhar para uma mulher só com o desejo de satisfazer-me ou vice-versa. Então preferi passar anos sem ninguém até que conheci alguém que você já conhece.
Ela veio do nada aceitou o meu carinho, minha carícia, meu prazer... Porém, não era aquilo que eu queria. Seria apenas uma chance de amar outra pessoa sem pensar no amanhã. Mas essa pessoa acabou com meus sonhos, e eu não sei como passei tantos anos escondendo aquilo que mantive dentro de mim. Chorando apenas trancado dentro no meu quarto, ou me afogando na bebida. E tudo passou.
Os anos se passaram e agora estamos aqui você e eu, faltando uma semana para o nosso casamento. Casamento esse que idealizei com duas mulheres com jeitos, defeitos e qualidades diferentes (...).
E sempre tudo acabava em:"Não dá mais, não temos nada a ver" Ninguém acreditou que os opostos se atraem, como você acreditou. Depois que te conheci, tudo mudou, voltei a me sentir confiante, realizado, motivado e muito mais feliz. Sei que não precisaria casar ou conhecer alguém para me realizar como Homem. Mas vamos confessar... Amar, respeitar e ser amado por quem nos faz bem, nos quer por perto, faz por merecer; nos fortalece; e é lindo. Se entregar sem receios e conquistar os sonhos, hoje se representa, na noticia maravilhosa do nosso 'pacotinho" que está no seu ventre. Tudo isso me faz te querer cada dia mais e também estar ao lado da mulher corajosa, linda e forte que é você. Espero que quando nossos filhos crescerem, eles possam construir um relacionamento tão digno do amor, quanto o que você me fez construir com você. E assim, quando pensei que os meus cacos e, o caos da minha vida não tivessem mais jeito, tive a sorte dos meus olhos cruzarem com os teus."
Autora: Maria Luiza Brasil de Medeiros
"Teus olhos se tornaram luz
Em meio à escuridão,
Teu sorriso virou esperança no meio da multidão
Tuas mãos se tornaram meu ponto de equilíbrio
Enviaram-te na hora certa,
No momento certo.
Os anjos guiaram-te no momento mais incerto da certeza,
Da agulha que espetou meu coração,
Não havia conserto
Antes deu te conhecer,
Apenas permiti que entrasse
E, você acabou não entrando...
Roubou a felicidade que estava escondida à sete chaves,
bem no fundo do meu coração."
Autora: Maria Luiza Brasil de Medeiros
"Nunca imaginei que falaria "não te ter aqui comigo é meu pior castigo", que falar "tudo bem, eu entendo" não doeria tanto como está me doendo agora. Me imaginar encontrar você é como encontrar ouro no fim do Arco-íris, apaixonar-se por cores que iluminam os olhos de uma criança. Admirar as nuvens pensando em você ao meu lado. Demorou tanto para esse reencontro acontecer que, quando aconteceu, comecei a sentir borboletas no estômago, palpitações no coração, sem me importar com o que as pessoas diriam a respeito do meu humor, bem-estar e sorriso. Quando te conheci tudo isso melhorou, reconstrui meu coração. Ao te encontrar, aprendi que se pode amar e ser amada na mesma intensidade, que a felicidade está nas coisas vividas intensamente. Hoje vivo pelo que construimos juntos, e viveremos por mais 20, 45, 60 anos. Te amar, te cuidar e te proteger foi a melhor coisa que poderia ter jurado perante Deus e a todos que presenciaram a nova fase de nosso relacionamento. Fase essa que prometo cumprir o prometido, " ser fiel, na saúde e na doença até que a morte nos separe." Com você, aprendi o signficado da palavra amar. O desejo de fazer alguém feliz sem pensar no amanhã... pois o meu futuro é pleno, ao me ver idosa ao teu lado, com a alma transbordante de amor."
Li uma crônica de Martha Medeiros hoje sobre a felicidade de uma criança e parei um tempo para refletir sobre isso. Essa escritora realmente parece profetizar alguns momentos da minha vida.
Viva Martha, que sempre me arranca lágrimas no canto do olho ou gracejos quando me ensina coisas sobre as mulheres, sobre a vida, sobre a humanidade, sobre a alma humana.
Logo eu, que já convivi com tantas pessoas sem alma, que fizeram dos filhos seres estranhos ou objetivos cumpridos de um "projeto de vida" mal rebuscado.
Observei de perto pessoas que "faziam filhos", semelhantes aos conceitos de "a fábrica - de Flusser" ou "ter filhos", modo aquisitivo de vida discorridos por Erich From em Novo Homem e Nova Sociedade.
Filho não pode ser projeto. Filho não é um objeto. Filho é "fruto" que sai de dentro, foi a união de duas sementes, de duas almas...
Aquele filho será terá sempre uma unidade com os outros dois corpos que o semearam, mesmo que se distanciem, seja por consenso, seja por desavença.
Deveria ser hediondo o crime de um genitor que tenta afastar o filho do outro, deveria cumprir pena todo aquele que faz alienação parental, que causa mais sofrimento à criança do que ao alvo que pretende atingir.
Porque o mundo ainda não descobriu o valor do amor? Que amor lançado é semente que germina facilmente, e o coração da criança será sempre uma terra fértil.
Os pais que amam os filhos relevam as barreiras existentes entre si e constroem pontes de amor, que os levam ao coração dos seus filhos. Mesmo que entre si não haja manifestações de amor aparente, quando amam os filhos com atitudes, já exercitam o amor mútuo entre si, inclusive! O amor é o elo invisível, acima das palavras...
... Carlos Medeiros da Silva, Miguel Seabra Fagundes e Hermes Lima, três luminares do Direito Brasileiro, cada um com o seu traço peculiar, a sua personalidade, mas todos mestres do seu ofício... mestres que fundaram o Direito aqui, os primeiros que souberam fundir o universal com o particular, aquilo que nos proveio da herança romana, através dos séculos, com as alterações por eles introduzidas, e aquilo que resultou de experiência ou de necessidade específicamente brasileiras
A OFENSIVA REACIONÁRIA
"Coração cheio de fé"
José Adriano de Medeiros
"Sabe como é, se a chuva molhar meu pé, vou chegar em casa resfriado, dedos gelados, mas meu coração vai estar cheio de fé..." Disse isso do nada e saiu andando feliz da vida enquanto a chuva caia, alagava ruas e calçadas e dificultava todo transporte público de São Paulo. Este texto é um relato de uma conversa que escutei enquanto no meio da multidão, vi um flash de alguém que registrava em sua máquina, tanta gente querendo ir para o seu lar.
Com um sorriso bobo no rosto, a figura se perdeu entre a multidão que se apressava para se abrigar da chuva que caía cada vez mais forte. Suas palavras ecoaram em meus ouvidos, como um mantra contra a inclemência do tempo. Aquele homem, desconhecido, carregava consigo uma fé inabalável, capaz de transformar a mais simples das situações em um ato de esperança.
Enquanto observava a cena, meus dedos gelavam, mas um calor diferente tomava conta do meu peito. Aquele encontro casual, ali naquela estação de Metrô, me fez refletir sobre a força do espírito humano. Em meio ao caos da cidade, a fé daquele homem era um farol, iluminando a escuridão e aquecendo os corações.
Voltei meus olhos para a cima e podia ouvir mesmo sem ver a chuva que caía sobre a cidade. As gotas, antes irritantes, agora pareciam dançar em uma coreografia sincronizada no palco da minha imaginação. A água escorria pelas ruas, criando pequenas cachoeiras improvisadas. A natureza, em sua força bruta, mostrava sua beleza e sua capacidade de renovação.
Lembrei-me de outras vezes em que a chuva me havia pego desprevenido. Aquele sentimento de impotência diante da força da natureza, a frustração por ter que me molhar. Mas naquele dia, ao sair da estação algo havia mudado. As palavras daquele homem me haviam mostrado uma nova perspectiva. A chuva não era mais um incômodo, mas um convite à reflexão, uma oportunidade para conectar-me com algo maior do que eu.
Tirei da mochila um lanche frio, em com ele em minhas mãos, continuei a caminhar pela rua alagada. A cada passo, sentia a água invadir meus sapatos, mas meus pensamentos estavam longe daquela pequena inundação. Eu pensava naquela frase: "mas meu coração vai estar cheio de fé". E, de repente, entendi que a fé não era apenas uma crença religiosa, mas uma força interior capaz de nos guiar em qualquer circunstância.
Ao chegar em casa, molhado e frio, sentei-me na janela e observei a chuva que continuava a cair. E, enquanto as gotas deslizavam pelo vidro, senti meu coração aquecido por uma sensação de paz e gratidão. Aquele encontro casual na esquina de Osasco havia sido um presente inesperado, uma lição de vida que eu levaria comigo para sempre.
A fé daquele homem, transmitida em poucas palavras, havia me mostrado que, mesmo nos momentos mais difíceis, é possível encontrar esperança e alegria. E que, por mais que a chuva caia e o mundo pareça desabar, dentro de cada um de nós existe um sol capaz de iluminar os dias mais sombrios.
Bem, assim como a Martha Medeiros, vou tentar me descrever aqui também...
Bem... Eu? ahhh Eu sou...
Sou calma, muito calma... mas por favor não me queiram ver nervosa...
Sou música, poesia, leitura.
Sou um bom prato de feijão, arroz, bife e salada,
Sou mar, mas não sou praia, nem areia...
Sou água de coco,
Não sou cor de rosa...
Sou Corinthians,
Sou trabalho,
Sou sonhos,
Sou mudanças,
Sou mulher,
Sou cidade, sou urbana, poluição, prédios.
Sou paulista,
Sou Avenida Paulista,
São Paulo.
Sou básica.
Sou feliz.
Sou de Deus.
Sou... assim!
Simples,
Chata,
Alegre,
Impacientemente paciente,
Metrô.
Sou outono e primavera.
Sou margaridas e lirios da paz.
Sou misteriosa, sou curiosa, sou calada...as vezes
Sou falante sempre!
Sou sorriso.
Sou nude,
Mas sempre colorida.
Sou salto alto, mas não abro mão de uma sapatilha vermelha...
Sou girassol.. carrancudo, alegre e lindo!
Sou futebol!
Sou um bom filme...
Sou humor e sorrisos!
Não sou brigas, não sou barraqueira...
Sou ciumenta...
Eu...
Um bom perfume,
Paz...
Se pudesse sair do país agora?
Iria para França, andar pelos corredores do Louvre...
Iria para Irlanda... quem sabe...
Ouvir uma música agora?
Isso eu posso,
Ouviria Seu Jorge...
Até mais...
Tudo o que você faz de bom ou de ruim, vai gerar uma consequência à curto, médio ou longo prazo.
Tudo o que você deixa de fazer, também vai gerar uma consequência no futuro, o presente tem uma enorme conexão como futuro.
Quando você é omisso(a), ausente, displicente, indisciplinado, negligente, imprudente, preguiçoso, incompetente ou acomodado, tudo isto vai gerar uma consequência no futuro, mesmo que você não perceba, mas, vai afetar de forma direta ou indireta, em maior ou menor grau a sua vida moral, cultural, acadêmica, social ou espiritual ou vai afetar a vida de outrem.
A lei da semeadura é bíblica, real, e a vemos no nosso dia a dia. Não podemos fugir desta realidade clara e explícita. O presente pode interferir e muito no futuro.
Cuidado com o que você faz ou deixa de fazer hoje e agora, isto vai se refletir no futuro, vai se refletir em você ou em alguém. Cuidado as consequências podem ser cruéis.
A religião e o respeito devem andar lado a lado, religião por si só não salva, não surte efeito, não transforma, não faz a diferença.
Mas, você com o seu respeito faz toda a diferença, transforma, e cria uma atmosfera agradável entre as pessoas. Respeite.
Que Cristo Jesus seja a sua única religião, que o seu bom caráter seja a sua rotina e que
o bem e a paz seja o seu hábito diário.
Mesmo com as dificuldades, com as lutas e obstáculos da vida, não desista, siga em frente, não recue, segure nas mãos do Altíssimo e rompa barreiras com Deus, com a sua fé e com o seu árduo trabalho.
21-12-2020