Mario Quintana fim e Começo
Não desanime!
No começo dói
Depois vai arder
Vai doer mais um pouquinho
Porque tem que lavar a ferida
Até que cure completamente.
Vai passar, calma!!
Sonhar sempre vai fazer bem para alma onde maior passo e não desistir no começo da errado mas e só persistir, não e necessário desespero e sim manter a calma.
Minha meta pode ate estar longe, mas tendo estrada eu vou caminhando fazendo tudo que posso em pró do meu sonho, andando ou ate se rastejando seguir em frente e o mais importante.
Sinto-me como que navegando em um universo de sentimentos...no começo dele estão meus sonhos,ideais,expectativas,o novo,a ausência do medo...no meio,as realizações,decepções e ilusões pelas quais passei e ao perceber que chegarei ao ápice desta orbe enfim…contemplo simplesmente a felicidade inclusive, a de todos que comigo viajaram focados no mesmo objetivo.
Mais especial que o começo é o recomeço com renascimento do amor, que se torna mais apurado, sensivel, simples, único e cada vez mais inquestionavel.
Não se começa uma escada pelo ultimo degrau porque se cai vai doer, então comece pelo começo e faça direito para quando se estiver lá em cima não caia. Ou seja comece pelo começo.
No começo d tudo apenas lhe admirava,o tempo passou e eu comecei a te amar e hj estou completamente apaixonado...
Hoje namoro com ele mas no começo não gostaa dele achava ele feio e vivia brigando com ele mas hoje poço perceber q as aparencias enganam...Hoje amo ele mas q tudo e meus pais não sabem disso graças a deus.
Eu que era apenas um esboço, um projeto de gente inacabado já começo a tomar uma forma bem diferente de outrora, porque busquei com fé e esperança novos caminhos, vislumbrando outros contornos e pintando de cores mais nítidas a minha vida.
Quando a minha mente abre, começo a considerar verdadeiras tempestades e furacões apenas como brisas passageiras...
Que droga
No começo, não era nada — eu acho.
Só empatia.
Era ela, coitada, tão quieta na tristeza...
Que mundo injusto, que ironia.
Tão meiga, tão viva, agora em silêncio,
Olhos de mel cobertos de sombra.
Quem teve a crueldade de apagar sua luz?
De roubar o sol de quem transborda?
E então me atingiu — direto, sem aviso.
Como pode ela estar assim, partida?
Quem foi o infeliz que lhe tirou o riso
e costurou tristeza em sua vida?
No início era só compaixão, mas quando vi,
já era vício, já era laço.
Sem perceber, fiquei preso de novo
na droga doce do teu espaço.
Quando penso, só vejo teus cachos soltos,
teu jeito calmo, teus olhos fechando em riso.
Fiquei ali, admirando cada traço,
tentando ser abrigo, ser sorriso.
E quando notei, já sorria com você,
sem precisar de nada mais, nem entender porquê.
Ria dos teus risos, da tua calma,
e a cada gesto teu, se curava a minha alma.
E eu juro — por cada alegria que brotou de ti
que não deixarei tua luz se apagar aqui.
Se um dia a dor quiser voltar, eu serei abrigo,
serei tua paz depois do perigo.
Porque agora que te vi florescer em riso sereno,
quero ser teu porto quando o mundo for pequeno.
Te guardar do cinza, da dor e do desamor,
e pintar teus dias com abraço e cor.
"O fim é o começo, na vastidão da incerteza, onde a mente ingênua, tomada pela ânsia, vagueia em busca de certezas"
Me pergunto qual foi o começo de todo esse amor…
Como eu poderia esquecer dos dias em que apenas te admirava à distância? Dia após dia, me perdendo em teu sorriso, me encantando com teu jeito, me alegrando apenas por te ver.
Como colocar em palavras que, além de tua beleza única, ainda havia tua energia — uma energia calma e brilhante, que me fazia sentir cada estrela no céu e no mar?
Após tantos anos, ainda tento descrever tudo o que sentia ao te ver…
E, duvido que algum dia eu consiga escrever todos os poemas que meu coração te recitou.
Sigo, então, comparando-te a todas as coisas belas que há no mundo — já sabendo que nenhuma delas chegará aos teus pés. E mesmo que o mundo inteiro brilhe, ainda me falta tua luz.
A Cura do Irremediável.”
Eu começo este texto, explicando porque “A Cura do Irremediável”.
Segundo a wikipedia,“Irremediável” é algo sem solução, sem remédio ou possibilidade de ser evitado ou reparado, de forma definitiva, ou fatal.
A Cura do Irremediável, porque soa como um paradoxo, “a cura daquilo que não podia ser curado”.
Em sentido filosófico e existencial, representa a busca humana por lidar com perdas, dores e situações que parecem definitivas.
Existem dores, pessoas, lugares e tempos que não voltam mais.
Com um tempo, se desfaz, e esfarela tudo no vento.
Há algumas perdas que não tem remédio.
Silêncios em excesso que não se desfazem em palavras…
Mas, no fundo da alma cansada, onde o impossível se deita totalmente cansado, nasce uma cura, a cura do Irremediável.
não é apagar o que já passou, é claro.
Mas é aprender a respirar na ausência, e no silêncio que estão te fazendo sentir.
A cura do Irremediável não é devolver o que se perdeu, é transformar a ferida em choro deixado para trás. E transformar esse choro em oração.
E assim, o Irremediável se cura.
COGITO, ERGO FLUO.
Começo com a cena comum: releio o que escrevi para simular a impressão do outro. Ao reler, descubro que não sou o mesmo leitor. Mudei o
referencial. O texto não mudou, eu mudei. Esta simples constatação abre o problema do “eu” e do verbo que o sustenta.
Pergunto o essencial: quem fala quando digo “eu”? Se tomo “eu” como nome de coisa, procuro uma entidade fixa. Se trato “eu” como índice de
perspectiva, reconheço uma função no jogo de linguagem. O primeiro caminho promete substância. O segundo só garante presença. A experiência
diária favorece o segundo.
Trago o cogito ao centro. “Penso” descreve ocorrência situada. Tempo. Corpo. Contexto. “Existo” soa como estado que atravessa tempos. Ao passar
de “penso” para “existo”, a gramática troca de regra sem declarar a troca. Não é dedução. É deslocamento silencioso. A força retórica do cogito nasce
dessa elipse gramatical.
Se “existir” pretende mais do que aparição, precisa de critérios de reidentificação. Quem é o mesmo amanhã. Como o distingo de outro. Que marcas
permanecem. O pensar, por si, não entrega esses papéis. Ele atesta presença. Ele não protocola permanência. Logo, de “há pensamento” segue
apenas “há sujeito-em-ato”. Não segue “há substância que pensa”.
Releio de novo, agora com os olhos de quem receberia o texto. O referencialismo se mostra na prática. O outro que penso é uma face do meu
espelho. O sentido que encontro é correlação entre posição de leitura e regras de uso. Identidade, nesse quadro, é narrativa sob um ponto de vista.
Troque o ponto e a narrativa muda. O “eu” não é laje. É curso.
Chamo Heráclito para a ontologia mínima. O rio não exige uma gota essencial para ser rio. Exige continuidade de passagem. O sujeito que pensa não
reúne provas de minério. Reúne recorrência de atos sob regras. Se isto vale, então a pergunta “quem sou eu” não busca um bloco. Busca a coerência
operativa de um fluxo.
Volto a Descartes. O cogito é inabalável se o leio como enunciado performativo. Se penso, é indubitável que comparece o fenômeno do pensar. Onde
ele falha é no salto da ocorrência ao estado e à substância. A “res cogitans” é hipóstase. Faz do índice um nome. Faz do uso uma ontologia. É feitiço
da linguagem.
Objecção previsível: o “existo” cartesiano seria momentâneo, não permanente. Se for assim, “existo” significa “apareço agora”. Aceito sem
resistência. A refutação mira o passo seguinte, quando se transforma o momento em coisa. Outra objecção: sem substância, evapora a
responsabilidade. Respondo com sobriedade. Responsabilidade é continuidade normativa e memorial. Regras, registros, reconhecimento. Não
precisa alma mineral.
Sigo com a prática discursiva. Dizer “eu me encontrei” supõe um objeto fixo e um mapa estável. Não é o que a experiência oferece. Na vida, não nos
encontramos. Nós nos construímos. O encontro pertence ao ser que pode dizer “Eu Sou” como estado absoluto. Para nós, permanecer é manter um
fio de narrativa sob condições públicas. O fio é suficiente para a ética. Desnecessário para a metafísica de bloco.
Fecho a reflexão com a precisão que devo à gramática. Do evento pensar não se lê essência. Lê-se aparição. O cogito sobrevive ao exame se perder a
pretensão de substância. Resta claro e útil como prova mínima de presença. A ontologia que o abriga é de fluxo. A semântica que o disciplina é de
uso.
Conclusão operativa: penso, logo apareço. Sou em ato enquanto o pensar acontece. Quando o ato cessa, a narrativa arquiva um contorno. Entre
arquivo e curso, escolho o curso para dizer “eu”. Em língua seca e lírica o bastante para fixar o sentido: cogito, ergo fluo.
Tem dia que a gente não sabe por onde recomeçar.
Mas só de tentar… já é começo.
Às vezes, o primeiro passo
é só respirar diferente.
É dizer “hoje vai ser mais leve”.
E, aos poucos, é.
— Edna de Andrade
@coisasqueeusei.edna
