Mar Liberdade
É tudo tão louco e misteriosamente inquietante... Como se um redemoinho de borboletas dentro de você quisessem voar, aí vem os infindáveis suspiros e uma delas consegue se libertar no ar que acabas de soltar...
Deus diz muitas coisas. Não sei por que Deus se mostra para algumas pessoas e não para outras. Mas, se você não o conhece, vou rezar por você.
Já vi seu pai sobreviver a coisas que homem nenhum sobrevive. Quando chegamos aqui, eles insistiram que mudássemos. Que mudássemos nossos nomes, nossa língua. Eles até tentaram mudar quem somos. Seu papai nos ensinou a aguentar firme. Agora é a nossa vez de fazer o mesmo por ele.
O pas de deux é química transformada em carne. O coração do balé. A dança é um ritual de sedução, não?
Vamos fazer um pacto. Repita comigo. É nosso juramento sagrado. Sempre ajudar uma à outra. Ajudar uma à outra a cada passo do caminho
O opressor e seus cúmplices
O poder do opressor raramente está apenas em suas mãos. Ele não domina sozinho; sustenta-se nos ombros de muitos que, direta ou indiretamente, lhe dão suporte. E o que torna esse jogo perverso é que, frequentemente, entre esses ombros estão os dos próprios oprimidos.
Simone de Beauvoir, com sua lucidez, disse uma verdade incômoda: “O opressor não seria tão forte se não tivesse cúmplices entre os próprios oprimidos.” É um soco no estômago da nossa percepção de justiça. Porque, ao repetir as mesmas estruturas que nos subjugam, acabamos, sem perceber, reforçando as correntes que nos prendem.
Essa cumplicidade pode se manifestar de várias formas. Às vezes, é o silêncio. Aquele silêncio que opta por não enfrentar, por temer as consequências. Outras vezes, é a imitação. Adotamos as regras do opressor, acreditando que, ao fazê-lo, seremos menos alvos, mais aceitos. E, em muitos casos, é o comodismo, a aceitação de que “sempre foi assim” e, portanto, não vale a pena lutar contra.
Mas o opressor não é apenas uma figura autoritária ou um sistema visível. Ele pode ser uma ideia, um hábito, um preconceito que internalizamos. Pode ser o padrão de beleza que seguimos enquanto criticamos, a desigualdade que aceitamos como natural ou o julgamento que fazemos de quem tenta escapar das regras impostas.
Os cúmplices não são vilões; são humanos, como todos nós. Agem muitas vezes por medo, por ignorância ou por cansaço. Resistir ao opressor exige esforço, e o esforço constante pode ser exaustivo. É mais fácil acreditar que a submissão é inevitável do que imaginar o risco de resistir.
Ainda assim, é preciso romper esse ciclo. Porque a força do opressor está na rede que ele tece, e cada fio dessa rede é sustentado por quem cede, por quem acredita que não tem escolha. Reconhecer a nossa participação — mesmo que involuntária — é o primeiro passo para quebrar as correntes.
Seja no discurso, na atitude ou no silêncio, precisamos nos perguntar: “Estou ajudando a perpetuar o que me oprime ou estou buscando uma saída?” Porque o opressor só é forte enquanto acreditamos que ele é invencível. E, muitas vezes, o primeiro ato de resistência começa quando um oprimido deixa de ser cúmplice e decide, finalmente, ser livre.
✍🏼Sibéle Cristina Garcia
No princípio, tudo era perfeito e bom.
Tudo que era criado cumpria perfeitamente
seu propósito.Mas aconteceu o que nunca poderá
ser explicado ou entendido:
a criatura se desviou de seu propósito.
Esse foi o início do acaso,
esse foi o início do mal.
O mal e o acaso estão ligados,
mas haverá um dia em que tudo será
como antes.
Toda criatura cumprirá
perfeitamente seu propósito.
O criador nunca criaria o mal
para se ter liberdade.
Quando uma mulher conhece seus direitos,
toda a sua casa aprende a sonhar mais alto.
Graciane Volotão
Optar por estar só não é uma questão de ser exigente, seletivo, difícil ou então como costumam rotular "não sabe amar" ou é uma pessoa "difícil de ser amada".
Algumas pessoas apenas não sentem a necessidade de se aventurar "construindo" relacionamentos românticos apenas para se livrar da solidão, vazios ou então para se sentir dentro dos padrões.
Corações livres não ligam para padrões, e sabem se divertir com a própria companhia. Solidão é apenas a essencial e reenergizante solitude.
Corações livres sentem o sossego e a confiança de que em algum lugar está o parceiro especial que irá verdadeiramente tocar seu coração para a vida toda, e é por esse parceiro que eles valorizam esperar para ter algo realmente especial.
Aquele que quando cruzar seu caminho transformará sua vida, porquê assim é o amor real, surpreendente, transformador para a mente, corpo e alma.
É uma conexão tão profunda, que você poderá sentir o outro, sem mesmo ele precisar te tocar.
Corações livres e verdadeiros não se contentam com diversões e sentimentos rasos. Eles preferem esperar pelo que irá verdadeiramente e intensamente tocar suas almas.
Talvez hoje o que me reste sejam as lembranças, o som do mar, seus dedos deslizando sobre o piano, a tocar melodias que tocam a minha alma. Seus olhos, seu sorriso, o som da sua voz, que soa como a de um anjo, invadem o meu coração, trazendo-me um amor puro e sincero.
Ah, talvez hoje só me reste viver da sua lembrança e trazer tudo de mais sublime e perfeito que um dia presenciei. E hoje, embora dias, semanas, meses, anos tenham se passado, você...
É, você continua vivo dentro de mim.
Quando fecho os olhos, consigo tocar suas mãos e ouvir o som do mar e você tocando as mais lindas melodias de amor.
Melodias que você me ensinou a tocar e a viver o que é amar e ser amado.
Você, meu doce, que me faz sonhar e querer viver cada dia para realizar tudo o que um dia planejamos, embora já tão distante, eu te levo aqui, no mais íntimo do meu coração. Não foi desta vez, mas quem sabe um dia Deus nos permita recomeçar...
Como as ondas do mar
Assim como as ondas do mar tem um momento mágico, logo quebram e se vão. As estrelas saem só de noite mas em algum lugar do universo permanecem acesas. Assim como as nuvens mudam, vai mudando o nosso amor. Mas em algum lugar de nossas almas vive em chama na eternidade de um olhar e a simplicidade de uma lágrima.
Assim como não se vê o vento mas se sente e existe, assim é nosso amor, presente em cada momento. E na imensidão do universo, uma lágrima volta a rolar para fundir- se no mar e alcançar a magia de amar.
O medo de tentar mudar é uma grande âncora que impede o ser de navegar pelo mar da vida e até a reencarnação, que deveria ser mais estudada, acaba sendo usada como desculpa para não se agir. Ao estudá-la, compreendemos justamente a necessidade da ação já, pois somos hoje o reflexo das atitudes do passado, e o amanhã será criado com as ondas provocadas pelas atitudes de hoje...
DIA DA CRIAÇÃO
I
Hoje é sábado, amanhã é domingo
A vida vem em ondas, como o mar
Os bondes andam em cima dos trilhos
E Nosso Senhor Jesus Cristo morreu na Cruz para nos salvar.
Hoje é sábado, amanhã é domingo
Não há nada como o tempo para passar
Foi muita bondade de Nosso Senhor Jesus Cristo
Mas por via das dúvidas livrai-nos meu Deus de todo mal.
Hoje é sábado, amanhã é domingo
Amanhã não gosta de ver ninguém bem
Hoje é que é o dia do presente
O dia é sábado.
Impossível fugir a essa dura realidade
Neste momento todos os bares estão repletos de homens vazios
Todos os namorados estão de mãos entrelaçadas
Todos os maridos estão funcionando regularmente
Todas as mulheres estão atentas
Porque hoje é sábado.
II
Neste momento há um casamento
Porque hoje é sábado.
Há um divórcio e um violamento
Porque hoje é sábado.
Há um homem rico que se mata
Porque hoje é sábado.
Há um incesto e uma regata
Porque hoje é sábado.
Há um espetáculo de gala
Porque hoje é sábado.
Há uma mulher que apanha e cala
Porque hoje é sábado.
Há um renovar-se de esperanças
Porque hoje é sábado.
Há uma profunda discordância
Porque hoje é sábado.
Há um sedutor que tomba morto
Porque hoje é sábado.
Há um grande espírito de porco
Porque hoje é sábado.
Há uma mulher que vira homem
Porque hoje é sábado.
Há criancinhas que não comem
Porque hoje é sábado.
Há um piquenique de políticos
Porque hoje é sábado.
Há um grande acréscimo de sífilis
Porque hoje é sábado.
Há um ariano e uma mulata
Porque hoje é sábado.
Há uma tensão inusitada
Porque hoje é sábado.
Há adolescências seminuas
Porque hoje é sábado.
Há um vampiro pelas ruas
Porque hoje é sábado.
Há um grande aumento no consumo
Porque hoje é sábado.
Há um noivo louco de ciúmes
Porque hoje é sábado.
Há um garden-party na cadeia
Porque hoje é sábado.
Há uma impassível lua cheia
Porque hoje é sábado.
Há damas de todas as classes
Porque hoje é sábado.
Umas difíceis, outras fáceis
Porque hoje é sábado.
Há um beber e um dar sem conta
Porque hoje é sábado.
Há uma infeliz que vai de tonta
Porque hoje é sábado.
Há um padre passeando à paisana
Porque hoje é sábado.
Há um frenesi de dar banana
Porque hoje é sábado.
Há a sensação angustiante
Porque hoje é sábado.
De uma mulher dentro de um homem
Porque hoje é sábado.
Há a comemoração fantástica
Porque hoje é sábado.
Da primeira cirurgia plástica
Porque hoje é sábado.
E dando os trâmites por findos
Porque hoje é sábado.
Há a perspectiva do domingo
Porque hoje é sábado.
III
Por todas essas razões deverias ter sido riscado do Livro das Origens, ó Sexto Dia da Criação.
De fato, depois da Ouverture do Fiat e da divisão de luzes e trevas
E depois, da separação das águas, e depois, da fecundação da terra
E depois, da gênese dos peixes e das aves e dos animais da terra
Melhor fora que o Senhor das Esferas tivesse descansado.
Na verdade, o homem não era necessário
Nem tu, mulher, ser vegetal, dona do abismo, que queres como as plantas, imovelmente e nunca saciada
Tu que carregas no meio de ti o vórtice supremo da paixão.
Mal procedeu o Senhor em não descansar durante os dois últimos dias
Trinta séculos lutou a humanidade pela semana inglesa
Descansasse o Senhor e simplesmente não existiríamos
Seríamos talvez pólos infinitamente pequenos de partículas cósmicas em queda invisível na terra.
Não viveríamos da degola dos animais e da asfixia dos peixes
Não seríamos paridos em dor nem suaríamos o pão nosso de cada dia
Não sofreríamos males de amor nem desejaríamos a mulher do próximo
Não teríamos escola, serviço militar, casamento civil, imposto sobre a renda e missa de sétimo dia,
Seria a indizível beleza e harmonia do plano verde das terras e das águas em núpcias
A paz e o poder maior das plantas e dos astros em colóquio
A pureza maior do instinto dos peixes, das aves e dos animais em cópula.
Ao revés, precisamos ser lógicos, freqüentemente dogmáticos
Precisamos encarar o problema das colocações morais e estéticas
Ser sociais, cultivar hábitos, rir sem vontade e até praticar amor sem vontade
Tudo isso porque o Senhor cismou em não descansar no Sexto Dia e sim no Sétimo
E para não ficar com as vastas mãos abanando
Resolveu fazer o homem à sua imagem e semelhança
Possivelmente, isto é, muito provavelmente
Porque era sábado.
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