Mapa
MAPA DA MINA
Demétrio Sena
Tenho amor de reserva, um bom montante
que poupei desde os dias de menino;
fui errante afetivo e me guardava
sob a vasta incerteza de respostas...
Trago em minha colmeia o mel mais denso;
mais curtido e secreto; sertanejo;
meu desejo é dulçor que também arde
num imenso tonel de solidão...
Guardo anseios, lembranças, nostalgias,
dias tristes de sonhos desmentidos,
de abandono e de muita indecisão...
Sob tantas feridas, tanto amor;
uma grande barragem de sentidos;
bom humor que tirei das próprias mágoas...
O mapa invisível
Nunca tive mapa. Só direção.
A bússola era a fé, o combustível era a vontade.
Entrei no mercado sem promessas, sem garantias, apenas com o desejo de crescer sem pisar em ninguém.
E fui traçando meu caminho com ética, palavra firme e coração aberto.
Hoje, olho para trás e vejo um rastro de portas abertas, amizades construídas e famílias realizadas.
Não foi sorte. Foi missão aceita.
Cada cicatriz na pele é um mapa de batalhas silenciosas, traçado por noites de coragem e lágrimas.
(LilloDahlan)
MAPA
Pensar no verbo como matéria de criação
nos conduz que as palavras são importantes
Mas só temos consciência do que elas sejam
quando nos versos e traversos das curvas
que até nos nos conduz pelo crucial eco
das curvas que os abismos em seus vértices
nos contam.
Vértices esses sempre belos
pois no mundo se escrevem
em sua façanha mundana
de se fazerem valer nas linhas
das fronteiras.
Essa é nossa
verdadeira bíblia
com linhas tortas
mas letras belas.
Reais!
Factíveis!
Que o mundo se encontra.
DÚVIDA METAFÍSICA II?
Nunca perguntei de onde vim, para onde vou. Antes consultava um mapa; agora, o GPS.
“Conto Sem Fuga”
Viaja, coração — sem mapa, sem bagagem,
cruzando desertos de rotina e miragens,
na esperança de que o amor seja real,
e não apenas um eco no quintal da alma.
Liberdade soa linda…
até que ela custa o toque,
o riso em dia nublado,
o cheiro no travesseiro —
onde antes havia lar, há silêncio calado.
Sentimentos se embaralham como vento em véus,
confusos, intensos — ora céu, ora breu,
e as lágrimas que caem não são fraqueza,
são bilhetes molhados ao universo, pedindo beleza.
Pagamos caro por sonhar:
o apego, o abrigo, o beijo não dado,
o amor que nunca disse a que veio,
mas ficou sentado no peito, espreitando.
E ainda assim — sorrimos.
Colocamos a máscara de contentamento,
enquanto o "eu" lá dentro
grita por toque, por verdade, por alento.
Grita por um conto de fadas
que não precise de dragões ou castelos,
mas de mãos que se reconhecem,
e olhos que digam: “eu também me perdi, mas vim te achar.”
E talvez o encanto esteja nisso:
na dor que não some,
na pele que ainda arrepia só de lembrar o nome,
no beijo que mora sem nunca morar,
no instante que foi…
e ficou para eternizar.
Mas ao final da página —
não há fuga, nem feitiço.
A realidade sempre nos chama
e exige o compromisso.
**Ponta Porã, Princesinha dos Ervais**
*por Yhulds Bueno*
Na linha sutil de um mapa sem muro,
Onde o Brasil e o Paraguai se dão as mãos,
Nasce Ponta Porã, em abraço maduro,
Terra de ervais, de cheiros e canções.
Princesinha cercada de verde e neblina,
Com a alma gelada do vento europeu,
Nos dias frios, o céu se inclina
E acaricia o mate que alguém aqueceu.
Aqui, o tereré canta em roda de amigos,
Fronteira sem porteira, só coração,
Mistura de línguas, de risos antigos,
De lendas que cruzam o chão do sertão.
Brasileiros e paraguaios se encontram,
Sem barreiras, sem pressa, sem porquê,
As histórias se fundem, os olhos se contam,
E a cultura floresce onde a paz quer viver.
Ó cidade das neblinas e do chimarrão,
Dos mitos que dançam no campo molhado,
És poesia na palma da minha mão,
Ponta Porã, meu canto encantado.
Agenda do novo ano à moda antiga: de papel; com fusos horários; mapa-múndi; e capa dura, além da função agregada de diário de bordo. No momento inaugural e solene do primeiro registro, três sentimentos bateram forte: felicidade pelo novo ano, esperança para bons registros e medo, deixa pra lá!
Estou atravessando o deserto sem mapa, sem água, apenas com a esperança de viver em um oásis em seu fim.
Aquele que mergulhou nas profundezas do próprio ser descobre o mapa para navegar seu universo.
Aquele que se renega ao espelho torna-se uma embarcação à deriva no oceano do caos
Vestida de luto intenso
por quem reluta
em reconhecer o mapa
que inclui o Esequibo,
Com o coração ferido
pelo General injustamente
acusado de instigação
a rebelião e por uma
tropana prisão igualmente
por motivos políticos.
Quem não se sensibiliza
com tal situação
não ama a própria Nação,
e não é difícil entender
o porquê de tudo isso.
Dá para perceber que
não ama a si mesmo,
Vive o vazio existencial
mais profundo do tempo.
Vendo gente colocando
o mapa errado da Venezuela,
ainda penso que pode
ser até de propósito
para que o Esequibo
seja apagado da História.
Eu penso em você
que cuida todos os dias
que vem mostrando
o mapa verdadeiro,
e respeita o meu solo brasileiro:
(Vendo que existe gente
insistente em recontar
os fatos de maneira
surreal assumo que tremo).
Contando o quê vem acontecendo
em meus versos latino-americanos
no mundo, no continente e por todo
o Hemisfério: sou eu é que não
deixo cair no esquecimento a injusta
prisão de um General acusado falsamente de instigação a rebelião
e de uma tropa em igual situação.
Para uns pode ser devaneio
o culto a liberdade como miragem
nos meus desertos e silêncios,
Alguém tem que crer no fim
da tempestade neste milênio.
Com o mapa aberto
sobre a mesa vejo
a América do Sul
e encontro o meu
Brasil Brasileiro,
E entre um gole
e outro do meu
Chimarrão Ventania
relembro a memória
poética e nativista.
Apesar da importância de esboços e planos, as pegadas demarcam melhor o caminho e compõem o mapa de lembranças e reflexões.
"Não existe um mapa exterior que possa nos conduzir a obter significados, mas sim uma construção interior que nasce da nossa própria experiência e introspecção." Dan Mena
Enquanto os homens de trono brincam de carrascos no mapa-múndi, são sempre os filhos dos outros que sangram na terra nua.
Sem mapas
As emoções e os sentimentos não se prendem num mapa, apenas os corpos entendem estas distâncias,
Não adianta caminhar pela cidade inteira afim de encontrar um amor sem ter a habilidade de sentir a vibração das luzes das pessoas, a reciprocidade não vêm atoa ela é naturalmente magnética,
Escutar verdades bonitas ou ouvir as mentiras que salvam? Obviamente eu prefiro viver nas ilusões que me tiram dessa realidade tão simples e comum, nada é melhor do que cair de cabeça numa conexão que faz agente se sentir vivo como se não houvesse o amanhã,
Do precipício ao olhar para baixo eu não vi o final, mas ao olhar para frente eu vi as nuvens,
Existem vários mundos perdidos por aí, porém através do beijo eu encontrei vários universos e interagir com eles e isso foi lindo,
Entre sorrisos, silêncios e olhares eu coleciono intimidades que nem o tempo ousa apagar da mente dos envolvidos.
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