Mãos
Olhando a tela móvel em minhas mãos, a vejo, e ao ver
percebo o finito tempo que escorre, as incertezas da vida,
algo tão passageiro e sem sentido que faz em nós repassar o destino.
Por que saber de tudo? Vendo as memórias que o tempo registrou e apagou,
vejo amargura, felicidade, surpresa, tudo que por horas, e naquelas horas,
decidimos o qual decidido seria o nosso fim. Queria ver as estrelas,
mas estrelas são distantes, e vê-las seria o mais esplêndido sonho.
Por que o espaço-tempo é tão ambicioso? Por que não mais tempo? Por que desperdiçamos o tempo?
Por que não entregamos o conhecimento sem o perder ao dormir pela última vez?
Por que vangloriar para os descendentes, se nem o conhecemos?
Por que os amamos tanto, se nem poderemos vê-los crescer?
Relembro o sonho de ver as estrelas, o qual decidido era vê-las na infância,
mas a jornada até encontrá-las era um desgaste.
Desligando a tela móvel, vejo neste instante as estrelas no céu,
um céu que choro ao relembrar, pois era o céu que via na infância,
um céu que compartilhei a visão de estrela cadente, mas o seu brilho diminuiu.
Pois a magia… por que dizer magia? Pois era isso.
Relembrando, vejo que a visão infantil estava embaçada.
O que o fazia especial era a família, os conhecidos, a pureza do mundo.
Talvez o espaço-tempo não seja cruel, talvez ele tenha percebido que
a beleza do mundo só é percebida no fim e vivenciada no início,
e lapidada enquanto corremos, deixando os sonhos infantis no percalço do mundo.
“Os grandes desastres da humanidade não nasceram apenas das mãos dos perversos, mas também do silêncio daqueles que, sob o disfarce da neutralidade, confundiram indiferença com virtude. Não há neutralidade porque todo aquele que não combate a injustiça acaba por lhe dar guarida".
Poeta vs Inteligência Artificial
Nós escrevemos com a alma... Com o olhar, com mãos calejadas...
Tu, escreves com comandos, fazes buscas rápidas, tens métricas e informações.... Fazes buscas em milésimos de segundos, e constrói e entrega o que foi pedido.
Pode parecer perfeito, mas, falta algo. Que não tens, e nunca terá, a alma poética.
Uma história pode ser escrita, narrada ou mesmo a ti solicitada e corrigida até se chegar ao perto de um poeta humano. Mas, o poeta tem sentimentos, amor, dor, ilusão, sofrimento, decepção...
Poetas não escrevem, declamam... Dizem por linhas o que se diria olhando aos olhos...
E nesse olhar mora a verdade que nenhuma máquina alcançará.
Cada verso carregado de vida, cada pausa marcada pelo coração, cada lágrima silenciosa que inspira uma linha...
Não há algoritmo que reproduza o tremor da emoção, o arrepio do encontro com a própria alma.
Enquanto tu replicas, o poeta se desnuda, se entrega, se transforma.
E é nesse espaço vulnerável, entre o sentir e o dizer, que nasce a poesia verdadeira.
Autores: Paulo Poeta Reis e Stephany Freitas
O valor maior é a somatório dos conhecimentos, e que juntos possamos crescer de mãos dadas.
(CLARIANO DA SILVA, 2016)
Hoje, coloque seus planos nas mãos de Deus e siga com o coração tranquilo. 🌿
Nem tudo acontece como queremos, mas tudo acontece no tempo certo — no tempo Dele.
Cada dificuldade é uma lição disfarçada, cada demora é um preparo, e cada vitória é uma resposta de fé. 🙏
Acredite: Deus está cuidando de tudo, até do que você não entende agora.
Continue firme, mesmo quando o caminho parecer silencioso.
Os planos Dele são sempre maiores que os seus sonhos, e o que Ele tem reservado é melhor do que você imagina. 🌅
Confie, agradeça e siga em paz.
Entregue o dia nas mãos de Deus e siga com confiança. 🙌
Quando Ele está à frente, nada é impossível. 💫
EU TEMPORAL
Ontem eu andava à toa, com o tempo nas mãos sem saber da hora
Havia balanço, havia garoa e o mundo girava devagar lá fora
Um riso cabia no vão da calçada, o sol se escondia só por brincadeira
Ontem doía de tão leve, era domingo a vida inteira
Mas o tempo, esse moço apressado, me levou sem me pedir desculpas
Hoje eu corro atrás do próprio passo
Tomo café em pé, sem tempo de abraço
Tenho prazos, pesos e pressas, um relógio que nem me confessa
Hoje é um samba sem cadência, que tropeça no próprio compasso
A buzina e-mail notificação, é um trem lotado sem estação
E eu canto pra ver se a alma escapa desse corpo apressado demais
Hoje me cansa o que antes me encantava
Me sobra o cansaço, me faltam os ais
Amanhã me disseram que é bonito, mas disseram também que é incerto
É beijo prometido, é sonho guardado num livro aberto
Talvez me espere um jardim, um fim que ninguém percebeu
Talvez o amanhã nem me queira, mas sou teimoso e sigo eu
Porque o tempo é só mais um poeta que escreve o que ninguém entendeu
Eu sigo entre ontem, hoje e o depois, cantando o que sobrou de mim e dos meus
Hoje eu corro atrás do próprio passo
Tomo café em pé, sem tempo de abraço
Tenho prazos, pesos, pressas, um relógio que nem me confessa
Hoje é um samba sem cadência, que tropeça no próprio compasso
É buzina e meio notificação, é um trem lotado sem estação
E eu canto pra ver se a alma escapa desse corpo apressado demais
Hoje me cansa o que antes me encantava
Me sobra o cansaço, me faltam os ais
Amanhã me disseram que é bonito, mas disseram também que é incerto
É beijo prometido, é sonho guardado num livro aberto
Talvez me espere um jardim, um fim que ninguém percebeu
Talvez o amanhã nem me queira, mas sou teimoso e sigo eu
Porque o tempo é só mais um poeta que escreve o que ninguém entendeu
Eu sigo entre ontem, hoje e o depois, cantando o que sobrou de mim e dos meus.
Recuse-se a ser apenas um espectador da sua jornada. O roteiro da sua felicidade está em suas mãos, e o papel principal sempre foi seu.
O tempo passou,
e a vida que um dia pesei demais nas mãos
hoje sigo leve —
não superei,
não esqueci,
apenas aprendi a continuar
até chegar aqui.
O que Deus abençoa, abençoado está. Nenhuma força contrária pode mudar o que vem das mãos divinas. Quando Ele decide agir, tudo se transforma, os caminhos se abrem e a paz reina no coração.
Caminhar de mãos dadas com a vida. Sem cobrar demais, apenas vivendo com intensidade cada minuto. É mais leve.
Sentir
Pensei que não sentiria mais calafrios, estômago borbulhando e nem veria minhas mãos suarem.
Um coração machucado, não se recupera tão rápido, por mais que cicatrize, sempre haverão marcas.
Entretanto, em um dia qualquer, segura de mim, eu o vi. Cabelos pretos e um olhar que penetrou minha alma, minha razão pedia calma, impossível!!
Parecia que já o conhecia e, com certeza, meu coração já o queria.
Lábios carnudos, um sorriso encantador, gestos de gentileza, uma verdadeira mistura de sons e poesia, talvez o que ali eu não sabia, era que se tornaria amor.
Mesmo no sol, na chuva, no frio, é calor, vigor, um verdadeiro primor. Sinto meu corpo em cada detalhe, estremecendo em cada toque que me enaltecem cada sensação de paixão.
O Paradoxo dos Alicerce
Juvenil Gonçalves
Ergue-se o teto alheio em mãos vazias,
Com calos que não têm onde repousar;
Quem molda o lar de alheias fantasias
Não vê sequer tijolo pra habitar.
Do prumo e praga, em meio à argamassa,
Escorre o pranto oculto do operário,
Que, noite adentro, à sombra que o ultrapassa,
Sonha em silêncio um canto necessário.
Mansões surgem do esforço que não dorme,
Palácios brotam do suor sem nome,
E enquanto o pobre a vida assim conforma,
Nem mesmo o chão lhe serve de renome.
Quem mais constrói, sem ter onde se assente,
Faz do trabalho um cárcere eloquente;
Cimento e dor no mesmo alicerçar—
Que mundo é este em que o abrigo é negado
A quem, com mãos, o abrigo fez brotar?
Que o seu dia tenha as mãos de Deus para te sustentar, o sorriso de Deus para te iluminar, as palavras de Deus para te guiar e o amor de Deus para todo o sempre te abençoar.
