Mãe e Filhos
Mãe
Catrina, Iku e Anúbis sempre se apressam
E enquanto o barqueiro se prepara
Alguns cantam e dançam
Outros rezam, clamam
Eu? choro, encolho...
Só lembro de nós.
Do tempo que tivemos
Aprendi o que é amor
No tempo, que passou,
Não tive nenhum pavor.
No lugar de apreço que fica,
Não sei se é jogo ou política
Dessas pessoas que nem ficam.
Mas também não sei se é amizade ou fé
Dessas outroras que me sorriem (guiam).
Você me deixou em hiato
Difícil de cicatrizar ou encher
Alma sem um naco,
Esmaecendo (mas tentando viver).
Ficou... tácito.
Nada é dito, só seguido
Paredes brancas à volta
Surdas, mudas; retóricas
Cicatrizes que nem este silêncio costura.
Vejo o pão que sobra no café
(A saudade sobe) “Aquele afago... faz falta”
O 'não' pra saber quando dá pé
Tua voz, minguando, que’inda exalta...
Você me recorda de amar enquanto puder.
Outro infinito curto demais;
Disseram que não volta, não mais.
Então, neste choro estendido,
Só posso pedir
algum sentido.
Para cada adeus, um olá.
Assim, em cada nova partida
(Que não posso impedir de chegar)
Vou te recordar.
O tempo provou
Que este 'vazio' é um porto
De abraços
(De adeus)
De esperanças
(e angústias)
De milagres
(Mil lágrimas)
De forças
(e fraquezas)
De felicidade
(e dor)
De celebração
(e luto)
Um porto de Encontros
e Despedidas.
Quando meu pai faleceu, eu só queria a felicidade da minha mãe. Que tipo de homem eu seria se não ajudasse minha mãe? Se não a salvasse?
Nossa Senhora, Virgem Mãe
Sussurra aos meus ouvidos
Canções de amor e felicidade
Numa sinfonia angelical
Embalando o meu sono
Virgem mãe, Santíssima
Protege as nossas decisões
Dai-nos coragem de escolher
O caminho da fé e da oração
Oi mãe, tudo bem por aí??? Hoje por aqui seria dia de festa, mas Deus preferiu que Sra estivesse mais pertinho dele e dos Anjos, e também sei que aí tem festa todos os dias, do jeitinho que a Sra sempre gosta. A saudade aqui ainda é grande, mas compreendo os planos de Deus. Comemore seu dia nas melhores companhias que poderia ter, Deus e os Anjos. Feliz aniversário. Te amo para toda eternidade.
Eu vejo tudo aqui em cores
É um sonho tão lindo
E eu me pareço com a minha mãe
Exatamente onde eu deveria estar
Se pudesse durar para sempre
Eu tenho alguns vivendo em mim
Mas eu tremo como se fosse meu pai
Exatamente quem eu deveria ser
Ei, mãe, ei, pai,
Quando isso acabou?
Quando você perdeu sua felicidade?
Estou aqui sozinho dentro desta casa desfeita
Quem está certo? Quem está errado?
Quem realmente se importa?
A perda, a culpa, a dor ainda está lá
Estou aqui sozinho dentro desta casa desfeita, desta casa desfeita
Nossa Senhora, Mãe divina
Ampara todos os doentes
Dá a vida eterna aos mortos
Vitimas desta Pandemia
Que rodeia o mundo
Amém
Não é um lamento, apenas uma constatação
Te vi vendendo doces pra ajudar sua mãe
Hoje te vejo descendo com roupas velhas a mão.
Morador de rua?
É o sistema capitalista, máquina de moer gente.
Quando será a nossa vez?
Uma constatação.
Os seus pais morreram de overdose.
O pai, de overdose de álcool;
A mãe, de overdose de desgosto.
E ele é viciado em tristeza.
