Machado e Juca Luiz Antonio Aguiar
18/05/2020
Bom Dia gente linda...
que sorri, que cuida, que guarda os melhores sentimentos para espalhar por onde passa.
O perigo ronda nossos melhores instantes de cada passo...
necessário cautela,
paciência (se não a temos, é um bom momento para refletir sobre isso)
por alguns momentos (também sei) teremos que enfrentar privações, ceder espaços, enxugar lágrimas...
adiar expectativas,
retroceder alguns passos...
Enxergar mais com os olhos do coração do que o de nossa visão.
"Ao que à nossos sentimentos possa parecer retrocesso,
Não passa, no entanto, de enquadramento
à novos tempos, caminhos e rumos que nos levem à percepções, menos egoístas, mais altruístas. Não viver apenas para o prazer de "ter" e sim do "ser"
Ser hoje melhor do que ontem, que com certeza será o melhor , também, amanhã!"
"Creio em você e na sua capacidade de adaptação, num futuro melhor e no Amor Maior que nos orienta e conduz!"
Como é bom ver e ouvir resquícios de inteligência,
Uma vez que a minha paciência, esta a beira de se esgotar...
Ao ver uma pessoa comentar do que não sabe, do que não viu e diz que é a favor do Brasil, mas de que Brasil ela quer falar?
E por não aguentar, ouvir tanta heresia, eu apelo pra poesia, pra ver se alguém consegue escutar
Escutar a voz da razão, fazer tipo uma formatação, deletando da cabeça o que não serve e ver se ela volta a funcionar.
Agora pra encerrar e não continuar na discussão
vou alinhar a cabeça ao coração e só coisas boas observar...
Perceber a leveza da garoa, a letra simples do velho “Lua” que entoa, aquela canção do sabiá.
Mas na duvida vou estudar, Vou ler Éliphas Lévi, depois ouvir o sax de kennedy e assim a minha alma acariciar.
Vida de Poeta
Andei procurando, na minha cidade
O bem estar, a felicidade
Não encontrei, não esperei
Bati asas e voei
E assim vou viajando, seguindo sem rumo
Cada dia um lugar, eu não me acostumo
Um novo amor, uma nova canção
Uma nova vida e uma desilusão.
Andei, voei, chorei e até cantei
Nos caminho tortuosos da vida só eu sei
Quantas coisas eu passei
A vida me apronta, um pró e dois contra
Mas onde o homem se perde
O poeta se encontra.
Nas docas da insônia, entre rios e mares
Outro céu outro sol, outra aurora, outros ares
A saudade no olhar, recuado em brumas
E um sonho no mar, naufragados em espumas
Mas em busca de um sonho, vou com persistência
E o tempo me joga, rumo a experiência
Com gente que odeia, com gente que explora
Com gente que ama e com gente que chora.
Andei, voei...
É-nos fácil apregoar a liberdade da mesma forma que fácil nos é condenar os extremismos político-sociais, emancipando o que a liberdade tem de bom e condenando o que o extremismo tem de mau, sem nos apercebermos muitas vezes dos muitos pequenos extremismos que praticamos, no amplo espaço que dedicamos aos desígnios consagrados ao espaço da liberdade humana. Ser-nos-á ainda mais fácil compreender esta importante questão, se compararmos o espaço que dista entre a liberdade e o extremismo com a distância que difere entre a ditadura e a democracia, e mais fácil se torna a comparação se confrontarmos o “bem” com o “mal”, pois, quer numa extensão quer na outra, existem microrganismos do “mal” no lado bom sem que o “bom” consiga penetrar um microzoário que seja no lado mau. Ou seja, há células do extremismo que invadem o que chamamos de liberdade, da mesma forma que existem células da ditadura que se apossam dos ideais democráticos. Mais uma vez, com a conivência dos homens, o mal consegue prevalecer sobre o bem.
E baseando-me um pouco nas Redes Sociais, buscando exemplos do nosso quotidiano e exemplos recentes, faço uma pequena alusão a alguns exemplos concretos:
O futebol – além das clubites relativas ao Vendaval de Baixo, aos Craques do Centro ou ao Cascalheira de Cima, existe esse fundamentalismo quase doentio na comparação que fazemos entre os jogadores do nosso clube e de outro clube qualquer, ou da confrontação que fazemos entre o Ronaldo e o Messi, fazendo-nos, quase inconscientemente, deixar de parte a verdadeira essência do desporto, e neste caso concreto da arte do futebol, para defendermos, de forma intransigente, o nosso clube apenas por ser o nosso clube, ou o atleta em questão apenas por ser português, - e isso, na minha maneira de ver, é extremismo!
A religião – para muitas pessoas, mesmo em países onde a liberdade reina com uma estátua do tamanho do mundo, a religião é apenas uma forma de as pessoas se juntarem a muitas outras pessoas, com o intuito de uma sociabilidade protectora, mesmo sem conhecerem devidamente os preceitos dessa mesma religião que aparentam praticar, - e isso, mais uma vez, na minha maneira de ver, é extremismo!
A política – vivemos actualmente num país democrático, onde a liberdade aparenta ser de todos e para todos, mas, se olharmos com alguma atenção, cada força partidária tem tendência a se tornar intransigente na obediência dos seus princípios e das suas regras, sobretudo se estiver no poder, - e como não podia deixar de ser, isso também fomenta o extremismo!
As crianças – as crianças são o expoente máximo daquilo que conhecemos da liberdade humana; às crianças tudo é desculpado, até estarem mais ou menos formatadas para aquilo que nós queremos que elas sejam, mas ainda que compreenda e esteja de acordo com muitas das normas sociais que exigimos às crianças, causa-me alguma confusão e algum constrangimento o facto de impingirmos contratos às crianças em idade prematura e o facto de vestirmos as crianças todas de igual em muitos eventos e cerimónias que realizamos, - e isso, meus amigos, além de fomentar a exclusão social, é o princípio dos nossos extremismos!
Quanto à liberdade, quem a pratica? Quem a defende? Que espaço de tem?
Apesar das mascaras, há nos nossos olhos um filtro visível que continua a separar as almas potáveis das almas impróprias para consumo.
Com origem na zelotipia humana, na tríplice concupiscência e em algumas outras causas merecedoras de destempero encefálico, a inveja desde sempre provocou nos seres humanos um sentimento insano, traiçoeiro e ingovernável, sendo esse mesmo desgosto o responsável pelos maiores desvarios e pelas mais graves loucuras de toda a História da Humanidade. Por muito que as religiões e os filósofos tenham condenado a sua prática, ainda hoje a omnipotência da inveja continua a produzir insanidade e ainda hoje a inveja prossegue a sua reprodução ao ritmo da propagação das baratas e das ratazanas, por exemplo. E apesar de os grandes filósofos, ao longo dos tempos, terem rebatido a inveja de forma severa e poética, de pouco nos valeram todas essas suas palavras ajuizadas. Entre muitos outros que meditaram sobre a inveja, Virgílio poetizou-a desta forma: “A inveja, como o vento, açoita sempre os cumes mais altos.”; Horácio filosofou-a assim: “O invejoso emagrece com a gordura dos outros.”; Claude Helvetius disse que “A inveja honra os mortos para insultar os vivos.”; Camilo Castelo Branco escreveu que “A inveja é um inimigo inexorável.”; Ambrose Bierce traduziu-a deste modo “Inveja: emulação adaptada às capacidades mais mesquinhas.”; Ramón Campoamor y Campoosorio afirmou que “A inveja é a traça do talento.”; Ramón Cajal confessou que “A inveja é tão vil e vergonhosa que ninguém se atreve a confessá-la.”; François La Rochefoucauld garantiu que “O indício mais seguro de se ter nascido com grandes qualidades é ter nascido sem inveja.” E Jean de La Bruyère afirmou ainda que “Quem afirma que não é feliz, poderia sê-lo com a felicidade do próximo, se a inveja lhe não tirasse esse último recurso.”
E após todas estas grandes filosofias destes grandes pensadores, os Homens continuam a cozinhar a sua Inveja com uma pitada de Soberba, um raminho de Preguiça, dois decilitros de Ira, um punhado de Luxúria, muitos litros de Ganância e uma carrada de Gula, deixando incendiar todos estes pecaminosos condimentos, em lume brando, por tempo indeterminado.
Tentou a multidão prender-me a pena,
com muitos subterfúgios mal pintados;
peguei na lapiseira mais pequena,
pintei dez mil pavões pelos montados.
