Machado e Juca Luiz Antonio Aguiar
Maresia
Brisa na restinga
traz maresia
a onda respinga
a gota suspira
o ar que se inspira.
Nariz abre a asa
narina é casa
de aroma morar.
É o lar que inspira
é o mar que respira.
Os corações discretos são raros; a maioria não é de gaviões brancos que, ainda feridos, voam calados, como diz a trova; a maioria é das pegas, que contam tudo ou quase tudo.
Amigas. Era isso: Amigas íntimas. E se divertiam juntas, davam gargalhadas, bebiam vinho para comemorar segredos guardados em envelopes.
A impunidade é o colchão dos tempos; dormem-se aí sonos deleitosos. Casos há em que se podem roubar milhares de contos de réis... e acordar com eles na mão.
JOSÉ BONIFÁCIO
De tantos olhos que o brilhante lume
Viram do sol amortecer no ocaso,
Quantos verão nas orlas do horizonte
Resplandecer a aurora?
Inúmeras, no mar da eternidade,
As gerações humanas vão caindo;
Sobre elas vai lançando o esquecimento
A pesada mortalha.
Da agitação estéril em que as forças
Consumiram da vida, raro apenas
Um eco chega aos séculos remotos,
E o mesmo tempo o apaga.
Vivos transmite a popular memória
O gênio criador e a sã virtude,
Os que o pátrio torrão honrar souberam,
E honrar a espécie humana.
Vivo irás tu, egrégio e nobre Andrada!
Tu, cujo nome, entre os que à pátria deram
O batismo da amada independência,
Perpetuamente fulge.
O engenho, as forças, o saber, a vida
Tu votaste à liberdade nossa,
Que a teus olhos nasceu, e que teus olhos
Inconcussa deixaram.
Nunca interesse vil manchou teu nome,
Nem abjetas paixões; teu peito ilustre
Na viva chama ardeu que os homens leva
Ao sacrifício honrado.
Se teus restos há muito que repousam
No pó comum das gerações extintas,
A pátria livre que legaste aos netos
E te venera e ama,
Nem a face mortal consente à morte
Que te roube, e no bronze redivivo
O austero vulto restitui aos olhos
Das vindouras idades.
“Vede (lhes diz) o cidadão que teve
Larga parte no largo monumento
Da liberdade, a cujo seio os povos
Do Brasil te acolheram.
Pode o tempo varrer, um dia, ao longe,
A fábrica robusta; mas os nomes
Dos que o fundaram viverão eternos,
E viverás, Andrada!”
Há meses para os infelizes e minutos para os venturosos!
É certo que receava perder Capitu, se lhe morressem as esperanças todas, mas doía-me vê-la padecer.
Muitas vezes quis dizer-lhe o que sentia, mas as palavras tinham medo e ficavam no coração.
A princípio foi esse olhar um simples encontro; mas, dentro de alguns instantes, era alguma coisa mais. Era a primeira revelação, tácita mas consciente, do sentimento que os ligava. Nenhum deles procurara esse contato de suas almas, mas nenhum fugiu. O que eles disseram um ao outro, com os simples olhos, não se escreve no papel, não se pode repetir ao ouvido; confissão misteriosa e secreta, feita de um a outro coração, que só ao Céu cabia ouvir, porque não eram vozes da Terra, nem para a Terra as diziam eles. As mãos, de impulso próprio, uniram-se como os olhares; nenhuma vergonha, nenhum receio, nenhuma consideração deteve essa fusão de duas criaturas nascidas para formar uma existência única.
"Nem sempre explico bem o porquê das coisas,por que ocorrem,vou sempre pelas minhas intuições.Quis fazer e fiz."
Minhas atitudes são reflexo da minha personalidade. De uma legítima geminiana. Muda o tempo inteiro. Se transforma de acordo com meus sentimentos, com determinadas situações e pessoas. Minha imaginação também ajuda. Tentei mudar para agradar uma pessoa que dizia me amar, mas com o tempo, essa pessoa perdeu o encanto que tinha por mim e deixou de me amar. Fica a dúvida. Eu errei em mudar? Ou essa pessoa, na verdade, nunca me amou? Só o futuro tem a resposta. Mas de uma coisa tenho certeza. Estou recuperando minha identidade inconstante e feliz e nunca mais deixarei de ser eu mesma. Hoje, sei que não vale à pena. E quem realmente me amar, vai me aceitar como eu resolver ser, falar e agir. Um obrigada, a todos que me fizeram sofre e desejaram meu mau, nessa vida. Para que eu possa amar e valorizar, cada vez mais, quem realmente mereça: filhos, família, verdadeiros amigos, animais de estimação. E um novo amor quem sabe? E que venha, todos os fardos, que eu possa carregar. E que eu fique, cada vez mais forte, para todas as aprovações que vierem. Afinal de contas, eu sei que sou mais do que seus olhos podem ver. Sou o que sou, só Deus pode me julgar!
O trabalho era atrapalhado, às vezes por minha falta de jeito, outras de propósito, para desfazer o feito e refazê-lo. (...) Mas os cabelos iam acabando por mais que eu os quisesse intermináveis. (...) Desejei penteá-los por todos os séculos dos séculos, tecer duas tranças que pudessem envolver o infinito por um número inominável de vezes. Se isto vos parecer enfático, desgraçado leitor, é que nunca penteastes uma pequena, nunca pusestes as mãos adolescentes na jovem cabeça de uma ninfa.
Mas a natureza não os fez um para o outro. São duas almas excelentes que seriam infelizes unidas.
Curiosidade e gratidão; – veja se há duas asas mais próprias para arrojar uma alma no seio de outra alma, – ou de um abismo, que é às vezes a mesma coisa.
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