Machado e Juca Luiz Antonio Aguiar
Você me olha como se o que eu vivo é fora da realidade...
É, talvez para minha sobrevivência eu escolho ser diferente!
Violência
Onde está a humanidade?
Corações petrificados
Que matam sem piedade.
Famílias que deixaram de existir
Crianças que brincam no céu
Mais um caso,
e mais um
e outro...
Sem palavras
Sem segurança
Sem ao menos esperança.
Culpa da corrupção?
Guerra entre polícia e ladrão...
Quem é quem?
Em terra de ninguém.
Lágrimas que rolam nas faces,
são lágrimas de sangue.
De alguém que não se sabe quem
morreu em vão...
Tarde vazia
O sol irradia
Sozinha, me calo.
Vida passada
Não permitida
Apenas sonhada.
Som da melancolia
Palavra torcida
Quarto sem luz
Verso sem rima
Adeus!
Afinal, o sol irradia
E sozinha, me calo.
Entre balanços e tantas acrobacias observo do trapézio as estrelas no céu, percebo que a vida algumas vezes me faz desacreditar nas pessoas e mesmo totalmente decepcionada o meu espetáculo precisa continuar...
Eu sei que posso criar e recriar o meu mundo com tanta facilidade como uma criança que cai e levanta de novo para brincar!
Palavras, apenas boas palavras, que riem sempre comigo, que brincam de serem as mais belas estrelas, pequenas que eu descobri numa nova dimensão... Não sei mais viver sem essas companheiras, de todas as horas, de todas as direções, de qualquer coração. São amigas, são reais, são vocês que me motivam a viver. Peço apenas que não me abandonem, fiquem mais alguns instantes para que eu possa admirá-las, compreendê-las, amá-las ainda mais. Esse é nosso segredo, enquanto eu as observo mais de perto e descubro seus mistérios vocês simplesmente permaneçam no céu a iluminar minha solidão.
A inspiração da vida está esquecida na ilusão dos sonhos. Sendo assim, respiro inspiração e sonho realidades.
''Nas gotas de suor do seu corpo, ''vejo refletir os gemidos, ''de anseios e de prazer, ''e no eco dos seus murmurios, ''os toques mais atrevidos, ''os gozos mais proibidos, ''dos sonhos que posso ter.
Para ser bom tenho qualidades e me torno perfeito aceitando meus defeitos, porém nunca permitindo que os meus defeitos sejam mais fortes que minhas qualidades. Permito-me ser bom, pois minhas qualidades fazem-me humano e aceito meus defeitos pois diferem-me dos outros. Ter defeitos não é nenhum pecado, usá-los para o mau de alguém sim. A vida tem um código de equilíbrio, se existe trevas é porque há luz, se existe o fraco é por que existe alguém mais forte.
Não há como ser bom se não conhecemos o demônio que habita nosso interior.
Seus olhos que brilham tanto,
Que prendem tão doce encanto,
Que prendem um casto amor
Onde com rara beleza,
Se esmerou a natureza
Com meiguice e com primor
Suas faces purpurinas
De rubras cores divinas
De mago brilho e condão;
Meigas faces que harmonia
Inspira em doce poesia
Ao meu terno coração!
Sua boca meiga e breve,
Onde um sorriso de leve
Com doçura se desliza,
Ornando purpúrea cor,
Celestes lábios de amor
Que com neve se harmoniza.
Com sua boca mimosa
Solta voz harmoniosa
Que inspira ardente paixão,
Dos lábios de Querubim
Eu quisera ouvir um -sim-
P’ra alívio do coração!
Vem, ó anjo de candura,
Fazer a dita, a ventura
De minh’alma, sem vigor;
Donzela, vem dar-lhe alento,
“Dá-lhe um suspiro de amor!”
A moça olhava para uma das mãos, distraída. Ignorava as vozes, as gargalhadas exageradas, o bater de garfos nos pratos, o arrastar de cadeiras, as buzinas lá fora e todo o resto do mundo. Estava mergulhada em pensamentos, talvez inundada deles, quase se afogando. Estava parada como uma estátua vazia, mas aposto com qualquer um que estava tão cheia e agitada quanto um show de rock. Ela era linda, mas de um jeito triste. Tinha os cabelos da cor do mais puro mel, os braços compridos que terminavam em mãos tão sutis que me faziam imaginar como seria o seu toque, a postura um pouco curvada de quem já sofreu muito e não aguenta mais o peso de tanta descrença e os lábios cerrados em um sorriso duvidoso. De repente virou-se como se tivesse acabado de chegar ao mundo e encarou aquele rapaz com um olhar lânguido que quase implorava que lhe pegasse no colo, lhe cantasse uma canção e lhe pusesse pra dormir. Ele retribui com os olhos de quem promete que vai te ninar pra sempre. A moça simplesmente ignorou e voltou a encarar sua mão, como quem se vê tomada por um desejo que ameaça romper as barreiras do corpo. De súbito, arrancou a bolsa da cadeira, colocou-a sobre o balcão e começou a remexer procurando alguma coisa. Tirou um telefone celular e sua carteira. Digitou um número no celular e hesitou. Apertou o aparelho como quem tenta afastar uma tentação, sem saber que ceder-lhe é a forma mais eficaz de se livrar dela. Parecia tão docemente perturbada! Colocou novamente o aparelho onde lhe trouxe. Fixou os olhos em mim e de uma forma seca pediu:
- Traga-me um café, por favor. Mas puro, sem açúcar, ou leite, ou creme. E que venha em uma xícara bonita.
Mas vejam só! A moça se afundava cada vez mais no amargo do café, para que assim ninguém percebesse a doçura que trazia em seus lábios. E confundia-se com seu próprio pedido, tentando arduamente tornar-se uma pessoa amarga, mas que não conseguiria jamais, exatamente pelo fato de estar pura, com uma aura completamente branca ao seu redor. Levantou-se inquieta. Percebi números em sua mão - Deve ser o número de alguém para quem queria muito telefonar, mas a mágoa impedia. Certamente alguém por quem nutre fortes sentimentos e que talvez esteja longe... não! talvez esteja por perto mas ainda assim longe demais. - e quando voltou do banheiro, não estavam mais lá. Sentou-se. Tomou seu café como quem é obrigado a tomar cicuta. E continuou olhando para a sua mão, distraída numa tristeza suave. Pagou a conta e foi embora carregando o peso do "e se". Certamente não tinha nada pra falar ao telefone, mas tinha ao menos o desejo de ser lembrada ao utilizar essas ondas sonoras pra transmitir uma voz melódica e doce, como o creme que faltou em seu café
Vem cá, meu bem, senta aqui do meu lado. Não liga pra o mundo lá fora não! Esquece as caras de reprovação, esquece a face da tristeza e do orgulho, eles não sabem quem você é. Ninguém, além de você, conhece suas verdadeiras batalhas e suas belíssimas vitórias. Eles não ligam pra o que você sente, ou pra o que você conquistou ou se já fez sua boa ação do dia. Eles nem sabem qual a sua rotina. Vem, pode entrar! Mas deixa no tapete de boas vindas, do lado de fora, essa cara sisuda, essa censura boba, esse desespero sem sentido, esse orgulho que faz tanto peso em seus ombros e todas essas outras sujeiras que estão manchando sua alma. Entre leve. Seja apenas coração e abandone um pouco essa cisma boba de ser tão racional. Talvez seja isso. Deixe sua razão do lado de fora e sente aqui comigo, com lágrimas, sorrisos e entrega, que é só isso que nós vamos lembrar. E o mundo lá fora? Que mundo?
Eu vi o Sol nascer e se pôr. Eu vi todas as fases da lua. Eu vi paisagens inebriantes. Eu vi o infinito azul do mar juntar-se ao do céu. Eu vi horizontes, nuvens e ouvi o canto dos pássaros. Senti uma brisa suave e ouvi o barulho dos galhos balançando. Eu vi brotar flores do asfalto e vi quando ele ficou todo coberto de rosas. Mas vi de olhos fechados, com seus braços envolvendo minha cintura e seu perfume invadindo meus pensamentos. É que eu vi que o mundo é meu quando me transporto pra dentro do seu!
Definitivamente um dos maiores privilégios da vida é você olhar em volta e ver o quanto seus amigos te amam, porém melhor que isso é você retribuir esse amor...!
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