Machado e Juca Luiz Antonio Aguiar
"Bem aventurados os que trilham caminhos retos, e andam na lei do Senhor." Salmos 119:1
Tu ordenaste os teus mandamentos, para que diligentemente os observássemos.Salmos 119:4
Quando se ama
Quando se ama não há dificuldade
Quando se ama vive-se pelo outro
Não inventa desculpas
O amor vence todas as culpas
Não se diz: vou ver
Não vê dificuldade
Tudo é possível
Não há limite para buscar a felicidade
No amor se joga
Não espera chegar
É toque de bola
Que não precisa a bola amansar
O amor enfrenta feras
Enfrenta até leões
Vence o cansaço
E até grandes gozações
A doce descoberta do amor
Na primavera a flor e o beija-flor
Assim se conectam duas vidas
Apaixonando-se com um objetivo
E gerando o primeiro amor
Assim é o começo do juvenil vigor
Da cabeça enlouquecida
Da falta de um sentido
Dos planos de vida com mais sensível fervor
Ah, o doce primeiro amor
Não é difícil ficar intrigado
Com a insensatez juvenil
Ver num adolescente um coração incrivelmente perturbado
Fazem de uma simples boa impressão
Ardor e emoção
Vida e sentimento
Da vida uma possível degradação
Acreditemos no juvenil coração
Olhá-los com muita leveza
Ajudando por dar-lhe muito ouvido
Cuidar deles com muita destreza
O 'bem-dizer o sintoma' é o efeito de identificar-se com ele, condição necessária para guardar certa distância e saber lidar com ele. O sujeito não mais dá crédito ao sintoma e não acredita que ele possa desvelar alguma verdade última, escondida.
Ao adotar o sinthoma, o sujeito não luta mais contra ele, pois o aceita como seu, identifica-se com ele. Não é mais um corpo estranho, um parasita. É o resto do deciframento que ocorreu ao longo da análise e com o qual ele tem que lidar com aquilo que ele é.
Quando o sujeito chega ao final de análise, depara-se com o ponto de inconsistência do Outro, lá onde o Outro não responde, deixando o sujeito sem recurso, pois sabe que do Outro não virá qualquer salvação. O Outro não responde porque não existe, e o sujeito se vê diante da solidão originária, do desamparo. Nesse ponto de inconsistência do Outro, em que o sentido se perde e o apelo se esgota, o sintoma perde também o seu endereçamento ao Outro e aí se reduz a um toco de real.
Bailarino das areias
O sol já veste o dia
Meu boi ainda vagueia
A lua fez vigília
Tinideira são candeias
Estrela matutina flor menina
Do meu céu
Cenário de magia
Na copa do meu chapéu
Pra meu boi ê meu boi
Prata da lua cheia
Bailarino das areias
Dança vem menina
Flor divina do cordão
Te amarra na minha barra
Me guarda no coração
Carrego seu coração comigo
Eu o carrego no meu coração
Nunca estou sem ele
Onde eu for, você vai, minha querida
Não temo o destino
Você é meu destino, meu doce
Não quero o mundo pois, beleza
Você é meu mundo, minha verdade
Eis o segredo que ninguem sabe
Aqui está a raiz da raiz
O broto do broto
E o céu do céu
De uma arvore chamada vida
Que cresce mais do que a alma pode esperar
Ou a mente pode esconder
E esse é o prodigio
Que mantem as estrelas a distancia
Carrego seu coraçao comigo
Eu o carrego no meu coraçao.
E. E. Cummings
Nunca gostei de multidões, elas trazem em si algo de perverso e primitivo. A perversidade primitiva.
"...não se iluda com o 'fim da solidão'. A solidão nunca tem fim. Só o que fazemos é aceitar essa realidade e tentar amenizar a nossa solidão."
"Há um abismo entre o suicida decidido e a pessoa profundamente deprimida. A personalidade patológica suicida, decidida, vai e faz. Nada a detém."
