Machado e Juca Luiz Antonio Aguiar
O medo torna bem mais fácil tomar-se algo como conspiração do que como realidade quando envolve paradigmas que queremos manter a todo custo.
Há algum tempo descobri que o caminhar em direção à meta é muito mais importante que cruzar a linha de chegada. É nela que tudo acontece, e será tão mais plena quando a capacidade de perceber cada passo em sua infinitude.
Preciso descobrir a fórmula de viver num dia de 50 horas dormindo apenas três. O tempo que passo acordado é curto demais para tudo o que preciso aprender, para os exercícios que meu corpo exige receber, para comer tudo que o organismo vive a me cobrar, e criar tudo o que desejo antes que a madrugada me imponha um novo encontro com meus sonhos.
Sem Conhecimento a pequenez não evolui para nada maior. Sem Humildade toda sabedoria se mostrará apenas ilusória.
Percebemos que mais um passo foi dado em direção ao Crescimento ao descobrir a inutilidade de nossos esforços de mudar o mundo, em vez de apenas aprender com ele.
O que deixamos para trás são marcas, e mesmo depois que nos vamos elas ficam. E graças a elas não morremos.
Tendemos a transformar em queixa a ausência daqueles que amamos. Esquecemos que pessoas que amam em profundidade dão muita atenção às coisas grandes por não as aceitarem mal feitas. Ficam, então, muito ocupadas em fazer do mundo um lugar melhor para todos, e não apenas para nós que, em nosso egoísmo, só pensamos em como podemos ocupar o primeiro lugar na fila.
Com tanto conteúdo preciosíssimo aser descoberto a cada instante,
e tantos preocupados em vender somente a embalagem!
Dois oito bilhões e meio de seres humanos do planeta, sou o último dentre eles que poderia duvidar do fato de que milagres existem, pois que minha vida sempre esteve repleta deles.
Se há algo permanente e imutável na existência, essa é a mudança, que como premissa nos mantém na condição de aprendizes se debatendo entre muitos erros. Seguiremos então inábeis para muitas ações, mas a sensibilidade nos ajuda na tarefa de as minimizar pela redução daqueles erros que ferem nossos semelhantes, tornando o planeta um espaço para terno e gentil.
Qualquer ser pensante que se detenha minimamente no movimento do Tao consegue perceber a inutilidade de nossas vaidades, diferenças e preconceitos.
Alguns se tornam tão agressivos em nome de suas causas que nos fazem questionar se amam mesmo aqueles que dizem defender ou se apenas as próprias bandeiras.
O ódio se instala em nós da mesma forma que qualquer vício. Começamos experimentando-o em pequenas doses até acostumar o organismo com sua presença e não o perceber mais como algo estranho ao que somos, e nem de que todos os nossos valores se diluíram nele, fazendo-nos acreditar que nossa causa é justa.
Uns se abatem pela inconstância com que a vida lhes subtrai a luz sob a qual brilhavam ontem. Outros se animam justamente por ela os lembrar que o sol oculto hoje sob espessas nuvens ressurgirá amanhã refulgente de brilho e cor, e só não o verá quem não se levantar.
Ceticismo é sempre positivo, pois que traz como premissa o questionamento antes de tomar qualquer coisa como real. Mas quando excessivo segue em sentido inverso pois que, reduzindo demais a malha do filtro, impedimos também que deixe passar qualquer coisa que escape ao convencional que nos habituamos a admitir. E isso nos mantém tão longe da verdade quanto a credulidade que elimina nossos filtros críticos.
Para o universo não existem ações benfazejas ou maléficas. Este é um conceito puramente humano, onde o bem é representado por tudo o que nos beneficia, e o mal pelo que nos traz prejuízos. Às abelhas compete apenas produzir seu mel, e se ameaçamos sua colmeia é natural que queiram defende-la, assim como ao ambiente de onde extraem a matéria prima que garantirá sua descendência e das demais espécies com as quais interagem para que se perpetuem.
