Machado e Juca Luiz Antonio Aguiar

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⁠Dói-me ver pessoas olhando a vida pelo retrovisor e a dividindo – de forma tão simplória – entre erros e acertos somente. No que me toca vejo alguns erros que não me agrada tê-los cometido, mas que converti em referência sobre o que não deveria repetir. Incorri também em alguns que, após revistos, considerei indispensáveis na construção da pessoa em quem me transformei; e houve ainda aqueles que alguns podem chamar de “erro”, mas me geram gratidão pela consciência de agora, da qual tanto me orgulho. Malgrado suas diferenças, sei que todos – sem exceção – me ensinaram a mais importante de todas as lições: a da prerrogativa de converter erros em traumas ou em aprendizagem, e tanto olhá-los como o mestre mais importante que já tivemos, ou o juiz que nos irá julgar até o último de nossos dias.

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⁠É uma pena que tantos optem pelo lado indicado por seu “ismo”, quando bastaria o lado ético, com a vantagem ainda de se separar joio do trigo: aqui os apoiadores também se revelam em cara e CPF, sem se ocultarem por trás de seus líderes.

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⁠Quando se segue justificando um líder sem caráter não há como escapar de um destes entendimentos: a pessoa não se informa, e a ignorância fá-la crer que é esperta; ela ainda olha para seu mundo de faz-de-conta com “olhar de poliana”; ou – o que é pior – ela tem o caráter tão distorcido quanto o líder que apoia. Mas encaixá-la sempre neste último tipo não revela uma visão menos distorcida e indigna do que qualquer outra.

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⁠O problema do extremista é trocar o relativo pelo absoluto. Não existe senso crítico ou justiça quando se é o lado certo, e seu oposto é sempre o lado errado independente do que faça. Tais conceitos não estão atados a ideologias, mas a ações e - mais do que isso - a intenções, mesmo quando se erra. O “ismo” das legendas conduz pessoas a enxergar um todo fixo e invariável, e isso lhes subtrai toda legitimidade para julgar quem quer que seja.

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⁠O errado não é "mudar de lado", mas estabelecer-se neste último, em lugar de trocar quantas vezes se distancie do que seria correto fazer. O ideal é ocupar o centro da gangorra, única forma de preservar a visão "des-envolvida" dos extremos, e aproximar-se do mais leve apenas para restabelecer o equilíbrio de forças.

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⁠"Equilíbrio" - como nos atesta a física - é o ponto que se mantém equidistante dos dois extremos. Isso se faz mais importante ainda no campo mental.

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⁠⁠Negacionistas é como a ciência chama àqueles que negam tudo do que não entendem, ou criam versões próprias da realidade para eles mesmos. Só não lhes ocorre que a verdade continuará sendo a que é, independente de a aceitarem ou não, o que deixará a descoberta mais traumática do que optar pela dúvida até que ela se revele de forma inequívoca e incontestável.

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⁠Quando do outro lado existe uma pessoa emocional, nenhuma lógica ou bom senso muda a reação ao que dizemos ou fazemos. Seu processo emocional é sempre uma incógnita e não garante o resultado esperado, por mais racional e bem intencionado que você se mostre.

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⁠Durante uma conversa em que o emocional ocupe uma das pontas, não há nada que a racionalidade do outro possa usar para ser melhor interpretado, e toda emenda vai se revelar pior que o soneto.

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O naturista idealiza um mundo que não precisará mais de “ordenamento jurídico” para se exercer o respeito entre pessoas que se percebem através da visão interna, em lugar de olhos físicos que se detêm na superfície do invólucro humano.

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⁠⁠Usar de adjetivos como “verdadeiro” ou “autêntico” para se referir a um naturista não é apenas desnecessário, mas também redundante. Sua natureza, por si mesma, já o torna assim, pois todo aquele que não esconde o corpo mas não vive o naturismo não vai além de nudista.

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⁠Liberdade é poder mudar de ideia sempre que a verdade troca de lado.

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⁠Se há um tipo de pessoa que não angaria respeito ou mereça credibilidade alguma, é o daquela que constrói “verdades” a partir das próprias crenças sem ao menos se empenhar em entender o mínimo do que fala.

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⁠A dificuldade no convívio com radicais de qualquer vertente é que só podemos falar com eles de amenidades, já que qualquer assunto sério vira palanque para um discurso interminável de defesas surdas e inflamadas de seu tema predileto.

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⁠Não é papel nosso atuar como juízes de realidades diferentes da nossa. O nome dado a tal ato é preconceito. Precisamos é tentar entendê-la. Se não for possível, pelo menos respeitá-la.

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⁠O extremista prescinde de um observador para adjetiva-lo. Ele se aliena com total autonomia, já que orbita o único foco que conhece, em moto contínuo, e sua condição de “satélite” ensimesmado o impede de perceber a vastidão à sua volta, que por sua vez também o ignora.

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⁠O mundo ocidental exerce forte resistência ao intangível que escape à lógica vigente, por mais que todas as evidências se revelem inequívocas. A ciência tradicional ainda o trata com a burocracia do ambiente político que, quando chega a oficializar os fatos, eles já evoluíram para um patamar muito acima, e o que é franqueado a todos se equipara ao enganoso brilho de uma estrela morta. Para se ter ideia da defasagem, a própria física quântica só agora começa a admitir realidades com que os místicos orientais já lidavam há cinco mil anos.

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⁠Respeito e convívio são coisas distintas, um é obrigatório, o outro opcional. Mas o fato de não buscarmos o convívio por nos virmos o oposto de uma outra pessoa não nos exime de respeitá-la, nem legitima qualquer ato que possa feri-la em sua honra ou se preste a agredir seus sentimentos. A forma como tratamos nossos diferentes diz muito mais sobre nós do que sobre eles.

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⁠É comum ver pessoas se melindrando com visões críticas por não saber distingui-las de censura ou julgamento. Ao mesmo tempo se vê outras maquiando suas grosserias como “crítica”, quando também não dá para confundir as duas coisas: a crítica é direcionada para as ideias, a agressividade para as pessoas. Desse modo o recurso de se alegar uso de crítica para mascarar uma clara agressão a outrem não vai além da estratégia dos covardes.

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⁠Acreditar ou não num deus é uma crença como outra qualquer: apenas se crê que exista ou se crê que não exista. Mas, apesar disso, os dois lados se veem no domínio de uma "verdade", inalcançável a ambos, de que se utilizam para menosprezar-se mutuamente em vez de tentar entender que são exatamente iguais, somente seguindo em direções contrárias.

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