Machado e Juca Luiz Antonio Aguiar
Tenho certeza de que estamos fadados à extinção.
Assim como uma bela mulher fácil tomada pelos ares do entorpecimento, a modernidade dança à beira do abismo que ela mesma criou.
Só os desesperados reconhecerão a esperança quando ela sorrir sobre o mundo.
Uma das maiores contradições do mundo moderno é nos ter legado mais vida e ao mesmo tempo não saber o que fazer com essa longevidade. A longevidade em si revelou nossa futilidade.
Vivemos tempos de dissonância emocional e entorpecimento racional!
É absolutamente necessário — escutem com atenção! — compreender que amar de forma intensa, pulsante, ebuliente, num mundo entregue ao ceticismo corrosivo, não é apenas um ato de coragem: é um grito de resistência ontológica!
Estamos, sim, na era dos sentimentos ecléticos, dispersos, desprovidos de eixo! E mais: os pensamentos se entrelaçam, se confundem, se sobrepõem — sem um mínimo de rigor lógico ou dialético!
Vemos indivíduos entregues a crises existenciais profundas — não por uma busca legítima pelo sentido da vida, mas por aderirem a um universo volátil, sem pilares metafísicos, alicerçado em teorias subjetivistas, onde o bom senso foi destituído de valor e substituído por uma avalanche de devaneios pseudo-intelectuais!
Isto é grave! Gravíssimo!
Precisamos resgatar a razão, a ética, o pensamento estruturado!
Ou, pereceremos na ignorância emocional travestida de liberdade de pensamento!
O ser humano está adoecendo moralmente
Vivemos uma época marcada por um fenômeno alarmante: o esfriamento das relações humanas!
As pessoas já não cultivam vínculos duradouros. A memória afetiva foi trocada pela pressa, a consideração substituída pela indiferença, e o respeito? Abandonado à margem do caminho!
As pessoas, tomadas por um egoísmo corrosivo, já não enxergam o outro como alguém a ser valorizado — mas como uma ferramenta!
E quando essa ferramenta deixa de ser útil, é simplesmente descartada. Sem remorso. Sem reflexão. Sem dignidade.
Essa postura revela uma profunda falência emocional e ética.
Estamos vivendo uma era em que a utilidade vale mais que a história compartilhada, e a conveniência fala mais alto que a gratidão!
É a banalização do vínculo humano! É o triunfo da frieza sobre a empatia!
E mais: muitos acham isso normal!
Chamam de “desapego”, de “liberdade emocional” — mas na verdade, é desumanização disfarçada!
Se não reagirmos a essa tendência doentia, seremos empurrados para um mundo onde as pessoas coexistem, mas não se reconhecem. Onde estão perto fisicamente, mas isoladas em alma.
É preciso reconectar o ser humano à sua essência!
Resgatar o valor da presença, da memória, do olhar no olho, da consideração verdadeira!
Não podemos aceitar como normal o abandono da sensibilidade.
É hora de restaurar o afeto, a dignidade e o respeito nas relações!
“Não preciso ver e entender todo o universo; basta olhar as constelações para saber para onde navegar.”
Estamos enfrentando uma epidemia de autonegação emocional! Sim — uma crise silenciosa e sorrateira, que corrói a integridade do ser em nome de vínculos que não edificam, apenas consomem.
Não é exagero — é realidade! Pessoas estão se mutilando por dentro para caber no espaço que o outro permite. Isso não é amor — é a dissolução da identidade! Uma tragédia moderna, disfarçada de afeto, onde o 'eu' se apaga pouco a pouco para sustentar o conforto do 'nós'. Mas pense: de que adianta amar, se ao final você já não sabe mais quem é?
Relacionamentos devem ser encontros entre consciências plenas — nunca pactos de anulação mútua. Reflita! Se, ao olhar-se no espelho, tudo o que vê é um amontoado de concessões... algo está profundamente errado. Reaja! Reconstrua-se! E jamais permita que a sombra de outro obscureça a sua própria luz."
Quanto mais adentramos o universo do saber, mais nos deparamos com o abismo do que ainda ignoramos. O verdadeiro conhecimento não é a arrogância de quem pensa ter respostas, mas a humildade de quem entende que o aprender é uma jornada sem fim. Reconhecer os próprios limites é o primeiro passo para ampliar os horizontes da mente e acender a chama da curiosidade. Só quem se aceita pequeno diante da imensidão do desconhecido é capaz de crescer em sabedoria e coragem para buscar o novo. Afinal, o saber não é um ponto de chegada, mas um eterno convite para avançar.
Nunca o mundo temeu tanto a falta de sentido como nossa época, justamente por tomar a si mesma como o sentido máximo de tudo que já existiu no passado.
Os artistas estão sempre lambendo as botas do poder, apesar de se dizerem contrários ao poder.
As expectativas são um dos caminhos mais curtos para o vazio. A prova é que, uma vez realizadas, perdem todo o valor em pouco tempo. E quando não realizadas, tornam a vida pura ansiedade para o nada.
Quando se atribui santidade à guerra, profana-se o verdadeiro significado da santidade!
O meu Reino não é deste mundo. (João 18:36)
Na casa de meu Pai há muitas moradas... (João 14:2)
Estamos diante de uma inversão perversa de valores!
Enquanto homens se digladiam por ideologias, territórios e supremacias efêmeras, esquecem-se de que a existência terrena é transitória, finita, frágil!
Cristo foi categórico! O seu Reino não está nas estruturas de poder humano, mas nas alturas celestiais, no eterno, no absoluto!
Somos peregrinos! Sim, peregrinos! E toda tentativa de eternizar o que é corruptível é delírio e vaidade!
É preciso dizer com veemência:
Nada neste mundo é permanente! Nem impérios, nem ideologias, nem guerras!
A única realidade imutável é o amor de Deus — eterno, soberano, incomensurável!
Não desperdice sua alma em disputas que o tempo devora!
Viva por aquilo que a eternidade consagra!
Tem gente por aí que fala em felicidade ser um direito, um dever ou uma escolha. Felicidade é, na maioria das vezes, puro acaso.
Idiotas com pós-graduação dirão que o progresso que vivemos nos últimos anos é a prova de que podemos nos libertar da mecânica do destino.
O ECO DO SILÊNCIO
Atenção! O que muitos chamam de "primeiro sinal" de violência — NÃO É O INÍCIO DE NADA! É o RESCALDO de um processo lento, contínuo, INSIDIOSO, que começou muito antes! Não foi com o tapa que tudo começou — foi com a palavra ácida, com o olhar que despreza, com o silêncio que fere MAIS que o grito!
É PRECISO DIZER BASTA!
Cada vez que se cala diante de uma pequena agressão, não se está perdoando! Está-se ENTREGANDO! É a dignidade sendo corroída, centímetro por centímetro, dia após dia! A violência não brota do nada! Ela germina na indiferença, cresce na tolerância covarde e explode na omissão!
O AMOR PRÓPRIO EXIGE REAÇÃO!
Amor não é contrato de dor! Amor é respeito! Amor é reciprocidade! SUPORTAR o inaceitável não é virtude — é submissão disfarçada! Não se engane! O PRIMEIRO SINAL é o ALERTA! É o grito da consciência exigindo AUTODEFESA!
PORTANTO!
Valorize sua integridade! Proteja sua paz! Não aceite o inaceitável! NÃO HÁ SEGUNDA CHANCE para o que NÃO DEVERIA TER ACONTECIDO NEM UMA ÚNICA VEZ!
Pet ou bebê reborn, não importa, a verdade é que a carência por uma família supera a natureza real dos sentimentos humanos.
