Machado e Juca Luiz Antonio Aguiar

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⁠Nesta primavera da vida são tantos os que tentam comer os frutos das árvores que não plantam.

Inserida por AntonioPrates

⁠Cheiro a rosmaninho, macela e poejo
aroma da terra, que o campo reparte,
nesta agricultura, que sendo uma arte,
é sempre a primeira no vasto Alentejo.

Em cada avenida destas proporções,
saltam os coelhos, pardelhas e patos,
avistam se as pegas, as lebres, os ratos,
as águias, abutres, mochos e falcões.

E entre as colinas, na safra do vinho,
os bichos alargam os meus horizontes,
ao fundo a malhada, videiras e montes,
carvalhos de roble, de sobro e de azinho.

Crocitam os corvos, gozões do lugar,
pra lá do cabeço, onde as rãs aquecem,
no tempo dos celtas, talvez cá estivessem,
menos essas crias que hão-de chegar.

Assoma-se o sol, a pique e altivo,
detrás da promessa de uma trovoada,
as ervas pressentem a terra molhada,
tudo em pouco tempo fica mais esquivo.

O silêncio aquieta a fauna e a flora,
a terra abre os braços ao vento e à chuva,
deitando pra dentro dos templos da uva
a voz de um silêncio com parte sonora.

A chuva acalmou, ergue-se a labuta
piam passarinhos, alegres, felizes:
cartaxos, carriços, melros e perdizes,
em tons de harmonia pra quem os escuta.

Assim, vai a vida, nesta arte rural,
onde os grilos cantam, o trabalho aquece,
e onde a paisagem nunca se esquece
que a vida mais bela quando é natural.

Inserida por AntonioPrates

⁠Fico embasbacado com o esforço que as pessoas fazem para parecerem normais.

Inserida por AntonioPrates

⁠Mote

Num ponto do infinito
há um planeta azulado,
enquanto gira de lado
visto de longe é bonito…
Diz-se aqui no Galapito
que há lá um certo animal
que se faz um maioral
e pensa que sabe tudo,
como um grande cabeçudo
da poeira Universal.

Glosas
I
Diz o povo aqui da Corte,
do lugar aonde estou,
que o ponto p`ra onde vou
é sítio de gente forte…
Vou entrar no Pólo Norte
para ver se ali medito,
um prazer que necessito
P`ra gelar o meu sentido
e passar despercebido
num ponto do infinito.

II
É ali no pedregulho,
que aqui comparto e vejo,
onde está o Alentejo
que descansa sem barulho…
Há quem diga que é orgulho,
há quem diga que é um fado,
que se leva descansado,
nas guerrilhas desse mundo,
e vejo que lá ao fundo
há um planeta azulado.

III
Confesso estou curioso
p`ra chegar ali depressa,
onde dizem que a cabeça
tem um dom meticuloso…
Viajando o céu viçoso
avanço no céu estrelado,
o percurso é encantado,
o destino bate certo,
no azul que fica perto
enquanto gira de lado.

IV
Quero ver a cor das serras,
nessas grandes altitudes,
e passar desertos rudes
que apagam outras terras…
Também quero ver as guerras,
para ver se eu acredito
no que a Corte me tem dito
e não quero acreditar,
mas olhando esse lugar,
visto de longe é bonito.

V
Com a nave desengatada
vejo algumas claridades,
talvez sejam as cidades
da parte mais abastada…
Noto a porção anilada,
durante o soar de um grito,
que soa como um apito
e zune como um consolo.
- Vamos ver esse bajolo!
Diz-se aqui no Galapito.

VI
A nave sorri em festa
pelo azul dos oceanos,
que exibem aos humanos
a frescura que lhes resta…
Dizem que à hora da sesta
esse anil é divinal,
no austro de Portugal,
onde está uma cicatriz,
toda a nave aponta e diz
que há lá um certo animal.

VII
O Galapito avança mais
para ver mais à vontade,
e reparo outra verdade
destapada por sinais...
São fumaças colossais
vindas lá do corpo astral…
Penso que algo está mal
nesses tons que não se somem,
e que ficam mal ao Homem
que se faz um maioral.

VIII
Vejo a Lua olhar p´ra mim
como uma Deusa do céu,
a sorrir de corpo ao léu
e a benesse não tem fim…
É ditosa em ser assim,
com um ar sempre amorudo…
Enquanto me quedo mudo,
penso nessa criatura,
que é pomposa na figura
e pensa que sabe tudo.

IX
Lá em baixo oiço trovões,
ou estouros das disputas,
que são o maná das lutas
e o pesar dos corações…
Entre as muitas criações,
de cariz grave e agudo,
avisto o animal taludo
entretido nessa esgrima,
que diviso aqui de cima
como um grande cabeçudo.

X
Finalmente, o meu destino,
entre a sombra dos chaparros,
nesses campos tão bizarros
dos meus sonhos de menino...
Dou um salto repentino
para as mãos dos chaparral,
onde tudo é sempre igual
e onde não me sinto só,
como um grãozinho de pó
da poeira universal.

Inserida por AntonioPrates

⁠A vaidade é a base do ramo de negócio que mais cresce.

Inserida por AntonioPrates

⁠A memória existe para levar o passado, os sonhos para levar o futuro.

Inserida por AntonioPrates

⁠É com ação que se transforma uma nação.

Inserida por AntonioPrates

Onde há fome, não pode haver justiça, nem paz social. ⁠

Inserida por AntonioPrates

⁠Todos os que sentem saudades já foram felizes.

Inserida por AntonioPrates

⁠Perdi a liberdade de expressão quando aprendi que meu pai dizia algumas palavras que eu não podia dizer.

Inserida por AntonioPrates

⁠Normalmente, é da semente da loucura que provêm os melhores frutos.

Inserida por AntonioPrates

⁠Todas as palavras se perdem no tempo quando não partem do coração.

Inserida por AntonioPrates

⁠⁠Muitas vezes as pessoas que nos tentam prejudicar são aquelas que mais nos ajudam.

Inserida por AntonioPrates

⁠Nós temos uma força muito maior do que possamos imaginar.

Inserida por AntonioPrates

⁠Numa sociedade de intrigas temos duas maneiras de não cabermos em lado nenhum: se formos muito grandes ou demasiado pequenos.

Inserida por AntonioPrates

⁠O mundo só gira à nossa volta quando bebemos demais.

Inserida por AntonioPrates

⁠Deus concedeu-nos o amor para nunca nos sentirmos sozinhos; o Diabo deu-nos a inveja pelo mesmo motivo.

Inserida por AntonioPrates

⁠São mais as pessoas que falam do que aquelas que ouvem.

Inserida por AntonioPrates

⁠Criança que és bela,
Sem nome nem raça...
És um ser que passa
Nesta vida singela...

I
Beldade inocente,
O sofrimento a consome...
Sem rumo, com fome
Na sociedade doente...
Dizem que és gente
Sem norte nem estrela...
Esta criança é aquela
Que não tem futuro...
Mergulhada no escuro,
Criança que és bela...

II
Tão terna, tão pura,
Tão cheia de vida...
De cabeça erguida
Derrama frescura...
Segue esta aventura,
Cresce na morraça...
Na rua e na praça,
À chuva e ao frio...
É só um vadio
Sem nome nem raça...

III
Não sabe brincar,
Tem outro juízo...
Falta-lhe o sorriso
Para se alegrar...
Já farta do azar
Que sempre a abraça...
É gente sem graça
Que é ignorada...
Consciência pesada,
É um ser que passa...

IV
Passa pelo mundo
Que é tão desigual...
Ou é marginal,
Ou é vagabundo...
É sempre segundo,
Eterna mazela...
Chora na viela
Pelo que não tem...
É sempre ninguém
Nesta vida singela...

Inserida por AntonioPrates

⁠O problema da amizade reside essencialmente na discrepância que existe entre os muitos que querem amigos e os poucos que querem ser amigos.

Inserida por AntonioPrates

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