Machado de Assis Poemas a Palmeira

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Para ti, enquanto fores

Sempre será eterna a minha decisão
fiz uma escolha consciente
de nunca te esquecer,
de nunca te trair ou te enganar.

Se é amor, talvez nem eu saiba dizer
o amor não se explica, é um milagre
feito de mel, azeite e trigo
tu és a dona do meu atual viver
a casa para onde volto e encontro abrigo.

Festejamos todo dia a melhor porção da vida
com música suave, com o vinho-amigo.

Traçamos uma rota segura
com o mapa do amor
com a bússola da verdade
chegaremos ao destino,
onde espera-nos sorrindo
a flor da eternidade!

Evan do Carmo

Inserida por EvandoCarmo

SEM FALAR EM SAUDADE


Foi sem falar em saudade
que lembrei de você
dos seus olhos pequenos
a me enlouquecer
do seu corpo moreno
do seu beijo veneno
a me adormecer.

Foi sem querer que a tristeza
chegou com a canção
que eu fiz pra você
naquele verão
onde fiz dos teus olhos
minha única razão
de viver, de sorrir, de sonhar
de paixão.

Foi sem falar de saudade
que me veio a lembrança
que perdi a esperança
de voltar a te ver.

Inserida por EvandoCarmo

HÁ POESIA EM QUASE TUDO.

Há poesia em quase tudo,
só não há poesia no beijo
nem no corpo da mulher mal-amada
nem no choro da criança
faminta, abandonada.

Há poesia em quase tudo
só não há poesia na falta de carinho
da mãe pelo filho inesperado.
Há poesia em quase tudo
no encontro dos amantes
proibidos, no afago da língua
sobre a rosa, no breve adeus
do poeta desta vida.

Há poesia em quase tudo
menos na falta de amor
do homem pelo homem
e na falta de fé no amanhã.

Há poesia nos lírios dos campos
quando catam, no pôr do sol
amarelado, há poesia na chuva
de outono, mas falta poesia
na primavera do oriente.

Há poesia em quase tudo
menos na falta de amor
do homem pelo homem
e na falta de fé no amanhã.

Inserida por EvandoCarmo

VOZ DOCE DA POESIA.

Amputaram-me os pés,
amputaram-me as mãos
depois furaram-me os olhos
em seguida amputaram-me a língua
perguntaram-me se ainda sentia dor.

Eu não podia andar, era fato,
nem podia ver, nem apalpar
contudo, meu melhor sentido
ainda permanecia, não se alterara
ainda podia ouvir o som do vento,
e a voz doce da poesia.

Inserida por EvandoCarmo

SOMOS IRMÃOS NA DOR

É no escuro da noite
quando a dor se faz constante
e mais assustadora
que desejamos que um anjo bom esteja ao nosso lado,
para enxugar as nossas lágrimas e o suor da febre persistente.
É nesse instante que a nossa humanidade floresce.

Num mundo desigual, no amor e nas virtudes
quando todos estão no mesmo lugar comum
pobres e ricos, pretos e brancos
sofrendo no âmago da alma a mais cruel desilusão
que a nossa presunção egoísta desaparece.

Todos carecem de cuidado e afeto
somos iguais na dor
buscamos até de estranho um afago
o sorriso de empatia
somos irmãos, querendo ou não
na dor somos conscientes
de que contra a razão não há utopia.

Para os profissionais da saúde em 2020 durante a pandemia

Inserida por EvandoCarmo

O HOMEM DO RIO

Eu não quero ser Caetano,
não sou o gênio imitador
sou como sou
homem que entra no rio
e se transforma
em tantas formas de existir.

eu não quero ser Heráclito
pré-socrático ou Platão
eu sou a soma de todos eles.
Poetas são como são
puros e controversos
sem contradição.

Eu não quero ser Caetano
contudo sou Gil-berto sou João
sou Tom Zé, sou Tom Jobim
você nunca ouviu falar de mim?

Inserida por EvandoCarmo

UM SAMBA EM RÉ MENOR


Não é tristeza, é melancolia
um tipo fatal de abstinência
não é dor de corno nem sofrência
é a falta de beleza e poesia.

Ainda escuto, como punição
relembrando tudo que vivi
a música boa que tocava à beira mar
quando te conheci.

Sem a Bossa Nova, “Chega de Saudade”
num bar em Ipanema, que dia agradável
sem você e tudo isso
a vida não poderia ser suportável.

Ainda assim sangra a poesia
o vento sopra e traz esperança
não é desespero é falta de alegria
um tipo fatal de abstinência
não é tristeza, é melancolia...


UM SAMBA EM RÉ MENOR

Inserida por EvandoCarmo

⁠Foi aos poucos,
quase sem querer
que o amor chegou!

Quando te conheci
Eu não pensava
em amar alguém!
A sim com eu te amei.

Mas Você
sempre generosa,
me ensinou
uma nova canção !

Onde dois corações
se encontram
e o impossível acontece!

Onde o dia é de sol ☀️
luz e fantasia!

A perfeita união
dos imperfeitos!
Poeta, musa
e poesia!

Inserida por EvandoCarmo

⁠PORTO SEGURO
A procura do amor eu saí pelo mundo
Entrei tantas vezes em vales profundos
Como Dante a buscar Beatriz
Cruzei a fronteira do mundo real
Pra chegar ao paraíso e ser feliz
O amor me guiou, ao encontro da paz
Que mora em seu sorriso
Pois sempre acreditei que você existia
Não era sonho ou fantasia
Meu desejo impossível
A razão me dizia estás perto do cais
Do teu porto seguro
Onde finda os teus ais

Evan do Carmo

Inserida por EvandoCarmo

⁠Amar não é sofrer
Que um amor precisa ser triste pra ser bom,
Não posso concordar com Vinicius e o Tom
Não parece-me coisa muito boa
Caminhar sobre espinhos para sentir prazer.
Sofrer pode fazer o poeta refinar
Suas preferências e afinar sua lira
Mas sobre o amor não é verdade.
O amor deve ser nossa última parada
Um porto calmo onde silenciosamente
Ouvimos o coração dizer baixinho
Agora estou em paz, finalizo minha história
Com uma exclamação generosa
Atravessei o grande mar da desilusão
Não há mais sofrimento nem busca em vão.
Tudo se tornou possível, mas não é o fim
É um recomeço suave, uma inexorável solução.

Inserida por EvandoCarmo

⁠E você, que diz ser humano,
como trata seu irmão
seu semelhante,
filho da mesma gênesis?
Se ainda é capaz
de chama alguém de lixo,
despreza o ser Supremo
que nos criou.

Inserida por EvandoCarmo

⁠SOBRE O AMOR

Já que ninguém normal pode ser feliz sozinho
Precisamos de alguém ao nosso lado
Necessitamos de afeto, de conforto e de carinho
Há só uma forma de mar possível, capaz de suprir
Todas as nossas carências emocionais
É o amor incondicional como abrigo
Aquele que não espera recompensa
Pois se amamos fazemos por necessidade natural
Sem amor tudo está perdido
Não há paz no coração dos amantes
Nem aperto de mão generoso
Nem abraço fraternal de um amigo.

Inserida por EvandoCarmo

⁠A vida está quase perfeita
com todas as coisas
em seu devido lugar.

A carreira, a mulher amada
a música, a cozinha, o vinho
a poesia, os filhos criados.

Tudo está consumado,
a plenitude da paz.

Algumas virtudes alcançadas
estou definido como um homem feliz.

Estou consciente do que virá,
impreterivelmente aguardo,
o imprevisto nas mãos de Deus
e a fatalidade e a tragédia
na intromissão do caos

Inserida por EvandoCarmo

⁠Vaidade angustiante

Nos enaltecemos por termos consciência da morte
como algo certo, como sentença inexorável,
escrita pela mão do caos.

Não há razão para ter vaidade
sobre este conhecimento prévio.

Contudo, almejamos
que esta certeza absoluta se torne,
mesmo que por algum tempo,
uma dúvida prazerosa.

Inserida por EvandoCarmo

⁠Arco-íris

E assim se deu no nosso caso de amor
Como uma flor que desabrocha
No meio do asfalto.
Meu quadro cinza na parede
Retrato em preto e branco
Agora um arco-íris se pintou
Agora quando você vem
Tudo se transforma
Contornos viram formas
Desenho asa e flor.
Olha, quando você chega tudo fica rosa
Não leio mais Rimbaud
Até meu verso triste vira prosa.
Acordes dissonantes soam simples
Como as melodias diatônicas do sertão
E amargo do café se adocica
Como um caramelo de paixão.

Inserida por EvandoCarmo

⁠Eu amo a noite, quando tudo cala
E eu posso ouvir seu coração e a sua alma,
Suavemente dizerem que o barulhinho da chuva
Tem a melodia eterna da verdade.
Abraçados, como conchinhas do mar
Sabemos o segredo do amor, a paz nos domina.
É quando tudo se completa e nós somos um
Apenas um repleto, saciado de ternura e afeto.

Inserida por EvandoCarmo

⁠O barco e um rio.

Nascente,
Um barco forte, impávido
Desce sem receio,
Avança em busca do horizonte
Segue firme, destemido, desbravando o rio.
O barco sabe dos perigos da viagem
Mas ignora a força do seu condutor bravio.
Rumo ao desconhecido, o barco não se cansa
Almejando a liberdade e a contemplação
Do sol radiante da esperança.
Antes da aurora esperada
Vem as intempéries da distância
O rio se torna ameaçador.
E o barco, mais surrado a cada dia
Preste a naufragar, com furos no casco
Escuta um pássaro triste cantar e avalia.
Rio e barco não se entendem mais
Um quer a foz, outro quer o cais
Um sabe que chegando ao fim retorna
O outro nada sabe de outro rio
De outra noite, de outro pôr-do-sol
Só há uma dúvida voraz, assim o barco afunda
Na ilusão e na desesperança
Na ideia obscura da fragilidade fatal, desiste
Enquanto o rio mergulha no abismo
E encontra a paz.
Evan do Carmo

Inserida por EvandoCarmo

Escrever silêncios,
registrar dias e noites,
tempestades e calmarias
amores e desencontros
descrever o inexprimível.
Concretizar delírios em realidades
apagar sois e esperanças.
Poderia ser Rimbaud
ou Vinicius de Morais
Paul Verlaine ou Neruda
mas sou sou poeta.

Inserida por EvandoCarmo

....um ponto final na poesia,
.....a morte da musa, o grande poema.
.........suspenso na eternidade
.................o silêncio irreprimível,
............entre ecos do acaso...
...........a fuga do poeta...
.....enigma inconfessável.

Inserida por EvandoCarmo

“Ode ao amor

Queria não ter lido
nem estudado Vinicius de Moraes
para escrever algo original
sobre o amor e a falta dele.
Mas algo assim só seria possível
se Vinicius não tivesse lido Neruda
com tanto espanto e reverência
ou se Neruda não tivesse lido Rimbaud.

Queria cantar o amor
em sua primorosa essência
como Ricardo Reis à Lídia
como Dante à Beatriz.
Inexoravelmente nasci atrasado
atras de todos estes
mas o amor ainda me inspira
loucura e lucidez...
para compor poemas
tão simples como este.

É o amor que sempre nos guia
ao fundo do copo e ao cerne da vida
ao topo do mundo e ao fim da tragédia
é amor que nos conduz ao abismo da perda
e ao encanto da luz da conquista
mesmo que não seja original
é o amor que dá alma ao artista.

Inserida por EvandoCarmo