Machado de Assis Poemas a Palmeira
O TUDO E O NADA
Sem você eu sinto uma dor no peito
Meu coração acelera descompassado
Meu corpo fica em brasa, em febre
Eu não consigo dormir sem você ao meu lado
Você é tudo e o nada
É o sul e o norte
É luz e a escuridão
É a vida e a morte
Você é o amargo em minha vida
É também toda doçura
A calmaria e a tempestade
É o pecado e o amor em sua forma pura
Você é o certo e o errado
É a sanidade e loucura
É o bem e o mal
É a doença e a cura
A vida é um barco à deriva
Uns pulam, outros preferem remar.
A coragem é de quem se arrisca
ou de quem aprende a esperar ?
Pular é fugir de si mesmo.
Remar sem destino
é não sair do lugar.
Hj choveu e lembrei de você
Desde o dia 9 de novembro, todas as vezes que nos encontrávamos chovia.
E hj me lembrei de todos os momentos excepcionais que passamos juntos.
A chuva caia do céu e as lágrimas dos meus olhos. Tudo que vivemos, "apesar dos pesares", foram os melhores momentos.
No nosso último encontro (27/03/2020) choveu, e vc falou q não tinha um dia que não chovia quando nos víamos.
Me alegrei por saber que vc observou isso.
Hj sinto sua falta. Já não tenho mais inspiração para recitar poemas. Pois como sabes, vc É minha inspiração.
ERMA
07/04/2020
Gentileza gera gentileza,
Mas para alcançarmos a verdadeira harmonia,
Precisamos de um toque de sutileza,
E assim compreenderemos a natureza humana,
Que a vida não se resume a uma simples banana,
E que seus caminhos vão além de Copacabana.
Os mistérios da vida.
A vida é um mistério
Que buscamos descobri
As vezes a gente chora
As vezes gente ri
Por mais difícil que seja
Eu prefiro existir.
Sou um homem feliz
Me considero realizado
Tenho uma esposa e uma filha
Que estão sempre ao meu lado
Ser solteiro é muito bom,
mas prefiro ser casado.
Cada dia que se passa
Percebo nosso crescimento
Eu a conheço mais
aumenta o contentamento
tenho certeza que fiz
Um dos melhores juramentos
O amor é uma dávida
Acima dos sentimentos
A paixão é passageira
Igualmente ao pensamento
Quem quiser casar não deve
Quebrar o juramento.
Não me canso de dizer
Que minha esposa é guerreira
Uma mulher batalhadora
E muito verdadeira
Quando ela sente fala
Mesmo que cause canseira
José Luís...p
Orgulho de ser Auditor-Fiscal do Trabalho.
Sou AFT com muito orgulho,
Orgulho da lágrima que cessou,
Orgulho da vaga que brotou,
A dignidade prosperou.
Sou AFT com muito orgulho,
Orgulho do rosto que sorriu,
Orgulho dos olhos marejados,
Pois que o pão enfim surgiu.
Sou AFT com muito orgulho,
Orgulho da cor que não pesou,
Orgulho do gênero que não se viu,
Do trabalho decente que vingou,
Sou AFT com muito orgulho,
Orgulho da criança que brincou,
Orgulho da infância a ser vivida,
Ah! O trabalho... Enfim findou.
Sou AFT com muito orgulho,
Orgulho da vida prosseguida,
Orgulho da dor que se extinguiu,
A liberdade prosperou.
Sou AFT, sou servidor.
Divina Mão.
Orações em vão, o desespero brota.
Por que ninguém olha, não quer saber?
São gritos perdidos, a garganta falta.
A desesperança vai me fazer morrer.
O olhar triste esconde a infância,
Mas ser criança não me faz viver.
O suor que brota cultiva a horta,
Nada na boca, resta padecer.
Luzes, distantes no horizonte.
Está ficando escuro o entardecer.
O rangido aumenta, posso ver os carros.
Deve ser o patrão para me fazer sofrer.
Que gente estranha é essa?
Deve ser mais gente para ajudar a bater.
E as duas mulheres? Estão vindos aqui.
Será que vieram me socorrer?
Obrigado meu pai, depois de tanta oração,
Não acreditava, não sei por quê?
Chegou tua mão, demorou, mas veio.
Junto com a luz. Vou sobreviver.
AMOR VERDADEIRO
Em uma noite
com um belo luar
a frente de um lago
com vaga-lumes a brilhar,
havia um casal
pareciam se apaixonar,
quem os via a distância
nem imaginava o que havia lá.
Algo proibido?
O que será?
Nem eu mesma
consigo falar.
É algo fora desse mundo
aqui ninguém entendera.
Com tanta maldade
não sabem o que é amar.
O Quão Doce Tu És
O quão doce tu és, ó doce amada,
Teu sorriso é o mel que adoça a vida,
Em teus olhos reluz a luz dourada,
E em teus braços encontro a paz querida.
Teu riso é como música suave,
Que embala o meu coração em doce calma,
E em cada gesto, em cada breve enlace,
Sinto o amor que em ti se acalma.
No calor do teu abraço encontro lar,
E em cada beijo, o doce sabor da paixão,
És a doçura que me faz sonhar,
E a razão que acalma meu coração.
Silêncio na Porta Fechada.
Pai, por que não batestes na porta?
Nós esperávamos ansiosos por ti.
No vazio da noite restou o silêncio.
O som mais cruel que ouvi.
Saudade! Do sorriso no teu rosto cansado.
Do toque das tuas mãos calejadas em mim.
Caístes do quinto andar pai,
Não voltastes do trabalho sem fim.
Por que não gritastes o perigo da obra?
Um trabalho sem dignidade, sem proteção.
Nem sequer te treinaram pai.
Restaram as marcas do teu sangue no chão.
Pai, que teu nome seja lembrado,
Não como um número em uma estatística fria,
Mas como o grito do filho que não pode mais esperar,
Que a porta se abra ao final do dia.
Poema
Memórias e Arrependimentos
Nunca vou esquecer de como,
Arrependi-me das minhas escolhas.
Nunca vou esquecer de como,
Vivi para os outros, sem forças.
Nunca vou esquecer, quando mais precisei,
Não tive apoio, fiquei sem amparo.
Nunca vou esquecer que as pessoas
Só veem a utilidade, sem reparo.
Nunca vou esquecer de quando precisei
De ajuda com algo importante.
Nunca posso ser ajudado,
Sigo só, cada instante.
Arrependo-me por ter escolhido
Viver dessa forma, sem alegria.
Hoje, minha vida é um lamento,
De outrora, só nostalgia.
Amor... e Morte...
O amor
é como a morte
ato banal de todo dia...
Emoção forte
de tristeza ou de alegria,
ele sempre nos surpreende, e a ele nunca nos acostumamos
talvez...
O amor é como a morte:
quando amamos
é sempre a primeira vez.
A BICICLETA
Me lembro, me lembro
foi depois do jantar, meu avô me chamou,
tinha um riso na cara, um riso de festa:
- Guilherme, vou tapar seus olhos,
venha cá.
Os tios, os primos, os irmãos, na grande mesa redonda
ficaram rindo baixinho, estou ouvindo, estou ouvindo:
- Abre os olhos, Guilherme!
Estava na sala de jantar, junto da porta do corredor,
como uma santa irradiando, num altar,
como uma coroa na cabeça de um rei,
a bicicleta novinha, com lanterna, campainha, lustroso selim de couro,
tudo.
Me lembrei hoje da minha bicicleta
quando chegou a minha geladeira.
Mas faltou qualquer coisa à minha alegria,
talvez a mesa redonda, os tios, os primos rindo baixinho,
– abre os olhos, Guilherme!
Oh! Faltou qualquer coisa à minha alegria!
Quando chegares...
Não sei se voltarás
sei que te espero.
Chegues quando chegares,
ainda estarei de pé, mesmo sem dia,
mesmo que seja noite, ainda estarei de pé.
A gente sempre fica acordado
nessa agonia,
à espera de um amor que acabou sendo fé...
Chegues quando chegares,
se houver tempo, colheremos ainda frutos, como ontem,
a sós;
se for tarde demais, nos deitaremos à sombra e
perguntaremos por nós...
Soneto à tua volta
Voltaste, meu amor... enfim voltaste!
Como fez frio aqui sem teu carinho....
A flor de outrora refloresce na haste
que pendia sem vida em meu caminho.
Obrigado... Eu vivia tão sozinho...
Que infinita alegria, e que contraste!
-Volta a antiga embriaguez porque voltaste
e é doce o amor, porque é mais velho o vinho!
Voltaste... E dou-te logo este poema
simples e humilde repetindo um tema
da alma humana esgotada e envelhecida...
Mil poetas outras voltas celebraram,
mas, que importa? – se tantas já voltaram
só tu voltaste para a minha vida...
(Do livro "Eterno Motivo" " - Prêmio Raul de Leoni, da Academia Carioca de Letras - 1943)
Um erro, uma vida
Eu estou indo embora, não tente me impedir, meu orgulho é tudo que me restou. Você pensou que eu não seria capaz, mas acredite eu estou realmente te deixando. Você pode dizer que estou cometendo um erro, mas acredite logo vai descobrir que quem errou foi você. Você vai se arrepender tanto. De todas as noites que me deixou sozinha, enquanto você se divertia por aí. De todos os telefonemas que disse que faria, e nunca os fez. De todas as brincadeiras, das mentiras, das ilusões, irá se arrepender de tudo isso. Vai sentir minha falta como nunca sentiu de nada antes. Vai tentar me procurar, mas sinto dizer, já vai ser tarde, pois baby você não é nem de longe insubstituível. Quando você pensar em mim, eu já vou estar pensando em outro. Não importa mais tudo que eu disse pra você, pois nem penso mais naquelas coisas, os presentes já estão na lata do lixo, pensar em seus beijos agora me dá nojo, não to mais nem aí pra você, não te quero de volta. Siga sua vida, bem longe de mim, tem sua liberdade de volta, fica com aquela vadia agora. Ela vale tanto quanto você. Você parece estar surpreso, achou mesmo que eu não iria descobrir, mas adivinha só? Eu não sou a idiota que você pensou.
Quando cair na real, nem venha me procurar, não vou ouvir suas desculpas, não vou fechar os olhos para seus deslizes. Eu sei que a culpada não foi eu, por tantas vezes eu chorei, até que cansei, sei que agora quem vai chorar é você. Quando sentir minha falta lembre se de todas às vezes que você me deixou sozinha. Quando precisar muito de um abraço, lembre se de todas às vezes que tudo que eu precisava era do seu abraço, mas você nunca me deu. Quando você cansar na farra e quiser alguém para dividir as coisas, lembre se de todos os planos que nós fizemos e você destruiu.
Quando quiser tudo de volta, deite e durma, sei que vai sonhar comigo, e quem sabe lá nossa história seja diferente.
Noturno n.º 1
Pela madrugada o rádio põe em surdina
um fundo musical de filme
em meu desespero.
E a serenidade da noite, impassível,
com sua felicidade de luar e estrelas
me faz mal,
parece afrontar meu desejo impossível
e ainda me torna mais triste, mais sentimental...
Você está em todas as formas do pensamento
E no pensamento que conforma todas as coisas...
Em vão tento fugir com a música, tento evadir-me com a noite,
em vão!
Você é a música, a noite, você é tudo!
É a própria forma e o conteúdo
Da minha solidão...
Noturno
Agora, à noite, fujo às vezes
e aporto em algum bar
Como antigamente.
Marinheiro do amor, de porto em porto,
a vida como um navio, de mar em mar...
Pensei que tinha lançado ancora,
que plantara raízes,
que não partiria mais.
E de repente, desarvoraste meu destino,
e te foste
- volto a ser o antigo marinheiro -
e sozinho, preciso embebedar-me,
agora num navio encalhado,
sem mar...
Essa...
Essa, que hoje se entrega aos meus braços escrava
olhos tontos do amor de que aos poucos me farto,
ontem... era a mulher ideal que eu procurava
que enchia a minha insônia a rondar o meu quarto...
Essa, que ao meu olhar parado e indiferente
há pouco se despiu - divinamente nua -,
já me ouviu murmurar em êxtase, fremente:
- Sou teu! ... E já me disse, a delirar: - Sou tua !
Essa, que encheu meus sonhos, meus receios vãos,
num tempo em que eram vãos meus sonhos, meus receios,
já transbordou de vida a ânsia das minhas mãos
com a beleza estonteante e morna dos seus seios !
Essa, que se vestiu... que saiu dos meus braços
e se foi... - para vir, quem sabe? uma outra vez.
- segui-a... e eu era a sombra dos seus próprios passos..
- amei-a... e eu era um louco quando a amei talvez...
Hoje, seu corpo é um livro aberto aos meus sentidos
já não guarda as surpresas de antes para mim...
(Não importa se há livros muita vez relidos
importa... é que afinal, todos eles têm fim...
Essa, a quem julguei Ter tanta afeição sincera
e hoje não enche mais a minha solidão,
simboliza a mulher que sempre a gente espera...
mas que chega, e se vai... como todas vão...
(Do livro - Amo – 1939)
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