Machado de Assis Poema Pai Contra Mae

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A vida de uma Baleia


Nasci em um sertão, dentro de uma fazenda, necessidade sempre passei, mas amor nunca faltou pra suprir o resto. Tinha um amigo falador de asas curtas, dois irmãos, um pai e uma mãe. Logo quando nasci me deram um nome estranho, Baleia, nunca intendi o porque, mas gostei.
Já faz alguns dias que saímos da fazenda, acho que papai achou algo melhor, espero que sim. Dias se passarão e comecei a dar falta do meu amigo falador, não o vi mais, acho que o pequeno deixou ele voltar voando para a fazenda, espero que tenha achado o caminho de volta.
Se papai achou algo, achou a quilômetros de distancia da fazenda, nem me lembro mais como voltar a ela. Já estou exausta, minhas pernas doem, as moscas me comem, as feridas de tantas já nem sinto.
Hoje o pai passou o dia a me cuidar, discuti-o em sussurros com a mãe, não consegui escutar, mas vi que ela não gostou nada da discussão. Minutos se passaram, meu pai mandou os pequenos irem na frente com mamãe , pediu que eu esperasse, chegou bem perto de mim, me abraçou e falou soluçando bem baixinho :
-Desculpa.
Uma lagrima caiu em mim, depois, tudo foi ficando turvo, escurecendo, e antes que se apagasse tudo, eu disse:
-Amo vocês.

Inserida por takkaguga

⁠Pensei eu,
Não ser doido,
Como vocês,
Logo, bem logo,
Fiquei mais doido,
Que todos os doidos,
Salve-me,
Dr Simão Bacamarte,
Recolhe-me
À casa verde,

Inserida por Madasivi

⁠Ser calado já fala muito
Ser discreto chama atenção
Sumir provoca lembrança
Ficar quieto incomoda.

Inserida por CamillaCantuario

⁠Pensamentos do Barão

Os grandes romancistas elevaram a fofoca ao patamar de arte.
Afinal, saber se Capitu traiu ou não Bentinho, não passa de uma grande fofoca sem final claro feita pelo gênio Machado de Assis.

Inserida por zatonio

⁠"Ou você senta e lamenta, ou você levanta e enfrenta."

Occultum Luciferus.

Inserida por AutorLivros_Occultum

⁠A natureza brasileira,
uma fonte de inspiração,
encanta a alma inteira
e nos leva à contemplação.

Machado de Assis já dizia
que a natureza é como um livro,
onde a sabedoria se irradia,
e nos enche de um amor vivo.

Guimarães Rosa, por sua vez,
falava da natureza sertaneja,
que ensina ao homem, de uma vez,
a lição da humildade que almeja.

Carlos Drummond de Andrade,
com sua poesia sensível,
via a natureza como uma verdade
que se expressa de forma incrível.

E Vinicius de Moraes,
com sua canção e beleza,
celebrava as belezas naturais,
que nos envolvem com tanta grandeza.

Assim, a natureza brasileira
nos leva a um mundo de emoção,
e nos faz perceber, de maneira inteira,
que a vida é uma grande benção.

Inserida por romeufelix

⁠Entre as páginas antigas de um livro empoeirado,
Reside a genialidade de um escritor consagrado.
Machado de Assis, mestre da prosa e poesia,
Sua obra é um tesouro que a alma extasia.

Com sua pena afiada, como um machado em mãos,
Ele desbravou os caminhos da literatura com paixão.
Em cada conto, em cada crônica, em cada verso,
Revela-se o retrato humano em todo seu universo.

Das memórias do Rio de Janeiro ao sarcasmo sutil,
Machado esculpiu personagens com talento viril.
Capitu, Bentinho, Brás Cubas e tantos mais,
São imortais, ecoando através dos tempos, jamais serão reais.

Machado, o mestre da ironia e da profundidade,
Sua escrita transcende qualquer limite ou idade.
Em suas linhas, encontramos a essência da condição humana,
Um espelho que reflete a complexidade humana.

Assim, erguemos um brinde ao mestre imortal,
Cuja obra continua a nos inspirar, sem igual.
Machado de Assis, eterno em sua glória,
Seu legado perdura, contando-nos sua história.

Inserida por Lucianbx

⁠SE VAI TER LEITOR...
.
NESTE EXATO MOMENTO
escrevo sem rumo. Faço isto de caso pensado. Talvez queira me pôr à prova. Até onde sou capaz de escrever de improviso?
.
LEMBRO AGORA
do mestre Machado de Assis quando diz: palavra puxa palavra. Sem querer querendo vamos espichando as palavras e quando dar-se fé... o texto está pronto.
.
UMA COISA EU SEI:
a escrita de improviso fica muito mais próxima da fala.
.
MEU PROFESSOR DE TEATRO DIZIA:
o corpo puxa a fala.
.
E DIGO EU:
se o corpo puxa a fala, a fala puxa a escrita.
.
NESTE EXATO MOMENTO
percebo que o meu escrito tem rumo. O texto tá bem arrumadin.
.
SE VAI TER LEITOR...
... aí são outros quinhentos!
....
02.05.2024

Inserida por AirtonSoares1952

⁠Flores de papel

Enxergar através de alguém.
Por que nem todos gostam de ler?
Seria melhor arrancar suas folhas,
Construir folhas com seus rasgos?

Flores são mata, não se deve arrancá-las.
Nem todos entendem isso?
Mas arrancar folhas de livros para fazer flores,
Não seria desmatar conhecimento?

Inserida por DiasWFolinha

Poema inspirado no drama estático de Maeterlinck
a mãe é muda
o pai não pisca para não acordar a criança
que dorme ou mama
no peito da mãe
com os pés sobre o pai

a noite reclama
garoa fina
saudades de antes
uma nuvem de medo
distante se aproxima

os olhos estáticos da menina no rio
o corpo estendido no frio
vem boiando na água até a porta
da cabana de madeira
de paredes tortas

a noite é muda
mas não é surda
as gotas escorrem pela telha
o sangue pelas veias de quem vive
e quem não vive é paisagem

todo mundo quer viver e não sabe como
o inferno é o outro
ou é a gente mesmo e os outros não ajudam
não adianta…
parece que melhora, mas cansa

não há confiança que não se traia
os olhos desviam da respiração intermitente
do casal que não fala
e que mente expirando
o que sente e não traga

tem um corpo boiando no rio
a nuvem de medo distante
é roxa e preta e azul da cor da noite
o sangue vermelho no rio é da cor do sinal
uma luz forte em sua fronte

desce do carro
respira o sereno
tem uma mulher e uma criança em casa
o inferno é o cheiro de gasolina do carro velho
ou é viver sabendo que vamos todos morrer?

a luz do farol é verde
violentamente verde em sua paciência
o corpo dói mas se aguenta
a criança é muda e chora
rasga o céu em um grito amargo
tudo é dor e tudo é silêncio

a sensação é de que não passa

Inserida por LucianaMariaTicotico

⁠POEMA CANCELÁVEL

Demétrio Sena - Magé

Já nasci cancelado por meu pai;
minha mãe também era cancelada
e me fez entender de sobrevida
nesta minha escalada solitária...
Não havia internet, mas havia
essas mesmas pessoas oprimidas
pela vida vazia em seus empenhos
pra mostrar como sabem excluir...
Hoje nada cancela o meu conforto
neste porto seguro do meu dom;
acolher e soltar quem quiser ir...
Meus ebós literários conscientes
dessas mentes tardias de pensar,
geram medo do amor não seletivo...

... ... ...

Respeite autorias. É lei

Inserida por demetriosena

É absurdo pensar que o único meio de saber se um poema é imortal seja aguardar que ele perdure.
Quem sabe ler um bom poema deve poder dizer, no momento em que é por ele atingido, se recebeu ou não um golpe de que nunca mais se curará.
Significa isto que a perenidade em poesia, como no amor, apreende-se instantaneamente; não necessita de ser provada pelo tempo.
A verdadeira prova de um poema não reside no facto de nunca o havermos esquecido, mas de nos apercebermos imediatamente de que jamais poderemos esquecê-lo.

Morena, toma esse poema...
Meu canto de seriema, meu doce de buriti...
Morena, minha vida é tua...
Prometo te dar a lua, se a lua tu me pedir...

Dedico esta publicação [meu poema nº 500, aqui na rede] À Alma da minha Santa MÃE, que partiu deste viver/morrer, por motivos de cancro; após ter sido tratada pela nora [minha Linda Esposa] durante mais de cinco anos, dois dos quais acamada; sem a ter deixado ganhar uma única chaga/escoriação, naquele pobre [por tão sofrido] corpinho!

Abandonar uma Mãe ou um Pai, num lar…

Ai de quem, abandone em tal seus pais;
Alegando pra tais não ter vagar;
Esquecendo dos tais tão dedicar;
Que cá, ninguém consegue, um contar mais!

Dedicar, neles tido, no criar;
Dos tão bons pais, que cá tais fizeram;
Pelos quais, de si, cá tanto deram;
Que cá ninguém consegue, um mais contar!

Porque um pagar tão igual, cá irão ter;
Naquela dor sentida de abandono;
Que a quem os criou, em tal, tão deixaram!...

Por neles ter havido, um esquecer;
Que em seu semear, haverá retorno;
Idêntico, ao que semearam.

Com o sentir [de quem teve SEMPRE na sua e deles casinha] A MÃE e o Pai, até de cá; terem partido.

Inserida por manuel_santos_1

Amores não se encomendam como vestidos; sobretudo não se fingem, ou não se devem fingir nunca.

Machado de Assis
A Mão e a Luva (1874).

Se eu pudesse contar as lágrimas que chorei na véspera e na manhã, somaria mais que todas as vertidas desde Adão e Eva. [...] Entretanto, se eu me ativer só à lembrança da sensação, não fico longe da verdade. [...] Realmente, por mais preparado que estivesse, padeci muito. [...] Sofria com alma e coração; demais.

Machado de Assis
Dom Casmurro

Não é em terra que se fazem os marinheiros, mas no oceano, encarando a tempestade.

Machado de Assis
Ressurreição (1872).

As mulheres que são apenas mulheres, choram, arrufam-se ou resignam-se; as que têm alguma coisa mais do que a debilidade feminina, lutam ou recolhem-se à dignidade do silêncio.

O essencial não é fazer muita coisa no menor prazo; é fazer muita coisa aprazível ou útil.

Não há nada eterno neste mundo; nada, nada. As mais profundas paixões morrem com o tempo.

Machado de Assis
Iaiá Garcia (1878).