Machado de Assis Contos Curtos Saudades
Muitos valores que norteiam nossa busca pelo sucesso são externamente impostos, como a ordem, hierarquia e controle.
Em alguns momentos, nos deparamos com um dilema entre aceitar a sujeição ou insurgir-nos contra ela.
A insatisfação emerge como consequência do ônus pago para sermos socialmente reconhecidos, frequentemente acarretando sofrimento psíquico, sobretudo quando temos a consciência tácita de que não fomos capazes de alcançar uma vida bem-sucedida.
As barreiras, tanto físicas quanto simbólicas, são criadas como uma maneira de lidar com as diferenças sociais.
Os muros dos condomínios, em particular, representam uma forma de segurança aparente, permitindo acesso apenas àqueles que se assemelham aos padrões de vida estabelecidos dentro desses espaços.
A satisfação dos residentes emana do privilégio que possuem e da percepção de que aqueles que estão fora desejam fazer parte desse mundo, intensificando o orgulho de serem objeto de inveja.
Quando mergulhamos nas redes sociais como nosso principal canal de interação com o mundo, espera-se que todos estejam sintonizados com nossos humores, atividades e reflexões.
Uma pressão sutil se instala: a necessidade de aprovação para validar nossas ações. Parece que só têm valor se receberem o aplauso coletivo; do contrário, parecem vazias de propósito.
Gradualmente, o significado das coisas deixa de ser uma experiência compartilhada e se torna uma construção íntima, moldada pelos sentimentos individuais.
As identidades emocionais contemporâneas são moldadas por imagens, resultando em uma visão do mundo fragmentada. Crianças e adolescentes, sem apreço pela leitura e pelo processo, buscam soluções rápidas para o enriquecimento, optando por plataformas de streaming, redes sociais e aplicativos inovadores.
Nesse processo, desvalorizam o conhecimento das gerações anteriores, o que contribui para a perda da autoridade dos adultos, especialmente dos pais e professores.
Investimos considerável tempo e energia buscando a atenção dos outros, o que nos leva a incessantes comparações.
Quando nos vemos em desvantagem nessa análise, experimentamos a humilhação, uma aflição que surge da sensação de estar em posição inferior e desfavorecida no jogo da ostentação.
A lógica neoliberal intensifica a competição e favorece apenas um seleto grupo de indivíduos, agraciados com beleza, riqueza, perspicácia ou destreza esportiva, deixando a maioria na desventura.
Neste cenário, onde a ambição é exaltada, é praticamente inevitável sentir-se diminuído ou desonrado em algum atributo. Essa dinâmica alimenta um profundo ressentimento, um sentimento de rancor e um desejo de retaliação contra aqueles que exibem as qualidades que nos faltam.
Os estudos indicam que o dinheiro é essencial devido às comparações sociais, pois ninguém quer ficar em desvantagem. Possuir bens materiais, como iPhones, não é tão necessário, desde que ninguém os possua.
Entretanto, vale salientar que o dinheiro desempenha um papel fundamental ao evitar o sofrimento e assegurar necessidades básicas, como moradia, vestuário, alimentação e saúde, sendo importantíssimo para superar as dificuldades.
A crise de gênero vai além da dicotomia masculino-feminino, refletindo uma crise de autoidentificação.
Hoje, a sociedade impõe rígidos padrões de identidade social, levando a uma cultura de símbolos como moda e sexo, o que resulta em perda de identidade e dificuldades em sua formação.
Isso é agravado pelo narcisismo, que valoriza o desejo individual sobre os valores coletivos, enfraquecendo as instituições tradicionais.
É fundamental investir na qualidade de vida em uma era de vida mais longa, especialmente na saúde.
Manter o aprendizado e o conhecimento para adaptação às mudanças e desafios é crucial.
Cultivar uma boa rede de amizades e buscar estabilidade financeira também são aspectos importantes.
Adotar uma perspectiva de curso de vida, preparando-se desde cedo para envelhecer bem, é imprescindível.
Alguns casamentos assemelham-se a um permanente jogo de dominação, marcado por "brincadeiras", críticas, provocações e implicâncias.
Muitos casais sentem prazer em envergonhar, humilhar e desvalorizar o parceiro, até mesmo em público.
Em vez de companheiros, transformam-se em adversários que destroem a autoestima e a paz um do outro.
A verdade é que frequentemente depositamos nossas expectativas nos outros, esperando algo que talvez nunca recebamos. Ao fazer isso, nos frustramos, pois aquilo que desejamos está além do nosso controle.
No fim das contas, a única coisa que realmente podemos controlar são nossas próprias ações, e é nisso que devemos focar nossa atenção.
Portanto, faça o bem, ajude o próximo e cumpra com suas responsabilidades. Isso é o que realmente importa na vida!
O fenômeno contemporâneo tem envolvido os indivíduos em intricadas redes identitárias, notoriamente restritivas em sua complexidade.
Em alguns casos, a abordagem frequentemente adotada revela-se insuficiente, caracterizando-se pela superficialidade e, ocasionalmente, falta de sentido.
Observa-se uma propensão à recorrência de clichês inerentes ao grupo de afiliação, muitas vezes antes de uma compreensão abrangente de todas as nuances em jogo, o que evidencia a necessidade premente de uma reflexão mais profunda e uma análise crítica sobre tais dinâmicas sociais.
Os YouTubers, que desafiam as concepções tradicionais de intelectualidade e influência, ganham destaque como figuras proeminentes.
Enquanto os intelectuais clássicos do passado muitas vezes estavam confinados a círculos restritos, os influenciadores digitais exercem uma influência marcante na sociedade contemporânea, mesmo sem necessariamente terem formação acadêmica.
O capitalismo exerce uma influência massiva, atraindo incessantemente pessoas de todas as idades por meio de vários meios, como publicidade, séries, filmes, destinos turísticos e música.
Este sistema não se baseia mais na imposição disciplinar, mas sim em uma máquina de estímulos, constantemente tentando seduzir com mensagens que proclamam a magnificência e o prazer das suas ofertas.
A ortodoxia politicamente correta, manifestada no controle social, permeia nossos sentimentos e pensamentos, gerando um discurso policiado.
Para avançarmos, é essencial deixarmos de lado pressupostos morais e vaidade intelectual, engajando-nos num debate público construtivo em busca de um destino mais sensato.
Conscientes de que as ideologias de direita, esquerda e centro possuem suas falhas, devemos seguir adiante com abertura e discernimento.
O fenômeno do cancelamento, ao suprimir o debate e calar vozes dissidentes, fomenta retrocessos.
Embora haja questionamentos sobre a eficácia das instituições democráticas, a substituição dessas por uma lógica punitiva individual corre o risco de nos remeter a uma era de julgamentos morais medievais, representando uma ameaça substancial à liberdade de expressão e ao progresso social.
O conceito de politicamente correto evoluiu para um rigoroso controle das palavras dos outros. Embora nos esforcemos para utilizar uma linguagem cuidadosa, não podemos controlar completamente como nossa comunicação é recebida ou interpretada.
O policiamento da linguagem em nome da empatia muitas vezes se torna excessivamente repressivo e até mesmo prejudicial.
Pais e professores muitas vezes encaram crianças como adultos em miniatura, buscando uma relação mais democrática, abrindo discussões sobre temas antes escondidos e concedendo mais liberdade.
No entanto, as crianças não possuem os recursos para tomar decisões, controlar impulsos e proteger-se, o que pode ser prejudicial devido à exposição excessiva.
Ao longo da história, os pardos foram agraciados com mais oportunidades durante os períodos de escravidão, o que se refletiu em um acesso ampliado à educação e em uma maior mobilidade social.
Essa percepção de vantagem pela sociedade pode levar alguns pardos a não reconhecer ou sentir a discriminação da mesma forma que os pretos.
Em uma sociedade marcada pela discriminação racial, é desafiador discernir quem é negro. Enquanto discriminar é fácil, implementar políticas compensatórias é difícil.
Não obstante, a prerrogativa de assumir a afiliação étnico-racial negra a fim de beneficiar-se de políticas de ações afirmativas constitui um direito inalienável do cidadão.
Aqueles que questionam a autodeclaração de ascendência mestiça por parte de um postulante a tais políticas devem ser capazes de fundamentar suas objeções de maneira inequívoca e substancial.
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