Machado de Assis- a Causa Secreta
Sinto um frio na barriga
Tudo isso me lembra a cena de um filme
O extinto selvagem que invade
A sensação de perigo que nos define
Celeste, divino, merece um hino
Em seu corpo, mensagem sublime
Esse é o nosso destino
O sonho ainda existe
O céu e a terra vão se unir
Veja que pena essa moça bonita
Que ainda acredita que sabe o que quer
Calou-se acanhada num canto
Parado num ponto, manteve perdido o olhar
Pensa na vida, paixão infinita
Que desde pequena sente por viver
Tem tanto querer
Mas há de entender
Tem tempo pra tudo, menina
Deixa de uma vez de ser só passageira
Do rumo que leva sua ambição
Deixa de pensar que tudo é brincadeira
Acho que isso é Síndrome de Peter Pan
Com força total pro meio do nada
Vai contrariada pelo que não é
Como ela esperava e decide ser livre
Leve, solta, longe do que cega a fé
Não se sente parte integrante do todo
E a zona de conforto é uma pedra no pé
Não vê quem não quer
Abre o olho mulher
Lá vem ele
Achando que é o cara
Dominando
Insiste e não para
Ele acha
Que vai conseguir o que quer
Mas tá errado
Ninguém segura essa mulher!
Olha ele
Achou que podia
Impôr regras
Cortar regalias
Enganado
Achando muito natural
Ser controlado
Perder seu lado individual
Mas não precisa ser assim
Podia ser diferente
Você podia gostar de mim
Mas confiando na gente
Se a solução for o fim
Ao menos por você, tente enxergar
Que ela é assim e nunca vai mudar
Azar o dele, que não soube ver
Que tinha tudo, e pôs o tudo a perder
Mas ele sabe, no fundo, ele sabe
Que o destino dela, à ele não cabe
Se ele acha besteira o que eu faço
Só porque eu peço meu tempo e espaço
Eu só lamento, e até sinto um pouco de dó
Num relacionamento, os dois não podem ser um só
E num sorriso eu levo a vida
Sem direção, mas decidida
Felicidade é de momento
Perco até a noção do tempo
Já avisei pro coração
Ser bem disciplinado e aprender a lição
Mas acho que ele esquece quando chega o verão
Que custa obedecer
Melhor não se envolver
E sendo assim
Que há de se fazer
Confio tanto em mim
E nada em você
Não posso te encontrar
Senão vou me perder
E a conclusão no fim
Viver pra aprender
Na primavera, outono, verão
É sempre o mesmo discurso furado
Inverno reina no seu coração
Parece um músculo enferrujado
Em tempos de egos tão fortemente unânimes, vale ressaltar para seu narcismo que o interesse dos outros na sua aparência não é admiração de uma peculiaridade e sim a apropriação de um recurso para promover o prazer sem os custos da conquista. Esse “interesse” é o supremo WO do 5x1!
Amizade de verdade pode ter vários conceitos! Eu acredito que esse nível de amizade só existe quando há desejos confessados, interesses em comum e liberdade sem julgamento. O que une dois amigos pode ser o maior segredo entre eles e, talvez por isso, pelo simples fato de ser uma verdade única e íntima de ambos é que a amizade se torna uma parceria tão forte.
Mostrar sua dor não é sinal de fraqueza, fraqueza é ser orgulhoso o bastante para não demosntrar humanidade.
Na vida muitas coisas tem conserto, Mas somente a política faz estragos irreverssíveis e nem o arrependimento pode reconstruir.
Um homem no chão da minha sala
alonga sua raiz
galo que estufa o pescoço
cana-de-açúcar e bronze
poças, chuva, telha-vã
rio que escorre na velha taça empoeirada
O homem no chão da minha sala
cidades de ouro
castelos de mel
velhas metáforas
sinos línguas gelatina
O céu no chão da minha sala
Esse homem no chão da minha sala
provoca o veneno da cobra
pulgas atrás das orelhas
mexeu nos meus bibelôs
consertou aquela estante
revirou a roupa suja
desenterrou flores secas
fraldas
chifres
quatro cascas de ferida
um disco todo arranhado
e um punhado de pelos
Aquele homem no chão daquela sala
me fez cruzar o ribeirão dos mudos
estufa de tinhorões gigantes
no piso do meu mármore
ele acordou a doida
as quatro damas do baralho
uma ninfeta de barro
e a cadela do vizinho
Daquele homem no chão da minha sala
há meses não tenho notícia
desde que virei a cara
saltei janela
fugi sem freio ladeira abaixo
perdi o bonde
estraguei tudo
vim devolver o homem
assino onde
o peito desse cavaleiro não é de aço
sua armadura é um galão de tinta inútil
similar paraguaio
fraco abusado
soufflé falhado e palavra fútil
seu peito de cavalheiro
é porta sem campainha
telefone que não responde
só tropeça em velhos recados
positivo
câmbio
não adianta insistir
onde não há ninguém em casa
eu, a amada
eu, a sábia
eu, a traída
agora finalmente estou renunciando ao pacto
rasgo o contrato
devolvo a fita
me vendeu gato por lebre
paródia por filme francês
a atriz coadjuvante é uma canastra
a cena da queda é o mesmo castelo de cartas
o herói chega dizendo ter perdido a chave
a barba de mais de três dias
NUVEM
babado de organdi
floco de algodão
carneirinho regredido p
rimeira comunhão
beleza que é o cúmulo