Machado de Assi Poema a Carta
DOCE PAIXÃO
Mãos suaves que acariciam
São os prelúdios do amor
Gestos que os amantes apreciam
E que deixam na face um rubor
Olhos que transmitem ternura
Que fascinam, que encantam
Com a mais serena doçura
Os males da alma espantam
Um abraço apertado e caloroso
Faz o coração apaixonado palpitar
Desperta um sentimento gostoso
Uma vontade louca de beijar
Aos poucos aumenta o desejo
E surge a inevitável atração
Subitamente acontece o beijo
Roubado num momento de distração
Estes momentos são inesquecíveis
E marcam uma grande paixão
Muitas vezes são imprevisíveis
E eternamente guardados no coração
Arilo Cavalcanti Jr.
►Coração Mecânico
Eis que as coisas começaram a mudar
O garotinho não conseguia mais amar
Seu coração foi transformado,
O sentimento belo lhe foi tirado
As poesias não fazem mais sentido
Aqueles versos, antes sinceros, tornaram-se vazios
Produzindo um certo vento frio
Pensando o garotinho, "será este o meu destino?"
Estará ele amaldiçoado, um ser desalmado?
Como se seus desejos honestos fossem selados
Mas, o futuro somente está planejado
Ainda ah tempo para o garotinho mudá-lo
Porém, a grande questão que convém,
"Mudará ou se afundará a solidão,
Que começou a se instalar?"
O garotinho descreveu o amor,
Como sendo um sentimento sem valor,
Apenas uma sensação, para amenizar a dor
Começou a seguir os passos dos diamantes,
Possuidores de características únicas e radiantes
Mas que torna o coração de seus donos, duro, recusante,
De um amor viciante.
Fez-se a criatura sem sentimentos
Refletindo a solidão que cresce com o tempo
Isolando o fragmento de felicidade,
O garotinho começou a se tornar produto da cidade.
Teu coração possui muitas engrenagens,
Tornando-o um garotinho cercado de limites e desvantagens,
Que o impedem de viver a felicidade
Aquela peça, amor, falta em seu peito
E ainda cedo, o incomodo o abusa sem pretexto.
O garotinho, imperfeito, caminha por entre os becos escuros
Não conhecedor do mundo, não possuidor de tal luxo
Entre as luzes das ruas lá está ele, nas sombras
Incapaz de amar, incapaz de ter um futuro
Oh, pobre do garotinho, que destino injusto
Viver sendo incompatível com um doce sorriso,
Enquanto outros de sua idade o isolam por causa disso
Já o agrediram, apenas para o fazer sentir excluído
Não detentor de um sentimento incrível,
O garotinho incapaz de amar, de se aventurar
Incapaz de poetar, de paixões recitar e cantar.
Oh garotinho, pequenino, sem um amigo
Oh garotinho, depressivo, sem um abrigo
Oh garotinho inexpressivo
Sem amor para lhe dar calor,
Sem um cobertor para protegê-lo
Apenas um coraçãozinho mecânico,
Incapaz de ser romântico,
Oh destino tirânico.
Logo cedo o pão quentinho
saindo do forno da padaria,
logo ali da esquina.
Seu porteiro todo apressado,
compra o pão e vai correndo
para não chegar atrasado.
Na portaria, abre a porta para a faxineira,
que toda ligeira, diz bom dia
e vai para mais um dia de faxina.
Dona Patroa,sai logo do apartamento.
Mal cumprimenta a tal moça da faxina,
porque o dia está apenas começando,
e uma reunião as nove, está esperando,
do outro lado da cidade.
Na rua sobe num táxi.
Seu taxista todo simpático,
vai logo perguntando o itinerário.
No meio do caminho, o farol fica vermelho,
lá vem o moço vendendo pão de queijo.
Dona Patroa chega no horário.
E lá estão outros empresários.
Todos alinhados de terno e gravata.
A reunião começa as nove como foi o combinado.
A secretária toda perfumada,
vai anotando tudo o que falam.
Na hora do almoço, ela recebeu seu salário,
e vai à loja comprar um presente
para fazer um agrado.
A vendedora atende sorridente.
Afinal seu trabalho
era vender e ser gentil com o cliente.
E assim o mundo gira.
Um dependendo do outro todos os dias.
Para você que teve o trabalho em ler até aqui...
Valorize todos os trabalhadores
Cada um tem sua profissão
E respeitar é nosso dever
como cidadão.
►Parece Que Foi Ontem
Parece que foi ontem que você estava aqui
Lembro que eu estava nervoso, imaginando o que ia acontecer
E escutando as batidas do meu coração, feito Olodum,
Você abalou o meu mundo, e não vou esquecer.
Parece que foi ontem que estávamos assistindo filmes
Lembro até quais eram, lembro de nossas poucas crises
Como eu poderia esquecer do calor do seu corpo?
Da pele macia, do leve sopro,
De seus braços finos passando por cima de meus ombros
Não há como apagar essa memória, de suas pernas sedosas
E sua agitação ao notar a Lua por fora da janela,
Que provocou um efeito mais que perfeito em meu peito
Você, por alguns minutos, se entregou ao desejo
Como eu poderia esquecer como queria que eu tirasse minha camisa?
Acho que, naquele momento, nossas mentes ficaram vazias
Enquanto pelo seu aroma, minha cama era preenchida.
Essa minha nova rima talvez seja proibida,
Será composta de uma parte louca de minha vida
Da primeira garota que invadiu o meu quarto,
E mostrou-me o seu outro lado,
Um "lado apimentado", e meio arriscado
Esse novo texto é, de algum jeito, feio?
Vou lapidar nele, partes de uma situação lá do passado
Que me marcou, me tornou um jovem mais sábio
E tudo aconteceu bem aqui, onde estou deitado.
Eu meio que já sabia o que estava por vir
E quando você começou a se despir,
Meu nervosismo se tornou o meu mais recente vício
Talvez eu ainda estava na "fase de teste",
Talvez eu devesse ter evitado um certo estresse
Mas não havia rédeas,
Para controlar a situação com minhas próprias mãos.
Sobre mim você parecia tão à vontade,
Que a realidade parecia mais um conto de fadas,
Mas era de verdade, e eu estava com felicidade
E, mesmo que tudo acabe mais cedo ou mais tarde,
Digo, sem travas na língua, "Que bom que tive a oportunidade"
E não fiz como os demais garotos da minha cidade
"Agora é mais uma para coleção, mais uma que peguei"
Para ser sincero, acho que eu me dei a você,
Não sei, mas é passado, não há uma outra vez.
Não sei o que foi de diferente em mim
Depois eu namorei, me apaixonei, e no fim, sozinho fiquei
E, mesmo assim, contigo eu fiz algo louco
Você e eu sozinhos em um quarto escuro e abafado, foi por pouco
Se talvez eu tivesse cedido mais, teríamos avançado
E eu percebi que você queria, que não havia nada que a impedia
Que você almejava o que eu tanto segurava em lhe dar
Pois estava com medo, era um novato, não queria errar
Mas não me sinto mal por não termos feito o tal "ato",
Não foi por acaso, não estou com pressa, a próxima chance,
Estarei preparado, e o mais importante, ajuizado.
O doador.
Havia um doador,
Na rua da saudade.
Doando sementes de sorrisos;
E também de amizade.
Doava toda sorte de sementes,
Para adultos, idosos e criança.
Tinha sementes de sonhos,
E também de esperança.
Infinito era seu amor.
Tamanha era sua bondade;
Suas palavras eram sabias,
E cheias de verdade.
Passei em sua casa;
Tinha muita gente para atender.
Ainda tinha muitas sementes.
Para receber, só tinha que crê.
É doador simples e fiel;
Cheio de amor e de luz.
Nasceu em uma manjedoura;
Seu nome é Jesus.
►Legado De Um Senhor
Caminhando sobre uma estrada de terra, eu vou
Com apenas meus sonhos como mala,
E a saudade da minha casa
Parto para voltar um dia e reformá-la,
Antes que o tempo acabe com o aconchego que ela me dava
Conquistar o mundo e dá-lo aos meus pais
Sem eles nada seria possível
E é lá na minha terra que jaz
O sentimento que deixarei quando me for.
Um imigrante, viajante, a procura de um lugar
Desbravar as colinas que cercam o meu país
E um dia, talvez, eu chegarei onde sempre quis
Aqui, em casa, no quintal com pequeno jardim
Rodeado de tulipas e de minhas pequenas sobrinhas
Contando para elas as desventuras de minha vida,
Deixando para elas as experiências vividas,
E simplesmente me deitar sobre a grama verdinha
E descansar, sabendo que dei a elas o que nunca pude ter,
Liberdade e condições para viver, inventar e aprender
Dei a elas o poder de ter e também de oferecer.
Caminhando sobre uma estrada de nuvens
Despedindo-me dos sonhadores deste mundo
E lá em cima, me verei junto de meus amados pais, e avós
Esperando ter feito o meu melhor,
Para que os herdeiros tenham uma vida sem dor,
O amor será o legado deixado por este futuro senhor.
Surrealidade
Talvez o dia de hoje seja mais...
...Ou menos.
Talvez seja um tempo alheio ao tempo
Um momento recluso dentro da vida
Uma ilusão, talvez,
e nada mais.
Quem poderá dizer
se há algo mais elevado
que o bater das asas de uma borboleta?
...Talvez nem existam borboletas, talvez
Seja uma pintura abstrata,
pintada por alguém que ainda não é...
Uma tela à ser desvendada
num mundo além do nosso
Na parede de um museu
por alguém.
Quem?
Alguém além do bem e do mal?
...E o que é o bem?
E o que é o mal?
O que vem a ser o amor,
e a saudade que hora penso sentir,
com tamanha intensidade?
Será que a sinto de verdade?
Ou será um sonho, submerso
na minha realidade.
...Provavelmente só minha!
E se...
Todos nós somos ainda um projeto de Deus numa maquete?
E se não existimos,
se somos uma visão onírica,
uma sinopse entre os neurônios divinos;
então o que é o texto desconexo que hora escrevo?
Poesia?
Se somos sonhos,
sonhamos nos versos;
... Versejamos o poema dos loucos
no manicômio do criador
que ainda não nos criou.
Sim... Somos um poema louco!
Musa dos Meus Sonhos.
Ela é meiga, encantadora, inteligente,
Quando estou perto, ela me assusta, intimida,
Quando estou longe e começo a pensar nela,
Eu Simplesmente a vejo como VIDA!!!
Ela é a musa que eu tanto esperei,
Porém, não posso tê-la em meus braços;
Meu coração esmagado de dor,
Chora sozinho por sentir o seu fracasso!
Vem minha musa, vem pra pertinho de mim,
Vem comigo sonhar os meus sonhos!
Eu só queria ser o teu amado:
E saber que não posso, me deixa tristonho.
Tão frequentemente, te invoquei como musa,
Tu és infinitamente minha arte,
Tua beleza me encanta, me fascina,
Dos meus sonhos, diariamente, já és parte,
Quanto mistério existe no teu olhar,
Quanta doçura existe na tua voz,
Como queria poder te abraçar;
Desfrutar contigo algumas horas, a sós.
Já que é impossível saciar os meus desejos,
E nem sequer dos teus carinhos eu disponho;
Fico totalmente imortalizado;
Me contento apenas, que seja a musa dos meus sonhos!
Autora:
Camilla Eid
O Inferno dos Inquietos
O ser é livre em sua inquietação de desabrochar uma flor
De ser um simples amador contemporâneo do seu cotidiano
Que expõe as suas noites mal adormecidas em pinturas e escrituras
Que destrancam pássaros de prisões e corações trancados dentro de porões
Que condena as suas aflições
O ser humano que não és humano, és apenas ser de sua espécie
Um humano incompleto do mundo e de todo o universo
Que condena a mente para a prisão perpétua do inferno
Rasgando a alma e purificando a áurea desconhecida
Que se esgota de lágrimas e gritos de melancolia de uma jovem menina
O ser deslocado-se de cada espaço do mundo
Traído pelo silêncio de um infinito sem fim
Apodado com padrões e estenótipos dos homens não pensantes
Caminhando-se na estrada do universo dos pobres homens e mulheres
Que pensam em riqueza sem serem nobres e fiéis a sua raiz
Que vomitam esnobações e aberrações de si mesmos
Porém, esquecem que a alma grita depois de rir
A inquietação aflige depois de sorrir como simples apagão
Depois de subir mais um degrau da escada de pensamentos
Que lhes condenam na prisão da inquietação do espírito
Em cada último suspiro saído de dentro de cada indivíduo.
SAUDADES DO RIO
Rio, de longe, uma saudade
Amizade, eterna recordação
Das cidades sua majestade
Tu pulsa no meu coração...
Tuas ruas, varia a felicidade
Vivo bem longe, de ti solidão
No bem querer, divindade...
Se algum dia voltar, será enfim,
Pra nunca te deixar,
E bem junto há ti. Ficar assim!
© Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
Agosto de 2017
Cerrado goiano
Sen-ti
Tento lembrar tuas formas
Vivas quanto almas
Ambos olhos brilham tanto
Lembram mais belo canto
Busquei outras caras
Pensei achar alguém
Após horas...
Cheguei algum aquém
Nada além deti
Quero para sorrir
Busco formas deter
Sonhos para viver
Minhas lentes sofrem
Brigam entre linhas
Deve faltar alguém
Para ouvir... poesias...
Desisto! Meu amor não cabe em dissílabos.
SOLIDÃO EM VERSOS
Os versos que não pude criar
E que não redigem o tal verso
Na saudade é verso perverso
De um tal silêncio a me fincar
E nesta vaga do verso, o olhar
Perdido, e na quimera imerso
Áspero, de um vário universo
Que faz meu verso, um vagar
Suspiros em versos, reverso
Ao poeta do cerrado a poetar
Pois, o amor na alma, é terso
E de todos, o verso a me julgar
O infortúnio, me foi inconverso
Deixando a prosa sem seu par
© Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
Agosto de 2017
Cerrado goiano
Hélène,
Je te garde dans mon cœur,
Mes pensées vont vers toi,
Tu me remplis de bonheur,
Quand enfin je te vois.
Tu es l´amour de ma vie,
J´ai trouvé mon destin,
La femme la plus jolie,
Avec qui je me sens bien.
Nous partageons nos émotions,
Tu me dis des mots doux,
Tu me complète, tu me corresponds,
Je me sens heureux je l´avoue.
Oh Hélène que je t´aime,
J´espère que tu me crois,
C est pourquoi j´ai écrit ce poème,
Je te veux près de moi.
À minha querida Helena…
É tão doce o amor que sinto por ti,
És a minha vida, o meu mundo,
Nunca na vida te escondi
Esse sentimento tão profundo
Ao teu lado estarei sempre
Nos bons e maus momentos
Para te proporcionar eternamente
Um semblante sorridente
Para ti minha Paixão
Quero o melhor da vida
Toda a minha afeição
Dou-te como garantida
Hoje estás em Palência
Queria o teu beijo
Estás na minha consciência
Realiza o meu desejo
O SONHO
Acima havia somente
Quatro estrelas dispersas.
Abaixo, apenas sombras.
No escuro ouvi a voz:
"Tu não podes me ver.
Mas te levarei onde
Está teu pensamento."
Alguém, a mil quilômetros,
Acordava de um sonho.
E com olhos pequenos
Olhava o celular.
Un Cuento...
...quisiera sentirlo otra vez, que me erize la piel, que me hagas saber que tienes el poder sobre mi, cuando no son necesarias las palabras uno mira e lo sabe
Igual yo quiero sentir que tengo el mismo poder, que una piel se adueña de la otra piel y son solamente un cuerpo, sudado, mojado, caliente.. erizado
como si estuviera conociendo cada parte de mi cuerpo por la primera vez al tocarlo...
Lua que brilha e ilumina as trevas,
Lua que mesmo distante mexe com nossa casa,
Lua que não se cansa em ser bela,
Lua que é a única capaz de ofuscar até o Rei Glorioso.
Lua, como te invejo!
Lua, busco insaciavelmente por alguém que me entenda,
Lua, como posso eu, mero ponto na imensidão azul, encontrar um ser igual a mim?
Lua, por favor, se não posso lhe amar, encontre alguém que também lhe ame, entregue para mim.
Lua, lua,
Obrigado pela sua Aurora.
As palavras não estão vivas. Em mim não encontram morada, das minhas mãos não saltam ao papel.
As palavras estão fugindo, em êxodo da minha própria mente.
O que era inspiração agora é passado, velado e relutantemente esquecido.
Se para o cientista, o gosto está na descoberta, para o poeta, está na moça que vai e que volta. Quando ela não volta, a tinta da caneta seca, a mente não produz, e o poeta se torna uma estátua de sal.
Do abraço perdido
Sou
Aquele
Capaz
De
Me
Confundir
E me erro
Sou
Aquele
Capaz
De
Te
Magoar
Com meu erro
Mas
Aquele
Que
Te
Quer
Bem
Sou
Também
O
Abraço
Que
Não
Te
Dei
Carrego
Em
Mim
Como
Culpa
Aqui
Jaz
Um
Abraço
Que
Passado
O
Momento
De
Existir
Vive
Em mim
Morto
Peso
Bem
Feito
Nesse tal de universo
Somos apenas pequenos versos
Em cada estrofe uma ilusão
Me embargo nessa escuridão
Eu tenho um teorema
O uniVerso é um poema
Indecifrável e contraditório
Instável, inexplicável, transitório
A galáxia e sua imensidão
Transborda ampla solidão
Lamento por ambo pessimismo
Culpa desse mundo estranho
Que nos roubou todo o otimismo
Vos, digo, ainda iremos lutar
Por favor, continuem a acreditar
Que esse tal universo, podemos salvar
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