Machado de Assi Poema a Carta
A altura e o sabor
dos cocos dos Jerivás
contam a histórias
de quem experimentou
a infância com os pés
na terra e andou
de braços dados com
a verdadeira poesia,
Ficar contente só de rever
os Jerivás dançando no raiar
do dia remete que ainda
mantenho a original alegria.
Garopaba
No lugar abençoado
onde vivia o Índio Carijó,
o amor da tua gente não me deixa só.
Na terra de praias tão belas
onde guarani era a tribo,
nas areias escrevi o meu destino
e resolvi permanecer contigo.
Em pleno Descobrimento do Brasil
viraste abrigo para fugir do temporal
e enseada de barcos
em pleno paraíso austral
da gloriosa Pindorama Nacional.
Com a vinda da maioria
dos açorianos oriundos da terceira
ilha tu encantaste com toda
a maravilha e se tornou
Armação de São Joaquim de Garopaba
e depois a freguesia que virou vila.
Garopaba, minha cidade linda,
que antes era uma armação baleeira
e virou santuário da baleia franca,
um sopro magnífico de esperança
no coração de quem crê
na força da vida com o mesmo
olhar puro de uma criança.
Garopaba, minha enseada poética,
a tua gente a minh'alma abraça
e com gentileza o meu coração leva;
a tua História, os teus sabores
e tua Natureza preenchem
com toda a beleza e dão sentido
para a minha própria existência
sem pesares e todos os amores.
A sonata 14 de Beethoven me consola,
Os sentimentos ficam explícitos a cada nota
A tristeza toma conta, a angústia me apavora,
No momento, me sinto a própria derrota...
Eis me aqui a dor
A vida é lastimável,
E não existem remédios que curem, ou melhorem,
Lamentos e sofrimentos incessantes,
Quando tudo começou?
O sofrimento é intermitente:
Eles somem...
Mas sempre voltam de repente.
Não existem mais motivos,
Tudo que era bom dissipou
Ódio e ganância nos destroem
A tristeza é uma doença,
A felicidade é uma substância,
O amor, a possível salvação...
Querido alguém
Borboletas são borboletas
Visitam feliz o jardim
Pessoas são sonhadoras
Vivem em busca de ser feliz
Sorria sem ser filmado
Dance junto ou sozinho
Feliz quem enxerga o detalhe
Que vive a vida devagarinho
Nem todo dia é bom
Mas todo dia bem-te-vi
Viver é deixar o coração
Florescer enquanto existir
Poema de autoria #Andrea_Domingues ©️
Todos os direitos autorais reservados 24/03/2021 às 22:00 hrs
Manter créditos de autoria original _Andrea Domingues
Este mundo sendo
virado do avesso,
sem medo confesso
que sonho o tempo
inteiro com você,
e assim te carrego.
Na janela da sala
o infinito da espera,
meditando a entrega,
o aroma das rosas
beijou o meu rosto:
não escondi o jogo.
As adagas da Lua
imortalizando sinais,
o céu rompendo
com o impossível
e abrindo caminhos
para o amor possível.
No jardim secreto
das noites de seda
as estrelas como
centáureas brancas
soltas na Via Láctea,
e eu hipnótica e nívea.
Os quadris no ritmo
do vento ao encontro
do teu como destino,
em festivo encanto
celebrando morada
e canção sussurrada.
Não temendo nada,
trazendo à tona
a vontade represada,
como uma pagã
convertida a religião
entreguei o coração.
MINHAS PEDRINHAS DE JOÃO E MARIA
Telhas d’água cobrem casas
copas, vagas, matas.
Dos poucos vãos que restam,
réstias beijam testas.
E, no palheiro da imensidade,
continuo a procura do pássaro perdido.
Perco-me como já perdi o chão tantas vezes.
Mas ouso adiante ir, porque é busca
de uma vida...
As margaridas silvestres da beira da esteira,
semeei-as para marcar o caminho da volta.
Talvez eu retorne pelo cheiro do ouro vivo,
talvez pelo brilho das estrelas rasteiras.
APRESSE-TE!
a manhã noviça
escorre
c’a areia movediça.
aos poucos,
com precisão inglesa,
morre no bojo da tarde.
hoje amanheci com a pá virada
pra lua de saturno:
pise leve nesta seara,
tire os coturnos a pressa os medos os remorsos.
voe revigorado
e pouse em mim pólen desgarrado
& beije-me para sempre!
que a manhã é noviça
e escorre
c’a areia movediça
.
.
.
te condenaria por desistir de ler-me?
minha bagunça enlouqueceu-me,
minha alma só produz gemidos,
o coração desaprendeu a escrever
insuficiência de palavras
[...]
é a vida? e o que é a vida?
um milagre que busca a morte,
o Amor, sentimento que trás tristeza,
as palavras, gritos para almas surdas
isto a poesia quem me segredou..
Que Honra
Que honra
Viver
Em Tempo
Momento
Espaço
Que ti.
Que Honra
Estar
Aqui
Agora
Feliz
e são.
Que Honra
Cantar
Um som
Dançar
De pés
No chão.
Que Honra
Beijar
A boca
Com mel
Tocar
O céu!
Que Honra
Amar
Sorver
Sorrir
Chorar
No mar!
Que Honra
Ouvir
O vento
E a voz
Calor
Arder!
Que Honra
Despir
A alma
Pensar
Em ti
Aqui!
Que Honra
Sentir
Você
Fazer
Amor
Viver!
Edson Luiz Elo
25 de Março de 2021
Talvez seja isso mesmo.
Eu sou alguém com bagagens até demais.
Então me perdoe por desabar.
Eu sempre me preocupei em agradar, mas hoje eu só estou tentando me segurar.
Ainda existem perguntas sem respostas, então não ligue pro meu silêncio.
Considerações aos meus demônios de papel.
Eu sempre estou no céu eu nunca me esqueço, eu nunca deixo de sentir.
Quando tudo está escuro, cada gota se transforma em corredeira.
Não existem sombras para me esconder agora.
Estar na beira de um colapso e não gritar.
Pensar e respirar, me segurar e não chorar.
Talvez seja só isso o que eu sempre fui.
É o que eles veem, nada mais.
Eu sou uma peça sem quebra-cabeça,
girando e forçando o meu encaixe.
Tentando entender os barulhos a minha volta.
E mesmo assim, eles ainda cobram o que eu nunca pude pagar.
Me perdoe se eu não quiser falar.
Exedi o meu limite de sentir, exedi a minha forma de gritar.
E eu sinto muito se isso desagradar, mas se quiser ficar, pegue um lugar.
Se quiser ficar, entenda o meu lar.
Sonhe!
Porque a maioria das pessoas
Param de sonhar quando acorda?
Sonhar é necessário
Se você já teve um sonho, recorda
Se alguém lhe desacreditou, discorda
Deixem falar , mas não lhes deem corda
Acredite pouco, acredite muito, seja em qualquer nível,
O que faz o impossível se tornar possível?
O acaso , a sorte ou a iniciativa?
Me diz, quem controla sua narrativa?
Para, pense, você lhe traz perspectiva?
Seja um desbravador
Não permaneça na dor,
Que essa mensagem, seja seu norteador
Mas eu sou só um portador
Você decide, ser um catalisador
Dos acontecimentos que estão a sua volta
E verás que na sua vida, acontecerás
Uma reviravolta.
AMOR VELADO
Eu não te amo, pelo menos não brevemente, eu te vejo no brilho atraente da lua, que me causa melancolia por demasiado.
Eu te vejo no pôr do sol, no suave pouso das borboletas, teu toque, seu sorriso brilha como o sol quando se desvencilha das nuvens, tua voz, ressoa como o canto do sabiá com o mais belo e suave canto.
Eu não te quero, pelo menos não pouco, ou pela metade.
Eu estou entregue, como um pássaro decidido a levantar voo e flutuar sobre os céus.
Neste laço ambíguo, sofro demasiadamente por este indistino recíproco.
Como uma lança sedenta pelo alvo o desencontra, tenho vivido dias fúteis.
A falta da luz do sol tem me deixado nas trevas destes sentimentos amargos, que me causam inquietação na alma.
Eu quero estar aqui, mas não minguadamente, do contrário prefiro seguir meu caminho com este coração irrealizado, a procura de um novo ciclo da lua.
As vezes o que precisamos é deixar que o que é nosso possa nos encontrar, principalmente quando já estamos cansados de procurar
pois enquanto procuramos, estamos correndo atrás do que nunca será nosso, e enquanto isso, fugimos daquilo que nos busca..
deixar se encontrar é também parar de fugir..
Prisão Perpétua
suspenda a festa,
doe o vestido, o véu
o sapato e a grinalda,
recolha o tapete
vermelho, vermelho,
a luz seja apagada
cancele o sonho,
aquele sonho único
capaz de redenção,
escondo no escuro
da solidão, esse Amor
tornado em opressão,
esqueço de tudo
da busca frustrada,
Amor não vivido,
de mim mesmo
da vida, pra sempre
ficarei esquecido,
a prisão perpétua
em última instância
condenado em instantes,
Amar sem medidas,
poesias de versos rotos,
meus graves atenuantes,
perpetrada a condenação
de meu crime cometido,
Amar o Amor não vivido..
Leituras tardias e perdidas
não pude me escrever no seu doce coração
sangrei em escritos até tornar-me em sangue
até que cada parte de mim tornou-se em escritos
ainda assim o papel de seu coração rejeitou o todo de minhas palavras
recolheu-se ao silêncio do seu Amor
cobrindo-se com lágrimas de mágoas e ilusões, deixasses de olhar para mim
olharás no entanto, quando eu em cinzas ao vento
tornar-me o poema que todos esperavam
na minha morte, a morte dos escritos que me tornei
no dia do silêncio dos escritos que rasgavam meu Amor por ti
o sol nascerá, irá se por, e os arremedos estarão calados
a lua surgirá, irá embora e nenhuma palavra mais no papel
reconhecerás quem sabe meu Amor em letras mortas
de arremedos de poesias que seu coração desistiu de ler
que o silêncio dos meus escritos desvendará
quando enfim não houver uma gota sequer de sangue na pena
seus olhos fixos no vazio do penhasco, cinzas minhas ao vento
a porta do seu coração se abrirá ao contemplar a busca
tardiamente lerá em cinzas de escritos de palavras rotas
meu Amor ofuscado pelo seu olhar que dele se desviou e desistiu
verá o nada que dos meus sonhos restou
e neles todos enfim verá que buscavam te fazer feliz
minhas cinzas ao vento, leituras tardias e perdidas..
Asas quebradas
amontoei escritos
de versos diversos
todos rotos
e sem rimas
fugi para as palavras
em busca de habitat
no âmago do verbo
Amar
quem sabe no verbo
possa te encontrar
me ver livre da prisão
de mim mesmo
onde as asas que
me deste no sonhar
se quebraram
por não te encontrar
e agora me arrasto nos corredores por entre as celas da solidão..
em meio aos nada
tão sutis intuitos,
o arco posicionado
nas mãos do arqueiro
e a flecha que rompe
com o pesado nevoeiro
só consigo desejar
em abraçar a emoção
no teu lindo peito
quando você chegar,
escutar o teu coração
e só de amor falar
acendendo o candeeiro
do Universo para sê inteiro,
olhando para trás
que por mais que queiram
insistir num tempo:
ele não volta nunca mais
não consigo imaginar
mais nada a não ser
naquilo que juntos
somos e podemos viver
neste amor que requer
mais amor do que poder
com razão e em suficiente
silêncio nesta terra
que os homens do passado
caminharam para frente
e os homens do futuro
remam para o passado
nunca por covardia,
e sim para salvar o melhor:
opto o sonho não entregar,
em nenhum jogo entrar,
deixar a tempestade passar
e esperar você chegar
assim olhando para todos
no abismo do destino
deste alto para baixo
virei silêncio e o raio
desta Lua Cheia onde
nunca quiseram me ouvir.
Máquina
Às vezes a vida parece
Uma espécie de máquina agressiva
Uma máquina livre
Feito um pássaro
Cria asas, voa alto.
Perde-se
Deixando mágoas
Em formas de cachoeiras:
Bate e rebate
Nos seixos
Desmancham-nos,
Aos poucos diminuem,
Os torna um ser pequeno
E aos poucos se sentem pisoteados.
Porém, não bem somos
Uma máquina
Mas somos um ser
Capaz de se aperfeiçoar.
Os engraçadinhos encontram no mundo digital plantar falsas parcerias e co-autorias utilizando a expressão "poetizando" que quer dizer versejando, se você aceita isso
estará aceitando que ele escreveu o seu poema junto com você.
Para combater este tipo de assédio virtual comente no compartilhamento esclarecendo que você escreveu dando data e hora que você postou, enaltecendo a sua própria escrita e algum elemento do poema para dar uma amenizada, ou seja, escreva de uma maneira bem clara e elegante que deixe esclarecido para todos que o espertinho generoso que compartilhou o seu poema nada tem a ver com ele.
Em seguida ou um dia depois deixe esclarecido nas suas redes sociais que você não aceita parceria para escrever os seus poemas, mesmo que mais lá para frente, você mude de idéia, mas por causa desse tipo de internauta, faça o seu cerco público de autoproteção autoral para o conhecimento dos internautas.
Na natureza nada é estático
Se você reparar bem
O céu dança sobre nossas cabeças
Em milhões de formas e cores
As arvores e as flores conversam com o vento
Penso que assim é deve ser nossa vida
Sempre transformação e descobrimento
Compreendendo que a graça está na caminhada
E que os dias de chuva são tão necessários quanto os de sol.
✨ Às vezes, tudo que precisamos é de uma frase certa, no momento certo.
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