Luz Conhecimento
Se você não é uma estrela, seja ao menos um planeta.
Mas nunca se distancie demais de uma estrela,
para que na escuridão, possas refletir a sua luz.
O segredo não é acabar com as larvas do jardim, e procurar as borboletas em outros lugares, mas sim, entendê-las, para que um dia elas venham no nosso jardim.
Tua evolução dirá, e saberás que amar,
não é prender, necessitar, nem possuir.
Que abraços são laços que podem desatar,
e palavras, nem sempre expressam o sentir.
Lágrimas são rios que lavam as feridas,
mas se demasiadas afogam a coragem.
Leva-se a vida plantando sendas floridas,
porém podem ruir num só ato de bobagem.
Saberás que uma só palavra enfurecida,
é capaz de ferir alguém, causando um trauma.
O mais importante, não é o que tens na vida,
mas sim, o mais importante, é o que tens na alma
Deixa palavras de amor, sempre em tua vida,
a quem quer que seja, cheirosas de acalento.
Poderá um dia, ser a última despedida,
para que não chores por arrependimento
Não importa quem fostes, mas quem queres ser.
Se não sabes o que queres, cego serás.
Ou se esmera um rumo que aponta a um ascender,
ou de incertos pés, para onde ir, não saberás
É no hoje que as cenas da vida são reais.
O passado são cenas de vida gravadas,
no palco do mundo que não voltam jamais,
e o futuro são supostas cenas borradas.
Verás que a mesma balança do teu juízo,
medirá os pendores dos teus próprios pecados.
Planta em tua alma a semente do paraíso,
para que não cresçam frutos contaminados.
Ao próximo, não deverás se comparar.
Cada um tem seu limite e a própria história.
Porém, a si mesmo, terás que superar.
Cada um poderá ter sua própria vitória.
Verás que ser forte é a si mesmo conter;
que só a velhice não traz a evolução;
que paciência requer tempo para aprender;
e amor, não necessita de nossa razão.
As Flô de Puxinanã
(Paródia de As "Flô de Gerematáia" de Napoleão Menezes)
Três muié ou três irmã,
três cachôrra da mulesta,
eu vi num dia de festa,
no lugar Puxinanã.
A mais véia, a mais ribusta
era mermo uma tentação!
mimosa flô do sertão
que o povo chamava Ogusta.
A segunda, a Guléimina,
tinha uns ói qui ô! mardição!
Matava quarqué critão
os oiá déssa minina.
Os ói dela paricia
duas istrêla tremendo,
se apagando e se acendendo
em noite de ventania.
A tercêra, era Maroca.
Cum um cóipo muito má feito.
Mas porém, tinha nos peito
dois cuscús de mandioca.
Dois cuscús, qui, prú capricho,
quando ela passou pru eu,
minhas venta se acendeu
cum o chêro vindo dos bicho.
Eu inté, me atrapaiava,
sem sabê das três irmã
qui ei vi im Puxinanã,
qual era a qui mi agradava.
Inscuiendo a minha cruz
prá sair desse imbaraço,
desejei, morrê nos braços,
da dona dos dois cuscús!
Sempre procura ver a luz do céu com teu coração, porque às vezes, os olhos perfeitos do corpo são os que menos enxergam.
Quando amamos, sentimos necessidade de dizer mil palavras, porém todas elas são pobres para dizer a intensidade do amor.
Uma árvore boa quando é cortada,
ao ser sacudida pelo golpe do machado,
derruba seus frutos nos pés de quem o corta,
e deixa no machado o perfume do seu tronco.
