Luis Fernando Verissimo Sonhos
Nunca se sabe quanto tempo a distancia vai separar-te de alguêm e, pior, quanto tempo ainda o destino irá demorar a unir-vos denovo;
Prefiro o grito
Prefiro o grito ao silêncio.
O grito da dor ao bater da pedra.
O grito do espinho furando a pele.
O grito de resistência apoiado na inocência.
O grito do muro de alma pichada.
O grito do sapato furado no solado.
O grito dos pés pisando brasas.
O grito da ressaca mesmo sem ter bebido.
Prefiro o grito da justiça,
Que na noite extrapola a razão.
Prefiro o grito, mas por covardia,
Ou por bom senso, calo-me.
Mãos atadas.
Ainda que do olho salte a ilusão.
Que da boca verta a fragilidade.
Mesmo que só voe a imaginação.
A busca é constante pela saciedade.
Ainda que a nuvem esconda o sol.
Que na sombra não se veja vulto.
Conserva-se a alma em formol.
Mata-se o corpo em um minuto.
Ainda que o galho balance o canto.
Dos Uirapurus tão festejados.
O mato permanece à beira do pranto.
Ficam os terrestres voam os alados.
Ainda que o fermento negue crescimento.
A levedura esta depositada.
Mesmo que a mente aceite o consentimento
Não se guia só e de mãos atadas.
SUBLIME
O mais elevado grau de beleza.
O maior indicativo de perfeição.
Excelência em natureza
Uma sinfonia musical em execução.
Tons musicais de requinte elevado
Momentos considerados divinais.
Ambiente lindamente decorado
E uma plateia sem igual.
Orquestra é sintonia ajustada,
Arranjos e melodias arrojadas.
Músicos perfeitamente entrosados.
Suave para meus sentidos
Agradáveis para os ouvidos
Ao final, todos recompensados.
TEMPOS
Foi um tempo de bravura
Tentando naquela altura
Não desistir de buscar.
Tomava o ônibus de ida.
Pra voltar era aventura.
Sem paga não pode andar.
A pé sempre retornava,
Uma hora de caminhada
Marcado passos na madrugada.
O calcanhar machucado.
O joelho inchado,
O jeans velho já surrado.
Batia a fome malvada
Muito mais ele desejava
A situação mudar.
Á Deus pedia saúde.
A mão Ele estendia
Conformado,
Dormia de barriga vazia.
Riqueza não interessava.
Tudo o que ele buscava,
Pra mesa a própria comida.
A vitória pouco importava.
Mas diante das injustiças
Não podia se calar.
Hoje no céu batalha.
Com certeza me ilumina.
Não és de jogar a toalha.
Acredite, aqui continuo a tua sina.
BARBA
Hoje não quero emoções de barba feita.
Antes as migalhas do pão amanhecido.
Servido na fétida e úmida sarjeta
Gastronômica de um viver já morrido.
Hoje no café não quero açúcar.
Quero gotas de sangue nos versos da poesia.
Com gosto de fel sem adoçar.
Morre uma vida quando acaba a fantasia.
Hoje amor não trago em mim.
Prefiro a morte a ficar sem teu pão.
De longe vejo a luz chegando ao fim.
Como ondas foi-se o emocional da razão.
Patas do mundo
Gigantes patas movem o mundo.
Pesadas fazem tremer.
Um passo a cada segundo.
Sobe uma pra outra descer.
Pisadas que esmagam se dó.
Afundam a argila da felicidade.
Marcam de uma vez só.
Ignoram as dificuldades.
Fincando estacas lascadas
Mesmo tenazes se desmancham.
Rosto que respiram em mordaças
Vida dos vermes que avançam.
Enterra com tuas pegadas
Toda esperança contida.
Ficam todas sepultadas
Sem sonho. Sem vida.
Aprendi que não posso exigir o amor de ninguém, mas que para ter o amor que tanto desejo basta eu ser eu.
Aprendi que não preciso ser um estereótipo para ter alguem do meu lado, para isso só preciso ser eu.
Aprendi que não preciso ser como alguem e que ninguém pode ser como sou...
Aprendi que existem muitas formas de amar e muitos amores durante a vida, mas que amor verdadeiramente compartilhado, sentido, vivido e desejado nunca morre e é um só...
aprendi que não é na distância que se mede o tamanho desse amor, o tamanho do amor só se sente e se dá,
aprendi que por mais nuvens negras que no céu possam estar o sol está sempre lá e há de retornar a brilhar.
Aprendi que meu ego e minha moral não são nada quando independem da minha vontade, são só meus.
Aprendi que minhas verdades não são iguais as de ninguém e que por mais que eu tente convencer alguem a acreditar elas sempre serão minhas verdades.
Aprendi que toda tranquilidade e calmaria pode esconder tempestuosas e imutáveis sensações...que nem tudo o que os olhos vêem é aquilo que condiz com a realidade.
Aprendi que não se pode recuperar o tempo perdido, que por mais que eu tente consertar ou fazer o que não fiz a oportunidade já foi perdida...
Aprendi que é melhor caminhar sozinho do que empurrar alguem que quer parar...
Aprendi que existem coisas na vida que nem o tempo ou novas atitudes podem apagar, pois são lembranças de uma vida...
Aprendi que atitudes e silencio muitas vezes dizem mais que mil explicações, as atitudes provam o que tentamos fazer crer e o silencio cala aquilo que os outros não desejam ouvir...
Aprendi que ainda tenho muito a aprender, e que a certeza que tenho é que me faz viver...
Tudo que você faz, de bem ou mal, tem um significado para alguém... A diferença é que o mal tem reflexos imediatos e o bem, por ter efeitos prolongados, nem sempre te possibilita estar presente para percebê-lo.
TRAVESSEIROS II
O dia se fez as onze.
Um travesseiro sem cheiro
Feito medalha de bronze
Ao lado da cama, ainda inteiro.
A sinfonia vinha de dentro.
A luz ganhou foco exuberante.
Num único travesseiro,
Duas marcas e o cheiro dos amantes.
A noite foi de magia
Como a muito não se via.
Minha deusa da alegria.
Dona das minhas fantasias.
O cabelo desalinhado.
Agora um velho jeans desbotado.
Um perfume desodorizado,
E um sonho de amor realizado.
O champanhe abandonado
Por água de coco trocado.
Os desejos retomados.
Ela feliz ao meu lado.
SE É AMOR
Se é amor...
É natural.
Nasceu sem semear.
No inverno não vai murchar.
Se é amor...
Tem seu sabor.
E ninguém conseguirá comparar.
Se é amor...
Basta um olhar. Palavras podem atrapalhar.
Mantenha segredo, nem precisa contar.
Se é amor...
Diga baixinho.
Ninguém mais precisa saber,
Só eu.
E talvez você.
LUZ ACESA
Desta busca ao impossível
É que sou sobrevivente.
Tantas faces insensíveis.
No caminho estão presente.
Desta busca a felicidade
É que rondo de luz acesa.
Busco todas as possibilidades
Se não as encontro abasteço de tristezas.
Desta busca ao verso inexistente
Escrito com alma latente.
É que perdi os melhores poemas.
Buscando a rima rica
Que pra mim pouco se aplica.
Fui tropeçando em pobres fonemas.
REFLEXÕES.
Do nada, chegou á conta.
E a informação que vence agora.
Porque não foi paga?
Pode até ser cedo.
Contudo a hora é esta.
No horizonte ficou a onda de expectativas chamada vida.
E agora? É permitido abandonar a festa assim bruscamente?
Não fiz tudo o pensava fazer.
Não sonhei tudo o que pretendia sonhar,
Não amei tudo o que queria amar.
Não contei todas as histórias que sabia.
Não transmiti toda a experiência acumulada.
Não chorei todas as lágrimas.
Não dei todos os abraços.
Não disse todos os “eu te amo”
Não escrevi as últimas poesias.
Não pedi todos os perdões que precisava.
Não surpreendi nem inovei o bastante.
Sequer esqueci a fórmula de Báscara.
Em quantas chuvas deixei de brincar.
Tive a humildade suficiente para ser entendido?
Fui sempre fiel aos meus conceitos e valores?
Fiz sempre o meu melhor a ponto de não me envergonhar?
Unifiquei discurso e prática?
Apenas dei conselhos ou fui exemplo?
E os amigos que não visitei?
E as tarefas que não conclui?
E os amores que não vivi?
E a despedida que não houve?
E meus perfumes?
A comida que eu mais gostava?
E a minha música preferida?
A fé que não externei?
O café que não tomei?
E a pintura que deixei inacabada?
Eu já sabia que você viria. Mas sem aviso.
E isso são horas? Não vivi tudo ainda.
Eu preciso desocupar a mesa.
Eliminar pista.
Destruir provas.
Organizar meus trecos.
Justo agora que pretendia mudar alguns conceitos.
Queria encontrar o ponto de equilíbrio.
Queria amolecer comigo mesmo.
Queria dar mais “bolas fora”
Arriscar e, se preciso fosse, errar.
Errar muito, errar mais.
CERTEZA
Se um dia fiz amor, foi com você.
Se por vezes senti calor, foi o seu.
O ombro que te apoiou, foi o meu.
A magia do amor aconteceu.
No jardim desta lírica vida.
De primaveras imensamente coloridas.
Fostes a rosa escolhida
Perfumada e atrevida.
A respiração pulsante, própria dos amantes,
Sentimos bem abundante.
Na noite que foste minha.
Quando na areia você escreveu.
O recado que me deu.
Tirou a dúvida que eu não tinha.
Eu queria tentar. Eu realmente sinto uma grande necessidade de continuar tentando e não desistir jamais,entende? Ficar apertando na mesma tecla infinitas vezes ,mesmo sabendo que talvez não dê em nada, mas ainda sim continuaria tentando. Pra mim não importa quantas vezes eu cairia, falharia, erraria, pois mais uma vez eu levantaria do chão apenas para tentar de novo. Sabe o Porquê? Por que eu nunca fui do tipo de pessoa que em um dia diz que ama e no outro já não sente nada, eu não sou assim.Eu não sou feito de meias verdade, meias palavras, eu sou inteiro, ou é ou não é. Eu nunca desistir de nada, talvez até tenha desistido, de uma coisa ou outra, mas nunca de algo que eu realmente queira. Estou em um verdadeiro conflito interno, um lado meu dizendo, vai e segue em frente, enquanto outro lado ainda me diz, fica e tenta. Mas, por hora, estou parado de mãos atadas sem saber o que fazer. Mas se eu pudesse apenas escolher,pra mim seria fácil, definitivamente, eu ficaria aqui, lutando por você.
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