Luis Fernando Verissimo Sonhos
EscreVinhar: Verbo transmissivo de lirismo direto. Grafar com vinho os desejos de sonhar, beber e amar.
Faço versos por ser sensível.
Não tenho nada de poeta.
Sou tão somente um homem que chora
e que se afoga na inocência da poesia.
Talvez o sol,
um dó maior,
um si bemol,
um grito em versos livres
que não metrificam ninguém de nós,
Pois poesia também tem voz.
Talvez o mais complexo seja o último capítulo.
Por isso tem-se tanta cautela antes de publicá-lo.
Mas chega o momento em que é preciso concluir o livro da vida. Assim se sabe até que página tua história suportou
Uma nota,
Um tom acima.
Um Si. Sustenido.
Canção suave ao ouvido.
Um instrumento desafinado.
Deixou a música de lado.
Taças vazias. Agonia!
Gritante ânsia.
Distância de drinques.
Noites de velhice.
Notícias tristes.
A vida não mais existe.
Olhos de orvalho
Tão suave é ficar silencioso.
Deixar o colírio agir de dentro pra fora.
São olhos orvalhados,
Mas não chorosos.
Um dia a alegria despede-se.
Que a viagem posso ser leve
Tanto quando é leve calar.
Tanta dor passa por nós... E vai.
Pra que ir atrás?
Fique mesmo sem esquecer.
Outra metade te espera pra viver.
A vida é show que não pode parar.
Levante a cabeça, supere a tristeza,
E cante, cante, cante...
Versos da Paz
Não me adianta ser poeta,
Se eu não for condutor de boas ações.
Espero que meus versos não
Necessitem de ponto final.
Que nada seja rompido por sinal.
Boa é a vida na qual o bem não tenha oposição
E onde mundo é uma única nação.
Em que as cores não discriminam
E as cabeças dominantes se iluminam.
Onde os abraços servem pra fortalecer as relações.
Em que os ventos destruam somente conceitos errôneos
Em que a música universalize o que faz bem.
Em que a poesia, ainda que pobre,
Se preste para gestos nobres.
Onde versos de paz
Sejam escritos cada dia mais.
E que os homens se entendam
Celebrando com gestos que a todos satisfaz.
Não dedico meus versos a você que aprecia poesias, pois certamente tens a grandiosidade do amor.
Dedico sim
Ao ego dos que não amam.
Por pena.
Pequeno currículo literário.
Sou, gaúcho, nascido em 18 de setembro de 1963. Formado em letras pela Fundação Universidade de Passo Fundo (UPF), escrevo desde 1986.
A saber:
Nos anos oitenta escrevi algumas crônicas semanais para os jornais Passo Fundo-RS.
Participações em livros:
Antologia Poetas Brasileiros de hoje - 1987. Com o poema “Portas de Ruas”
Antologia Á vida! “Um brinde em versos” como o poema “Vai”.
Antologia de Poetas Brasileiros Contemporâneos volume 97, com o poema “Ao mar”.
Antologia Nacional Poesia Encantada V com os poemas “Eu e meus amigos” e “Dieta”.
Antologia do Concurso Nacional Poesia Livre 2013 com o poema “Compensação”.
Antologia “Mil Poemas para Gonçalves Dias” com 05 poemas.
“Meu Deus, Genial, Falar de você, Carta e Mil poemas”. Destaque para “Carta”.
Antologia 1ª Seleta de Versos Brasileiros, edição especial 2013, com o poema “Inquietações”.
Antologia Brasilidades volume sete com o poema “Faça de sua vida”.
Antologia de Poetas Brasileiros Contemporâneos 100- Edição histórica, com o poema “Amigos para amar”.
Antologia Versos Repletos na Noite Vazia- edição especial. CBJE, com o poema “Na próxima página”. (premiado com o Certificado de qualidade Literária)
Antologia Primavida, Primaflores, Primamor – Edição Especial 2013 da CBJE com o poema “Poeta”.
Antologia Os Mais Belos Poemas de Amor- Edição Especial 2013 da CBJE com o poema “Singular”.
Antologia Nacional Poesia Encantada VI – Com os poemas Na próxima página e tinta. Premiado como destaque especial.
Antologia Panorama Literário Brasileiro. Melhores poesias de 2013 - CBJE. Com o poema "Vai". Selecionado pelo 1º Colegiado de Escritores Brasileiros, da Litteraria Academiae Lima Barreto, no Rio de Janeiro.
Publico no site literário Recantos das Letras onde tem 250 textos e mais de 30.000 leituras também no meu blog pessoal: www.doisversos.com
Lancei em junho de 2014 meu primeiro livro solo pela Editora Aldeia Sul de Passo Fundo com o título: Cabernet.
28 de junho de 2014
Último poema
E uma súbita e inexplicável angústia me invade.
Tão cedo. Tão sem avisar.
Eu até sabia que um dia a poesia perderia a graça.
Torci tanto que não fosse já.
Morrem com vida meus versos, talvez a pior das mortes.
Antes estar sendo devorado por corvos
E provocando no ar um cheiro de carniça
A ficar “morfinando” a falta de inspiração.
Acreditei no sonho que talvez só eu sonhasse
Sem que o talento soubesse.
Dei-me por completo ao poema.
Dei-me em todas as letras do alfabeto.
Pensei cobrir-me de tudo,
Mas fiquei completamente descoberto,
Esquecido, escondido, cego, surdo, mudo e quieto.
Permita-me Deus, ao menos,
Escrever o epitáfio para meu último teto.
“Pensou saber, mas morreu analfabeto”
Naquela época eu me deliciava lendo listas telefônicas que vinham da operadora estadual na qual meu irmão trabalhava. Incrível como pareciam poesias de um verso só. Sem medo de errar, estes foram meus primeiros e únicos livros de infância.
Adi Vinhar:
Ato de adicionar ao vinho o sabor leve e marcante dos amantes. Refere-se ainda ao ato de adivinhar por mero acaso ou suposição que vinho, lareira e amor tem sabor de sedução.
(“Sem sentido”)
Vista de longe ela era linda.
De perto sua beleza era infinita.
Para mim... Um anjo de amor sem fim.
Lida pelo poeta um verso de perfeita métrica
num corpo da mais rica silaba poética.
Não quero muito.
Basta-me uma morada de dois versos.
Um mínimo de inspiração.
Uma corda no violão.
Um reservatório de fé e otimismo.
Uma vertente de amor no coração.
O barulho da natureza pra me tirar o sono.
O ruído da poesia tinindo em meus ouvidos.
Alguns abraços de gratidão.
E a certeza que vivi o que podia ter vivido.
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