Lugar
O entre-lugar não é o ponto de partida nem de chegada. É o território da travessia, onde o ser é provado pelas batalhas mais árduas e lapidado pelas pedras mais ásperas do caminho.
Feitos de barro
Independente de tudo, não existe lugar que possamos viver livre de alguma “complicação”, famílias, igrejas, qualquer lugar que exista pessoas, teremos dificuldades, agora como vamos lidar?
Já ouvi dizer que “é melhor lidar com animais do que com humanos”, a quem essas palavras saltaram a boca esqueceu de aprender que também somos animais e certas vezes irracionais.
Atentemos para o olhar para outro como se tivéssemos olhando para o espelho, somos falhos, mas, não vemos essa imperfeição, somos imaturos, mas, não vemos essa criança ressentida, somos tolos, mas, é difícil enxergar um palmo a nossa frente.
Saber usar a empatia nos faz menos anti empáticos a vista do mundo que dizemos não servir, mas, estamos postos nele, do outro, que insistimos em subjugar, mas, somos tal como eles.
No final somos todos feitos do mesmo barro.
As redes sociais são um lugar minúsculo e isolado. Assim que você desliga a tela, ninguém mais se importa.
Neste lugar, as pessoas esquecem-se da vida, da morte… não sei. Mas esquecem-se sempre de alguma. coisa."
Quando decidimos criar este lugar, nunca quisemos que fosse um simples restaurante. Quisemos construir um lar para nossa família, nossos amigos, nossa gente.
Os teus olhos
Que estejam vivos em algum lugar
Os teus olhos –
Não importa onde se demorem,
Que coisas afaguem, que outras molestem,
Importa que estejam vivos e curiosos
Esses olhos
E olhem para dentro alguma vez
E o que vejam
Seja alguma força de sequóia
Presa à terra desde o império
De outros tempos
E seja ainda uma fonte de pedra,
Sejam águas correntes e o privilégio
De uma calma repleta
(O regozijo da sombra
Passado o terror das guerras)
Que dessa multidão, desse rubor de sumo
E segredo de floresta
Se encham os teus olhos,
E só então se esfumem, e só então se fechem.
Nunca saia de um lugar onde é tratada feito princesa para ser subestimada por alguém que prefere se comportar como um sapo.
Jesus nos diz: “Não se turbeis o vosso coração” — Ele prepara lugar e virá buscar os seus; essa presença traz paz agora e depois.
Mato não é lixo, folhas não são lixo
Provavelmente o lixo está presente no lugar da pineal, de quem ocasiona queimadas.
Setembro Vermelho
Tantas pessoas em um mesmo lugar
Ouvindo dos outros o porquê de não se matar
E mesmo que todos estejam aqui
Ninguém está dando a mínima para o que eles dizem.
Não porque não querem
Mas porque é irrelevante
Falar para aqueles que já morreram
Que o suicídio é fatal.
Eu sei que eles querem nos prevenir de tudo
Mas vocês acham mesmo
Que palavras funcionam?
Que gestos importam?
Se no final todos morremos da mesma maneira.
Eu estou cansada
Cansada de ver palestras entediantes
Quero dormir e eles não deixam,
As pessoas que temo, e o ambiente que vejo
Me incomodam.
Não quero mais ficar aqui ouvindo poemas sobre suicídio
Ouvindo tristezas mundanas de outras pessoas que um dia sofreram tanto quanto
E estou fazendo este poema
Porque ouvir mágoas é muito entediante
Como vamos nós livrar do suicídio
Se somos obrigados a ouvir os que não nos conhecem dizendo para não fazer
Não temer.
Não quero que você me fale
Da sua "dor existencial"
Não quero que você me diga
Que eu sou importante.
Porque se pararmos para pensar
Enquanto você fala palavras bonitas
Coloca belas canções
Pessoas estão se matando ao lado
E perdendo seus corações.
Então não gaste seu tempo
Falando o que nao podemos fazer
Porque todos nós já pintamos o amarelo de vermelho
Com o sangue dos nossos corpos mortos.
O Mar das Ilusões
Dizem que existe um lugar além do tempo, onde não há terra firme nem horizonte. Um lugar que não se encontra em mapas, mas na essência da alma. Chamam-no carinhosamente de Mar das Ilusões.
É nesse mar que muitos despertam após o último sopro de vida. Não há barulho de ondas, não há vento forte, apenas um fluxo suave que conduz cada ser sem pressa, como se o próprio mar guardasse um segredo que ninguém ousa revelar.
O despertar
Você se encontra ali, deitado sobre a água, incapaz de mover-se. Não há esforço que faça sentido, não há direção a seguir. Apenas o flutuar... e o silêncio.
Ao redor, dezenas — talvez centenas — de pessoas também deslizam, algumas serenas, outras inquietas, mas todas com o mesmo olhar perdido: “O que estou fazendo aqui?”
A primeira coisa que descobre é simples, mas pesada:
a cada lembrança amarga de sua vida, você afunda um pouco.
Não há juízes, nem vozes condenando. Apenas sua própria memória, sussurrando o que foi deixado para trás.
O mergulho
E então, você começa a descer. O azul da superfície torna-se turvo, depois escuro, e o escuro transforma-se em silêncio profundo. Cada erro, cada palavra dura, cada arrependimento não resolvido... tudo pesa. O mar não castiga — apenas devolve.
Mas, ainda que o fundo o chame, seus olhos insistem em olhar para cima.
E lá, entre a claridade distante, algo se move: pássaros.
Eles sobrevoam o mar, pairando com asas que não se cansam, levando consigo alguns daqueles que conseguiram permanecer na superfície. Ninguém sabe para onde vão. Ninguém jamais voltou para contar.
A revelação
Uma voz suave, não de fora, mas de dentro, ecoa na sua consciência:
"Você gostaria de ir com os pássaros? Então não afunde."
Mas como não afundar, se o peso já o arrasta? A resposta não vem de fora.
Logo, você percebe: o mar não é feito apenas de água, mas de sua própria consciência. Ele não o engole; ele apenas reflete quem você foi.
Não lhe falta tempo. Ali, o tempo é eterno, elástico, feito para que percorra os corredores de sua mente quantas vezes forem necessárias. Pode subir, pode descer, pode revisitar cada lembrança, como se andasse em uma casa sem portas.
E então, a verdade se revela com clareza:
se sobe ou desce, já não é escolha sua.
São apenas as consequências da vida que levou.
O destino
No Mar das Ilusões, não há punição, nem recompensa. Há apenas reflexo.
A aceitação torna-se, portanto, o último aprendizado.
Você respira fundo, mesmo debaixo da água, e finalmente entende:
o que prende não é o mar, mas as correntes invisíveis que você mesmo construiu em vida.
E, quando esse pensamento se instala, você percebe algo diferente.
O peso começa a diminuir.
A luz acima torna-se mais próxima.
E, pela primeira vez, você sente que talvez... só talvez... as asas dos pássaros também possam vir buscá-lo.
Porque, no fim, o Mar das Ilusões não é uma condenação, mas um espelho.
E quem aprende a se olhar de frente, descobre o caminho da leveza.
Se José fosse depender de seu histórico de vida para alcançar algum lugar, ele estaria perdido. Mas, como Deus conhece os tempos, as estações e os corações dos homens, Ele fez por José o impensável, o improvável e o impossível, e o fez sentar-se em um lugar de honra.
Procura.
Hoje estou a me procurar, me perdi de mim. Não me encontro em lugar algum. Será que estou na noite fria ou no dia ensolarado?
Onde posso me encontrar? No seu caminho incerto, na estrada que não tem parada. Me perder de mim é encontrar a liberdade que não sou capaz de encontrar. Ser o que não sou ou de não ser o que sou.
Na incerteza do caminho, encontro a minha verdade, que não está no destino, mas na jornada da minha história.
Maria Bueno 💜
More num lugar onde a alma floresça, onde Deus, a cada manhã, te presenteie com ternura e esperança, e onde o amor seja a semente que faz brotar vida no jardim do teu coração.
Às vezes o vazio que você sente é a marca do lugar que a pessoa ocupava em você. Não é dor aguda, mas é ausência palpável. Tipo abrir a mão e perceber que já não segura nada.
Esquecimento
Estrada singular
Busca um lugar
Um estado para contemplar
Intensidade movimento empolgante
Navegar tecendo horizonte
Esquecendo o mundo.
Não me dou a outro lugar, nem amo a qualquer um; — minha relação com Campos Belos, é como a de um filho ligado à mãe, em carinho e amor. Assim é que somos.
✨ Às vezes, tudo que precisamos é de uma frase certa, no momento certo.
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