Loucos e Felizes
O tempo não para (pensamento)
Enquanto vivemos, corremos loucos e desesperados atrás de sensações e prazeres que tomam o nosso precioso tempo e nos deixam com o comportamento vazio e irreparável de robôs.
Na luta frenética por visibilidade ou ver um comentário qualquer e alguns likes, perdemos para a irracionalidade e para a velocidade do tempo, nos tornamos escravos diários de nossos próprios movimentos e interesses muitas vezes desnecessários e perturbadores!
O privilégio do contato, dos olhos nos olhos, das leituras e buscas por atividades que tem real valor para nossas vidas e o nosso convívio social estão sendo corrompidos cada vez mais por futilidades que nos aprisionam na frente de uma tela e ao mesmo tempo, nos transformam em felizes zumbis.
Existem, em geral, dois tipos de loucos, uns sem noção e outros com noção. É muito importante que uns perdoem os outros.
Deus não é religião, mas por séculos em todas elas existiram charlatães, loucos e impostores com ânsia de dominação e poder se apropriando do seu nome em benefício próprio. Por quê eu deveria acreditar em coisas que foram escritas há milhões de anos atrás por pessoas que por possuírem o conhecimento que era privilégio da igreja, se autodenomiram escolhidos?
Somos considerados loucos pelos verdadeiros loucos, pois se for loucura pertencer a si mesmo, me chamem de louca então.
Se felicidade é inversamente proporcional a média de vida, é por isso que os “loucos” morrem cedo e absolutamente felizes.
Não existem loucos, suicidas ou assassinos só existem pessoas em que não foram vistas ou representadas em certo ponto da vida na sociedade, em que se indignaram e se revoltaram contra todos, em que a maioria eram inocentes...
Os loucos são, portanto, magnetizadores, ou antes fascinadores, e é o que torna a sua loucura contagiosa.
" RESGATAI "
Apaixonados, loucos, insensatos,
vós todos que ainda crêem na poesia,
no sonho, no irreal, na fantasia,
erguei-vos para constatar os fatos:
Sois vós que ainda combatem a heresia
e que dão testemunho a tais relatos!
A humanidade e os filhos seus, ingratos,
perderam, pois, de amar, toda a magia!
Depende, assim, de vós, ó desvairados,
salvar os homens, todos condenados,
do inferno de viverem na razão…
Uni-vos, menestreis, com os amantes,
enfeitiçados, débeis, delirantes
e resgatai o amor ao coração!