Lobo

Cerca de 1044 frases e pensamentos: Lobo

ÁGUIA NO PARQUE

A águia prossegue o seu voo
Exibe os seus braços esfacelados
Voa entre a nossa Bandeira no parque
Gira em círculos, no seu espaço
Com agitação da dor entre as asas
Voa entre as arvores do parque
Eduardo Sétimo na cidade de Lisboa
Lentamente volta para o ninho
Danificado pelo bicho homem
O aroma intenso no parque no verão
Que esta a morrer, as horas a encolher
Sente-se já frio nos pés, como as folhas
Secas no chão os sentimentos congelam
De tanta nostalgia, nas memórias de infância
A águia voa, como é bom, olhar para ela
Navega através das nuvens, das arvores
No encanto dos meus cabelos brancos
Num declínio infeliz dos meus olhos
Já se sente o aroma das castanhas
Das florestas, dos nossos castanheiros
De repente senti-me num pomar
Cheias de belas maçãs de varias as cores
O tempo é interrompido pela nossa calçada
A Portuguesa adornada com musgo
Os dias passam, as estações do ano também
Permanecendo as memórias no vento
Do voo da águia ferida pelo bicho homem
No parque Eduardo Sétimo em Lisboa.

Inserida por IsabelRibeiroFonseca

TEIA DO DESTINO

Já enfrentei o meu sol talvez divino
Olhar sagrado onde o corpo arde
Despida com o tempo que cansa
O sino que vem desta pobre alma

Onde o vento leva no ar as cortinas
Rasga as paredes como teia do destino
Por temor impede que brote o sangue
Envolto nas chamas de um belo sonho

Perdi o rastro de alguém que cortasse
Desatasse o orgulho de um ser covarde
Com muita sutileza desarma o coração
Dessa nudez que o cego não vê e teme

Sobre uma estante de medos de sangue
Que se revela ao toque do sino da igreja
Pecado de um passado aparece mais forte
Invencível teia em qualquer época do ano.

Inserida por IsabelRibeiroFonseca

VERBOS


Os sentidos verbos escondiam-se entre a erva
Espessa, alta, fresca e verde, do nosso jardim
As pétalas das rosas brancas escondiam-se entre
As letras das palavras da velha escondida casa
Os pontos escondiam-se entre as vírgulas dadas
Pelas gotas da chuva que já caiam intensamente
Os porquês, escondiam-se entre perguntas feitas
Pelas crianças de tão inocentes que ainda eram.

Inserida por IsabelRibeiroFonseca

PONTOS, VÍRGULAS


A dor do meu peito mastiga todos os livros de poesia
O amor que sentia lambia as palavras entre os pontos
A saudade lembra-me as vírgulas escondidas das letras
A dor do meu peito já comeu todos os livros de amor

Inserida por IsabelRibeiroFonseca

SEMENTE DE LUZ

A morte veio, chegou no dia em que deu à luz
As lágrimas do seu rosto eram o seu único alento
Ela estava mergulhada na terra seca como uma
Difícil semente de um amor tão belo e sensível
Afinal somos feitos para lembrar e sermos lembrados
Para chorarmos, fazer chorar quem mais amamos
Tal como sermos enterrados ou enterrar os mortos
Escondemos a nossa alma queimada de tanta dor
Num jardim de anseio que foi futuro ou passado
Onde temos medo da face da morte que nos rodeia
Dá-me o céu verde das tuas rosas com borboletas
Nesse último dia em que leva o fôlego do seu amor
Um ser pequenino e doce, para o colocar no paraíso
Onde brotou a vida, brota agora a morte neste dia tão Especial, repleto de tanta dor, apenas resta no seu peito
A morte semente de luz eterna na sua alma pequenina.

Inserida por IsabelRibeiroFonseca

ASAS DE ANJO

A escuridão não o deixa sobreviver nesta noite
Ele quer muito viver, quer ficar para ver a luz
Dói quer olhar, mas cego já se encontra o pobre
A ferida no seu corpo é causada pelo brilho da luz

Dilacera a vaidade inútil, num corpo já esquecido
Já gasto, perdido onde refina a sua própria cor
Com o sol a bater no rosto pretende esconder-se
É na escuridão interior, sente clamor pelo coração

Sente a sua santidade vandalizada num altar oculto
De todas as coisas belas que viveu e já não pode ver
Abriga a dor nos seus braços, nunca recusou nada
Sofre de injúrias, de tormentos sem arrependimentos

No corpo sente o fôlego do cruel do insano futuro
Temido por todos na sua existência, sob as suas asas
A escuridão quer mantelo protegido da luz que é o seu Castigo, pobre anjo até da pena de todos os tormentos

Que passa no corpo, na alma só pede a Deus que o tire
Da escuridão em se encontra, abriga a sua dor no terço
Tentativa de não voltar a cair na vaidade das suas asas
Tenta seguir em frente, flagelado nas cicatrizes deixadas.

Inserida por IsabelRibeiroFonseca

SALGADO MAR

Era um pensamento
Uma doce carícia
Era um doce sentir
Um beijo já dado
Mas com sentimento
Tornou-se silêncio
Dado a paixão
Ao nosso amor
Como o mar
Que bate na costa
Com as ondas
Ardentemente
De tantos beijos
De salgado mar
Com toques calmos
Dados na nossa alma.

Inserida por IsabelRibeiroFonseca

FELIZ

A tempestade fura
O pensamento

A rosa exala
A memória

O céu estrelado
Da mil tempestades

A voz não apaga
O canto do amor

O sol ilumina
Como a aurora

A lua de luz
Na primavera doce

Nesta melodia
Só quero é ser feliz

Inserida por IsabelRibeiroFonseca

AREIA

Sentimentos perfumados em papel molhado
De algumas coisas que ficaram já perdidas
Na areia submersa de um mundo imaginado
Dos passos dados arrancados na suas ondas

Graças de sonhos que os deixei esquecidos
Fantasma de asas entre as palavras germinadas
Na pálpebra das lágrimas para tecer o passado
Coração estilhaçado perfumado na sincera alma.

Inserida por IsabelRibeiroFonseca

PELO MAR ADENTRO

Entro pelo mar adentro com aqueles
Que morrem num abismo agarrados a
Um último sonho dirigido na escuridão
De um comboio que passa numa velha

Ponte que ilumina a escuridão das noites
Escura que é impossível perder o caminho
Lâmpada no mar adentro sombrio de viver
Aprisionados numa clareira que nos ilumina

Há nossa volta um abismo certo e atingível
Tão incerto ilusório que mantém muito longe
O pensamento das memórias não realizadas
Sentimento amarrado, sentimento esquecido

Dos pensamentos cinzentos dormem na mente
Já vi demais, mas não vi tudo o que gostaria
Caminhei, mas não tão longe quanto eu queria
Pelo mar adentro dos que já partiram de viagem.

Inserida por IsabelRibeiroFonseca

SENHOR DOS CORVOS

Senhor dos corvos das letras de um louco
Que já não encontra a felicidade sentado à janela
Do seu quarto, as coisas parecem vazias sem cores
Uma névoa encobre tudo, são os olhos embaçados
Não pelo choro, mas por proteção de não achar
Tudo que está ao seu redor, tem todo o tempo
Que precisa, mas não tem mais, os sonhos que eram
Tão preciosos, ele gostaria de pedir à vida um tempo
De amor, de esperança sem condenação, mas apenas
Ouve os seus próprios suspiros dos seus lábios presos
Sem respirar profundamente, quer sentir a entrar no seu
Peito o amor de alguém que ao longe lhe despertou o
Seu sentir ofegante por um batimento de um amor
Ele é simplesmente o magnifico senhor dos corvos
Que sente que a vida, sem amor não é vida, nem para ele.
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Inserida por IsabelRibeiroFonseca

PORTAS DA MINHA ALMA

Ser mãe é amar…♥♥
É abrir as portas do coração
É entregar ao mundo uma vida
Uma vida que amamos
É acompanhar de perto todas as quedas
Mostrar que estamos sempre por perto
É ver-te sorrir, ver-te crescer
Ser mãe, é amar…♥♥
É dar-lhe a liberdade de o deixar voar
De o amparar com carinho
Ser mãe, é amar…♥♥
É render-me ao teu querer
Mesmo contrariada e talvez magoada
É deixar-te partir, mesmo sem o meu consentimento
É ficar feliz por ti ♥♥
Afinal o teu sorriso é a minha alegria
A tua felicidade preenche o meu coração
Meu filho, porque estás feliz, eu estou feliz
Estarei sempre de braços abertos
Para amar-te e deixar-te sonhar ♥♥
Meu filho, serei sempre o teu amparo!

Inserida por IsabelRibeiroFonseca

VEM DE MANSINHO

Vem, vem ter comigo
De mansinho na noite ༻❀༺
Onde fechamos a boca
Das palavras que soltamos
Em silêncio dos nossos lábios
Beijos que ardem lentamente
Nos desejos que sentimos ♥♥
Em cada caricia que nos dilacera
O corpo, a alma, fazem o coração
Bater com força da nossa paixão
Toca-me, ama-me faz-me sentir tua
Abraça-me deposita no meu corpo
Todo amor que tu sentes por mim
Vem, vem ter comigo, meu amor
Mergulhemos juntos nesta noite ༻❀༺
Todas as palavras que nos dão paz
Mesmo que o nosso sonho termine
Fica comigo até ao fim da tua vida.♥♥

Inserida por IsabelRibeiroFonseca

MULHER


Eu...
Sou da terra
Sou do fogo
Sou gorda
Sou da água
Sou do ar
Sou amante
Sou de antes
Sou bela
Sou de agora
Sou flor
Sou mãe
Sou espinho
Sou feia
Sou a água
Sou companheira
Sou o vinho
Sou magra
Sou uma simples mulher

❤*•.¸.•* ╭✿ *•.¸.•*❤

Inserida por IsabelRibeiroFonseca

ENTRE A SERRA

Encontro um silêncio
Incompleto numa fraga
De musgo de tantas saídas
Sobre os labirintos no trilho
Ausência que se exibe solitária
Adormece num corpo exposto
Veredas no caminhando de fragas
Escorregadias na serra, peregrino
Sem conseguir ver o mundo a mover
Compasso firme deste caminho 。.:*♡
Estreito da serra diante de mim sozinha
Há um vínculo que me prende nesta subida
Que tento ser neste combate uma vencedora
Mas não é pela morte que tanto me persiste.
。.:*♡。.:*♡。.:*♡。.:*♡

Inserida por IsabelRibeiroFonseca

AMOR

Perdi-me de ti •*¨*•
Nas palavras não escritas
Vesti-me de solidão
Nas palavras que gritas
No poema incompleto
Escrevi os teus desejos
Onde bebi-te de beijos
E no teu corpo •*¨*•
Encontrei-te em mim
Nas luzes das palavras
Desfaleci no teu corpo
Que tu és em mim. •*¨*•

Inserida por IsabelRibeiroFonseca

O ÚLTIMO TERÇO

Ela morreu, morreu sufocada
Pelas palavras que ouvia
Entre o corredor, entre a porta
Punhais nas costas espetados
De alguém que ela mal conhecia
Olha para dentro de si e tenta perceber
Que mal terá ela feito para tanta maldade
Vindo de alguém que mal conhece
Será ilusão ou desilusão, fica a mágoa
Junta coragem para continuar, seca o rosto
Levanta a cabeça, sente a sua alma maltratada
O coração vazio, triste, sofrido
Reza talvez o último terço com fé nas horas
Horas enrugadas no fim de uma tarde
Ouve de longe o eco das duras palavras
Ela sente um gemido sofrido e repetido
Sente sobre si todas as sombras da guilhotina
Dos olhos que espiam a sua dor na escuridão
Dos enredos de todas as feras devoradoras
Predadoras de pessoas inocentes que só querem
Fazer o seu trabalho o melhor que sabem
Ela hoje reza o último terço e morreu triste de tanta
Maldade que há no seu local de trabalho.╰❁╮╰❁╮

Inserida por IsabelRibeiroFonseca

CORAÇÃO

Trago o coração dormente
Das saudades que tenho de ti
Eu sei que ainda há uma réstia
De ti no verão passado ✈
❥♡ Sei que tu ainda choras
E ainda gritas, ainda me amas
Afinal ainda és primavera
Onde eu descansei todos
Os apertos do meu dia em ti
Entregando-me às tuas carícias
Olho-te com os olhos da alma
Vejo o que mais ninguém vê.
✈ ❥♡ •*¨*•✈ ❥♡

Inserida por IsabelRibeiroFonseca

DE QUE ME SERVE

De que me serve a revolta
De que me serve os silêncios
De que me serve as palavras
De que me serve os dias ✈
De que me serve as memórias
De que me serve a cruz que carrego
De que me serve as estradas
De que me serve as armas
De que me serve as ondas do mar
De que me serve os poemas
De que me serve as noites ✈
De que me serve as dores dos outros
De que me serve a humanidade duvidosa
De que me serve os pensamentos profundos
De que me serve as lágrimas perdidas
De que serve as orlas incessantes do vento
De que me serve abafar a dor que sinto.
✈ ♡ •*¨*•✈ ♡

Inserida por IsabelRibeiroFonseca

LETRA

São as palavras ✈ •*
Serão sempre as palavras
Mas apenas as palavras
Um turbilhão de tantos
Sentimentos em simultâneo
Areia, mar, solidão, noite, dia
Mas nunca o teu corpo •*¨*•✈
Na explosão dos nossos corpos
De tantos beijos dados em silêncio
E o não saber dizer-te porque és agora letra.
♡ ✈ •*¨*•✈ ♡ ✈ ♡ •*¨*•✈ ♡

Inserida por IsabelRibeiroFonseca