Lobo

Cerca de 1038 frases e pensamentos: Lobo

GUARDADOR DE SONHOS

Estou cansada de agradar de aceitar de negar
Já chorei no deserto para repousar os olhos
Lágrimas caídas no arenoso já seco terreno
Em novelos de lá deitei os brancos cabelos
Abri o corpo nas searas quentes perdidas
Adormeci a sombra nos ramos dos chuopos
Acordei sacudida de gotículas da leve chuva
Molhei a minha alma nos frescos orvalhos
Ardi no forno de lenha entre a fornalha de pão
Recolhi-me nas asas das pétalas de rosas
Quantas vezes quis eu dormir ao relento
Nas planícies estreladas abertas as noites frias
Para aquecer um grito neste nascer do sol
Ler as linhas do teu corpo como se de um mapa
Se tratasse num gesto aflito de desejos já lidos no vento
Estou cansada não é da idade, e de me perder no tempo
Só quero o teu invisível guardador dos meus sonhos.

Inserida por IsabelMoraisRibeiro

SILÊNCIO

Hoje não quero falar
Só quero dedicar-me ao silêncio
Há quanto tempo não o ouço
No desejo marcado de um sonho
Que ao tentar acordar
Perde-se na memória ou saudade
Despe-se na essência do amor
É preciso senti-lo para ficarmos a sós.

Inserida por IsabelMoraisRibeiro

VIDEIRA DA RAIZ

Bela charmosa videira com ramos de luz
Vem comigo brindar com vinho tinto
A ver as águas do rio num azul profundo
Para alegrar o corpo, a alma e o sentimento
Saboroso paladar que me faz rir e sonhar
Desfrutar é amar-te mil vezes, é beijar-te outros mil
Beber o vinho tinto especial da muxagata
Nos copos de cristal, num olhar, num toque
Os nossos sentimentos murmuram encantos
Respiram calor num paraíso de olhar ardente
Incenso onde afaga na essência plantada de raiz
Dá frutos doces em forma de vinho tinto saboroso
Um desejo saudável de caricias leves de amor
Vem desfrutar da sua leveza, do seu doce aroma
Que encantam a viver a vida de uma forma simples
Me perdi nos teus olhos, videira de soltos ramos
E tu meu amor na cama onde nós sonhamos horas

Inserida por IsabelMoraisRibeiro

MUTILADOS RUBROS DE VINHO

Restos mutilados na velha cor dos rubros vinhos
Gramática desarticulada acompanhada de lágrimas
Rasga a mortalha do peito no último arrependimento
Nas brumas dos caminhos esta o gemido silencioso
De um tonto místico profeta, na sua liturgia angustiante
Cicatrizes abertas no trilho da memória do sítio incerto
Tecerei uns sonhos irreais como feridos de batalhas perdidas
Penetramos no sentido da vida seríamos menos miseráveis
Nos anseios os tigres de garras que dilaceram o pior pesadelo
Duvida do suor com as lágrimas salgadas pedaços de si mesmo
Pobres de palavras para exprimir a mentira na dor do que
É escuro, sujo sem o conforto nas horas de sofrimento na verdade
Do tempo, de uma alma plantada do mundo que anda perdida
Não tem norte, nem vida, sente-se já crucificada dolorida
Sem sorte, sem sonho, sem destino, restos mutilados
Numa gramática de batalhas, esquecidas, perdidas
Escondidas no sentimento de uma alma em luto
Sem nunca ser compreendida nos rubros vinhos de cor.

Inserida por IsabelMoraisRibeiro

O mar se agitou muitas vezes corroendo os destinos da nossa terra,
e por toda a parte, eflúvios e vendavais se desdobram
e nada mais haverá entre meus olhos e teus olhos

Percorri sociedades inteiras e o que vi?
O desespero em olhos vazios que me olhavam vazios e desesperados
atravessando os limites das fronteiras em morte, uivos em leitos
juntando forças em ansiolíticos e drama

Lobos afogavam-se em lágrima; banhados em sangue e febre
Meus olhos te olham e não há mais tempo para diluir minha dor em teu ventre

O lobo sente em pelo por experiência própria
se estamos em o hábito de caminhar regularmente na mesma estrada,
somos capazes de pensar em outras coisas enquanto caminhamos,
sem prestar atenção aos nossos passos
escritos em cerâmica no fundo do mar

Inserida por Gazineu

SIM EU SEI

Morro de ti
Por ti, amor
Do insuportável
Que sou sem ti
Morro de amor de ti
Com a urgência
Da minha pele
Que sente de ti
Morro de ti
Por ti, amor
Com a urgência
Do sabor da tua pele
Que sinto em mim.
Morro em mim de ti.
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Inserida por IsabelRibeiroFonseca

ANIMAIS DOMÉSTICOS

A manada de dois
Era o sonho de poucos
E a insegurança de alguns.
Mas a lua que do céu brilhava,
Não permitia a formação de sombras.
Para não calar o canto dos lobos
Brutalmente domesticados pelo convencionalismo.

Inserida por DPMargarida

Há aquela velha e boa fábula que conta a história do menino que sempre alarmava um falso ataque do lobo às brancas indefesas ovelhas. O Pastor, prestativo e atento, sempre acreditava nos falsos avisos do garoto. Quase sempre, um dia o Pastor se cansou. Justamente no dia em que o ataque era verdadeiro. O menino desesperado gritava pela ajuda do Pastor enquanto as ovelhas eram mortas.
Outra versão da fábula, mas com o mesmo efeito moralizante, é a do beija-flor que sempre dava enganosos alertas de incêndio na floresta. A inconsequente ave divertia-se ao ver toda a fauna mobilizar-se a fim apagar o que nunca existiu. Até que um certo dia... todos sabemos o que aconteceu.


Transpondo a fábula à realidade, apesar de não ser o garoto ou o beija-flor, por muito tempo emiti falsos sinais. Distribuí indícios e promessas de algo grandioso. Expressei, amiúde, (com uma dissimulação de fazer inveja a Capitu) sentimentos de bem-querer. Manifestei e fiz transparecer um amor sem começo nem fim.

Tal como o beija-flor ou o garoto, talvez tenha agido com o intuito de suprimir a pungente pequenez a que estava fadado. Fomos, eu e meus personagens, por muito tempo o centro das atenções. Nos divertíamos às custas da credulidade alheia. Crédulos que, por inocência ou ignorância, sempre guardavam na memória lembranças daquilo que, de fato, nunca existiu. Exceto em sonhos.


Hoje, por ironia do destino, minha história vai terminando como a de meus caros companheiros, o garoto e o beija-flor. Somos iguais em descrédito e desgraça. Hodiernamente, por mais sinceras e eloquentes sejam nossas palavras, ninguém mais dá ouvidos a elas. Eu não matei nenhuma ovelha. Quero, assim como o Pastor, cuidar do meu rebanho de um só exemplar. O que, no entanto e infelizmente, é impossível. Transformei-me no Lobo da história.

Eu tampouco quero apagar essa chama que sempre fantasiei ter, mas que só agora a conheço verdadeiramente. [Almejos sem meios. (Sonhos vãos). Não voltam.] O beija-flor que sempre fui, apesar de ter experimentado tantas rosas, apaixonou-se por uma flor intocável. Delicada demais para um lobo; grande demais para um pequeno e dissimulado beija-flor.


E o final dessa história... eu quero mudá-lo.


Nem todas as flores têm a mesma sorte: umas nascem para enfeitar a vida; outras, a morte.

Inserida por FernandoArataque

“Sou responsável por escavar meus abismos e somente eu poderei aterrá-los” (Nieva Rosle)

Inserida por meninadolobo

“Hoje estive no céu, e você estava comigo, bem dentro e fundo” (Nieva Rosle)

Inserida por meninadolobo

Reside em nós uma das maiores contradições:
mesmo distante resido em ti,
você em mim,
em uma união que nos coloca visceralmente amalgamados, através do amor sob vontade

Inserida por meninadolobo

Sou muitas mulheres em uma, mas todas minhas facetas de fêmea são suas, meu homem

Inserida por meninadolobo

O beijo em tua boca, intenso, lascivo, visceral é o prenúncio do beijo fálico da fêmea em seu macho

Inserida por meninadolobo

Existem muitas distâncias, a única que existe entre nós é a geográfica. Nada me leva pra longe do Lobo

Inserida por meninadolobo

Desejo ardentemente que seu corpo de macho viril tome o meu com volúpia, me aperte, me bata, me cheire, me lamba, me penetre, faça tudo que você desejar, pois esse é o meu desejo, saciar você completamente.
Da sua Fêmea cósmica, que é presa por vontade

Inserida por meninadolobo

Assim como o raio de luz que ilumina e me aquece,
o seu pavio, quando dentro de mim, causa explosões quentes e luminosas!
Esses somos nós,
Um

Inserida por meninadolobo

A busca mais dolorosa: desvencilhar-me do apego que desconecta-nos da percepção de que somos tudo e por isso não precisamos de mais nada. Resgatar a minha essência animal, uivar sensualmente para a lua, correr serenamente em direção ao sol nascente.

Inserida por DanielleBarros

LABIRINTO

Num labirinto de víboras de todos os tamanhos
Escrevo que o labirinto me mata lentamente
E que quando me lerem adocem-me a esperança
Deste sobressalto dentro de mim como um arrepio
Ou desenganado, indiferente de rastos como uma pobre
Coitadinha louca de pensamentos dispersos ao vento
Nesta deriva entre os grilhões ou talvez atalhos de mim
Renasço desenhando os meus próprios passos na solidão
Já não sou o que fui, já fugi do meu caminho tantas vezes
Sou apenas uma mulher que resvala desfalecida na alma
Carnificina das palavras num momento que mente em silêncio
Olho o espelho sem me ver arrasto-me na lama do inferno
Encantamento da mentira adocicada prisioneira da minha mente
Circunscrita por uma luz de grades frias, de feridas profundas
Lambo a ferida invisível das palavras mordidas, sussurradas
Fervilha o sangue das letras esquecidas de sentimentos
No faminto delírio dos sinos da igreja entre o labirinto cruel
Deste mundo míope desinspirado desprovido de sentimentos
De aspirações traídas pelas falências da própria humanidade
A desordem a injustiça imanente é feita de moribundos
Gente sem escrúpulos, nada sentem encurralados no seu labirinto.
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Inserida por IsabelMoraisRibeiro

Uivos nunca se perdem, partem além, em busca de algo, alguém!

Inserida por taekwonmaster

Tenha sempre ESPERANÇA, mas jamais devemos esquecer que esperança sem trabalho e participação é menos que sonho, é devaneio.

Inserida por CelularRBC

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