Libertação Humana
Consciência humana em respeito ao próximo; consciência humana em respeito ao semelhante; consciência humana em dignidade ao outro; consciência humana ao negro, ao pardo, ao branco, ao índio, ao afrodescendente, ao homossexual, ao hétero... Consciência humana em afeto as minorias, as classes, as maiorias... Consciência humana em afeto aos leigos, aos cultos, aos inocentes, aos afortunados de saberes... Consciência humana a todos, e não, a alguns como forma de vitimismo ou afins. Consciência humana, sempre.
O que estou buscando não é o real nem o irreal, e sim o inconsciente, o mistério do instintivo na raça humana.
Tento conhecer a alma humana, mas somos feitos de nossas vivências e, cada qual vive suas particularidades, quando longe do social. Isso acaba alterando as variáveis dentro desta análise.
Uma vida não seria suficiente para conhecer a essencialidade humana, devido suas peculiaridades.
#JaneFernandaN
Uma vida humana dura em média oitenta anos terráqueos ou cerca de trinta mil dias terráqueos. O que significa que eles nascem, fazem alguns amigos, comem muitas refeições, casam-se, ou não se casam, têm um filho ou dois, ou não, bebem muitas taças de vinho, têm certo número de relações sexuais, descobrem um caroço em algum lugar, sentem um pouco de arrependimento, imaginando para onde foi aquele tempo todo, sabendo que deveriam ter feito tudo diferente, percebendo que teriam feito tudo do mesmo jeito, e então morrem. Caem na grande escuridão do nada.
A falência da sociedade humana
A falta de manutenção do sentimento
que motivou o namoro
leva ao fim do casamento,
com a falência da sociedade humana,
pouco importa o nome que lhe atribuímos
e, não as consequências da vida ou do destino,
nem da incompatibilidade de gênios,
mas do egoísmo,
que se traduz no individualismo,
na falta de reciprocidade,
hipocrisia, desrespeito e traição,
como sinônimos de indiferença
e pouco caso.
A morte faz parte da nossa condição de humanos. Nós somos uma mescla de vida e morte e ambas confundem-se em nós. Aprender a viver é aprender a morrer. Quando assumimos nossa condição mortal tendemos a estimar mais a vida que temos. A morte nos faz desejar viver mais e melhor.
A grande verdade é que a complexidade
da Natureza humana, nos faz entender que tentar explicá-la, é
uma das melhores maneiras de pirar de vez...
Osculos e amplexos,
Marcial
A COMPLEXA NATUREZA HUMANA
Marcial Salaverry
É preciso entender que a natureza do ser humano, é com toda certeza uma das coisas mais complexas que existe, e é complicado tentar entende-la, pois resiste a qualquer tipo de análise, sendo assim praticamente impossível ao menos tentar definir o que seria, ou poderia ser um comportamento padrão para as pessoas, uma vez que é algo que depende do livre arbítrio, e assim, cada criatura tem suas peculiaridades próprias, tornando assim quase inviável fazer-se alguma análise comportamental.
Mas sempre se pode dizer alguma coisa nesse sentido, pois sempre existirá alguém que possa dizer: "Parece que escreveu para mim...", e a propósito, li hoje uma das citações do meu amigo L’Inconnu, que achei muito interessante, e apropriada para o tema em questão, senão vejamos:
"Somos livres quando analisamos. Somos sensíveis quando compreendemos. Somos nobres quando não julgamos. Somos sábios quando não condenamos."
Mensagem mais exata, impossível. Efetivamente, somos livres quando analisamos, pois temos todo o direito de analisar uma situação, ou mesmo atitudes de nossos semelhantes, procurando buscar uma maneira de as entender, desde que nos limitemos à análise em si. Algo que, em síntese, possa explicar o porque de determinadas atitudes de alguém, ou de determinadas situações criadas por outras pessoas. Desde que nos limitemos a analisar, para tentar entender, e possivelmente tentar explicar, mas nunca para julgar, mesmo que sejam atos de corrupção, praticados por quem deveria combate-los...
Efetivamente, temos que ter uma certa sensibilidade para compreender certas atitudes de nossos semelhantes. Uma das melhores maneiras para analisar e entender, será a de se colocar no lugar da pessoa em questão, e tentar definir como agiríamos na situação inversa.
Isso nos possibilitará um melhor entendimento, minimizando alguns constrangimentos, ao mesmo tempo que poderemos saber o porque de certas atitudes aparentemente incoerentes e ilógicas. Há que se colocar no outro lado do espelho. Facilita a compreensão.
Quanto a julgamentos... Quem somos nós para julgar alguém? Os próprios Juizes, praticamente não julgam, apenas comunicam o que decidiram os jurados, que dizer então de nós, sempre falíveis, nos avocarmos o direito de julgar alguém... Poderemos quando muito, analisar suas atitudes, e tentar entendê-las ou não, e decidir que atitude poderemos tomar com respeito ao que houve. Mas jamais poderemos querer julgar as pessoas por determinadas atitudes. Nunca poderemos nos esquecer de que toda e qualquer ação, tem alguma explicação. Procuremos analisar as causas que determinaram o acontecido. Sempre é interessante procurar nos colocar do outro lado, para tentar entender melhor o que houve.
Se julgar já será perigoso, que dirá então condenar alguém apenas por algo acontecido por mais ofensivo que seja. Vamos nos colocar do outro lado e depois sim, poderemos, não digo julgar ou condenar, mas sim chegar à conclusão de que determinadas atitudes foram ou não corretas, claro que segundo nosso ponto de vista, ou conforme o que se pode considerar como uma atitude honesta.
Procurando observar o posicionamento de L’Inconnu, chegamos à sábia conclusão de que é por demais importante saber sempre usar de muita ponderação e bom senso.
Principalmente quando alguém nos ofende ou magoa. Antes de nos apressarmos em julgar e tomar certas atitudes precipitadas, deveremos sempre parar um instante para pensar e analisar como agiríamos em situação parelha, e depois, quais circunstâncias geraram o fato em questão.
Nossa capacidade de julgamento sempre será prejudicada por nossas emoções, portanto, vamos procurar sempre analisar melhor certas situações, antes de as julgarmos e condenarmos as pessoas envolvidas direta ou indiretamente naquilo que aconteceu.
Por exemplo, não nos cabe julgar aqueles que se valendo de uma situação privilegiada, agem de maneira desonesta, corrompendo e sendo corrompidos. Apenas podemos nos indignar com tais atitudes, e procurar fazer nossa parte para evitar que tais criaturas continuem agindo dessa maneira, não os colocando em posições que permitam a continuidade das falcatruas já praticadas por quem já esteve no poder, e quer voltar para lá, para fazer tudo novamente, contando com o beneplácito de quem não sabe pensar...
Assim crianças, espero, sem qualquer julgamento, que todos tenhamos UM LINDO DIA, sempre pensando bem quem pode ou deve ser punido...
" Quando em inolvidável momento de amargura ou desalento,
Teu coração vibrar o pranto do valor de sua contribuição para o mundo,
Não duvides de que por mais singela que possa parecer a sua participação,
O resultado vitorioso dos diferentes campos da sociedade humana,
Teve sua participação como partícula do Todo da criação."
Tive vontade de lhe explicar que constantemente superestimo e subestimo a raça humana – que raras vezes simplesmente estimo. Tive vontade de lhe perguntar como uma mesma coisa podia ser tão medonha e tão gloriosa, e ter palavras e histórias tão amaldiçoadas e tão brilhantes.
A bondade está além da capacidade humana, tanto em compreensão como em atitudes. Raros são aqueles(as) portadores dessa qualidade em sua essência, portanto nem todos são capazes de entender, reconhecer e retribuir. É fato que os bondosos sempre serão mais sensiveis que os demais, os que mais se machucarão na vida, os mais enganados e por muitas vezes outros tentarão corromper-lo, porém no final todos eventualmente serão extremamente mais fortes, com um caráter invejável e com uma alma linda e pura.
Fazer parte da espécie humana é um destino glorioso, mesmo se nossa espécie se dedica a muitos absurdos e comete muitos erros terríveis: apesar de tudo isso, o próprio Deus gloriou-se de vir a fazer parte da espécie humana. Parte da espécie humana! E pensar que essa percepção, que é um lugar comum, pode subitamente parecer uma notícia de que você é o detentor do bilhete que ganhou o primeiro prêmio na loteria cósmica.
Reflexões de um espectador culpado, Thomas Merton
Cidade Incolor 1
Aqui dentro da cidade, tudo parece tão errado,
tudo parece consumido por um mal, o mal
dos homens talvez, o mal da vida... não sei.
Eu vejo gente se destruindo, vejo o mal as
consumindo. Cheias de clareza, talvez,
de suas ambições perversas, eu sei.
Cheia de atos e fatos, cheia de glórias e
fracassos. Morrendo junto a solidão, sem ver as cores da vida, então.
Sem sentir a vida por chão, mas querendo
conquistar este chão. Destruindo a vida
então, que nos deram com tanta emoção.
Mas agora está tudo indo em vão, por as
mãos de nós mesmos, irmão.
Que sempre buscamos por mais,
e sempre queremos demais.
Mas nunca buscando por paz, nunca
querendo o capaz. Esquecendo que
somos irmãos, e trazendo toda essa
guerra em vão.
Cidade sem cores eu digo,
cidade perdida, eu afirmo!
Sem o brilho intrigante lunar,
Sem a cores do céu estelar.
só com um brilho mesquinho no ar,
que há tanto vem me perturbar.
Lugar onde já reinou a paz,
de um mundo completo de amor,
cheio da vida color, das cores
que ofuscam a dor.
Cores que curam feridas, as cores
que salvam as vidas.
Daqueles que que trazem discórdia,
que nos ferem de todas as formas,
trazendo toda essa escória,
que descolore toda a história,
de uma cidade que foi corrompida,
pela maldade de sua própria matilha.
(...)
O interior do homem foi sempre alimentado por bondade. Toda maldade vinda deste, é o resultado de um mau auto-controle por si mesmo, e a ignorância em não querer adotar a auto-correção humana.
Cuidado ao procurar a verdade sobre tudo, pois se a encontrar correrá o risco de se perder por desencanto, tamanha será a constatação da fragilidade humana.
"A aventura humana de pensar, refletir, perscrutar, descobrir, imaginar, criar... Simplesmente não encontrei uma palavra para expressar a caminhada e as ações desta espécie...
Tornar-se pensador. — Como pode alguém se tornar um pensador, se não passar ao menos um terço de cada dia sem paixões, pessoas e livros?
(do livro em PDF: Humano, demasiado humano Um livro para espíritos livres volume II)
