Liberdade de pensamento
Em castelo me vejo prisioneira como o colibri uma vez já foi. Se tenho o tesouro que tuas posses me rodeou, não tenho no ar a liberdade nem a expansão dos jardins em flor.
Fazer amor contigo
não é sentir-me possuída
ou possuir-te
É ir buscar-te
ao abismo dos milênios
de existência
e trazer-te livre.
As vezes acontece
do acaso inconfortável
abrir uma brecha
na rasteira do presente
e alguma imagem
que estava presa
se libertar.
A prisão que oferece a maior dificuldade de se libertar...é aquela que depende da nossa própria vontade.
Não tentes descobrir os meus segredos
Respira as pétalas da alma que te dou
Não procures entender a verdade com enredos
Sente nas palavras quem eu sou
Onde estou, quem sou...?
Satisfação?
...Desejo mental
Palavras
(tomam posse de mim)
Na esperança de escapar
(da cegueira)
Para acordar
Tudo o que não falo é tudo o que deves procurar ouvir
Decifra-me na memória que tens do meu olhar
Tudo o que escrevo,é apenas a metade do que poderás sentir
Beija-me um segredo, sussurra-me o que eu ainda não sei,aguça-me o céu da boca,que tem sede para descobrir, o que ainda não te dei...
Sim,olha-me com mistério
Desnuda-me a alma quando me lês
Silencia-me o mar que desagua em mim
Despe-me o corpo no poema que és...
Doces,foram as lágrimas
...quando o meu corpo se esqueceu no teu
És chuva fina que os meus olhos insistem em ouvir...para te sentir
Doces são as lágrimas...
Sinto saudades tuas...por isso eu sorrio, és sol na minha memória
Danço, és melodia que oiço na alma
