Liberdade Borboleta Fernando Pessoa
Passei a vida inteira procurando ...
Revirando cada cantinho...
Buscando um ovo
Ou um ninho ...
Enfrentei ventos e tempestades
Apenas um sentimento de coragem
Que fazia um rumo a percorrer
Sem saber ....de viver ou morrer.
E após toda peregrinação
Escutava ao longe uma canção
Que sai do fundo de um coração
Quase parado
Triste e amargurado.
E se pois a me dizer.
Sei o que procura ...
Não leve a mal minha loucura.
Ouça o que me faz sofrer
Eu andei em tua estrada.
Finalmente achei a morada
Do amor...
Sim!!! Aquele ovo e aquele ninho
Nasceu um lindo canarinho
Foi se emplumando de mansinho.
Criou asas e voou.
E agora vou rastejar com as lagartas
Vou me embrenhar naquelas matas
E quem sabe na minha sorte obsoleta.
Encontre uma linda borboleta.
Que me leve junto pra voar.
Eu ainda estou aqui, não como antes, eu sei. Mas eu espero que você possa ainda me sentir. Desculpa se não cumprir todas minhas promessas e se aquele abraço que você tanto esperava não chegou. Mas saiba que eu lhe abracei todos dias e em cada lagrima que você derramava era como uma cratera que se abria dentro de mim. Eu quero que você saiba que eu segurei sua mão todos os dias e te refugiei em meus braços, e mesmo que você ache que tudo foi um contos de fardas, eu te amei como nunca amei ninguém.
Ela me disse um dia que se ela fosse era embora era porque seu amor era tão grande que ela não suportaria carregar sozinha. Naquele momento eu não disse nada, só ficamos em silencio. Eu sabia que ela era frágil, mas de certa forma eu não entendia o que ela queria dizer. Ela precisou partir pra que eu pudesse entender que nem sempre o amor é bonito.
Ela se foi. Pegou as coisas dela, e bateu a porta furiosa e antes de tudo ela gritou “ Vai pro inferno”. Ah, se ela soubesse que a ida dela fez da minha vida um inferno.
Talvez a culpa seja toda minha. Talvez ela tenha indo embora porque eu deixava meu orgulho falar mais alto. Talvez ela tenha ido embora porque não suportava mais meu silêncio. Talvez ela tenha ido embora porque eu queria que ela fosse alguém totalmente diferente do que ela era. Talvez ela tenha ido embora porque as vezes eu agia como um idiota e chamava ela de burra. Talvez ela tenha ido embora porque eu fazia ela ficar sem argumentos. Talvez ela tenha ido embora porque doía, doía me amar. Talvez ela tenha ido embora porque não suportava a distancia entre nós. Talvez ela tenha indo embora porque eu não segurei sua mão quando mais ela precisava. Talvez ela tenha ido embora porque lhe dei ruídos invés de silêncio. Mas agora ela voou pra longe de mim, e é nesse talvez que minha vida se resume
Nem sempre temos a alternativa de ficar, a vida de um forma ou de outra nós ensina que em alguns caso é preciso partir e pensando nisso eu diria que você partiu não porque foi obrigada, ou porque não teve nenhum motivo pra ficar porque cá entre nós eu te dei todos motivos para está ao meu lado, mas você preferiu a estrada larga, o caminho mais fácil. Mas de repente você bateu na minha porta e não havia mais ninguém ali, a casa estava vazia. Dessa vez quem partiu foi eu e não porque eu quis, mas porque a vida me obrigou, ela disse que eu merecia mais do que algumas migalhas de amor então eu sair por ai em busca de algo que nunca tive o prazer de conhecer, mas posso alegar que quando conhecer será meu lar.
Ela estava no canteiro, de repente desapareceu.
Eis que ontem a encontro caminhando com seu casulo.
Hoje, descubro que escolheu outro lugar para sua metamorfose.
Se você quer produzir as mesmas ações de um político, consuma um mix de paçoquinha, suco de uva e camarão passado. Em poucas horas obterá êxito.
Uma das faces mais relevantes da inteligência é distinguir o ser, do que diz ser e do que pensa ser.
As borboletas sempre voltarão, mas certamente não serão as mesmas,
tão pouco os jardins terão as mesmas flores... Nós nunca seremos os mesmos
de ontem! Só há um caminho, e é sempre seguir em frente!
amem como se fosse o último dia, porque talvez seja...
Tenho me esforçado para não crescer,
mas a vida vai nos empurrando,
e quando nos damos conta, engolimos o presente
e vomitamos um futuro conveniente, morno, sem graça.
Não se enganem, meus amigos:
a vida é uma fanfarrona, uma sem vergonha,
louca de pedra!
Nessa luta, que travamos com ela,
essa que chamamos de vida,
poucos saem vitoriosos.
Em todos os hospitais tem pacientes terminais nesse momento
se arrependendo de ter perdido tempo
fazendo o que os outros esperavam.
Eu não quero ser um deles.
Vou dormir agora, com uma lagarta no meu coração.
Uma lagarta bem grande que não para de se mexer.
Vai, agarra esse “cavalete” e corre para o jardim...
Lá, as misturas de cores, se manifestarão nos seus pincéis e nos potes das tintas.
As cores primárias serão secundárias, diante tanta festividade em cores que surgirão.
Lá, têm as borboletas que ao passarem, respigarão nuances e o desenho será uma obra viva de natureza, ser vivo e liberdade!
Assim é a vida, temos de traçar nossos melhores momentos em nossos jardins de dentro...
Têm mais energia, serenidade e cor!
A nossa luz, se encarrega dos outros detalhes, portanto, que essa seja uma estrela diva, dos fios dos cabelos às pontas dos pés!
Edson Dos Santos & Marli Caldeira Melris
O MEU AÇAÍ E O TEU MEL...
Um diálogo
Dou-te um doce se adivinhar
o que coloquei na minha boca agora...
É açaí?
Ainda não!
É pêssego em caldas com creme de leite
hum
Delícia!
Minha boca ta um doce amigo
Vem cá eu ponho na boquinha
Hum!!!
Estou gulosa
Acho q vou comer
Tudo de uma vez!
Ainda mastigo...
Bebeu o caldinho?
xi!
Enguli tudo
acabou!
Tomei o caldinho!
O caldinho! claro.
Sem caldinho não pode ne poeta.
Voltamos ao mel com açaí
Bom menino.
Gosto de meninos obedientes às vezes...
Gosto de mandar às vezes...
E eu brilhando pelo mel
Juntos se lambuzando
Dois corpos num so
O mel e o açaí
Um escravo do Pará molhado
de creme de açaí
Vem cá, trazer o açaí
Eu te espero com o mel
Vem! Vem! Aqui!
Prefere-se assim
Obedeço tbm às vezes
Boa menina!
assim que eu gosto!
O açaí é muito forte
Vai agüentar?
Tem energia
De 24 horas
Olhos atentos...
Quem sabe
Só tentando pra ver
POEMAS
Com açaí fica assim...
Corpo aceso
indomável
insaciável
Energia de sobra
Tem o açaí
Prazer absoluto
inconfundível
Descomunal
Coisa de louco
Só poetando meu caro
Não quero
Não quero nada regado
O muito ainda é pouco
Tem-se fôlego
Pode vir
Se não
Pode partir
E me deixe
Não volte
Nunca mais
Nunca mais
Só mesmo com açaí
Ta querendo é
Misturar mel com açaí
Para se lambuzar
Da cabeça até o pé
E no auge da doçura
Não há boca que resista
O gosto dessa loucura
Não há quem desista
Você prova do meu mal
Eu provo do teu açaí
Assim lambuzamos o céu
Já que ele está aqui
Não há boca que resista
Ao mel com açaí
Vou me lambuzar
Saborear
Eu te dou o meu açaí
E você me dá o seu mel
Vamos nos tocar
Do seu mel eu vou beber
Nem uma gota deixar cair
O seu mel quer comer
O meu açaí
Quer entrar
E ficar no céu
Então eu me sacio
E me realizo
E você se completa
E solta jatos de mel
No meu céu
Edson Dos Santos & Marli Caldeira Melris
DEPOIS DAS ONZE
Marli Caldeira Melris
Depois das onze
Que nos beijamos
Estaremos á sós
Grudadinhos
Como unha e carne
A flor e o caule
A garagem e o carro
A vassoura e o cabo
Depois das onze
Que a lança empina
Reage e dar pinotes
Procura uma fenda
Quer entrar e sair
Fazer estripulias
Pular de alegrias
Dar e ganhar prazer!
Depois das onze (...).
Silva Manuel
09:48
Silva Manuel
Depois das onze (...).
Que horas tão esperadas e nada!
Mas sempre haverá umas
depois das onze,
é metal que reluz,
é ouro, cobre, é bronze.
Depois das onze,
a lança tão almejada,
levanta a ponta já inchada,
lateja,
e solta jatos de realização,
mas, o dono, a mão,
já cansados,
buscam o leito vazio pra descansar,
sua luta, sua glória,
afinal o corpo vencido pede paz,
que ficar a sós,
debaixo do seu dia sempre,
a sós.
Depois das onze...
Sempre trago sorrisos e sementinhas de bem querer comigo, assim posso deixar um pouco de alegria por onde passo e ter certeza que colherei bons frutos de amor e amizade. Mas a minha maior alegria é saber que as borboletas que me visitam também trazem um pouco de si e assim nossa vida nunca será um deserto, sempre teremos belas flores e grandes amores para nos alegrar. Rosi Coelho