Liberdade Borboleta Fernando Pessoa
A gente ama não é a pessoa bonita, é a pessoa que sente bonito, que olha bonito, que toca bonito, que nos ouve bonito.
A gente ama é a luz que brilha na curva do sorriso quando a pessoa nos avista de longe.
A gente ama é a leveza do olhar que como asa de borboleta toca de leve as nossas dores.
A gente ama é o calor, o afago do abraço que nos envolve e protege como casa.
A gente ama é a sabedoria das palavras que não são ditas num longo diálogo silêncio.
A gente ama é a sutileza da presença, é o acolhimento, quando na hora da dor sem dizer uma palavra a pessoa nos põe no colo do coração.
No fundo, no fundo a pessoa com quem a gente quer passar o resto dos nossos dias é aquela que apesar de não precisar da gente para nada nos quer por perto para tudo.
Ninguém conhece completamente uma pessoa enquanto ela não mostrar com atitudes o que apresentou para você com palavras.
A pessoa feliz não é a perfeita, é aquela que faz sempre o seu melhor, tenta melhorar a cada dia e se transformar numa pessoa melhor.
Se a pessoa é do tipo que só ama quando não tem, só quer depois que vira saudade, só dá valor depois que perde, satisfaça logo a vontade dela, mostre-a que a fila anda: transforme-se logo em saudade para que ela exergue o que perdeu.
Aí, a pessoa diz: mas pode ser que dê errado! Meu bem, mas pode ser que dê certo. O risco de dar errado você já tem, sobrou o risco de dar certo. Então, vai lá e corre o risco!
A pessoa sobe horrores no meu conceito, quando diante de um problema tem a maturidade de sentar e conversar.
Se você quer conhecer uma pessoa não precisa ouvir o que ela diz; basta que preste atenção em como ela trata os animais.
Ser uma pessoa doce significa muito mais que ter doçura; significa ter o dom de adoçar a vida dos outros.
A maioria das mudanças não chegam com o propósito de nos transformar em outra pessoa, mas de preservar a pessoa que já somos.
Não há nada mais desagradável que ter ao nosso lado uma pessoa que fica o tempo todo nos lembrando da finitude dos sentimentos.
Não é a cor, raça, gênero, religião ou ideologia de uma pessoa que você deve respeitar, é o ser humano.
A pessoa infeliz tem uma característica muito peculiar, nenhuma delas suporta a felicidade dos outros.
Às vezes ficar sozinha não quer dizer que você seja uma pessoa solitária. Ficar sozinho ou não é questão de escolha. Pessoas que gostam de ficar sozinhas, acima de tudo sabem o valor de sua liberdade, sabem que não há nada mais gostoso que apreciar sua própria companhia.
Qualquer pessoa pode dizer "eu te amo". Mas, só as pessoas especiais fazem-nos sentir realmente amados, mesmo sem dizer "eu te amo".
O lugar mais íntimo de uma pessoa, não é o corpo, é a mente. É nesse espaço obscuro e misterioso que guardamos quem realmente somos. Nossas mágoas, medos, receios, culpas, vinganças, anseios, fantasias, glórias e vitórias. Nesse terreno delicado semeamos nossos pensamentos, desde os mais cândidos até os mais sombrios e tenebrosos.
Em nossa mente não mora apenas quem somos. Mora também quem já fomos, quem gostaríamos de ser, e até mesmo quem ainda seremos. No fim percebemos que somos uma mistura de tudo isso. Administrar esses tantos "eus" de forma equilibrada e harmônica não é tarefa das mais fáceis. Pelo contrário, é bastante conflituoso e, as guerras são inevitáveis.
Nessa arena de múltiplos sentimentos contraditórios somos gladiadores em luta incessante contra nós mesmos. Somos sobreviventes de uma guerra que nunca termina.