Leon Tolstoi

Cerca de 100 frases e pensamentos: Leon Tolstoi
Leon Tolstói (1828-1910) foi um escritor russo, é autor do romance Guerra e Paz, um clássico da literatura russa. Com centenas de personagens, na versão original, é considerado um dos maiores romances da história

Cada um viveu tanto, quanto amou.

A tristeza pura é tão impossível como a alegria pura.

Todas as famílias felizes se parecem, cada família infeliz é infeliz à sua maneira.

Leon Tolstói
Anna Kariênina

Falar mal dos outros agrada tanto às pessoas que é muito difícil deixar de condenar um homem para comprazer os nossos interlocutores.

Todo mundo pensa em mudar o mundo, mas ninguém pensa em mudar a si mesmo.

Leon Tolstói
Pamphlets (1900).

Eu escrevo livros, por isso sei todo o mal que eles fazem.

O lugar que ocupamos é menos importante do que aquele para o qual nos dirigimos.

O tempo e a paciência são dois eternos beligerantes.

Compreender tudo, é tudo perdoar.

Mas a verdade é que não só nos países autocráticos como naqueles supostamente livres - como a Inglaterra, a América, a França e outros - as leis não foram feitas para atender à vontade da maioria, mas sim à vontade daqueles que detêm o poder.

O único consolo que sinto ao pensar na inevitabilidade da minha morte é o mesmo que se sente quando o barco está em perigo: encontramo-nos todos na mesma situação.

A arte deve ser um órgão moral da vida humana.

O cristianismo, no seu verdadeiro significado, destrói o Estado.

O único fim dos tribunais é o de manter a sociedade no seu estado atual.

O verdadeiro trabalho cristão e aquilo que no mundo dá os maiores frutos consistem em ações negativas: não fazer o que é contrário a Deus e à consciência.

Os que se chamam grandes homens são etiquetas que dão o seu nome aos acontecimentos históricos; e assim como as etiquetas, não têm relação com esses acontecimentos.

O estilo nem por sombra corresponde a um simples culto da forma, mas, muito longe disso, a uma particular concepção da arte e, mais em geral, a uma particular concepção da vida.

Querer saber - o que parece tão difícil - se não é errado, entre tantos seres vivos que praticam a violência, ser o único ou um dos poucos não violentos, não é diferente de querer saber se seria possível ser sóbrio entre tantos embriagados, e se não seria melhor que todos começassem logo a beber.

O inverossímil em matéria de sentimentos é o sinal mais seguro da verdade.

Poema da Gare de Astapovo

O velho Leon Tolstoi fugiu de casa aos oitenta anos
E foi morrer na gare de Astapovo!
Com certeza sentou-se a um velho banco,
Um desses velhos bancos lustrosos pelo uso
Que existem em todas as estaçõezinhas pobres do mundo
Contra uma parede nua...
Sentou-se ...e sorriu amargamente
Pensando que
Em toda a sua vida
Apenas restava de seu a Glória,
Esse irrisório chocalho cheio de guizos e fitinhas
Coloridas
Nas mãos esclerosadas de um caduco!
E então a Morte,
Ao vê-lo tao sozinho àquela hora
Na estação deserta,
Julgou que ele estivesse ali à sua espera,
Quando apenas sentara para descansar um pouco!
A morte chegou na sua antiga locomotiva
(Ela sempre chega pontualmente na hora incerta...)
Mas talvez não pensou em nada disso, o grande Velho,
E quem sabe se até não morreu feliz: ele fugiu...
Ele fugiu de casa...
Ele fugiu de casa aos oitenta anos de idade...
Não são todos que realizam os velhos sonhos da infância!