Lembrança
Perdido no tempo
Em um mundo de lembranças
Onde o passado se mistura com o presente
E o futuro parece tão distante
Sigo por caminhos desconhecidos
Sem saber para onde devo ir
Apenas buscando uma luz no horizonte
Que possa me guiar e me conduzir
Mas as horas passam tão rápido
E eu me sinto cada vez mais perdido
Nessa jornada incerta e sem fim
Que me leva para um destino desconhecido
Porém, continuarei a caminhar
Com a esperança de um dia chegar
A um lugar onde eu possa enfim
Me encontrar e me sentir em paz.
Hoje caminhei com sensações das lembranças
Há vazio e pássaros a cantar
Quem sabe nostalgia de um tempo que vôo
Cada andar é amargo e dilui o tempo que foi embora
Ciclos foram terminados, como Dia que acaba em 12 horas.
Se formos cronometrar o somatório das nossas lembranças, teremos algumas dezenas de minutos.
Nossa memória é feita de décadas de esquecimentos.
Disse Lucius: as dolorosas lembranças do sofrimento eterno do Inferno, são como os torturantes latidos dos cães da Morte, que latem nos ouvidos da mente de dia e de noite.
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INSEGURANÇA
A tal insegurança
Faz do certo lambança
E o peso da balança
Uma rara lembrança
Do que tem importância!
A Vó, o quanto sou privilegiada
Pra nós fica a lembrança
Do tanto que fomos felizes
E amados, na nossa infancia.
Daquela casinha lotada,
dos bons abraços, da mesa farta
Dos amigos secretos,do inimigo da hora, ah como fui privilegiada
Privilegiada de dizer bença vó e receber um Deus te abençoe minha filha,
De beijar em sua testa e de mexer em suas peinhas.
de comer doce a pulso só pra beber água, de ouvir histórias antigas, piadas e poesias contadas.
Saudade dos cochilos da tarde
Dos biscoitos com água de escutar os seus passos na madrugada.
Ah vó o quanto fui privilegiada.
privilegiada de ver de pertinho um exemplo de mulher, q me ensinou o q é família, a ser alegre e a ñ perder a fé.
Saudade, daquela que lia antes de mim todos os livros que eu ganhava, gênia da matemática muitos se admirava, eu ainda lembro de quando as atividades da escola me ensinava, A vó eu não canso de disser o quanto fui privilegiada.
Privilegiada a ser ensinada a brincar de berlinda, a comer pirão,
A colocar pão no café
E comer banana no feijão
Ah vó como eu fui privilegiada
De ter ouvido o grito cala boca
Enquanto havia zoada
De ter presenciado de perto
A hora do atacar
do sorvete depois do almoço e da famosa colher babada
Ah vó Graças a senhora eu tenho tanta história tenho pra contar.
Daquela que fazia caretas na hora das fotos
Que estava feliz a todo instante e em quanto pode esteve sempre ali pra ajudar.
sou privilegiada, por sempre está a recordar
Daquela que perguntava já almoçou
Ou quer alguma coisinha pra comer¿
Ela sempre estava disposta a nos cuidar.
Serva, mãe, avó, bisavó, tataravó, amiga, verdadeira matriarca,
e eu não estou triste mesmo com olhos cheios de lágrimas,
pois sei vó o quanto sou privilegiada.
E depois de tanto tempo tentando escrever,
Está aqui a minha primeira poesia
Inteira feita pela minha autoria
Que mostra o privilégio que eu tive entre parágrafos e linhas
De ser uma das muitas de suas netinhas.
Dedicatória para: Judith Aquino muito mais que uma vó
Minha foto um dia será somente uma lembrança num porta retrato esquecido em qualquer canto da sala ou dentro de alguma gaveta com cupins
É melhor padecer conjugando o verbo amar no transato do que ter um póstero sem lembranças da mais brutal e avassaladora das sensações.
Se os bons momentos que deram origem às lembranças que hoje te doem não tivessem existido, teria sido melhor?
"Embora o véu do tempo tenha obscurecido tua face em minhas lembranças, o amor que nutro por ti ainda pulsa em meu coração."
001 - "Lembrança dói, mas faz parte da nossa história e se dói é porque traz saudades e saudades só temos de acontecimentos que valeram a pena."
idemi®
As lembranças boas não nos fazem nada além de nos trazer paz, mas, as lembranças atormentadoras nos ensinam a construir o nosso futuroe, nos redirecionam para o presente
