Reflexões sobre lealdade: textos que mostram seu poder

O ciclo do dia

A manhã vai chegando em silêncio, e de mansinho
De mansinho desperto e me dou conta do novo dia
No novo dia, de mansinho, vejo as horas se apresentando ao tempo
São operárias do movimento do existir
Tarefas cumpridas e de mansinho a noite pede passagem
Já estou no ritmo apressado, logo o sono não tarda
Lentamente o luzir das estrelas ocupam o seu pedaço do céu
E sem a pressa de ser admirada a lua se posiciona no pedestal do breu
Contemplo este cenário ocidental
Me encanto por essa magia ser possível, igualmente, num cenário oriental
Tranquila, banhada e alimentada bocejo cansada
De mansinho rendo-me ao propósito dos novos raios de sol
Que sorrateiramente me despertarão na próxima mansa manhã
Este ciclo se alterna entre dias de sol, chuvosos ou nublados
Mas as manhãs não se importam com as mudanças do clima
Elas sempre chegarão, pontualmente, de mansinho
É devagar que a vida acontece. A plenitude não tem pressa
A noite não é o fim do dia, apenas a contribuição do Tempo para o seu recomeço
As operárias do movimento do existir não adormecem
Em continência laboram para o ilustre morador da lua
Enquanto o astro Rei é reverenciado no oriente.

O passado faz parte da história, mas não deve ser nunca o próximo capítulo da vida. Permita-se.

Não basta passarmos, simplesmente, pelos anos é preciso, periodicamente, darmos um F5 na vida para melhor selecionarmos àqueles os quais valem à pena usarmos os atalhos Ctrl C e Ctrl V para continuarem fazendo parte do nosso caminho com risco baixo de se tornarem um vírus.

Qual a cor da sua PAZ quando a sua consciência se olha no espelho? É branca mesmo?

Deus está disponível para todos, mas não é aliado de qualquer um. Só pode contar com ele aquele cuja as ações estão coerentes com a propaganda que fazem de si.

A música seduz à maioria, a literatura à minoria, porém cada alma se expressa conforme o seu dom meio as tantas formas de arte e liberdade. Uma pode completar o outra, mas também pode não haver harmonia. O que conta é o bem e o prazer que cada uma promove dentro do seu universo de atuação através da compreensão e aceitação entre os seus apreciadores.

A magia da sorte é fácil de concretizar: cozinham-se meia dúzia de feijões e depois costuram-se os feijões uns aos outros até a sorte ficar do nosso lado.

As mudanças são escadas rolantes a caminho de algo diferente.

Existe um amor que é um vale verdejante onde nós dois damos as mãos dentro de um barco de madeira, a madeira arde com a nossa união.

Uma voz feita de um turbilhão só meu que se une ao calor e faz funcionar os vulcões.

Atormentada vou fazendo todas as questões, sou artista que até pergunta sobre a cor das framboesas, pergunto: porque são tão saborosas?

Perfeito jogo de damas entre uma rena desvairada e um Pai Natal voador dançante: as peças quase não caminham de tão desnorteadas.

O teu horizonte em forma de furacão apanha-me com a sua cana de pesca e transformo-me num peixe verde teu.

Não me vou livrar disso - dessa mentira envenenada dos venenos que podem aniquilar-nos - queria estar na minha Primavera e o céu ser apenas azul claro.

Vida minha doce docinha aparece com uma sobremesa-pudim-jocoso, anima as festas todas, recheia-te de tudo aquilo que fizer sorrir.

Uma questão de sabor a chá verde queimou-se com o chá, entornou-se, molhou tudo em volta e descobri um tesouro.

Existe no meu estômago uma coleção de efeitos visuais, as cores correm estômago acima, estômago abaixo e a plateia canta de aplausos pois enlouquece com as cores flasharem tanto.

Imã meu vai buscar as ovelhas, elas demoram-se, precisam de ir dormir e sonhar com a manta quente das estrelas.

Há mar e mar, os Nossos mares remexem as areias fundas, descobrem os nomes dos peixes e surripiam a cor mansa do céu.

Adiciono dois pensamentos: a vida é passada a ferro para não ter tantas rugas, as rugas desaparecem para nós sermos sempre juventude.