Jazz

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Jazz – o poema que jaz
Tá ficando distante aquela seqüela dos teus olhos... É tudo uma questão de tempo pra sumir... O que mais dói aqui é ver que você tá deixando mingüar, que essa é a tua maior pretensão.

Toda noite uma luta pra inspirar e expirar você... Pra sentir um alívio... Aquele arzinho no pulmão, aquele de antes, de antes “da gente”.
Não que eu tire sua razão, seus argumentos são genuínos – ainda que um tanto ingênuos – “como assim argumentos, Poeta? Nada tens além de silêncio, e dos convictos...” - pera... Então me deixa reformular... – Posso teorizar acerca de teus motivos ... Pronto! Um tanto melhor! Continuando: mas tantas teorias pouco me servem nessa PRÁTICA TORTUOSA DE VERSOS SENIS!

Taí meu “resumé”, minha biografia esdrúxula e compactada... Uns tantos versos e pensei que era poeta... E isso serve pra você: uns tantos poemas e pensou que fosse amor?! Imagina! Logo eu que consigo manipular os vocábulos, pressenti-los? Sinto em informar-te de minha falácia, de meus vis movimentos, de todos que foram friamente calculados, bem como meus beijos, desejo e todo o resto!
Descarta minha espontaneidade; ela inexiste, assim como minha doçura e ingenuidade... Faz-me rir a tua, Tolinho! Recolhe essa massagem no ego à tua prepotência burra. Desacredite-me – esqueça-me – arrependa-se – certifique-se do engano. Pois já era, de fato, como bem queria; aliás como nunca foi! Um conselho: fica sim bem longe de mim e de minha poesia mesquinha, de minha pele e efeitos, de meus truques dramáticos e desassociados de padecimento.

Pare-me de ler por aqui. Não insista teus olhos sob tais escolhas vocabulares desafortunadas e maniqueístas. Exorcisa-me – odeia-me – descarta-me – desola-me, mas não me leia... Sou capaz de convencer-te de meu amor e ainda mais: do teu que tanto inexiste, que tanto insiste em representar alegorias! Fecha este instrumento vil de minha (e tua) comoção, queima-o, assegura-te de que a mais ninguém chegará e enquanto há tempo, fuja...

Como num jazz, a frequência de seus atos oscila. Normalmente eu não gostaria disso, não gosto de perder minha auto suficiência, porém, as oscilações, ironicamente, tornam-se harmônicas; e, assim como meus ouvidos não negam um jazz, meu coração não nega querê-la. Muito pelo contrário, por ela tenho assistido-me a nutrir muitos “quereres”, “sentires”. Falando nisso, como é bonito olhar-me no espelho e constatar que novamente sinto como é sentir.
E por sentir tanto, sinto muito. Sinto muito por ter que, por vezes, observá-la por detrás de um vidro ou pelos cantos. Sinto muito por não conseguir me fazer sentido, por falhar em fazer com que meu calor a aqueça quando precisar de fogo; por falhar em fazer com que meu abraço a traga segurança quando sentir-se perdida. Talvez eu tenha esquecido como é sentir e seja muito inexperiente em fazer-me sentido.Por essas e por outras me sinto menino nesse labirinto em que voluntariamente entrei.
Já me disseram que olho pra ela como se meu dia dependesse daquilo; já me surpreenderam mudando o jeito de falar quando falava dela; já estou tendo que escrever pra sondar o lugar que pra ela montei e cuido com tanto cuidado dentro de mim. Geralmente me sobram as palavras, contudo, agora não mais se fazem necessárias. É como se nos abraçássemos no centro de um furacão, onde tudo é quieto, pacífico e ironicamente seguro. Sim, num lugar onde o caos delimita a paz, o nosso estar ali, em nossa dança de almas, já diz tudo.
Por fim, ainda tenho a dizer que ainda nos restam muitas ruas para adotarmos nesta cidade.

Meu maior medo é morrer sem que ninguém saiba de alguma contribuição que eu tenha dado para a criação musical.

⁠A dança é o coração da alma...

Quando dançamos um solo, nos preocupamos sempre conosco, se errarmos prejudicamos a nós mesmos, e levaremos uma dor para sempre ou apenas a deixaremos num lugar no esquecimento, mas que se recordarmos doerá muito.

Mas, quando dançamos um duo, a responsabilidade é extrema, nunca podemos dançar e esquecer que tem alguém ali do nosso lado, nosso Partner é nosso companheiro, nosso amigo, nosso apoio naquele momento. É ele/ela que nos suporta quando estamos estressados, com medo, e até mesmo vergonha de algum movimento "ousado". E se nos mantermos "distante" dele/dela e errarmos, não será apenas uma dor individual e sim será uma dor que nunca cessará, porque por sermos egoístas prejudicamos nosso parceiro, que no final das contas é nosso amigo. Então, pensem quando dançares um duo seja clássico, jazz ou outra modalidade, se entregue por completo. Se deixe aberto(a) a novas experiências, deixe-se fluir, escute as dicas que seu treinador ou até mesmo seu parceiro dá, eles sabem o que é melhor naquele momento, deixe a paixão, o desejo, o amor, ou até mesmo a raiva, afinal ninguém sabe a temática da coreografia, deixe-se ser guiada(o) pelo sentimento. Dê abertura, pois dando abertura e se entregando por inteira(o) de corpo e alma, sentirá a maior emoção de todas, e jamais tenha pudores, pois ao mesmo tempo que você pode ter vergonha de algo seu parceiro também pode ter, mas mesmo assim ele tá ali para o que der e vier.



Dedico esse texto ao meu Partner e ao meu Treinador.

RECOMEÇO

Uma visão, uma mão sobre o vidro da janela.
Um pensamento alheio, longe, vago, distante
Um destino a ser traçado, uma nova vida a ser definida
Olhos distantes buscam o vazio. Vidas não vividas.

É noite. A cidade acordara. O breu lá fora apavora
Às luzes ultrapassam as cortinas que através do vidro emolduram a sala
O medo ficou do lado de fora. É tempo de repensar, de ir além
O que estava guardado a sete chaves e o que estava oculto vieram à tona.

O Jazz toca na vitrola. A nostalgia se fez presente.
O passado trouxe lembranças de um tempo que desconhecemos
E que precisava ser vivido hoje. Resquícios de uma vaga lembrança. Um filme.
Nossa música, um vinho na taça, um brinde, uma dança.

Uma caneta esquecida no móvel da sala. Um pedaço de papel sobre a mesa
História para contar. Relatos que nem lembrávamos de que um dia fez parte
Da nossa história. Vem. Chegou a hora. Precisamos revirar as páginas
Recomeçar. Reescrever. Reinventar ou talvez deixar acontecer.

A madrugada se despede neste momento e eu preciso partir.
O que precisava terminar, o tempo se encarregou de levar
Um novo período irá começar. Uma nova porta irá se abrir.
Uma nova chave no chaveiro. Um novo tempo e uma nova escolha.

Sou um extremista
No inverno como sorvete
No verão chocolate quente
Faço de mim um solo improvisado de jazz
Toco notas belas e notas tortas
Marco encontros com o acaso, sussuro e grito dentro e fora do tom
O que importa é o momento, a emoção

Não acredito em gênios, acredito em trabalho duro.

Inserida por antomora

É só com a MÚSICA que conseguimos descortinar intimamente a alma do SER HUMANO.

Inserida por baubluesjazz

Com a música nós conseguimos penetrar no ânimo do ser humano.

Inserida por baubluesjazz

Tempestade, Jazz e sentimento.

Como começa? nunca sabemos.
Calmo, às vezes, mas nem sempre.
Às vezes é chuva,
chuva de vento, chuva de muita “chuva” e chuva de pouca “chuva”, só de vento.
às vezes é de trovão, mas só trovão, sem chuva e sem vento. às vezes com chuva, vento e trovão. E às vezes chega com Sol. O importante r(é) sempre d(a)r música n(o)
Final.

Teu Jazz

esses dias são assim
terrivelmente assim
têm nuvem, sol
e, às vezes, chuva

nesses dias
assim
terrivelmente assim
uma música sempre toca
e o coração se entoca

aqui
nem samba
nem bamba
só teu jazz
me traz paz

Quero mais e melhores blues
Com água sob os pés, sobre a cabeça, céus azuis
Mais e melhores jazz, mais e melhores Gus
Só de tá na busca, eu tô além do que eu supus

Aqui jazz aquele que não é, por nunca ter sido

agora entendo
estou morto há muito tempo
por isto não consegui me fazer ouvir

a força do desejo do que deixei de viver e Amar é que me faziam acreditar estar vivo

não percebi o último despedaçar das minhas asas e estava de coração quente e cheio de esperanças demais para perceber a queda

quando morri, não houve tempo para me despedir, levantar um clamor ou dirigir alguma súplica

estava vivo demais para isto, inclusive para morrer, mas minha morte não dependia somente de mim

faz alguns dias, talvez semanas, não sei, faz tempo, parece fazer séculos...

ainda suspiram em mim mim os fluídos das almas deitadas na grama olhando a lua

do desabrochar das pétalas de Lótus Líricas que insistem em me acariciar

do aroma da canção que não quer ir embora

olhei para uma estrela longínqua para sentir seu perfume

mas não consegui manter-me vivo

afoguei-me em suas águas lodosas, de sede fui morrendo enquanto te recolhestes da natureza a que pertencias para habitar em algum vaso mundano de cor rubra

o universo é imensidão

nós nos fizemos apequenados demais para sermos notados quando desprezamos o Amor por não aprendermos a Amar

morri antes de acenar uma despedida para teus olhos profundos e delicados

não transbordei teus desejos e nem extasiei seus Amores

a isto, mesmo morto, acreditava estar vivo

não pude fazer com que me lesse

e em sua morte adormecida, fatalmente vim a morrer

e ja não tenho de onde tirar ânimo para ressuscitar outra vez...

enfim, aceito a morte..

De alguma forma, eu suspeito que, se Shakespeare estivesse vivo hoje, ele poderia ser um fã de jazz. Ele gostaria da combinação de espírito de equipe e informalidade, de conhecimento acadêmico e humor, de todos os elementos presentes em uma grande performance de jazz. E eu tenho certeza de que ele concordaria com a afirmação simples e axiomática que é tão importante para todos nós: se soa bem, é bom.

Duke Ellington

Nota: Parte do texto do programa do concerto de jazz Such Sweet Thunder, realizado em 1957 e inspirado na obra de Shakespeare.

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⁠jazz


Eu estou no soprar do vento,
No ar que retorna em sopro para o seu instrumento.
Na força, estou ligado nesse fraseado dividindo as
colcheias em compasso binário nessa bela noite de lua cheia.
Nesse canto do canário um jovem rapaz
tocando nosso velho e bom jazz.
Eu estou no raio de sol nesse momento,
que aquece a terra faz crescer seu alimento.
Te dá força tira os medos
ao digitar as chaves com postura nos dedos.
Arrancar com candura nota desse seu instrumento,
coisa que a gente nota de tão capaz
tocando nosso velho e bom jazz
Eu sou a noite em Tunísia num lamento
Nos som de seus tambores,
nas Tâmaras em seus sabores,
sendo o próprio advento, numa noite calma espessa
luz que desce e regressa meio tom na Pauta escrita
com a Cruz na alma dando paz
ao tocador do velho e bom jazz.
O que compete eu me encaixo,
não passo pano para histeria. Sou o sax , ou trompete ,
o piano, o contrabaixo e a bateria.
Do samba do Guineto ao rap do Snoop,
do frevo do Hermeto de frente e para trás
do Bird o Bebop do velho e bom jazz.
Estou nos acontecimentos da história
dos povos africanos, dos seus sofrimentos.
Coisa feia de doê
a captura inglória de kunta kinte,
pelos colonos americanos.
Monarcas das tribos tirados, fora das suas comarcas
humilhados farão um canto de luz,
primeiros acordes do blues que lhes dê paz
tocando o velho e bom jazz.
Estou nas ruas dos bares noturnos
Na Blue Note , Nos clubs de jazz
Nos camarotes dos taciturnos
Me apresento um tanto loquaz
Pra quem não foge da verdade
Nas jam Sessions encontrará liberdade
O que nos apraz é o som do velho e bom Jazz.

⁠A partir de agora considero tudo blues
O samba é blues, o rock é blues, o jazz é blues
O funk é blues, o soul é blues, eu sou Exu do Blues
Tudo que quando era preto era do demônio
E depois virou branco e foi aceito, eu vou chamar de blues

Baco Exu do Blues

Nota: Trecho da música Bluesman.

UMA CANÇÃO DE AMOR JAZZ

⁠Eu sei,
Que não é fácil viver,
Sozinho sem um alguém,
Por isso eu amo você.
Pedi ao sol
Pedi à lua
Para encontrar um amor
Um anjo me responder.
No lindo sonho acordei
ouvindo a voz do alguém
a me dizer sorridente
Sou eu,
Que estou aqui com você
Também estava sozinha
E agora tenho o céu...

Traga-me um whisky com 2 gelos, um charuto, um jazz blues bem alto.

Ele curte jazz. Eu também.
Ele gosta das notas altas, vorazes.
Eu, da força feroz do quase silêncio entre os versos.
Somos opostos. Somos o norte e o sul, desejando atravessar os trópicos e desembocar no oceano de um abraço.
Somos dois, e, vez em quando, um só.

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