Jardim das Borboletas Vinicius de Moraes
Riso
Às vezes nem precisa de motivo
É a tal felicidade que não cabe no peito e transborda
De certo sentir que "de repente do pranto, fez-se o riso"
O descontrole físico que não passa despercebido, cada passo, gesto, berro, é belo aos olhos de quem pode enxergar
O contentamento de ser o que se é, sem nem perceber
A risibilidade volátil existente na linha tênue que é viver
Implacável e maçante para quem não consegue entender que nem todo dia é dia de prantear.
... A senhora me desculpe, mas no momento não tenho muita certeza (de quem eu sou). Quer dizer, eu sei quem eu era quando acordei hoje de manhã, mas já mudei uma porção de vezes desde que isso aconteceu. (...)
(Alice no país das Maravilhas/ Lewis Carroll)
Esse é um dos meus trechos preferidos da obra Alice no País das Maravilhas. Parei pra pensar que o verbo mudar é uma das prioridades na nossa vida. Mudamos sem querer, sem perceber. Quando nos damos conta, passamos de lagarta à borboleta. Já analisou o quanto a lagarta sofre até se transformar em borboleta? Por instinto, ela sabe que algo de muito grande acontecerá em seu organismo e que terá que sair do cômodo e seguro casulo para enfrentar o desconhecido.
Há algum tempo, a palavra mudar representava um fardo. Acredito que muito disso se devia ao fato de supor que havia vivenciado poucas mudanças na minha vida. Nunca mudei de endereço. Também nunca mudei de escola. Passei no vestibular e fiz uma única faculdade, numa cidade próxima a minha, e eu ia e voltava todos os dias para minha casa, ou como a lagarta, voltava todos os dias ao meu casulo. Sempre afirmei: “Sou frustrada porque não mudei quase nada em minha vida.”
Até que a ficha caiu. Como eu podia dizer que vivenciei poucas mudanças, se já não sou a mesma que era? Na minha rua, as casas ao meu redor mudaram, a minha casa internamente mudou, o portão foi camuflado de outras cores, assim como as paredes e janelas... Foi nela que aprendi a caminhar e vi minha filha caminhar. A escola mudou de tamanho, adaptou espaços, mudou até, pasmem, alguns pensamentos arcaicos, além de me fazer a questionadora que sou hoje em relação às regras impostas pelas religiões. A faculdade abriu um leque de possibilidades, discussões, amizades despretensiosas e me deu até um namorado. Como eu poderia dizer que não mudei? A verdade é que mudamos todos os dias.
Pegue uma foto de anos atrás. No meu caso, vejo as mais variadas cores de cabelo, time, estilos de roupa, festas, gosto musical. Quando reviro o baú agradeço ao senhor chamado tempo. Me sinto melhor agora do que há 4 anos. Agora, reflita sobre as mudanças de dentro pra fora, que possuem um impacto maior no que você é. Aquelas que por estarmos tão acomodados demoramos a reconhecer. Certamente você dirá: “Nossa, como estou diferente.” Todas as mudanças foram causadas por experiências ao longo de sua vida de lagarta.
Pensando bem, há algo gracioso em ser lagarta, porque ela representa o caminho que se percorre ao experimentar momentos diversos, mesmo que estes sejam sinuosos e carregados de sacrifício, dor e incertezas. E o bonito de viver não é isso? Poder mudar de ideia, de opinião, de profissão, de decisão. Até que um dia, sem perceber, você está alçando voos. Virou borboleta.
Karem Moraes
Saia da luz e posicione-se à frente de uma porta aberta para uma sala escura. O medo é o medo de sentir medo. O medo não existe, é ilusão.
Quando você sente falta de alguém, mas muita falta mesmo, você também sente falta de uma parte sua que só essa pessoa toca.
A comunidade está a todo o vapor.
Neste sábado (14), a ACMVP (Associação Comunitária dos Moradores da Vila Pérola) contou com a visita da Deputada Federal Jô Moraes, trazendo apoio e incentivo para a realização do novo projeto do bairro.
O encontro ocorreu por volta do meio dia, quando o presidente da associação Renato Gherardi e equipe, receberam a visita da Deputada Federal Jô Moraes na comunidade. Juntos visitaram a estrutura da nova sede do “ Centro Cultural Poliesportivo” do bairro, que está sendo reformada. A mão de obra e materiais de construção estão sendo doados, em benefício de crianças, jovens e idosos da região.
- A presença de nossa amiga e madrinha do bairro, foi muito importante para a motivação dos moradores. Em seu site Jô Moares, comentou sobre a iniciativa do projeto.
“É uma atividade fundamental por envolver os diversos integrantes da comunidade num mutirão de embelezamento do local onde vivem. É uma iniciativa que reforça laços de amizade e pertencimento e, de forma subjacente, a da corresponsabilidade pela vila, por sua recuperação e pelo bem-estar de todos seus integrantes”
( Jô Moraes em seu site)
- Em conversa com a Domeio Conteúdos, deixou palavras de carinho para a comunidade.
“ Fiquei muito impressionada com a capacidade da comunidade da Vila Pérola em se unir para lutar por seus direitos. Presenciei o mutirão para pintar o imóvel do Centro Cultural e Esportivo. Saí convencida de que, tenho que estar sempre alerta para apoiar a comunidade. “ - Deputada Federal Jô Moraes.
A comunidade do Vila Pérola, agradece a visita e continuará seus projetos em prol da cultura, esporte e lazer do bairro.
Á vida, e como uma historia triste pois todo mundo morre no final. o segredo e o meio
Tereza Rhadakisna steil
A noite cai,
A solidão se aproxima,
Calada e fria,
E se apossa da minha alma.
congela meus sentimentos, cala minha voz!!!...
Meus pensamentos tripudia da minha consciencia,
enquanto meus sentimentos,
vagam pela escuridão,
Nos mais intimo de meus sofrimentos.
E então lembro me que tenho você,
E neste instante, entra uma luz branda e calma,
e enfim repousa minha alma.
Emanoela Moraes
Menina, moça.
Rosto de anjo.seu destino saberemos ao longo dos anos.
Sempre feliz prestativa e atenta.
O som de seus cantos me acalenta.
Teu rosto e lindo e macio como flor.
meu coração por você se enche de amor.
Seus olhos revelam o brilho de sua alma.
Enquanto seu largo sorriso me acalma.
falar de você e simples assim,
pode ter certeza, Jaqueline você e muito importante pra me
Gerar você ver você nascer e te ver crescer,
sem você não saberia viver.
Emanoela moraes
Agora no outro lado,
na tela do além.
pensamos sé sacanagem da vida?
Ou obra do destino.
Não sei,apenas sei que jamais esquecerei tudo de bom que fizeste.
Aquele sonho tao lindo.
foste meu sol,
E a minha Luz .
E é como uma estrela que te vejo,
te abraço,
te beijo.
será sempre abençoado.
é do sonho resta uma prece.
a velinha do tempo pisca de mansinho é a lembrança aparece.
é a gente pensa com carinho e a saudade cresce
Mas o que importa, e que está no melhor lugar Israel.
estás brincando no jardim do Céu.
Emanoela Moraes
Homenagem Para Stela Steil e Lara Steil .
Abria a porta de minha casa na esperança de receber a graça que uma visita traz.
Como a esperança é a última que morre, ela sempre se renova.
Lá estavam elas, lindas rosas.
A branca e a lilás.
Mas apenas em um segundo, no escondido dos meus pensamentos,
Pergunto-me, bem no íntimo do meu ser,
O que será que elas vieram trazer?
Nossa!! São lindas.
A lilás e a branca.
Conversa vai,
Conversa vem
E então observo o olhar de cada uma delas,
Mas apenas em um segundo, meu olhar vai bem fundo.
E o que vejo me espanta.
E em sobressaltos, volto ao real lugar.
E apenas em um segundo, apenas um segundo.
Conversa vai,
Conversa vem
E lá estou eu de novo a observar
É, são lindas
A branca e a lilás.
Conversa vai,
Conversa vem
E apenas em um segundo parecia que estava sozinha neste mundo.
Então descobri,
;; que me trouxeram foi PAZ.
08/07/2010 Emanoela Moraes
Cadé vocé?
fala grita.
mostra sua vontade de vencer.
sorriso franco de moleque.
carinho ingenuo como quem nada quer.
Cadé vocé?
dé seu grito, sincero, amado. querendo viver.
Cadé vocé?
É importante te ouvir.é importante te ver sorrir, falar, gritar,lamentar.
você é a força que move minha vida. para me é importante te amar.
fala, grita!!!
quer ter é não pede. na realidade sofre.
mas sei que por detrás de suas lagrimas contidas és forte.
Cadé vacê?
preciso te ver,é na esperança de acaricia-lo, é na vontade de ve-lo.
pude sentir talvez não soube te amar.
vivi a vida inteira brincando e não sabia cirandar.
mas vou fazer um novo dia.
para encher sua vida.
de rimas e poesias.
Emanoela Moraes
Estou indo viajar, para o interior, o interior do meu ser, para ver se encontro por lá soluções, que Sempre busquei em você.
Emanoela Moraes
Na incerteza de um amanhã, vivemos o hoje; Na voracidade do hoje, esquecemos o ontem; E nesse rítimo de incertezas e inseguranças, vivemos na velocidade da esperança, que mesmo sem nos mostrar o futuro do amanhã, nos faz mudar o hoje e aceitar o ontem.
Inquietude
Costumo dizer que ausência não é vazio. Ausência é presença. Presença de lembranças, presença de desejo, de saudade. A ausência é como um vazio que na verdade não é vazio. Está ali o tempo todo, como um apêndice que você carrega de um lado pro outro. As ausências estão por todo canto: Presença da ausência de ter um amor, de um sorriso, de um livro, de alguém que se mudou pro lado de lá... O sujeito só vive enquanto existe a presença da ausência, enquanto procura algo. A inquietude é o que move a vida.
Karem Moraes
Acorda, Alice!
Ela achava que acordava todos os dias e julgava o quanto a vida havia sido dura com ela. Não agradecia por estar viva. O pensamento amargo aparecia logo que abria os olhos, lembrando que não havia o cheiro de café da mãe, ou a algazarra matinal do irmão mais novo. Ainda deitada na cama, lutava contra a solidão que parecia uma redoma sob o quarto pequeno e antigo da pensão onde morava. Saiu de casa para estudar. Tudo para provar aos outros que voltaria àquela cidadezinha sendo “alguém.” Mas o que é ser “alguém na vida?”
Já dizia Luiz Fernando Veríssimo: “Ainda que quem quase morre esteja vivo, quem quase vive já morreu.” Muita gente deixa a vida passar para só tarde demais descobrir que não viveu, na busca de ser alguém. Ser alguém com status, ser alguém que esbanja dinheiro, ser alguém que merece colher os louros da glória, sendo reconhecido porque passou por desafios enormes até chegar lá. Outro termo extremamente simplista, porém complexo: Onde é o chegar lá? Onde é o lá que você pretende chegar, Alice?
Ela é injusta. Injusta com a vida por acreditar que foi dura. Ora, menina. Somos reféns das nossas escolhas. Enquanto a gente se vitimiza por fazer alguns sacrifícios, inúmeras pessoas vivem se sacrificando obrigatoriamente. Alice ainda não percebeu que crescer, dói. Não há pílulas de mudança de tamanho como no País das Maravilhas. Não percebeu ainda que quando “chegar lá” pra “ser alguém”, não haverá mais tempo. O significado destes termos é pessoal e íntimo. Para alguns, chegar lá é apenas chegar ao outro dia agradecendo a Deus pelo cobertor que o aquece do frio. Pra outro é ser bilionário e comprar ilhas por hobby ou capricho.
Enquanto Alice se perde em devaneios tolos sufocando dia após dias seus desejos mais banais, em nome de uma sociedade que ensina às pessoas acalentarem anseios vazios e egoístas, alguém achou a sua maneira de chegar lá. Alice é programada para colocar um batom vermelho no rosto e seduzir o primeiro que aparecer, viver constantemente procurando em namoradinhos a relação ideal que passa na Sessão da Tarde. E se frustra, porque lida com a limitação humana. Mais de uma vez, lhe disseram que para ser alguém e chegar lá, ela precisa ter alguém.
Acorda, Alice. Vai em busca daquilo que te faz vibrar. Mesmo que essa vibração seja conquistada no alto de um monte no Nepal. Ou mais simples, ao ser abraçada por aquele alguém que mesmo cheio de defeitos, te faz feliz e te arranca o batom vermelho da boca.
Acorda e se despe da rotina, ou vive dela, se é isso que te apetece. Substitui o salto alto por sapatilha, tira uma foto natural sem maquiagem, aparece. Descobre que só de se livrar dessas amarras, você já chegou lá. Lá onde você descobre que perdeu tanto tempo pra provar que era alguém. Agora é.
Karem Moraes
Domingo
O sol entra preguiçoso pelas frestas da cortina e eu já sei que logo, logo, ela acordará mal-humorada reclamando, da forma mais linda possível, que a claridade não a deixou dormir justamente no dia que foi feito pra descanso.
Além do sol, o vento uiva forte. Tão forte que por vezes penso que é algum deus perdido por aí sussurrando palavras inteligíveis e acariciando seus cabelos recém-cortados.
Eis que aquilo que penso se transforma em realidade. Ela vai despertando naquele pijama lilás de cachorrinho e essa é a imagem que eu quero contemplar todos os dias.
Gosto do Domingo porque é sinal de que terei tempo para admirá-la e sorrir quando vejo a eterna luta entre abrir os olhos ou tentar dormir mais. Finalmente, ela escolhe a primeira opção e nessa hora me faz crer que tenho sorte. Temos sorte.
Ela levanta e eu percebo os fios de cabelo castanho espalhados pela cama, testemunhas da nossa noite anterior. Ela pode até não imaginar, mas desperta em mim sentimentos tão fortes que eu nem sabia que existia. Tem o poder de voltar à infância comigo e dizer que acha as minhas rugas de um homem que beira os 30, umas “coisinhas lindas”. Sorrimos de nós mesmos e comentamos o quanto somos meio retardados quando estamos juntos.
No domingo, o mundo poderia parar só para que eu pudesse tê-la o tempo que eu quisesse, porque nunca, pra nós dois, é bastante o suficiente.
Sinto essa vontade sobre- humana de protegê-la do mundo. Quando digo isso, ela revira os olhos, mas sei que no fundo, mesmo com meus inúmeros defeitos, sabe que tem em mim um porto seguro.
Como diria o Leoni na música Melhor pra Mim, “as horas disparam só porque eu encontrei você...” E logo, é a hora de mais uma vez nos despedirmos. Ao mesmo tempo em que adoro o domingo, lembro que ele representa quase sempre a nossa despedida momentânea. Mas não importa. Ela me dá a injeção de ânimo que preciso para passar o restante da semana, e isso basta.
A minha impaciência é medida pelo número de vezes em que abro a carteira que ela me deu no primeiro natal que passamos juntos, e olho o seu rostinho congelado naquela 3 x4 que trocamos. E eu fico na espera até que o próximo domingo chegue. Melhor ciclo vicioso não há.
Karem Moraes
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