Jardim das Borboletas Vinicius de Moraes
O POETA
A vida do poeta tem um ritmo diferente
É um contínuo de dor angustiante.
O poeta é um destinado do sofrimento
Do sofrimento que lhe clareia a visão de beleza
E sua alma é uma parcela do infinito distante
O infinito que ninguém sonda e ninguém compreende.
Ele é o eterno errante dos caminhos
Que vai, pisando a terra e olhando o céu
Preso pelos extremos intangíveis
Clareando como um raio de sol a paisagem da vida...
E por falar em paixão
Em razão de viver
Você bem que podia me aparecer
Nesses mesmos lugares
Na noite, nos bares,
Onde anda você?
O Menino e o Jardineiro
O menino corria pelo quintal contemplando os pássaros, as borboletas, as flores do jardim e um pequeno lago com peixes dourados, em frente da sua casa tinha muitas árvores, pé de frutas silvestres o qual os passarinhos, abelhas e o menino desfrutavam, sua mãe costumava pagar alguém para capinar o quintal e o jardim o qual o menino adorava plantar cravos, margaridas, palmas e onze horas, ficava ansioso esperando dar onze horas para ver a flor abrir, no fundo do quintal também tinha cana de açúcar, um pé de ameixas e girassóis, o qual ficava se perguntando o porquê do girassol estar sempre olhando para o sol, aquilo tudo era sua floresta o qual brincava de índio e outras vezes de filmes de faroeste o qual costumava assistir, a mãe do menino contrata um homem baixinho, meio corcunda pelo peso da vida, com os olhos azulados pelo desgaste do tempo, a mãe ficou sabendo que se tratava de uma pessoa muito pobre, mas que fazia questão de trabalhar para se sustentar e assim o fez, o homem começou ao amanhecer, o menino estava na escola o qual adorava desenhar escutar as histórias do bairro em que vivem, seus professores eram todos moradores do bairro, assim que o menino chegou a casa, sua mãe preparou um prato de comida e uma jarra com água fresca pediu que o levasse para o jardineiro, ele aproveitou e sentou se no chão perto daquele homem com o rosto tão enrugado as mãos tremula, ele pegou o prato de comida, tirou o chapéu preto desbotado ou talvez fosse cinza, agradeceu e começou a comer, o menino então pergunta qual era o seu nome, ele com uma voz roca e pausando diz Picidone, o menino achou estranho e disse que nunca tinha conhecido ninguém com este nome e perguntou o porquê da sua mãe dar este nome, o jardineiro então com uma lagrima nos olhos respondeu que não sabia o porquê deste nome, o menino viu as lagrimas em seus olhos azulados pelo tempo, mas nada falou o menino então pergunta por que ele era corcunda e andava com aquela bengala feita de um galho de árvore, o menino na sua inocência não entendia que as pessoas envelhecem para ele as pessoas nasciam como ele (Criança) ou como o senhor Picidone, antes que ele respondesse, a mãe chama o menino e diz para ele deixar o jardineiro almoçar sossegado, o menino pergunta a mãe se ele mora perto, se era o homem corcunda do filme, ele é rico ou pobre, o menino não entendia o porque tinha pobres e ricos, na escola a Professora explicava que no mundo existiam pessoas ricas e pessoas pobres, o menino indagou a Professora porque não pegava o dinheiro de todo mundo e depois dividia igual para todos, assim ninguém seria pobre, esta indagação lhe custou um bilhete no caderno pedindo para sua mãe ir até a escola falar com a Professora (estava em plena Ditadura e a Professora queria saber onde o menino tirou aquela ideia), o menino então retornou para o quintal onde o senhor Picidone trabalhava, mostrou algumas plantas e flores que ele teria que tomar cuidado para não cortar, ficou mais um pouco por ali mexendo nas minhocas que saiam da terra misturada nos matos, o sol começa a se recolher o menino leva o senhor Picidone até o portão e diz até amanhã, ao entrar em casa começa a fazer perguntas a sua mãe e ela com toda paciência explica que o senhor Picidone era muito pobre, um homem da roça muito sofrido e que precisava trabalhar para poder comer e ter um lugar para dormir, o menino não entendia o porque, o porque ele era pobre, o porque ele era corcunda, o porque ele andava com uma bengala, o porque ele tinha a pele escura, o menino fora criado respeitando todas as pessoas, raças, religiões sem se importar com a cor da pele e se era rico ou pobre e assim ele foi dormir cheio de duvidas e inconformado porque a vida era assim tão desigual, no dia seguinte na escola ele contou para os amiguinhos sobre o jardineiro Picidone, que ele era igual o homem do filme (corcunda de notre dame), o menino era muito atento, se preocupava com as injustiças da vida, assim que chegou em casa correu para o fundo do quintal para ver o jardineiro, novamente ao se sentar para almoçar o menino começa a perguntar e o senhor Picidone lhe conta que nasceu na Bahia e seus pais eram escravos em uma fazenda, ele nasceu na lei do Ventre Livre, mas teve que esperar completar dezoito anos para vir trabalhar com seu tio que já estava aqui trabalhando na fazenda, ele dizia que tudo ali era uma grande fazenda que com o passar dos anos foi transformada em chácaras e depois em lotes e que ali as margens do córrego onde o menino morava era uma plantação de algodão feita por arrendatários, uma família de japoneses que plantou bambus nas margens esquerda do córrego, onde o menino costumava brincar se pendurando nos bambus e envergando o até a outra margem do córrego, contou lhe também que todas as ruas eram de terra e só existia uma trilha de carroças, sobre a primeira construção de dois andares ( a casa do português Sr. Antônio), a construção da linha do trem, a construção da principal Avenida que cortou o bairro no meio, a primeira igreja e assim muitas coisas que serviram para o menino tanto na escola como em sua vida, e assim foi por uma semana as conversas com o jardineiro, mas não só um jardineiro, o Senhor Picidone, um homem que não sabia ler e escrever, más que tinha uma grande sabedoria e que dera grande contribuição na formação do menino e daquele dia em diante passou a ver com frequência aquele homem franzino, curvado pelo tempo, olhos azulados pelo desgaste da vida com seu terninho e chapéu desbotados e sua bengala feita de um galho de árvore, foi doloroso pro menino quando o Senhor Picidone aos cento e três anos de idade partiu deste mundo, então o menino chorou, mas nunca esqueceu as histórias daquele jardineiro com o nome de Picidone...
(Ricardo Cardoso)
Saiba que você é maior que a primavera, você me oferece mais flores, mais perfume, e as borboletas sempre vem... Você é meu infinito jardim!
Eu nunca tinha tido o prazer de entender o real sentido da frase ''borboletas no estomago'' mas ultimamente tenho sentindo que engoli um jardim todo de borboletas
Se cultivo minhas flores as borboletas veem, se cultivo minha luz as borboletas afloram em mim e podem voar livre pelo meu jardim florido!
Talvez,
as borboletas
se aproximam
de mim.
Por ver.
Sentir...
Que meu corpo,
tem a mesma
essência de
um jardim florido.
De pétalas macias.
De doce néctar!
LIÇÕES DE BORBOLETAS
Escrevo sobre borboleta
De tanto sobrevoar jardins
Tem flor no olhar
E possui pureza nas asas
Trava uma luta contra as paredes do casulo
Até aprender todos os caminhos do vento
Ainda enfeita de cores o sol quando ele a vem queimar
Não usa Margarida contra Rosa
Nem tem inveja de beija-flor
Dos aprendizados adquiridos por humanos
Não absorveram lições de borboletas,
Tampouco sabem ser livres.
Não é sobre quem te dá um buquê de flores ou te causa borboletas no estômago, mas sim quem cuida de um jardim contigo e senta junto pra ver as borboletas pousarem.
Não adianta você plantar um jardim de promessas
se não for capaz de regar com a sua palavra
Honra tem mais haver com o dever de você cumprir
do que com o mérito de você receber.
- Borboletas no estômago
Sinto
Ao perceber que estou a poucos passos da realização do meu objetivo
Não diria nervoso ou ansioso
Mas eufórico, tomado por um êxtase intenso que sabe o caminho de casa
Uma década sonhando
Um aprendizado recente
Da vontade a ação
Persistência na paixão, é amor
Implacável, vencerei.
Natureza deslumbrante -JAN 2017
É difícil falar de jardim
Sem falar da natureza
Que é vida, misteriosa
Aonde encerra mil belezas
Natureza é a chuva caindo
Gotas de diamante sobre a serra
Tudo molhando, fertilizando
Fazendo nascer tudo na terra
Natureza, o Sol brilhando
Fazendo tudo colorir
Aquecendo e iluminando
Cada dia, um novo porvir
Natureza, a água que corta
Em forma de rios e lagos
Criando, desenhando paisagens
Embelezando por todos os lados
Natureza, montanhas gigantes
Ondeando com suas serras
Embaixo enfeita as planícies
Alto e baixo é a Mãe Terra
Natureza, o mar, que lindo
Me faz viajar o coração
Visualizando vou sonhando
Despertando a minha emoção
Natureza, o verde das florestas
Até num quintal, a simples relva
Do gramado, até as matas
Sem esquecer o mistérios das selvas
Natureza, Mãe gentil
Criatura de Deus Senhor
Que como Dádivas nos oferece
Com o Seu imenso amor
Natureza, beleza que emociona
Dos animais, pássaros, peixes
Borboletas multicoloridas, insetos mil
Cantos, magia, o nascer aos feixes
Natureza, te amo tanto
Para você, lhe reverencio
Com uma prece todo o dia
Na calada do silêncio
Natureza, tão exuberante
De tanto encantos, és mil
Adoro tudo em ti, Terra
Com o Seu céu azul anil
Natureza, és magnifica
Em cada novo amanhecer
Hó Deus! Muito obrigado
Verei mais um entardecer
(Feita em Caraguatatuba em janeiro de 2017)
Ciranda de sentimentos. Jardim da alma
O amor constrói
Enquanto o ódio destrói
A emoção alimenta
Enquanto a sensação é passageira
As lembranças são boas recordações
Enquanto algumas são traumáticas
A justiça de Deus é boa
A do homem pode ser falha (subjetiva)
A bondade é benfazeja
A maldade é perversa e falsa
O carinho é reconfortante
Enquanto mal trato é destrutivo, abusivo
Os sonhos motivam a vida
A desilusão traz sofrimento
A esperança motiva a lutar
A desesperança desmotiva
A amizade acalenta a alma de alegria
A inimizade é sempre má e invejosa
A tolerância traz a justiça e a paz
A intolerância nutre o ódio e perversidade
Estar com o outro preenche a vida
A solidão dói e agita a alma
A compreensão causa o amparo a escuta
A incompreensão traz rastros de maldade
A sinceridade traz o entendimento
A falsidade deixa rastro de desconfiança
O acolhimento traz sempre um abraço
A aversão afasta, entendia, não supre o amor
A intuição traz um pouco de luz
Quando voltada para o bem.
O perdão tira um peso do coração
Quem recebe também se fortalece
A verdade acerta a vida, o fato real
A mentira acarreta o mal, tem dias contados
A luta leva até a vitória
Sem lutar é ficar na zona do conforto, não reagir
A alegria traz mais brilho para a vida
A tristeza traz lágrimas e depressão
A liberdade faz o ser humano crescer
A opressão só cria revolta e raiva
O elogio traz construção, transformação.
A crítica maligna causa muito mal
A fé nos direciona para o bem, a paz, o tudo
A descrença abate a esperança no futuro
O guerreiro de luz, acolhe e salva
O guerreiro das trevas atiça o mal
A lealdade traz segurança e fortaleza
A infidelidade quebra laços, destrói relacionamentos
Ideias boas constrói um futuro melhor
Ideias péssimas destrói o que está já pronto
A paz traz segurança, alegria e harmonia
A guerra e violência trazem a dor, a discórdia e ódio
O bem precisa vencer, ser bem é ser bom
O mal precisa ser combatido, pois só causa dor
A alegria traz harmonia e solidariedade
A vaidade, traz arrogância
A inteligência emocional, deve ser construtiva
O desiquilíbrio mata boas ideias, sufoca, reprime, estaca.
A sabedoria e o conhecimento andam juntos
A ignorância traz maus entendimentos
Nunca sabemos tudo...
A humildade é amiga da sabedoria
O bom julgamento é a sinceridade e a verdade
O mal julgamento justará conta com a lei da causa e efeito
O amor vencendo os conflitos
Os direitos humanos devem ser respeitados
DEUS É DE TODOS, NÃO REPRESENTA APENAS UMA RELIGIÃO.
DEUS NÃO ESCOLHE RELIGIÃO, SENÃO ELE NÃO SERIA PERFEITO, ELE SALVA CADA PESSOA INDIVIDUALMENTE TENHA OU NÃO RELIGIÃO, ELE RECONHECE O BEM QUE SE FAZ NAS REPRESENTAÇÕES DE NOSSOS PAPÉIS AQUI NA TERRA.
(Norma Aparecida Silveira de Moraes
18/06/2018
Sou uma entre tantas sonhadoras, nada mais do que uma idealista, ou até uma lunática que levantou o seu próprio universo de fantasias, ficções e sonhos.
