Jardim das-Borboletas
TEMPO QUE PASSA...
Malhando em maio
sem perceber "outonei".
Encolhido, assustado,
Adentrei ao inverno da minha vida.
Hibernei, busquei forças
esperançoso pela primavera
florida, rejuvenescedora,
de amores alentadora.
Anseio e vislumbro o verão
a cada amanhecer enevoado
direciono o velho timão
rumo ao Norte, ensolarado.
(© J. M. Jardim - Direitos reservados - Lei Federal 9610/98)
ONTEM, HOJE, AMANHÃ...
Você já deu o seu, hoje?
Não adie. Um beijo adiado é um beijo perdido, assim como um abraço amigo. Ouça o que digo: O melhor da vida é o carinho repetido, o beijo molhado, o afago retribuido, o abraço apertado, o arrepio sentido, o tesão compartilhado, o instante gozado...
(Juares de Marcos Jardim - Santo André / São Paulo-SP)
Mergulhos sonhados a imagem permeia
Desvairados devaneios ao mar
Ondas melodiosas derramam na areia
Sob miríades de estrelas e à luz do luar
Desejada e diáfana Sereia
Qual Anjo molhado a cantar
Vem, vem, a tua loucura semeia
Da paixão intensa ao final afogar.
(© J. M. Jardim - Direitos reservados - Lei Federal 9610/98)
BONS DIAS...
Acordou, sorriu, agradeceu.
Preparou o café e saboreou,
Diante da janela, ao sol.
Ficou a contemplar o horizonte
Distante, por um instante.
E uma vez mais percebeu que não
Precisaria de mais nada para ser feliz.
Respirou profundamente e...
Seguiu com a vida, pleno de satisfação.
(© J. M. Jardim - Direitos reservados - Lei Federal 9610/98)
"Mama África, Mãe solteira, berço da humanidade,
rica diversidade, já sofreu tanta atrocidade,
colonialistas muito à vontade,
saquearam, que barbaridade,
escravidão e genocídios, insanidade,
Povos do africano Continente,
com a América do Sul tem afinidade
geograficamente,
já foram terras contínuas, antes do acidente,
do sismo que as separou, da mesma vertente,
ninguém pode negar, é a mesma semente
a ciência comprova, certamente
o mapa garante, é evidente."
(© J. M. Jardim - Direitos reservados - Lei Federal 9610/98)
Você e o mar, a brisa, o sol, sempre a me inspirar. Venha nos meus delírios nadar, se recostar, afagar, se deliciar. Venha se bronzear, comigo cantar e dançar, se entregar ao doce balanço das ondas do mar aberto."
(Juares de Marcos Jardim - Santo André / São Paulo - SP)
A vida flui igual a correnteza dos rios e as chuvas: águas que vão e não voltam jamais.
(© J. M. Jardim - Direitos reservados - Lei Federal 9610/98)
GENTE!!!!
Meu shampoo acabou, o cabelo grisalhou
Minha barba branqueou, a dívida cresceu
A preguiça se instalou
A barriga aumentou
A Aposentaria desvalorizou
A despesa cresceu
A geladeira, antes farta, está quase vazia
No armário pouca lataria sobrou
Antes, frutas e verduras, carnes, laticínios
Agora, quando muito, arroz, feijão e ovo
E então, meu povo?
Será que iremos comemorar o Ano Novo
Em 2022?
Juares de Marcos Jardim - Santo André - São Paulo-SP
(© J. M. Jardim - Direitos reservados - Lei Federal 9610/98)
Podemos ajudar aos próximos e orar pelos distantes
Abraçar as pessoas com a alma
Apoiar, acolher, ter compaixão
Diante do caos manter a calma
Estender se preciso as mãos
Não custa disseminar boas intenções
Priorizar a paz, a compreensão
Reagir sem violência a provocações
Deixar fluir sinceras emoções
Devemos olhar ao derredor com os olhos do coração.
Juares de Marcos Jardim - Santo André - São Paulo-SP
(© J. M. Jardim - Direitos reservados - Lei Federal 9610/98)
CAUSOS PÓS CORONAVÍRUS 2020
Uma vizinha do meu condomínio interfonou: “-Alô, é o Dr. Jota? Me desculpe, aqui é a Leda do apartamento 122, a gente nunca se falou antes, mas me disseram que o senhor é uma pessoa muito legal. Preciso falar com alguém. Ouvir vozes, pelo menos, já que não podemos nos abraçar.” Pasmo, quedei mudo, por instantes. “Doutor, o senhor está me ouvindo?” Mesmo sabendo do risco, decidi Compartilhar: “-Sim estou ouvindo sim Dona Leda. Fique à vontade para conversar. No que eu posso ser útil?” Mal falei e me arrependi. Soou igual aos atendentes das lojas. Dona Leda prosseguiu: “Posso te chamar de Jota? É mais íntimo...” Vixe. Agora que ela ouviu minha voz (grave, envolvente), vai ser difícil administrar. Mas vamos lá, a causa é humanitária. A solidão é atroz para muitos idosos. Mesmo tendo familiares não muito distantes, a maioria é ignorada pelos parentes. Não é por maldade, apenas cada um tem suas próprias preocupações e prioridades. Poucas pessoas (Anjos de Luz) dedicam algum tempo àqueles mais frágeis, mais vulneráveis. Interessante notar que muita gente faz doações (em espécie ou em dinheiro) para instituições e causas diversas, mas nunca pensaram em saber como vivem alguns familiares menos afortunados. Duvido que vocês não tenham pessoas próximas que se comportam assim. É rápido e confortável fazer doações pelas redes sociais e ou transferências bancárias, sem necessidade de “encarar a realidade”. Tudo bem, sem críticas, somos imperfeitos e cada um faz o que pode. “-Como o senhor está enfrentando esse confinamento? Eu sempre fui “rueira”, desde que me aposentei na Rede de Ensino Pública passei a sair com as amigas, ir aos shoppings quase diariamente, aos cinemas e teatros pelo menos uma vez por semana...” Pensei bem antes de responder, esse tipo de papo é o ideal para profissionais que cobram “por hora”, com pacientes confortavelmente deitados no divã, o que não é o meu caso. Decidi encurtar a conversa: “Dona Leda, foi prazer conversar com a senhora, mas estou com duas panelas no fogão que exigem minha atenção. Podemos falar em outro horário? Legal. Muito obrigado por ter me ligado. Saúde e boa sorte.” Ela foi compreensiva e se despediu, agradecida. E lá fui eu cuidar dos afazeres domésticos, afinal, há muitos anos moro sozinho e é preciso “se virar”.
(Juares de Marcos Jardim - Santo André / São Paulo - SP)
(© J. M. Jardim - Direitos reservados - Lei Federal 9610/98)
LEMBRANÇAS...
O dia amanheceu sorrindo
O sabiá laranjeira saudou
O sol se espreguiçando
entre as nuvens esparsas.
Nos campos o orvalho reluzindo
A névoa colinas descortinando
Aos poucos o ronco dos motores,
caminhões, e tratores.
Na pequena cidade
a caminhonete do leiteiro
e a sirene da fábrica
rompem o silêncio.
Ecoam as buzinas dos motoqueiros,
outrora eram arrojados vaqueiros
parrudos sertanejos, alguns truculentos
tangendo gado, abrindo porteiras.
Sem pressa, levanto, abro janelas
Esquento água, preparo o café
Espalho pão-de-queijo, acendo o forno
Relembro o crepitar da lenha.
O tilintar de copos, talheres, louças
alvoroça os cães, alegres, ruidosos
querem entrar, também disfrutar
do aroma, do calor da cozinha tosca.
O pensamento viaja, ligeiro
Corre solto pelas trilhas
Entre a mata cerrada
À beira dos córregos,
Desbravando nascentes.
Ressurgem detalhes nítidos
Cheiros, cores, sons do passado
Não muito distante, em especial
Aquela linda jovem, diáfana,
Olhos brilhantes, sorriso franco...
(© J. M. Jardim - Direitos reservados - Lei Federal 9610/98)
Com salários milionários, centenas de vantagens (ilegítimas) e privilégios constitucionais (odiosos) toda a cúpula dos Três podres Poderes se diverte e viaja às custas dos Contribuintes, escravos dessa verdadeira República Faraônica Ditatorial Fiscal.
(Juares de Marcos Jardim – Santo André / São Paulo – SP)
A amizade surge do nada
qual semente, germina
sendo sempre regada
cresce rápido como as flores
belas, perfumadas.
Se atrair beija-flores
surgirão novos amores.
Assim a amizade...
(© J. M. Jardim - Direitos reservados - Lei Federal 9610/98)
BOM DIA, MAS... BOM DIA MESMO !!!!!
"Eu fico com a pureza das flores e dos pássaros, das matas nativas e das fontes de águas cristalinas, das hortas e dos pomares, das brancas areias das praias e da brisa do mar, da alegre algazarra das crianças.
Eu fico com a Natureza, como você, e assim amorosamente vou vivendo meus dias.
Feliz."
(© J. M. Jardim - Direitos reservados - Lei Federal 9610/98)
A Revolta dos Gatos
QUANDO A CAÇA SE TORNA CAÇADOR...
A revolta da tribo dos Gatos do Parque. Cansados de serem perseguidos pelos cães, alguns gatos se reuniram e passaram a conjecturar como seria possível se proteger diante dos frequentes ataques dos cães. Um Gatinho sugeriu que houvesse uma lei, obrigando os donos a colocarem guizos nas coleiras de seus cães. Um Gato Marrom ponderou que havia muitos cães sem dono, os temíveis Vira-latas. Outro Gato Cinza descartou a ideia, justificando que não havia Gatos vereadores para aprovar tal projeto de lei. Um Gato rajado acrescentou: " - E além do mais, mesmo que tal lei fosse aprovada e sancionada, iria demorar muito para ser aplicada." A cada instante mais gatos chegavam e a reunião se transformou em uma Assembleia dos Gatos. Muitos oradores se manifestaram. Democraticamente quem quisesse miar, perdão, digo, se pronunciar podia ocupar a tribuna, improvisada em cima de uma barrica. Após muitas horas de assembleia, um Gato Preto subiu a tribuna, exigiu silêncio e dissertou sobre a importância de treinar artes marciais para enfrentar os cães. E ao final concluiu: Devemos andar em grupos e atacar em conjunto cada cão vadio que se aventurar em nosso território. " - Eu declaro aqui e agora GUERRA AOS CÃES VADIOS. Os cães domésticos serão poupados, vamos nos concentrar nos cães sem dono." O Gato Preto foi ovacionado e sua proposta aprovada por unanimidade. A partir de então, muita coisa mudou naquele distante vilarejo, situado a meio caminho de onde Judas Perdeu as Botas.
(Contos Inacabados - © J. M. Jardim - Direitos reservados - Lei Federal 9610/98)
Aos ricos e poderosos, tudo. Aos meros contribuintes, o rigor da lei.
PRIC.
P.R.I.C:
Publique-se, Registre-se, Intime-se, Cumpra-se.
São abreviaturas comuns nas sentenças judiciais.
Eu acredito na Justiça.
Mas os juízes são humanos.
"Errare humanum est, perseverare autem diabolicum."
(© J. M. Jardim - Direitos reservados - Lei Federal 9610/98)
As decisões monocráticas podem ocorrer sem a formação do contraditório.
Em que pesem diversas divergências jurisprudenciais.
(© J. M. Jardim - Direitos reservados - Lei Federal 9610/98)
Concordo com V. Excelência, no mérito, mas discordo quanto ao Agravo Regimental, que colide com os Embargos Infringentes. No entretanto, não obstante, contudo, em que pese vozes discordantes entre os doutos, conheço e concedo. E dane-se o mundo. Bom senso é o meu.
CRIANÇAS, LEMBRANÇAS
"Naquela calçada tinha um formigueiro.
E crianças brincando e gente passando o dia inteiro.
Na pracinha em frente, todos os dias eu via um jardineiro.
Do outro lado da rua, um bar,
no balcão um "portuga" sorridente, hospitaleiro.
Ao lado, a Casa de Carnes do Expedito Açougueiro.
Mais adiante, a banquinha do "Seu" João Jornaleiro
e a oficina, do Paulo Funileiro.
Vez ou outra eu via passando,
alegre a cantarolar, o Zequita do Pandeiro,
que era primo do Nestor Marceneiro,
que era neto do "Seu" Waldomiro Barbeiro.
Vou ficando por aqui, feliz e altaneiro,
tenho gratas lembranças,
de fevereiro a janeiro."
(© J. M. Jardim - Direitos reservados - Lei Federal 9610/98)
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