Jardim das-Borboletas
MEU JARDIM
Meu jardim
Meu pedaço do mundo desordenado
Por mais que eu tente domá-lo
Ele foge
E escondido acontece longe de mim
Em um jardim de trigo vejo os contornos fotografados dentro dos meus olhos, nos meus jardins dos espelhos narcisos...
onde te trago gotas escritas de mim!
Desassossego
Meia eternidade pensamos
meia razão para eternizarmos a imensa e insana solidão dessa meia vida
meio tosca e rubra existência
meia lágrima
meia sombra
meio copo de água
meia dúzia de lágrimas
meia tigela de sal grosso
meio feto
meia criança
meios adolescentes
meio mulher
meio homem
meio velhos
meia velha vida
vida velha meia vida velha quase inteira
meias dores
meias mágoas
Meios corações destroçados,
Meias dores
meio engano
meio erro
meios grávidos, ávidos
mas nunca haverá meia morte
os homens morrem inteiros
e mesmo assim ainda estávamos longe de ser inteiros
Nina Pilar
Trânsito congestionado e velhas folhas jogadas pelo vendo sobre o ar
são os desníveis do ser desconstruído
espelho cruel da natureza
olho com tristeza para as folhas no ar sem ar
folhas das árvores brutalizadas, sangradas
resistem às dores desumanas
escuto seus gemidos ecoando sobre a noite
queria dar-lhes minha canção como um alento
abro o livro morada das palavras mais sensíveis e choro
pego uma seta aponto a porta dos versos, são pontes
abro as portas o caminho dos ventos
sobre todos os desejos brutais e humanos
façam-se recipientes das escolhas
escalas escadas e das sombras saem nós
vogal acento grave
tomba o corpo bebam as palavras embriaguem-se enlouqueçam
livro aberto expande-se esclarece
percebo o tangível plano oscilo no vacilo
minhas pernas tremem uma pausa ainda não chegou à hora calma
velo imagens retorcidas pelo espelho concêntrico
do sentir-se livre entre as páginas branca de um livro dedico-te o poema
ainda inacabado entre tintas (a)penas o invisível ausente preenchido
faço rezas, acendo velas olho duendes, fadas
quem sabe eles não atendem aos meus delírios
no móvel imóvel escuro madeiras (ébano) de lei real
neste quadrado mil candelabros de cristal imagem invertida da colher
ao arco um aceno incontido
teu breve estado de ainda ser sem estar
a casa última morada esta ficando transparente
olho em volta só o silencia das vozes sussurradas nos ouvidos curiosos são os martírios
e ainda estas aqui
amanha não sei...
às horas passam e tudo parece tão quieto
o livro aberto continua em branco
hoje, eu ainda não escrevi
Nina Pilar
A TUA SOMBRA
Tudo que consigo ver são reflexos toscos
opacos
nublados
imagem crua em um espelho de cristal quebrado
será que as borboletas sabem como são belas quando deixam seu casulo
às nossas cicatrizes conhecem seus caminhos e como são belas cicatrizadas
em nos a sua geografia
mapeiam os corpos ao sabor das mares
marcando para sempre tantas vidas e com elas meus caminhos secretos eternizam-se
minhas guias, olheiras fieis
minhas quatro estações meu maior talento é segui-las
transito no céu entre tantas estrelas de plantão amaciando a voz dos trovões acalmando a fúria dos relâmpagos e encanto-me
na maciez plácida tua pela branca
entre paredes
entre lençóis na cama
no horizonte eu vejo e entre nuvens escrevo o teu nome
pronuncio como quem degusta mel monossilabicamente
O dia entre nós não têm medidas nem distancia
à distância é apenas uma linha que nos liga entre dois pontos e nada significam
pois, teu sorriso pleno sereno e largo eu o trago comigo
beijo a tua face, encontro-me na geografia o teu corpo
às minhas mãos o contorno triste, esta no risco
do mapa AUSENTE na ausência marcada entre alfinetes
meus gestos lentos apenas simulados
meus pés já desenharam mais de mil atalhos
agora compreendo
és o mais terrível e implacável
feroz
mortal
olha lá...
estes são nossos eus
os nossos atalhos!
Nina Pilar
Das Mais Belas Flores em Um Imenso Jardim...Escolhi Você...Sua Beleza Exuberante...Seu Perfume Raro...!!!
E eu que achava que meu jardim seria só concreto
Houvera um grande engano de certo
Engano esse que passo a me enganar cada vez mais
E nesse engano eu me embolo até não poder mais
Gosto tanto de me enganar! (Trechos do Poema '' Engano)
Em Um Reino Tão Tão Distante,Vive Uma Linda Menina,que Diariamente Caminha Por Seu Jardim Com Flores Exóticas e Belas,lá ela é apenas sorrisos na seu mundo mágico que dança na batida de seu coração.
Universo Jardim
Como é grande o universo
inserido no jardim.
Na flor a borboleta
o néctar sugando.
Uma gatinha, do chão
a borboleta observando.
E dois bichinhos, tão pequenos
em cúpula de amor
pouco se vê.
Aranha vermelha,
no ar, abelha
e pardais pulando.
A enxada o mato capina
enquanto parei observando
meu universo jardim.
Jardim da Eternidade.
Ela sempre adorara esculturas, mas seus gostos não eram o que se poderia chamar de normais. Talvez por morar muito próximo a um cemitério tinha tanto fascínio pelas lúgubres estátuas de lugares assim.
Era uma garota simples, sem grandes ambições e levava uma vida relativamente normal. Depois da morte dos pais passou a morar sozinha naquela casa que todos achavam esquisita, os vizinhos diziam que era assombrada e não tinham coragem, e nem vontade de se aproximar de sua - também estranha- moradora.
Por ser uma pessoa solitária gostava muito de passear no silencioso cemitério apreciando as esculturas que adornavam os túmulos. Mas dentre todas havia uma em especial que a impressionava, um anjo com aparência muito triste, pensativo e com enormes asas que envolviam todo seu corpo. Ficava horas admirando essa estátua e tentando adivinhar de quem poderia ser aquele túmulo já que não possuía nenhuma identificação.
Enquanto vagava pelas alamedas ouvindo o barulho das folhas levadas pelo vento ficava lembrando dos sonhos que tinha durante a noite. Desde pequena tivera sonhos intrigantes, mas nunca comentava o fato com ninguém. Sonhava que passeava pelo cemitério a conversar com seus habitantes e até mesmo com suas estátuas. Às vezes, via também seus pais e parentes que já estavam mortos, mas atribuía esses sonhos à sua vida monótona, sempre a abrir as janelas e portas com vista para aquele enigmático lugar.
Naquele dia em especial deteve-se por um tempo maior em frente à figura do anjo, lembrando-se do sonho da noite passada. Ela havia parado como sempre para observá-lo, quando de repente a estátua tomara vida e viera conversar com ela. Durante um tempo que lhe parecia eterno eles conversaram e ela finalmente desvendara o mistério, ele lhe contara que o túmulo era dele, um escultor desiludido que se suicidara e a imagem do anjo que ela tanto admirava era na verdade uma espécie de auto-retrato que fora sua ultima criação.
Acordara naquela manhã fria com uma terrível sensação de solidão e decidiu passear pelo cemitério. Lembrando-se do sonho e olhando para a estátua uma pergunta não lhe saía do pensamento: seria aquela realmente a imagem do artista? Se fosse, ele deveria ter sido muito belo com aquele semblante melancólico, mas jamais saberia, pois não tinha coragem suficiente para sair por ali perguntando.
Depois desse sonho outros vieram bem como vários outros passeios, até que um dia algo extraordinariamente estranho aconteceu, de longe viu ao lado do túmulo do suposto artista um movimento bastante anormal. Só quando estava mais próxima conseguiu distinguir o que era, havia alguém esculpindo com extrema rapidez uma estátua no túmulo ao lado.
Naquele clima surreal foi se aproximando aos poucos e percebeu que o anjo não estava, mas não conseguia entender exatamente o que estava acontecendo. Percebendo a presença estranha o escultor virou-se para olhá-la, o susto foi tão grande que ela quase caiu. O escultor não era ninguém menos que o anjo, não a estátua, mas sim um ser de carne e osso, mas a surpresa maior veio quando olhou para o trabalho que ele acabara de concluir.
Era outro anjo, porém a figura era feminina e se parecia incrivelmente com ela.
Devo estar sonhando – pensou ela, completamente confusa.
Com o sorriso mais enigmático que ela já vira, ele disse:
- Sim, querida você está sonhando. A única diferença é que deste sonho você jamais acordará!
Jardim das Estrelas
Nunca imaginei nos jardim das estrelas encontrar
A mais bela das flores
Pra mim conceber
Um castelo de encantos
Desabrochando em meu alvorecer
Sempre desejei ter um simples pedaço pra plantar
Um cantinho onde eu me sentisse um rei da sua realeza
Vem fazer meu sonho se realizar
Quero me deitar na sombra da sua paixão
Deixar fluir essa emoção que é tão verdadeira
Te fazer rainha em meu viver pra vida inteira
Pra vida inteira
Nosso amor vai se o amor de se invejar
Prometo te fazer feliz cada momento
Pode apostar que é singular meu sentido
Se eu pudesse fazer o tempo parar
No teu sorriso e na luz do teu olhar
Seria uma fonte de prazer pra te banhar
No paraíso onde a dor não tem lugar
Na vida nem todos os dias são de céu azul e flores no Jardim
é preciso saber que depois da chuva os destroços podem ser grandes, Mas sempre seguidamente aparece o sol e os brotos no jardim, acompanhados das sete cores do Arco-Íris, dando a você uma nova oportunidade de recomeçar a VIDA!!!
Os vencedores vêem a oportunidade de cultivar e lavar a alma.
Os perdedores de se molhar e irritar-se.
Jivago Carriel
09 de abril às 23:13
"Sou um romântico, sofredor.
Sou um louco, sonhador.
Sem Você, sou um jardim sem flor.
Eu nada seria, sem amor."
(Ricardo Scungiski Menezes)
Jardim do Coração
Mesmo longe das pessoas que amamos, possuímos um vínculo muito forte e inexplicável que nos une, sempre carregamos nossos amigos e familiares com a gente. É por isso que mesmo a barreira da morte não é suficiente para nos separar de quem amamos. Nos jardins do nosso coração, as pessoas que amamos sempre irão florescer.
Se deixas ervas daninhas danificarem o vosso jardim, nele não habitarão mais as flores,mas sim espinhos e abrolhos!
Já tive um belo jardim.
Nesse jardim plantava as mais diferente flores, tinha as mais coloridas e cheirosas até as mais exóticas e estranhas.
E nos últimos tempos só cuidei das mais bonitas e perfumadas e não dei atenção as outras. Reparando no jardim pela janela, percebi que tudo estava preto e cinza. Somente um ponto colorido no meio.
Vai ser difícil recuperar o jardim, mas com o tempo tudo volta a ter vida.
Chegou um momento em que ela percebeu que estava regando o jardim errado, por isso as flores não cresciam. Então ela decidiu parar de regar, não por arrependimento, mas por amor próprio!
