Janela
DIVERSÃO
O amor sorrateiro
Ė como um menino faceiro
Pula janela, invade quintais
Brinca no parque, se faz de tonto
Cai e levanta
E não tem tombo que chegue
É corajoso, não teme ninguém
* Poesia selecionada e publicada em 1º lugar pelo Concurso Poesia
Premiada, em 2019
Hoje de manhã acordei e me olhei no espelho e me chamei de feio, abri a janela e disse para o sol que brilhava, tomara que chova, sai de casa tinha uma pedra no meu caminho, chutei ela e disse nem doeu, pelos fatos te aconselho a se esconder de mim hoje.
Nos dias de chuva, há sempre um olhar
perdido à janela. A vida, lá fora, segue
seu ritmo cinzento, mas, por dentro, o
silêncio é a única voz. É o momento em
que a alma chora sem fazer barulho, e
a chuva apenas lava o que já está
quebrado.
A escola
Era uma escola tão bem fechada,
Porta e janela sempre trancada.
Ali se entra só com permissão,
De quem vigia o saber e a ação.
Não tinha espaço para escutar,
Quem era outro tinha que calar.
O saber preso na condição,
De diagnosticar, não dar a mão.
Mas foi erguida com muito esmero,
Pra ser espelho de um mundo severo.
Fonte: Arthur Ian Teodoro Barbosa
Adaptação da canção de Vinicius de Moraes “A casa”
Hoje a noite está escura e chuvosa. Abro a janela o silêncio la fora e profundo, fico a imaginar; quato tempo será que ainda tenho para transitar por esse lado da vida. Me deito abraço meu fiel travesseiro dos sonhos. Então ouço sua voz que me diz vem comigo penetre nessa escuridão vem me ame como você quiser me ame pra sempre me envolva em seus braços com calma sem pressa esqueça das horas, tua voz tão linda ecoa em meus ouvidos, sufocado pelo desejo a saudade me inflama, resolvo te abraçar mais esqueci a janela aberta os raios de sol ja clareia meu quarto você se foi, ficou apenas a saudade que sinto de você . Boa noite .
VOCÊ MEU CALENDARIO
O vento passa na janela
Calendário que se foi
Vidas imaginário colorido
Amor
Dolorido de
ciúme
Desbotado, sem perfume
Passos de idas
Passos de volta
Acolho teu caminhar
No meu peito
Em uma paixao
Que não me solta
Hoje, o Sol entrou novamente pela janela. Ela, ainda fria pela madrugada. Ele, porém, já trazendo calor e vigor para minhas células famintas. Desde o início de tudo é assim. Ele não esquece de surgir. Não perde a hora. Não se atrasa. Mesmo, às vezes, obscurecido por nuvens passageiras, ele está lá. Para todos. Britanicamente. Assiduamente.
Um dia a janela pisca;
Um sol nublado,
farol fazendo a curva.
Uma mensagem descuidada.
Um dia alguém lembra;
da risada desvelada,
do abraço que encaixa
no vazio umbilical.
Um dia ainda vale a pena.
Olhar o outro,
ao invés do espelho,
e ver.
VOCÊ MEU CALENDARIO
O vento passa na janela
Calendário que se foi
Vidas imaginário colorido
Amor
Dolorido de
ciúme
Desbotado, sem perfume
Passos de idas
Passos de volta
Acolho teu caminhar
No meu peito
Em uma paixao
Que não me solta
memória apagada
me apagou da sua memória feito arquivo,
como quem fecha uma janela sem olhar o céu.
fui palavra que não coube na tua página,
fui verso que não rimou com teu tempo.
e no teu gesto simples, quase sem peso,
desinstalou-se o que em mim era inteiro.
não houve drama, nem despedida
só o silêncio de quem não quer lembrar.
mas eu, que ainda guardo tua voz em pastas invisíveis,
sigo abrindo arquivos que você renomeou como nada.
sigo lendo entre linhas o que você quis esquecer,
como quem revisita cartas que nunca foram enviadas.
porque há amores que não se apagam,
mesmo quando deletados.
eles ficam —
em cache, em sombra, em sonho.
em mim.
24/10/25
A MINHA JANELA
Deixo sempre aberta
Assim vejo o Sol nascer
O tempo correndo
Até o escurecer.
Posso ver a noite de luar
Na imensidão da minha janela
Vejo toda a natureza
Pintada em aquarela.
Com minha janela aberta
Entra cheiro de flor
O vento sussurrando
Espantando o calor.
Posso ver o mundo tão belo
Até onde minha vista alcança
A saudade de um balanço
No meu tempo de criança.
Ouço o canto de passarinhos
A estrada e a cancela
A brisa que passa trazendo
Cheiro de cravo e canela.
Olho e não me canso
Esse mundo de magia
Um mundo de paz e canção
Salpicado de poesia.
Irá Rodrigues.
Manhã de Nostalgia
Amanheceu chovendo, o vento batendo
nas frestas da janela, e os sábias num canto antigo de carinho.
O mundo lá fora se veste de cinza e calma,e aqui dentro, o tempo se aninha na alma.
Entre o barulho da chuva e o frio que vem, surge a vontade doce de não levantar também.
O edredom é refúgio, ninho, lembrança,
traz o aconchego macio da infância.
O cheiro de café invade o ar devagar,
como quem chega para te acordar sem te apressar.
É perfume de vida, de casa, de história,
mistura de sonho com memória.
Um abraço dengoso e o pé quentinho completa o cenário, como se o amor fosse o próprio horário.
E o dia começa, sem pressa, sereno...
Ignoro o relógio, volto a dormir,
porque hoje quero voltar a ser um garoto pequeno.
O meu quarto tem cheiro da morte.
A minha janela reflete a escuridão
A minha cama vazia me ensina o que é a solidão.
Retrato da vida é quando tua alma se debruça na janela do tempo e em silêncio suspira a cada balançar do vento...
