Ja me Disseram q eu sou uma Mulher Incomum
Eu e você não acontecemos por uma relação casual, mas por uma relação de significado, que ainda estamos trabalhando.
Talvez eu não deixe aqui uma boa estória
ou um bom exemplo a seguir.
Talvez eu nunca tenha contribuído para melhorar
de forma significativa a realidade do lugar onde moro,
ou de meu país.
E talvez eu não deixe bens ou fortuna
com a qual alguém possa fazer bom uso.
A única coisa que deixo com certeza
são essas minhas poucas palavras
E elas podem ser muito simples, mal colocadas, e não muito sábias
- Mas são palavras deixadas com o coração –
E uma palavra salva...
Embora eu nunca tivesse conseguido aprender como se vive aos sábados, se é que existe uma maneira específica de atravessá-los.
Eu queria te dizer uma porção de coisas, de uma porção de noites, ou tardes, ou manhãs, não importa a cor (...)
Alguns sentem vida, sentem beleza, sentem amor, com doses de conta-gotas. Eu não: é uma chuvarada dentro de mim. Que os sensíveis sejam também protegidos. Que sejam protegidos todos os que vêem muito além das aparências. Todos os que ouvem bem pra lá de qualquer palavra. Todos os que bordam maciez no tecido áspero do cotidiano. Todos os que propagam a bondade. Todos os que amam sem coração com cerca de arame farpado. Que sejam protegidos todos os poetas de olhar e de alma, tanto faz se dizem poesia com letras, gestos, silêncios ou outro jeito de fala. Que sejam protegidos não por serem especiais, que toda vida é preciosa, mas porque são luzeiros, vez ou outra um bocadinho cansados, no escuro assustado e apertado do casulo desse mundo.
Eu te dou o direito de me criticar, mas que seja uma crítica construtiva. Porque crítica destrutiva, pra mim, é inveja.
E foi então que eu descobri uma coisa fantástica, talvez a mais fantástica de todas: quando a gente para de procurar desesperadamente por um amor, a gente percebe que pode amar qualquer coisa. Eu posso amar meu computador, minha rua, minhas fotos, minha empregada, o nhoque da minha mãe. Ou até mesmo uma tarde qualquer e sem grandes emoções como tantas.
Cada vez que eu cumprimentava uma pessoa, dava três giros em torno do próprio corpo. Eu era o próprio rock. Eu era Elvis quando andava e penteava o topete. Eu era alvo de risos, gracinhas, claro. Eu tinha assumido uma maneira de vestir, falar e agir que ninguém conhecia. Claro que eu não tinha consciência da mudança social que o rock implicava. Eu achava que os jovens iam dominar o mundo.
Mesmo a circunstância de eu ir publicar um livro vem alterar a minha vida. Perco uma coisa - o ser inédito.
- Quando eu olhar a noite enorme do Equador, pensarei se tudo isso foi um encontro ou uma despedida.
- E que uma palavra ou um gesto, seu ou meu, seria suficiente para modificar nossos roteiros.
Eu costumava ser uma alegria ambulante. Agora a festa terminou, os copos estão espalhados pelo chão, os pratos sujos, silêncio absoluto, ficou um vazio devorador de uma solidão impossível de ser contada.
Não tem uma vez que eu esteja me sentindo a melhor pessoa em sonhar o impossível em cima de pequenas coisas, ou que eu esteja chorando desolada por pequenas decepções, que eu venha aqui e não comece a engolir o choro.
A felicidade não era senão uma infelicidade mais ou menos bem tolerada. Todas essas teorias eu as repetia para mim porque sabia que a coragem consiste em dar razão aos fatos quando não podemos mudá-los
Ela mandou uma mensagem
dizendo que não poderia mais me encontrar.
Eu quis saber por quê,
e ela disse que seria melhor assim.
Eu perguntei se ela estava namorando,
então ela disse que sim, e que não queria cometer erros.
Confesso que fiquei um pouco triste,
mas disse que compreendia, respeitava, e torcia por ela,
afinal, ela era uma mulher em tudo especial
e merecia alguém que se dedicasse inteiramente a ela.
Eu pedi que ela não se afastasse de mim.
Ela disse que nunca ia deixar de ser a minha bebê...
Uma lágrima fugiu de meus olhos e molhou o meu rosto.
Desejei que ela pudesse ser muito feliz.
Ela não sabe,
ou talvez nunca vá acreditar,
mas eu amava,
eu lhe amava de verdade...
Agora de uma coisa eu tenho certeza: sempre devemos ser autênticos, as pessoas precisam nos aceitar pelo que somos e não pelo que parecemos ser... Aqui reside o eterno conflito da aparência x essência. E você... O que pensa disso?
