Ja Chorei de tanto Rir

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Foi por sorrir tanto de graça que eu paguei tão caro por todas as coisas que me aconteceram.

Tenho medo de, dia após dia, cada vez mais não estar no que você vê. E tanto tempo terá passado, depois, que tudo se tornará cotidiano e a minha ausência não terá nenhuma importância. Serei apenas memória, alívio, enquanto agora sou uma planta carnívora exigindo a cada dia uma gota de sangue para manter-se viva. Você rasga devagar o seu pulso com as unhas para que eu possa beber. Mas um dia será demasiado esforço, excessiva dor, e você esquecerá como se esquece um compromisso sem muita importância. Uma fruta mordida apodrecendo em silêncio no quarto.

Mas para nós, que nos esforçamos tanto e sangramos todo dia sem desistir, envia teu sol mais luminoso.

Ele gostava tanto quando ela passava as mãos nos cabelos da nuca dele, aqueles meio crespos, e dizia bobo, você não passa de um menino bobo.

A gente não se beija nem nada, mas quando vai ver pegou na mão um do outro de tanto que se gosta e se cuida e se sabe. Mas evoluímos para esse amor que nem sei explicar. Ele me conta das meninas, eu conto dos caras. Eu acho engraçado quando ele fala “ah, enjoei, ela era meio sem assunto” e olha pra mim com saudade. Ele também ri quando eu digo “ah, ele não entendeu nada” e olho pra ele sabendo que ele também não entende, mas pelo menos não vai embora. Ou vai mas sempre volta. Não temos ciúmes e nem posse porque somos pra sempre. Ainda que ele case, more na Bósnia. Somos pra sempre.

Tive medo da sua pressa, que sempre me ofende tanto. Tive medo da sua fidelidade. Você sempre foi muito bom, mas dificilmente me emprestou seu ombro, seu colo, sua mão, seu olhar carinhoso, seu suspiro, seu sono, sua fragilidade. Tive medo de ser só desejo, porque para mim sempre foi mais.

Será que não dá para começar tudo de novo e tentar acertar dessa vez?

E outra coisa – não se esforce. Pelo menos, não tanto. Não fique aí remando contra a maré, dando murro em ponta de faca. Veja – se não fora pra ser, não vai ser. Acredite em mim. Coisa boba essa sua tentativa de ir além…

Me dê esse amor, nem que seja para eu descobrir finalmente que ele existe e parar de querer tanto ele só pela mania de querer o que não existe.

Às vezes parecia
Que de tanto acreditar
Em tudo que achávamos
Tão certo...
Teríamos o mundo inteiro
E até um pouco mais
Faríamos floresta do deserto
E diamantes de pedaços
De vidro...

o que crecí dentro de un árbol
tendría mucho que decir,
pero aprendí tanto silencio
Silencio

Yo que tengo mucho que callar
y eso se conoce creciendo
sin otro goce que crecer,
sin más pasión que la substancia,
sin más acción que la inocencia,
y por dentro el tiempo dorado
hasta que la altura lo llama
para convertirlo en naranja.

Meu coração dispara, mas eu mando ele parar. Estraguei todos os meus relacionamentos de tanto que meu coração dispara.

Nunca tantos deveram tanto a tão porcos

De tanto andar uma região
que não figurava nos livros
acostumei-me às terras tenazes
em que ninguém me perguntava
se me agradavam as alfaces
ou se preferia a menta
que devoram os elefantes.
E de tanto não responder
tenho o coração amarelo.

Nosso corpo esquece tanto quanto nossa alma. É talvez essa capacidade de esquecer que em muitos de nós, explica a renovação da inocência.

Experimento junto a ti, um sentimento novo, de confiança e paz. Gostavas, tanto quanto, das longas caminhadas sem destino, através do campo, percorrendo caminhos que não levam a lugar algum. Aliás, não tinha a necessidade de chegar a parte alguma. Bastava-me o fato de estar tranquila ao teu lado. Tua natureza pensativa combinava com meu temperamento tímido. Nós nos calávamos juntos. Em seguida, tua voz grave, bonita e quase velada, tua voz retemperada pelo silêncio, interrogava-me suavemente sobre minha arte e sobre mim mesmo. Compreendi logo que sentias por mim uma espécie de ternura mesclada de compaixão. Eras bondosa. Conhecias o sofrimento por havê-lo curado ou minorado muitas vezes. Adivinhaste em mim um jovem doente, ou um jovem pobre. Eu era realmente tão pobre que sequer te amava. Em ti via somente a doçura.

Sei que há léguas a nos separar
Tanto mar, tanto mar
Sei, também, que é preciso, pá
Navegar, navegar
Lá faz primavera, pá
Cá estou doente
Manda urgentemente
Algum cheirinho de alecrim

Eu nasci amalgamada com a solidão deste exato instante e que se prolonga tanto, e tão funda é, que já não é minha solidão mas a Solidão de Deus. Alcancei afinal o momento em que nada existe. Nem um carinho de mim para mim: a solidão é esta a do deserto. O vento como companhia. Ah mas que frio escuro está fazendo. Cubro-me com a melancolia suave, e balanço-me daqui para lá, daqui para lá, daqui para lá. Assim. É! É assim mesmo.

Clarice Lispector
Um sopro de vida. Rio de Janeiro: Rocco, 2015.

“A questão de todas as questões, tanto para a ciência quanto para a religião, é determinar nosso lugar verdadeiro e nosso verdadeiro papel no universo.”.

E tanto tempo terá passado, depois, que tudo se tornará cotidiano e a minha ausência não terá nenhuma importância. Serei apenas memória.

Você é bonito demais para alguém que pensa tanto e é quase injusto pro mundo existir alguém com tanto das duas coisas que só se tem muito de uma só.

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