Ivan Martins

Cerca de 38 frases e pensamentos: Ivan Martins

E ressentimentos não se dissipam. Eles ficam e cobram um preço. Cedo ou tarde a conta chega.

Quem diz o que sente, mas esconde o que faz, ilude.
Eis uma boa máxima: não me diga o que você sente, me conte o que você faz.

Da minha parte, tendo pensado um pouco, acho que a pessoa especial é aquela que enche a minha vida. Ela é a resposta às minhas ansiedades. Ela me dá aquilo que eu nem sei que preciso. Às vezes é paz, outras vezes confusão.

O maior fake news deste ano, foi eu achando que ia ser fitness...

Faz mal aquele que, por fraqueza ou piedade – muitas vezes por vaidade – alimenta nossos sentimentos infundados. Quem nos olha nos olhos e diz a verdade merece nosso respeito. Demonstra respeito por nós, ainda que nos magoe.

Não consigo acreditar que casais permanecerão juntos e felizes para sempre - um amor depois de outro é o que nos cabe.

Tenho observado – e posso estar errado – que o amor é um sentimento claro e absoluto apenas para quem não desfruta dele. Nós amamos, desesperadamente, a pessoa que nos deixou. Nosso amor é óbvio, e inabalável, por aquela criatura que nos deixa em permanente incerteza. Amamos ferozmente, claro, quem nunca deu sinal de nos querer. Se isso tudo é verdade, a moral da história é muito clara: nós amamos, realmente, e de forma permanente, o nosso desejo. Quando ele está saciado – pela certeza do amor e da presença do outro – então já não temos tanta convicção. Faz parte da nossa natureza perversa, eu acho.

Não há pai mais influente que o pai que não existe. Ele deixa tamanho vazio, provoca tantas interrogações, que seu filho pode gastar a vida tentando entender-se.

(...) Ser amado de graça, por outro lado, não tem preço. É a homenagem mais bacana que uma pessoa pode nos fazer. Você está ali, na vida (no trabalho, na balada, nas férias, no churrasco, na casa do amigo) e a pessoa simplesmente gosta de você. Ou você se aproxima com uma conversa fiada e ela recebe esse gesto de braços abertos. O que pode ser melhor do que isso? O que pode ser melhor do que ser gostado por aquilo que se é – sem truques, sem jogos de sedução, sem premeditações? Neste momento eu não consigo me lembrar de nada.

"Eu gosto da ideia de ter o coração roubado, mas percebo que já fui mais corajoso quanto a isso. Com o passar do tempo e o acúmulo de desilusões – quem não as tem? – a pessoa se torna mais cuidadosa. Sinto que hoje eu me protejo mais do que fazia no passado, e talvez haja nisso alguma sabedoria. Não se deve permitir que qualquer um nos roube o coração. Alguém que nos terá emocionalmente de joelhos deve ser digno desse privilégio. Que seja uma pessoa íntegra e generosa, ao menos. Que seja ela mesma capaz de amar. Quem nos rouba o coração não deveria ter o seu protegido à sete chaves. Acontece, mas náo é justo."

A vida é um intervalo de tempo, onde devemos somar o dever diário da prática da razoabilidade que nos foi concedida com a luta cotidiana do aperfeiçoamento do caráter, dividida pela nossa desfaçatez ao quadrado frente ao sofrimento alheio.

Inserida por ivan_martins_1

Episteme: Conhecimento verdadeiro, de natureza científica, em oposição à opinião infundada ou irrefletida.

Doxa: Simples opinião, crença ingênua, a ser superada para a obtenção do verdadeiro conhecimento.

Inserida por ivan_martins_1

Possuo raríssimas certezas inabaláveis e faraônicas incertezas concretas.

Inserida por ivan_martins_1

Ser ético não é ser odediente; ser ético é ser consciente. É estar convencido de que atitudes que priorizam a honestidade, a responsabilidade e o respeito ao outro devem prevalecer, sendo ou não, observado por câmeras, por chefes, por radares, pela sociedade ou por Deus.

Inserida por ivan_martins_1

Hora de tomar uma Providência! Só para entendedores...os do ramo...

Inserida por ivan_martins_1

Se o sujeito acha que uma garota que dá na primeira vez não serve para ele, então ele certamente é um conservador que não serve para mim.

Inserida por Vickyhxp

Muita gente gosta de afirmar, em voz alta, que faria “qualquer coisa” por amor. Vocês já devem ter ouvido isso. Talvez até tenham dito a frase novelesca. Faz parte da nossa cultura. Outro dia, vi um rapaz dizer em rede nacional de televisão, com a maior naturalidade, que “mataria e morreria” por amor. O autor do exagero devia ter uns 18 anos, talvez menos. Deu vontade de rir, de tanto drama. O jovem Romeu da Tijuca ainda não descobriu que a melhor forma de amor se pratica entre vivos – preferencialmente em liberdade, que não estão na cadeia, presos por assassinato.
Isso não quer dizer que o amor não faça exigências terríveis. Eu mesmo já fiz cafunés de madrugada, cocei costas e apliquei massagens nos pés até ficar com as mãos exaustas. Por amor. Já lavei pias repletas de louça, fiz comidas sofríveis, fui ao mercado no domingo, tirei dinheiro do banco às sete da manhã e levei o lixo para fora vezes sem conta. Por amor. Já viajei ao exterior, dirigi até a praia, dancei até de madrugada e cantei até ficar rouco. Por amor. Alguns dirão que me faço de vítima. A verdade é que, por amor, já tomei vinhos excelentes, já comi em restaurantes caros, já assisti a espetáculos inesquecíveis e já comprei presentes que, só de lembrar, me enchem de alegria – e de uma vaga melancolia financeira.
Se alguém disser que isso tudo é pouco, talvez tenha a cabeça tomada por grandezas. Ou ache, como o Romeu da Tijuca, que amar é coisa de matar ou morrer, verdadeira luta com facas. O grande amor, ao contrário, é feito de miudezas. São gestos cotidianos, olhares cúmplices, uma mão que passa pela nuca e toca os cabelos enquanto a mulher que você ama conversa com outra pessoa. Amor também é feito de desejo, e a cada tanto exige a reafirmação de uma suave encostada - na pia, enquanto ela coa o café – e da barriga que toca o calor da outra barriga.
Esses sinais mostram amor como a temperatura denuncia a febre. Mas não são tudo.
Há também a conversa que atravessa os dias e dá sentido aos fatos da existência. E a lealdade, que permite contar com o outro nas horas sombrias. Ela impede que a gente se sinta sozinho num mundo de multidões solitárias. Não se pode esquecer a sacanagem, claro, sem a qual o amor morre de tédio. E o riso, em cuja ausência a morte se aproxima. No amor, se dizem as palavras mais doces, se dão os abraços mais ternos, se enxugam as lágrimas mais tristes, se grita, se geme. Nele, a gente se comove como o diabo. Em nada disso há heroísmo. Apenas a vida, em seus milagres comuns.
A única real grandeza do amor está em sua imensa vocação de fazer o outro feliz. Um dia depois do outro. Isso exige atenção, desvelo mesmo, e coisas como imaginação, tirocínio, esforço. Às vezes até sacrifício. O outro é tão complexo – tão desgraçadamente parecido conosco – que, às vezes, não sabe o que deseja e o que precisa. Conta conosco para iluminá-lo. Há que estar lá, portanto. Há que tentar entender com o coração e com as mãos, que apertam, seguram, amparam e acariciam.
Se me perguntam o que eu faria por amor – já me perguntaram, de outras formas –, eu responderia, como os portugueses, imenso. Cada vez mais, na verdade. Com calma e determinação, juntos, sem grandiloquência. Assim se lida com as coisas essenciais da vida. O amor, entre todas elas.

Inserida por mirellanmeira

Ser amado de graça não tem preço. É a homenagem mais bacana que uma pessoa pode nos fazer.
Toda vez que eu insisti com quem não estava interessada deu errado. Toda vez que tentei escalar o muro da indiferença foi inútil. Ou descobri que do outro lado não havia nada.

Inserida por Laquenia

Mais comum do que a ausência de amor, mais comum do que a dúvida sobre o amor do outro por nós, é a dúvida que temos sobre os nossos próprios sentimentos em relação ao outro. Tente se lembrar: quantas vezes, diante dessa ou daquela sensação, deste ou daquele sentimento, você não se viu na mesma situação, perguntando a si mesmo, quase em voz alta: será que isso que eu estou sentindo é amor? Será que eu amo essa pessoa?

Inserida por EmOutrasPalavras

Estar com alguém é partilhar a carga que ele ou ela traz consigo. São dores, traumas e decepções. São dificuldades íntimas ou conflitos de família. Não penso em problemas que se possa resolver assim, de forma prática. São coisas com as quais se vive, e por isso constituem uma carga. Não é possível livrar-se delas com um gesto ou uma solução. Elas fazem parte do outro que a gente ama.

Inserida por EmOutrasPalavras