Isso Ja Nao me Pertence mais

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De todas as maneiras
Que há de amar
Nós já nos amamos
Com todas as palavras feitas pra sangrar
Já nos cortamos
Agora já passa da hora
Tá lindo lá fora
Larga a minha mão
Solta as unhas do meu coração
Que ele está apressado
E desanda a bater desvairado
Quando entra o verão

Aprender é descobrir aquilo que voce já sabe. Ensinar é lembrar aos outros que eles sabem tanto quanto você.

É hora de partir, meus irmãos, minhas irmãs
Eu já devolvi as chaves da minha porta
E desisto de qualquer direito à minha casa.
Fomos vizinhos durante muito tempo
E recebi mais do que pude dar.
Agora vai raiando o dia
E a lâmpada que iluminava o meu canto escuro
Apagou-se.
Veio a intimação e estou pronto para a minha jornada.
Não indaguem sobre o que levo comigo.
Sigo de mãos vazias e o coração confiante.

Por fora, já desistiu. Por dentro, sempre descobre alguma desculpa para recomeçar.

Quem dera eu achasse um jeito
de fazer tudo perfeito,
feito a coisa fosse o projeto
e tudo já nascesse satisfeito

Paulo Leminski
Distraídos venceremos. São Paulo: Brasiliense, 1987

Nota: Trecho do poema "Sujeito Indireto"

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Nada do que eu já fiz me agrada. E o que eu fiz com amor estraçalhou-se. Nem amar eu sabia, nem amar eu sabia.

Clarice Lispector
A descoberta do mundo. Rio de Janeiro: Rocco, 1999.

Nota: Trecho da crônica Dies irae.

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Nosso cérebro é o melhor brinquedo já criado: nele se encontram todos os segredos, inclusive o da felicidade.

Charles Chaplin

Nota: Autoria atribuída a Charles Chaplin.

O mundo já caiu, baby. Só nos resta dançar sobre os destroços.

Martha Medeiros
Doidas e santas. Porto Alegre: L&PM, 2008.

Nota: Autoria não confirmada.

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Tudo que a memória amou já ficou eterno.

Adélia Prado

Nota: Trecho modificado da versão original.

CURRICULUM VITAE

Eu já dei risada até a barriga doer,
Já nadei até perder o fôlego,
Já chorei até dormir
E acordei com o rosto desfigurado.
Já fiz cosquinha na minha irmã só pra ela parar de chorar,
Já me queimei brincando com vela.
Eu já fiz bola de chiclete e melequei todo o rosto.
Já conversei com o espelho.
E até já brinquei de ser bruxo.
Já quis ser astronauta,
Violonista, mágico, caçador e trapezista.
Já me escondi atrás da cortina e esqueci os pés pra fora,
Já passei trote por telefone,
Já tomei banho de chuva,
E acabei me viciando.
Já roubei beijo,
Já fiz confissões antes de dormir
Num quarto escuro pro melhor amigo.
Já confundi sentimentos,
Peguei atalho errado
E continuo andando pelo desconhecido.
Já raspei o fundo da panela de arroz carreteiro,
Já me cortei fazendo a barba apressado,
Já chorei ouvindo música no ônibus.
Já tentei esquecer algumas pessoas,
Mas descobri que essas são as mais difíceis de se
[esquecer.
Já subi escondido no telhado pra tentar pegar estrelas,
Já subi em árvore pra roubar fruta,
Já caí da escada de bunda.
Conheci a morte de perto,
E agora anseio por viver cada dia.
Já fiz juras eternas,
Já escrevi no muro da escola,
Já chorei sentado no chão do banheiro,
Já fugi de casa pra sempre,
E voltei no outro instante.
Já saí pra caminhar sem rumo,
Sem nada na cabeça, ouvindo estrelas.
Já corri pra não deixar alguém chorando,
Já fiquei sozinho no meio de mil pessoas
Sentindo falta de uma só.
Já vi pôr-do-sol cor-de-rosa e alaranjado,
Já me joguei na piscina sem vontade de voltar,
Já bebi uísque até sentir dormentes os meus lábios,
Já olhei a cidade de cima
E mesmo assim não encontrei meu lugar.
Já senti medo do escuro,
Já tremi de nervoso,
Já quase morri de amor,
Mas renasci novamente pro ver o sorriso de alguém
[especial.
Já acordei no meio da noite
E fiquei com medo de levantar.
Já apostei em correr descalço na rua,
Já gritei de felicidade,
Já roubei rosas num enorme jardim.
Já me apaixonei e achei que era para sempre,
Mas sempre era um "para sempre" pela metade.
Já deitei na grama de madrugada
E vi a Lua virar Sol,
Já chorei por ver amigos partindo,
Mas descobri que logo chegam novos,
e a vida é mesmo um ir e vir sem razão.
Foram tantas coisas feitas,
Momentos fotografados pelas lentes da emoção.
Guardados num baú, chamado coração.
E agora um formulário me interroga,
Encosta-me na parede e grita:
"- Qual sua experiência?”.
Essa pergunta ecoa no meu cérebro:
"experiência... experiência...”
Será que ser "plantador de sorrisos" é uma boa
experiência?
Não!
”Talvez eles não saibam ainda colher sonhos!”

Félix Coronel
Como é que é?. 2003

Nota: A autoria do texto é também atribuída a Juliana Spadotto, que registrou direitos autorais sobre o texto em 2004, no entanto o texto já havia sido publicado em 2003 por Félix Coronel.

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E são tantas marcas
Que já fazem parte
Do que eu sou agora
Mas ainda sei me virar

Annabel Lee

Foi há muitos e muitos anos já,
Num reino ao pé do mar.
Como sabeis todos, vivia lá
Aquela que eu soube amar;
E vivia sem outro pensamento
Que amar-me e eu a adorar.
Eu era criança e ela era criança,
Neste reino ao pé do mar;
Mas o nosso amor era mais que amor --
O meu e o dela a amar;
Um amor que os anjos do céu vieram
a ambos nós invejar.
E foi esta a razão por que, há muitos anos,
Neste reino ao pé do mar,
Um vento saiu duma nuvem, gelando
A linda que eu soube amar;
E o seu parente fidalgo veio
De longe a me a tirar,
Para a fechar num sepulcro
Neste reino ao pé do mar.
E os anjos, menos felizes no céu,
Ainda a nos invejar...
Sim, foi essa a razão (como sabem todos,
Neste reino ao pé do mar)
Que o vento saiu da nuvem de noite
Gelando e matando a que eu soube amar.
Mas o nosso amor era mais que o amor
De muitos mais velhos a amar,
De muitos de mais meditar,
E nem os anjos do céu lá em cima,
Nem demônios debaixo do mar
Poderão separar a minha alma da alma
Da linda que eu soube amar.
Porque os luares tristonhos só me trazem sonhos
Da linda que eu soube amar;
E as estrelas nos ares só me lembram olhares
Da linda que eu soube amar;
E assim 'stou deitado toda a noite ao lado
Do meu anjo, meu anjo, meu sonho e meu fado,
No sepulcro ao pé do mar,
Ao pé do murmúrio do mar.

Edgar Allan Poe

Nota: Poema "Annabel Lee", traduzido por Fernando Pessoa.

O que eu fui ontem e anteontem já é memória. Escada vencida degrau por degrau, mas o que eu sou neste momento é o que conta, minhas decisões valem para agora, hoje é o meu dia, nenhum outro.

Martha Medeiros
Coisas da vida

Quando te vi amei-te já muito antes
Tornei a achar-te quando te encontrei.
Nasci pra ti antes de haver o mundo

O Mundo é um Moinho

Ainda é cedo, amor
Mal começaste a conhecer a vida
Já anuncias a hora de partida
Sem saber mesmo o rumo que irás tomar

Preste atenção, querida
Embora eu saiba que estás resolvida
Em cada esquina cai um pouco a tua vida
Em pouco tempo não serás mais o que és

Ouça-me bem, amor
Preste atenção, o mundo é um moinho
Vai triturar teus sonhos, tão mesquinho
Vai reduzir as ilusões a pó

Preste atenção, querida
De cada amor tu herdarás só o cinismo
Quando notares estás à beira do abismo
Abismo que cavaste com os teus pés

Acho que a felicidade é uma espécie de susto; quando você vê, já aconteceu. Ela é justamente uma construção pequena de todos os dias...

Qualquer um de nós já amou errado, já odiou errado.

Nelson Rodrigues
A Pátria de Chuteiras

No fim da tarde, nossa mãe aparecia nos fundos do quintal: Meus filhos, o dia já envelheceu, entrem pra dentro.

Manoel de Barros
Poesia Completa. São Paulo: Leya, 2011.

No momento em que paramos a pensar se gostamos de alguém, já deixamos de gostar dessa pessoa para sempre.

Aprender é descobrir aquilo que você já sabe. Fazer é demonstrar que você o sabe. Ensinar é lembrar aos outros que eles sabem tanto quanto você.