Irma Distante
FELIZ DIA DO AMIGO!
Ao amigo(a)
Distante ou ao lado
De presença diária
Falante ou calado
De convivência precária
Enamorado
Os já visto pessoalmente
Os de influência necessária
E os que são virtualmente
Tem também,
Os que nos deixaram
Partiram para não mais voltar
Já outros, apenas ausentaram
Todos! Marcaram lugar
Não importando a distância
Nem o tempo, e sim estar...
Amigo é amigo de vital importância
Nos ensina como bom é amar!
Luciano Spagnol
Cerrado goiano
VIGÍLIA (soneto)
Não há graçola pelo cerrado tristonho
Distante é o olhar na sequidão erguida
Tanta melancolia, a felicidade suponho
Que contempla a relva tão adormecida
Corta o silêncio o vento na poeira trazida
Papoca secas folhas no sol enfadonho
Espalhadas no chão da irroração perdida
Ali, em craquelados plangeres enfronho
Então, vejo sozinho o deslizar das horas
Numa vigília as monocromáticas floras
Onde o tempo, lento, pousa no cansaço
E nesta vigília de quimeras fabuladoras
Tudo bordado a lantejoulas tataporas
Cravejam o céu de estrelas com lasso
Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
Março de 2017
Cerrado goiano
SONETO DE CARNAVAL (de outrora)
Distante da folia, o cerrado me afigura
A saudade como um saudoso tormento
Lembrar dela é uma sôfrega tal tristura
Esquece-la é nublar o contentamento
Ausentar de ti é a mais pura amargura
Todo momento é gosto sem fomento
Máscaras sem brilho nem alegre figura
Uma fantasia no samba sem afinamento
E no saudosando os tempos de outrora
Enquanto fugaz vão-se os anos, enfim
O que tenho pra agora, só silêncio afora
De toda a diversão a quietude em mim
É regente, pois já não sou parte da hora
E meu carnaval vela o traje de arlequim
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Fevereiro de 2017
Carnaval
Cerrado goiano
poeminha escuro
era tão distante
a vida tão presente
o tempo passou volante
que o berço virou ausente
agora um breu tão forte
o sol no horizonte poente
e tão perto, ficou a morte...
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
outubro de 2019
cerrado goiano
EM SUMA
Assim como vos vejo na saudade
distante, devoluto, assim me veja
despido de tudo, e assim esteja
sem haver em nós mais vontade
Que, pois eu fui o que na verdade
espirou nu na solidão, e nu seja
qualquer sentimento de peleja
pois, não se agrada pela metade
Quiseste vós, e assim, ter partido
sendo vós o amor meu, eu vosso
o devanear que me faz esquecer
Que, pois por vós tenho padecido
e último trovar esse de vós, posso
crer... O adeus a vós, é mais viver!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
08/11/2020, 14’24” – Triângulo Mineiro
INSATISFEITO
Cerrado, vivo tão só, na solidão
Aflige o peito, o peito em pranto
Distante ide o tempo, o encanto
Preso na tristura e na desilusão
Tão longe ando de ti, ó emoção
De ter-te no fado meu, no canto
Da prosa, amando tanto e tanto
Multiplicando, assim, a sensação
Ando calado, e inquieta a poesia
Desses desejos de mim ausente
Pelejo com o silêncio de cor fria
E nada me diz, nem o sol poente
Tudo é cinza e apagada a fantasia
Se sente querer, a força não sente.
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
22/12/2020, 17’54” – Triângulo Mineiro
*O guarda sordade*
Nesta terra tão distante
Tão longe do meu torrão
Encho os meus zóios de água
Ao lembrar do meu sertão
Sonhando com um futuro mió
Peguei minhas tralha e parti
Minha terra eu confesso:
- Não te traí...Me traí!
Ó terra minha eu te falo
Com toda a sinceridade
Só vivo pensando em ti
Que vontade de vortar...
Mas o tempo vai passando
As coisa vão se danando
E a gente vai ficando
Feito raiz no lugar
Já sei que num vorto mais...
A idade se achegou
Os braço já se cansou
As perna num anda mais
E na voz véia e cansada
Só ecoa uma toada:
- Sordade, do meu lugar!
- Mas, com um tiquim de sorte
Quem sabe na minha morte
inda vorte para lá...
☆Haredita Angel-01.06.22
Mas um dia,
Acordo e chamo teu nome
Impossível me ouvir, tão distante estás.
Todos os dias sofro e choro por ti,
Sei que tudo faz parte do passado,
Sei que novas aventuras estás vivendo,
Apenas eu fiquei aprisionada nas lembranças de um passado bom.
Quando se sentir inseguro, segure minha mão;
Quando se sentir distante, chegue mais perto;
Quando se sentir só, me abrace;
Quando se sentir triste, me chame.
Acreditar…
é o primeiro abraço que damos em nós mesmos,
quando tudo parece distante.
É confiar no passo, mesmo sem ver o caminho todo.
É saber, lá no fundo, que existe força onde hoje só há cansaço.
Acreditar é recomeçar com delicadeza,
é continuar — mesmo com medo.
Respira.
Fecha os olhos.
E acredita:
você é maior do que qualquer dúvida.
— Edna de Andrade
Nunca houve Independência mais urgente e necessária do que a da nossa mente.
Ainda distante, mas possível, é essa que incomoda os “grandes pensadores do país”.
Desde sempre, o mundo à beira do caos e não distante do precipício, enquanto outros lutam contra esse desequilíbrio. Entender a realidade é saber que não se pode vencer tal sistema, entretanto devemos estar um passo à frente de todos aqueles que prejudicam a paz e a liberdade individual.
Carlos Alberto Blanc
Hoje, fui até a janela...
E lá estava ela,
tão perto, mas tão distante,
entre o vidro e a luz que entra pela fresta.
A vi. Jovem, bonita,
como quem não quer ser vista,
mas é vista.
Sorriu. Acenou.
Acenou para mim, ou talvez para alguém
que eu não sou,
alguém que ela inventou,
ou apenas imaginou
do outro lado da rua,
junto a tantos outros que não significam nada.
Quantas janelas existem, e quantas são abertas?
E por um momento, me vi em outra vida:
um homem com coragem,
um homem que caminha até ela,
que diz o que nunca sei dizer.
Talvez um "como vai?",
ou apenas um olhar —
silencioso, sem palavras, sem promessas.
Mas não sei.
Nunca soube.
Eu sou só o homem do outro lado da rua,
um qualquer, um ninguém.
Quantos outros existem,
em cada janela, em cada lado, em cada rua?
E ela, tão real quanto o impossível,
como o céu, como as estrelas,
como esta metafísica que nos envolve,
que permeia o que somos e o que vemos,
mas que jamais entenderemos.
Como o mistério das coisas,
que olhamos e pensamos entender,
mas que nunca saberemos.
E eu, o estranho do outro lado da rua,
sem coragem de atravessar,
sem palavras, sem ousadia de ser:
um ninguém.
E ela, com aquele sorriso,
me vê por um segundo.
Mas será que me vê de verdade?
Ou será que me inventa,
como todos inventam a si mesmos,
como eu invento o que sou?
Então ela se vira.
Ela se vira e vai embora.
E com ela, meus pensamentos,
meus sonhos, minha vida.
E eu, aqui,
do lado de cá da rua,
vendo a vida passar —
a vida vivida e sonhada —
sabendo que nunca farei parte de nada disso.
Nunca farei parte de nada disso,
nem daquilo outro.
Nunca farei parte.
Procurei amar
Olhei pra dentro de mim e vi o amor.
Distante, era o abismo da indiferença,
Mas uma ponte foi construída
Entre o abismo da minha alma
E a luz do meu interior.
A verdadeira nobreza reside na tranquilidade, na calma e distante do tumultuado, frenético e inquieto!
Você já teve aquela sensação de “era isso que eu precisava ouvir hoje”?
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