Ipê
Minha alma é oceânica
no silêncio e no bradar,
em mim há Mata Atlântica
e a terna Piúva magnífica.
Tenho muito o quê contar,
porém prefiro ser a poesia
e buscar as estrelas por
por companhia pela vida.
Porque tudo gira ao redor
quando você chegar
com o seu amor para ficar.
Tenho certeza que vamos
no repletar e nos transbordar,
e juntos todos os dias celebrar.
apenas um breve
no invernado do cerrado, ipês, flóreo
num gesto leve, pintando o dia
a surpresa do encanto deste arbóreo
redigi no devaneio, sutil poesia
matizado o chão de fugaz fragilidade
onde decanta a vida em romaria
e a natureza recita-se em suavidade
num cântico breve de doce magia
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
2017, julho
Cerrado goiano
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