Inventário
Reflexão Diária 21/05/2016 – Sábado -
Bênçãos
Sempre procuramos fazer nosso inventário pessoal seja lá ele todos os dias ou semanalmente, porém raramente inventaríamos as bênçãos que recebemos, ou só as fazemos quando são visíveis aos nossos olhos, esquecemos, porém de agradecer lá trás quando fomos gerados no útero de nossa mãe e nascemos com saúde, e principalmente as que recebemos nos momentos de insanidade. Quando fizer essa lista será muito grato a Deus, e jamais encontrará motivos para dizer que foi castigado, independente dos altos e baixos que tenha passado por sua vida até hoje. Não é Deus que lhe castiga ele simplesmente lhe dá o livre arbítrio de suas escolhas e caminhos que resolva escolher.
Se você fizesse um inventário de sua vida, de suas realizações pessoais, do que você sentiria orgulho?
“Saudades pai e mãe”
Trago na memória, naquele inventário que tenho guardado
na velha canasta
desgastada pelo tempo.
Uma vida escrita, repleta de sentimentos!
Ali tenho fotos, relatos e registros de uma vida inteira, de importantes e eternizados momentos.
—
Ao visitá-la, sinto uma saudade que dói, chega soprada pelo vento.
Ela sempre encontra uma maneira de visitar.
Uma forma de fazer chorar.
Saudades!
De um tempo que não volta mais, ficou lá atrás.
—
Ao cerrar os olhos, viajo de regresso, ao encontro daqueles que tanto amei.
Eles tiveram meu mais belo sorriso e meu mais triste adeus.
—
Aquí viajando nas lembranças;
Consigo sentir cheiros, ouvir conselhos, Até ouço as gostosas risadas, consigo sentir o calor daqueles abraços matinais.
—
Hoje, a saudade comigo caminha!
Sigo me arrastando na nostalgia, com a esperança de voltar vê-los algum dia!
—
INVENTÁRIO (soneto)
Dos detalhes os anos tomaram conta
Já se foram muitos, algumas cicatrizes
Pois, lembranças, são meras meretrizes
Dum ontem, no agora não se faz afronta
O meu olhar no horizonte é sem raizes
Pouco lembro onde está a sua ponta
Tampouco se existe algo que remonta
O remoto perdido, pois sou sem crises
Gastei cada suspiro pelo vário caminho
Brindei coisas, na taça deleitoso vinho
Na emoção, chorei e ri, a tudo assistia
Em cada tropeção, espinho e carinho
Ali aconcheguei o meu lado sozinho
Não amontoei nada, nas mãos, poesia
© Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
Abril de 2017
Cerrado goiano
Rebatismo Poético
Ouvindo a tempestade
orquestral sigo com
o meu inventário natural,
apaixonado e poético,
(Porque só amamos
aquilo que conhecemos).
Talvez seja um dia
compreendido que é
preciso tornar habitual
a liberação continua
do pensamento colonial,
(Porque ninguém ama
aquilo que não conhece).
Pensamento talvez não
proposital que deu
outros nomes às nossas
riquezas que por muitos
ainda não foram conhecidas,
e por ser desconhecidas
estão escorrendo entre
os dedos todos os dias.
Conflitos, desencontros
e a falta de apreço
entre nós ainda são
efeitos vivos porque
ainda não nos conhecemos,
Mas ainda conservo
uma fé sobrenatural que
se torne página virada,
e que tenhamos orgulho
absoluto da nossa Pátria.
Se eu tivesse poder iria
rebatizar com a minha poesia
toda a vida que necessita
que neste solo gentil habita
para que se torne conhecida,
facilmente reconhecida
e para que nunca mais
ninguém se esqueça no dia-a-dia.
Fazendo contas dos caminhos
das rugas
das coisas perdidas
das rusgas
das apostas
do que já não me lembro
de quando saí ganhando
do muito que perdi
dos sonhos
das noites repetidas
dos dias vagos
passei horas fazendo contas
depois de tudo que deu errado
do tempo impondo gravidade
do desespero clamando por suavidade
das hegemônicas fragilidades
das minhas formalidades ultrajadas
das fantasias andrajosas
da poesia movediça
minhas distâncias
gravadas em cada palavra
em cada dissimulação
nesta impiedosa memória
desta existência desfolhada
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