Inveja de Casal
Palavras que machucam:
Deuses me deem a habilidade de boxear,
Pois eu invejo a capacidade dos boxeadores de apanhar
e se levantar.
Deuses, com essa habilidade eu apanharia e me levantaria,
Pois os ferimentos em um determinado momento sarariam.
Ai, que inveja dos boxeadores, que se gabam que um punho é o
instrumento que mais exala dores.
Ai, se eles soubessem que palavras são os instrumentos que mais
exalam dores.
Um dia que você tiver inveja de um outro ser humano, lembre-se de que você é de carne e osso como ele. A única atitude que você precisa ter é ser original.
A inveja só bloqueia seu potencial.
Ao invés de olhar para os outros com inveja, inspire-se neles.
Você tem tudo o que precisa para conquistar o que deseja.
Com foco e esforço, não há limites para o seu sucesso...
"O demônio odeia com desprezo os que faz cair; e odeia com inveja os que resistem aos seus ataques. Isto porque é próprio do soberbo desprezar os fracos e invejar os fortes. Trata-se, pois, de duas modulações do ódio — facilmente identificáveis nas pessoas orgulhosas com que deparamos ao longo da vida.
O procedimento habitual do soberbo para com os fortes é a hipocrisia; para com os fracos, a tirania. Este é um estado de agonia perene, quer nas vitórias, quer nas derrotas. Quando o soberbo vence um confronto, perde porque a vitória não alivia a voragem que o consome espiritual e moralmente; quando perde, perde duas vezes porque a derrota humilha-o".
Inveja e Família
As pessoas falam de inveja como se ela fosse um monstro que devora. Como se só coubesse em carros, casas, viagens ou móveis planejados. Mas ninguém fala sobre a inveja mais silenciosa, aquela que não grita, só aperta. A inveja de quem tem o que o dinheiro nunca vai comprar.
Eu não invejo mansões. Eu invejo mesas cheias. Eu invejo quem almoça junto todos os dias, rindo, brigando, mas junto. Invejo a casa que nunca fica vazia, que tem vozes, discussões e reconciliações. Eu invejo os abraços dados sem motivo, as palavras ditas para consertar os cacos antes que eles cortem. Invejo a união de quem, mesmo nos piores dias, não solta a mão.
Eu tenho saudade de algo que nunca mais terei. Saudade do passado, do que eu chamava de lar. Daquele amor que era tão natural que nem parecia especial — até ele ir embora. Eu sinto falta de me sentir amado sem precisar merecer. Sinto falta do acolhimento que não cobrava nada em troca. Do cheiro de café no fim da tarde e das risadas que ecoavam sem esforço. Sinto falta dos olhares que me diziam “você pertence aqui”.
E agora? Agora o Natal é só mais um dia. O Ano Novo é só um relógio marcando um tempo que não traz nada de volta. Esses dias que deveriam ser feitos de alegria são só lembretes do que eu perdi. Sentado entre os poucos familiares que restam, eu me pergunto: é isso? É assim que se vive agora? Esse vazio que ninguém preenche, essas cadeiras vazias que gritam mais alto que qualquer música?
Eu queria que fosse diferente. Queria que minha família fosse como aquelas que vejo de longe, que enfrentam os problemas juntas, que comemoram vitórias como se fossem de todos. Mas não é.
E, enquanto todos olham para o futuro, eu me prendo ao passado. Às memórias que machucam porque são lindas demais para serem esquecidas. E talvez seja isso que rasga o peito: o contraste entre o que foi e o que é. Entre o lar que me amava e o silêncio que me resta.
Eu invejo famílias. Não as perfeitas — porque sei que elas não existem. Eu invejo as que têm coragem de tentar. As que não desistem. As que ainda são um lar. E essa inveja não é raiva. É só um buraco dentro de mim, onde a saudade mora e o amor antigo ainda respira, sufocado pelo tempo.
A inveja é uma das mais potentes causas de infelicidade. Não só torna o invejoso infeliz, como também o torna propenso a ações mesquinhas e malévolas.
O ódio gratuito no outro é fruto da inveja oculta, não pelas atitudes... Ao contrário, aceitam-se as igualdades cruéis da falsidade desigualando os desiguais.
Entre humanos o litígio
vem da inveja, da ganância,
e nem o maior prodígio
impede que o seu prestígio
aumente com a distância.
Sonhos são realizáveis desde que trabalhes em silêncio, não dês ouvidos a invejosos e confies em ti mesmo.
Conheci 3 tipos de comunistas ao longo da minha vida: a alma dominantemente invejosa que deseja destruir os outros; a alma impulsivamente altruísta que tem sede de justiça e pouca reflexão; e o psicopata, que instrumentaliza os outros dois.
