Insônia
No silêncio da noite,...
Já madrugada,...
Essa insônia maldita me faz virar de um lado pra outro na cama,...
Então acendo a luz,...
Sento à beira da cama,...
Tenso, irritado,...
Então penso em você,...
Vejo seu álbum,...
Suas fotos lindíssimas,...
Então meu pensamento vagueia,...
Fico louco, louco, louco,...
E quando não quero mais ter sono,...
O maldito vem,...
Pra tirar você do meu pensamento.
Quando tenho insônia, penso em você,
Quando estou dormindo, sonho com você,
Quando a encontro faço amor com você,
Quando a vejo com outro, tenho raiva de você...
Eu te amo, sabe? E não é pouco. Não sei se é recíproco, mas amo. Foram noites de insônia pra eu ter certeza que você é a única pessoa a ocupar não só minha mente, como meu coração. Digo e repito: Eu te amo. E é essa minha resposta quando você perguntar porque ainda insisto. Se não for o suficiente, desculpa. O amor é o melhor que posso lhe oferecer.
Ela é a razão da minha insonia, mas também é a razão dos meus sonhos mais belos
Ela é a razão da minha lagrima, mas também é a razão do meu sorriso
Ela faz meu coração parar, mas também faz ele querer explodir te tão forte que bate
Ela é a razão da poesia que escrevo
Ela é o motivo pela qual eu existo
Ela é a razão da minha paixão
Ela é a razão da alegria do meu coração...
"Ela não dormia, no fundo sabia que a insônia só fazia parte daqueles que têm curiosidade, é desperdício de tempo dormir para os que sugam a vida, era questão de tempo para que todos percebessem que o por-do-sol só revelava que a noite foi longa para os que sabiam que a vida não é."
Na Noite Terrível
Na noite terrível, substância natural de todas as noites,
Na noite de insônia, substância natural de todas as minhas noites,
Relembro, velando em modorra incômoda,
Relembro o que fiz e o que podia ter feito na vida.
Relembro, e uma angústia
Espalha-se por mim todo como um frio do corpo ou um medo.
O irreparável do meu passado — esse é que é o cadáver!
Todos os outros cadáveres pode ser que sejam ilusão.
Todos os mortos pode ser que sejam vivos noutra parte.
Todos os meus próprios momentos passados pode ser que existam algures,
Na ilusão do espaço e do tempo,
Na falsidade do decorrer.
Mas o que eu não fui, o que eu não fiz, o que nem sequer sonhei;
O que só agora vejo que deveria ter feito,
O que só agora claramente vejo que deveria ter sido —
Isso é que é morto para além de todos os Deuses,
Isso — e foi afinal o melhor de mim — é que nem os Deuses fazem viver ...
Se em certa altura
Tivesse voltado para a esquerda em vez de para a direita;
Se em certo momento
Tivesse dito sim em vez de não, ou não em vez de sim;
Se em certa conversa
Tivesse tido as frases que só agora, no meio-sono, elaboro —
Se tudo isso tivesse sido assim,
Seria outro hoje, e talvez o universo inteiro
Seria insensivelmente levado a ser outro também.
Mas não virei para o lado irreparavelmente perdido,
Não virei nem pensei em virar, e só agora o percebo;
Mas não disse não ou não disse sim, e só agora vejo o que não disse;
Mas as frases que faltou dizer nesse momento surgem-me todas,
Claras, inevitáveis, naturais,
A conversa fechada concludentemente,
A matéria toda resolvida...
Mas só agora o que nunca foi, nem será para trás, me dói.
O que falhei deveras não tem sperança nenhuma
Em sistema metafísico nenhum.
Pode ser que para outro mundo eu possa levar o que sonhei,
Mas poderei eu levar para outro mundo o que me esqueci de sonhar?
Esses sim, os sonhos por haver, é que são o cadáver.
Enterro-o no meu coração para sempre, para todo o tempo, para todos os universos,
Nesta noite em que não durmo, e o sossego me cerca
Como uma verdade de que não partilho,
E lá fora o luar, como a esperança que não tenho, é invisível p'ra mim.
, in "Poemas"
Heterónimo de Fernando Pessoa
Manquer
Anoiteceu.
E outra vez essa insônia
que consome, corrói, dilacera,
toma-me em angústias.
Tuas promessas foram em vão.
Tu deixaste que os espaços entre nós
fossem aumentando a cada ausência tua.
Não pertenço mais aos teus voluptuosos
e intempestivos rompantes de saudades.
Quero apenas os meus versos de volta, e nada mais.
Ficas com a minha paz.
Sem ti, eu não a quero.
Invadiste meu corpo
com teus olhos verdes embriagados
de silêncio, de sons.
Tua música embalou minhas noites solitárias...
Tua voz adentrou nas madrugadas
e fez meu mundo girar.
Eu aceitei dançar contigo
um último acorde,
para poder fazer de ti
a poesia mais linda
que alguém já escreveu.
Tuas falas repetidas,
teu egoísmo cego,
tua liberdade mundana e mentida
são os teus obscuros inatingíveis.
Eu sei que não saberei fingir sozinha
que meus beijos não mais serão teus,
não mais me derramarei em prosas
para descrever-te uma vez mais
Deleitando-se assim incólume
sobre a minha alma
aquele tempo em que meus olhos
teimavam em ser somente teus.
Convivio quase que diariamente com minha insônia, tanto que, até me refiro a ela como uma qualidade. Em consequência a ela, que atualmente vivo melhor. São nos momentos de insônia, que consigo parar, pensar, refletir e criticar. São nestes mesmos momentos, que a vida torna a ter algum sentido. Sábios são aqueles que aprenderam a usar ela a seu favor, e não somente torná-la mais um dos males do século.
Minhas noites.
Tenho aprendido com minhas noites de insônia.
Percebi, que por mais que eu me esforce, não conseguirei mudar o passado, então, o ideal é aceitá-lo.
Que ainda que eu tente programar meu futuro, continuarei sempre pensando em outro futuro quando o futuro chegar e isso não terá fim.
Aprendi que perco muito tempo apenas pensando sem agir, e isso me faz mal.
Concluí, que por mais que eu me esforce para agradar a todos, serei sempre o homem perfeito para àqueles que não me conhecem.
Constatei, que quando me arrependo de algo, é sinal de que meu passado ainda me influencia.
Analisei, que o presente eu posso mudá-lo. Decidindo chorar ou sorrir, lamentar ou agradecer, avançar ou desistir nas 24 horas do meu dia.
Verifiquei que eu tenho que amar os que não me amam, perdoar os que me maldizem, chorar com os que choram, ser amigo dos meus inimigos e nascer de novo para ter todos esses atributos.
Escolhi acordar mais cedo para ver o Sol nascer e, depois, sair correndo do trabalho para poder vê-lo se pôr, pois, quem sabe assim, outras pessoas também fariam o mesmo e teríamos o mundo romântico sonhado pelos poetas.
Acabei por esquecer as cicatrizes da minha vida; usei amor, entendimento e conformismo como remédio, assim, consegui ver que tudo não passou de um teste e de lições as quais jamais errarei na próxima prova.
Acolhi minha insônia como companheira e professora, até por que, ela me fez ver as melhores coisas que a vida pôde me dar, assim sendo, usei as noites em claro para endireitar meus pensamentos, para escrever cartas de amor para a mulher que amo, para agradecer a linda família que tenho, para rejubilar por mais um dia que o Nosso pai do céu me deu e me protegeu.
Reconheci que todas as nossas ações é uma caneta e que a vida não nos dá borracha para apagar as consequências e as marcas.
Seus pulsos estão cortados e suas pernas arranhadas. Os olhos estão inchados pelas noites de insonia e pelas lágrimas silenciosas. E essas lágrimas secaram em seu rosto, assim como sua alma.
O corpo exausto, o pensamento cansado, meu raciocínio pedindo demissão e a insônia me fazendo de vítima mais uma noite. Uma madrugada reticente, agoniada. As horas que passavam, parecia não passar. Tentei disfarçar a insônia fazendo cara de sono, mas meus olhos insistiam em manter-me acordada. Então obedeci... Ouvi músicas, ouvi grilos. Conversei com o espelho, vi pessoas conversando na rua.
Fiquei ali, sentada na janela, com os cotovelos nos joelhos e o queixo apoiado nas mãos olhando o céu, que particularmente naquele momento parecia mais estrelado que o normal. A lua linda, cheia, me convidando para ser sua espectadora e eu logo aceitando o convite. Fiquei a noite toda olhando toda a noite passar. Viajei pelo espaço sideral, visitei satélites, fui a lugares onde as palavras não alcançam e até a lugares onde só a imaginação consegue ir. Solta como quem possui asas. Sem termo, sem limite, tudo ao acaso e sem pretensão de volta à realidade. Sonho ou fantasia? Sei eu.
Ao poucos, as estrelas foram perdendo o brilho e sumindo do céu uma por uma. A lua deu bom-dia ao sol enquanto dezena de passarinhos alvoroçados vieram até minha janela contar-me seus sonhos e avisar que mais um dia raiou. Só então, depois de sonhar acordada, acordei sonhando.
Agora, eu penso assim: isso vale uma marquinha de expressão? Isso vale uma noite de insônia? Isso vale a minha paz? Não, então tchau. Entende? A gente que escolhe o que vai ficar na cabeça. O que está ao meu alcance, o que depende de mim eu posso fazer. Mas o que depende dos outros, bom, aí é com eles. Não posso me estressar por outra pessoa. Mesmo porque já tenho minhas preocupações constantes. Bem que eu queria ter o poder de esvaziar a mente. Se algum dia isso acontecer, pode deixar, te explico direitinho como funciona. Por enquanto, vamos tentar desperdiçar energia no que realmente vale a pena. O resto é só o resto.
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